11/05/2013
"Caminho de Eduardo é ser nosso candidato em 2018"
Do Brasil 247 11de Maio de 2013 às 08:13
Em entrevista, o governador baiano Jaques Wagner, do PT, revela que teve uma conversa de seis horas com seu colega Eduardo Campos, de Pernambuco, para convencer o presidente do PSB a desistir da candidatura presidencial em 2014; segundo ele, o PT deveria assumir o compromisso com o aliado e permitir a alternância de poder dentro da aliança governista; ele também afirmou que Lula nunca mais será candidato a presidente
247 - Entrevistado pelas páginas
amarelas da revista Veja deste fim de semana, o governador da Bahia,
Jaques Wagner, do PT, revelou ter tido uma conversa de seis horas com
seu colega pernambucano Eduardo Campos, para convencê-lo a desistir das
pretensões presidenciais em 2014. "É melhor que ele espere 2018 e o
caminho natural é ele ser candidato dentro do nosso grupo", disse Wagner
ao jornalista Otávio Cabral, que o entrevistou em Salvador.
No depoimento, ele afirmou que o PT não conseguirá se
eternizar no poder e disse que "é melhor fazer alternância de poder por
dentro do que por fora". Wagner, no entanto, reconhece que será difícil
convencer Eduardo a aceitar um acordo porque "ele se apaixonou pela
ideia de ser candidato". A candidatura não seria "irreversível", mas,
segundo o governador baiano, "as pontes estão se arrebentando de lado a
lado".
O governador baiano também negou a possibilidade de que o
ex-presidente Lula venha a ser o candidato para unificar a base
governista. "Esqueça isso, nenhum partido pode ser de um homem só. A
candidata é Dilma e ponto. Lula é um grande cabo eleitoral, mas não vai
pedir mais votos para ele mesmo".
Na entrevista, Wagner também soltou frases ao gosto do
freguês – no caso, a revista Veja. Ao ser indagado sobre o projeto de
Rui Falcão, presidente do PT que "restringe a liberdade de imprensa",
afirmou que é "uma bobagem fazer qualquer tipo de controle". Sobre o
chamado mensalão, afirmou que "se o resultado foi ruim, sinto muito". E
também exaltou méritos do governo FHC, ao dizer que "o Brasil não
começou com o PT", o que serviu de título para a entrevista.
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