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07/08/2013
PSDB teme que propinoduto tucano prejudique Aécio
Do Brasil 247 - 7 de Agosto de 2013 às 10:10
Apesar de dirigentes tucanos não terem abordado o
assunto na reunião realizada ontem, na sede do partido, o assunto
dominou as rodas; preocupação é que o escândalo do cartel no metrô e
trens paulistas, com direito a propina a governantes do partido, acabe
com o projeto do senador mineiro em 2014, que precisa de apoio
principalmente no Estado de São Paulo, onde há, ainda, muitos membros do
partido do lado de José Serra; com o PSDB atingido, existe também a
chance de uma terceira via, como Marina Silva, ser beneficiada
Minas247 – Além do governo de São Paulo, o escândalo do cartel no metrô e trens no Estado envolvendo governantes do PSDB pode prejudicar seriamente o projeto principal do partido hoje: a candidatura à presidência da República do senador Aécio Neves (MG). Apesar de não ter sido tratado oficialmente durante a reunião com dirigentes na sede do partido em Brasília, nesta terça-feira 6, o assunto dominou as rodinhas.
A verdade é que há uma avalanche de notícias ruins contra o PSDB. O que deu o pontapé inicial foi uma denúncia da multinacional Siemens de que havia um cartel para as licitações do Metrô e dos trens metropolitanos em São Paulo e no Distrito Federal, com benefícios pagos inclusive às autoridades da época: os governadores Mario Covas, Geraldo Alckmin e José Serra. O relato da empresa alemã gerou ainda uma série de outras denúncias.
De acordo com a Polícia Federal, o vereador paulista Andrea Matarazzo, que ocupou o cargo de secretário estadual de Energia em 1998, foi um dos que recebeu propina, do grupo francês Alstom, e por isso, o indiciou por corrupção passiva. O tucano nega as acusações. Como se não bastasse, as acusações vieram à tona num momento em que o País é dominado por manifestações populares. As últimas na capital paulista, que focam em Geraldo Alckmin, já aproveitam para relacionar os desvios de verba à má qualidade no transporte.
Com a imagem danificada do PSDB, e as acusações do partido de que existe um "vazamento seletivo" por parte do Cade, que segundo os tucanos, teriam os dedos do PT, existe ainda a chance de fortalecimento de uma terceira via, como fuga da polarização. Ontem, Aécio já deixou clara essa desconfiança contra os petistas, ao afirmar que a campanha deve ser "muito dura", uma vez que enfrentará "setores ligados ao PT". No caso, quem tem mais chances, segundo as pesquisas, é a ex-ministra Marina Silva, do Rede Sustentabilidade.
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