Contraponto 4183 - "Dilma confirma Patriota para Ministério de Relações Exteriores"

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10/12/2010

Dilma confirma Patriota para Ministério de Relações Exteriores

Do Vermelho - 10 de Dezembro de 2010 - 12h37

A presidente eleita, Dilma Rousseff, convidou formalmente nesta quinta-feira (9) o atual secretário-geral do Itamaraty, Antônio de Aguiar Patriota, para ser seu ministro das Relações Exteriores.
Segundo uma fonte da equipe de transição, o convite foi aceito. O embaixador tem larga experiência internacional e já ocupou o posto de embaixador do Brasil nos Estados Unidos.

Patriota é filho do embaixador Antônio Patriota. Ele nasceu no Rio de Janeiro, mas viveu na Europa, na Ásia, em países da América do Sul e nos Estados Unidos.

Formado em filosofia, o futuro chanceler trabalhou com Celso Amorim, atual ocupante do cargo, em Nova York e na Suíça.

Durante os oito anos de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a política externa brasileira foi considerada o setor melhor avaliado pelas forças progressistas do país e alcançou enorme repercussão internacional. Seu êxito se deve, em primeiro lugar, ao fato de ter estado vinculada à luta pelo desenvolvimento nacional, para o que é imprescindível a defesa da soberania, num mundo carregado de ameaças de espoliação econômica e imposições políticas por parte das grandes potências, principalmente o imperialismo norte-americano e seus aliados.

O governo Lula praticou uma política externa autônoma, pacifista e democrática, ideologicamente vinculada ao nacional-desenvolvimentismo, às melhores tradições da diplomacia brasileira, que incorporou há décadas os princípios da autodeterminação e da não intervenção —inscritos no artigo IV da Constituição da República, promulgada em 1988. Baseado na percepção do papel do Brasil no mundo não mais como país dependente e subordinado aos ditames dos Estados Unidos, mas como nação soberana, embora ainda vulnerável, com vontade e interesses próprios, em transição para o status de potência emergente, o Itamaraty no governo Lula formulou e pôs em prática uma política exterior “ativa e altiva”, na expressão do seu condutor, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.

Tem sido uma política externa cheia de iniciativa e assertividade, compreendendo como a ação internacional pode condicionar o êxito de um novo projeto nacional de desenvolvimento, ainda em gestação.

Por essas razões, a nomeação do novo chanceler e o anúncio das diretrizes de políticas externa do governo Dilma geram muitas expectativas.


Da redação, com informações das agências
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