quarta-feira, 22 de abril de 2015

Contraponto 16.546 - "Moro libertou única testemunha que falou contra Anastasia na Lava Jato"

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22/05/2014


Moro libertou única testemunha que falou contra Anastasia na Lava Jato

Jornal GGN - O inquérito que investiga a participação do senador e ex-governador Antonio Anastasia (PSDB) na Lava Jato corre o risco de ser esvaziado por falta de informações. Isso porque a única testemunha que implicou o sucessor de Aécio Neves (PSDB) em Minas Gerais com o esquema de propinas revelado na Operação não foi localizada pela Polícia Federal. A corporação pediu ao relator do caso no Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, mais 30 dias para encontrar o policial federal afastado Jayme Alves de Oliveira Filho, mais conhecido como "Careca".

Careca disse, em delação premiada às autoridades da Lava Jato, que entregou cerca de R$ 1 milhão em propina para Anastasia, a pedido do doleiro Alberto Youssef. Quem, na prática, patrocinou o "desaparecimento" de Careca foi Sergio Moro. O juiz federal autorizou, em novembro de 2014, que Careca respondesse ao processo em liberdade. Para substituir a prisão preventiva, Moro pediu o afastado de Careca da PF e solicitou que ele entregasse  seu passaporte. Ele também foi proibido de mudar de endereço.

À época, o Ministério Público Federal emitiu parecer no qual sugeria que a prisão temporária de Careca fosse convertida em prisão preventiva. Moro negou e acrescentou que era "evidente a inviabilidade de manter no cargo policial, pessoa que prestava serviços reiterados a escritório de lavagem de dinheiro" e, por isso, determinou seu afastamento.

O magistrado determinou que Careca comparecesse "a todos os atos processuais e ainda, perante a autoridade policial, MPF [Ministério Público Federa] e mesmo perante este Juízo, mediante intimação por qualquer meio, inclusive telefone", diz um trecho da decisão. O descumprimento das medidas cautelares poderia causar a renovação da prisão cautelar, advertiu.

Careca precisa confirmar a denúncia contra Anastasia e prover detalhes, pois só assim o inquérito contra o tucano pode prosseguir, afirmou o delegado Thiago Delabary na carta enviada ao STF.

O ex-policial federal também é essencial para esclarecer a suposta participação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com os desvios de dinheiro da Petrobras. O inquérito aberto no Supremo contra o peemedebista se baseia em relato de Careca de que ele entregou propina a Cunha no Rio de Janeiro.


A defesa de Anastasia contestou o inquérito aberto e pediu o arquivamento das investigações com o argumento de que não há indícios contra o senador. Antes de decidir, Zavascki pediu a opinião do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sobre o caso, e autorizou que a PF continue procurando a testemunha para depor.

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