domingo, 9 de fevereiro de 2014

Contraponto 13.262 - "Mensalão: Mello admite possível revisão de condenações"





Mensalão: Mello admite possível revisão de condenações

 

Presidente do TSE também comentou sobre possível candidatura de Joaquim Barbosa à presidência.



O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marco Aurélio Mello, admitiu que é provável que venha a ocorrer revisões nas condenações dos réus do mensalão. A declaração foi dada à Revista Veja dessa semana. Segundo ele, “pelas sinalizações dos atuais integrantes do Tribunal, a reversão será da condenação pelo crime de formação de quadrilha, prevalecendo a tese de coautoria; o afastamento da cassação de mandatos, como já ocorreu no recente caso de Ivo Cassol; a diminuição de algumas penas; e o cancelamento da condenação por lavagem de João Paulo Cunha”.

O Ministro também declarou que “o local de protesto por excelência é a urna”. Para Marco Aurélio, a melhor forma de protestar é “escolhendo os melhores candidatos”. Na entrevista, ele declarou que “Mais importante que o ‘vem para a rua’, que virou moda, é o ‘vem para a urna’. O protesto eficiente não se faz queimando lixeiras, mas participando da vida pública”.

Na entrevista, Marco Aurélio apontou os maiores legados que o PT, que está há 12 anos no governo, vai deixar para o Brasil. “O legado maior foi o aumento da assistência social, uma providência que a meu ver não pode ser tomada como definitiva. Essas bolsas criadas representaram um passo adiante”, opinou. O Ministro também sugeriu que “o homem necessita acima de tudo de oportunidades. E a oportunidade passa em primeiro lugar pela educação e depois pelo mercado. Não só por assistencialismo”.

O Ministro comentou a possível candidatura de Joaquim Barbosa à presidência da República. Para Marco Aurélio, “ele não deveria sair do Supremo”. Contudo, Marco Aurélio admitiu que vê o Presidente do STF “um pouco cansado do dia a dia do Judiciário” e completou: “Posso cometer uma inconfidência porque ele não me pediu para que guardasse reserva. Ao entrar para a sessão final do ano judiciário de 2013, ele me disse que já estava participando de uma sessão daquela pela 11ª vez. E afirmou que para ele já estava de bom tamanho. Eu respondi que estava entrando pela 24ª vez e não estava cansado nem insatisfeito”. O Ministro admitiu que, no STF, “se ventila muito que ele estaria para sair e se candidatar” e finaliza: “Que ele seja muito feliz na nova seara”

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