terça-feira, 2 de agosto de 2011

Contraponto 5894 - "Presidende enfrenta a valorização do Real. O que faria o presidente da UNE"


02/08/2011

Presidende enfrenta a valorização do Real.
O que faria o presidente da UNE


Do Conversas Afiada - Publicado em 02/08/2011

Desvalorizar o Real, na lei ou na marra


O Governo já tinha decidido conter a entrada de dólares pela janela dos derivativos – clique aqui para ler “Derivativos, o Brasil não é a casa da mãe Joana”.

Nesta terça-feira, anuncia uma política para dar “condições isonômicas” à indústria brasileira, com a valorização do Real.

No Valor, pág. A3, Sérgio Leo mostra que:

- Dilma vai reduzir a contribuição previdenciária sobre a folha de pagamentos de empresas com muitos empregados, especialmente do setor têxtil, de calçados e móveis;

- os fabricantes nacionais de produtos de informática e telecomunicações, defesa e saúde terão preferência nas licitações do Governo Federal para compras de bens de alta tecnologia.

É o correspondente brasileiro ao “Buy American Act”, que prevalece nos Estados Unidos, a economia mais protegida do mundo, como se sabe.

“Compre do Brasil !”, pode ser o slogan dessa campanha.

O candidato derrotado à Presidência em 2010 tinha fixação no “câmbio”.

No câmbio e nas APAES.

Nunca se soube ao certo o que ele pretendia fazer sobre o “cambio”.

Mas, dava para perceber que seria uma medida à moda de Putin: valorizar o Real na marra.

Por decreto ou MP – das cinco mil que editoria nos primeiros trinta minutos de Governo.

Seria mais ou menos no tom do que pregou no comício da Central do Brasil, em março de 1964, ao lado de Jango: quando exigiu a extinção da “política de conciliação” de San Tiago Dantas e considerou realidade animadora a presença da “classe dos sargentos que emerge para as lutas populares”.

É o que se lê na pág. 420 do livro “João Goulart – uma biografia”, de Jorge Ferreira, que revisitou a história do trabalhismo e deste grande presidente.

Como se sabe, no dia 1º de abril, Jango caiu.

E Cerra sumiu.

A Presidenta ficou e combateu o regime militar.

Hoje, ela combate a valorização do Real de modo mais eficaz, “conciliador”, do que faria o exaltado presidente da UNE.


Paulo Henrique Amorim
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