domingo, 16 de março de 2014

Contraponto 13.531 - "Perdeu, Obama: 93% da Crimeia vota pela Rússia"

247 - Acaba de sair a primeira pesquisa sobre o referendo deste domingo na Crimeia. Nada menos que 93% da população votou pela anexação à Rússia (leia mais no site Russian Times).

A vitória da Rússia revela ao mundo uma nova ordem geopolítica global, que substitui a chamada Pax Americana (leia mais aqui).

Nesta segunda, começarão a ser aplicadas sanções à Rússia, mas nada que altere a realidade. Barack Obama perdeu, Vladimir Putin venceu.

Em crise econômica e com a participação de grupos nazistas, o governo golpista da Ucrânia tende a perder apoio popular a partir de agora.

Nos Estados Unidos, o secretário de Estado, John Kerry, disse que não aceita o resultado. Choro de perdedor.

Leia, abaixo, reportagem da Reuters sobre isso:

Kerry diz que os EUA não aceitarão resultado do referendo da Crimeia
WASHINGTON, 16 Mar (Reuters) - Os Estados Unidos disseram à Rússia neste domingo que não vão aceitar os resultados do referendo da Crimeia sobre a secessão da Ucrânia e que continuariam a pedir uma solução política em Moscou, disse uma autoriadade-sênior do Departamento de Estados dos EUA.

A autoridade, descrevendo uma conversa telefônia entre o secretário de Estado, John Kerry, e o ministro russo de Relações Exteriores, Sergei Lavrov, na manhã de domingo, que pediu que a Rússia apoiasse a reforma constitucional na Ucrânia que iria proteger os direitos de minorias como a população na Crimeia que fala russo.
(Por Arshad Mohammed)

Leia, ainda, reportagem da Agência Brasil sobre o referendo:

Com fim de referendo na Crimeia, UE e EUA dizem que não reconhecerão resultado
Danilo Macedo Edição: Talita Cavalcante
Terminaram por volta das 15h (horário de Brasília) as votações do referendo na Crimeia, ao Sul da Ucrânia, no qual os eleitores da região responderam se aprovam a reunificação do território como membro da Federação da Rússia e se aprovam a restauração da Constituição da Crimeia de 1992 e o estatuto do território como parte da Ucrânia. De acordo com o governo da região, o comparecimento às urnas superou os 70% previstos antes do início das votações. 

Cerca de 1,5 milhão de eleitores puderam participar da consulta, que se iniciou às 8h (3h em Brasília) e se encerrou às 20h em 1,2 mil locais de votação. A crise diplomática envolvendo a península com 2 milhões de habitantes é considerada a mais grave da região desde o fim da Guerra Fria, no início da década de 1990. Entre os habitantes da Crimeia, 58,32% são russos, 24,32% são ucranianos e 12,1% tártaros da própria península, o que indica um favoritismo à vitória da reunificação à Rússia.

Os presidentes do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, reforçaram hoje (16), em declaração conjunta, que os 28 países que compõem a União Europeia consideram que o referendo contraria a Constituição da Ucrânia e princípios do direito internacional. “O referendo é ilegal e ilegítimo e seu resultado não será reconhecido”, declararam Van Rompuy e Durão Barroso.

Os representantes europeus disseram que a solução para a crise deve ser baseada na integridade territorial, soberania e independência da Ucrânia e de sua constituição, assim como o respeito às normas internacionais. Eles defenderam que apenas o trabalho conjunto, por meios diplomáticos, incluindo discussões diretas entre os governos da Ucrânia e da Rússia, poderá levar a uma solução.

“Reiteramos a forte condenação da violação não provocada da soberania da Ucrânia e da integridade territorial e chamamos a Rússia a retornar as suas Forças Armadas para os números pré-crise e para as áreas de base permanente , em conformidade com os acordos relevantes”, disseram Durão Barroso e Van Rompuy, ao acrescentar que a situação será avaliada amanhã, em Bruxelas, quando serão decididas as medidas a serem aplicadas.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, também ressaltou hoje que os Estados Unidos não reconhecerão o resultado do referendo, o qual consideram ilegal. Ele também apelou à Rússia para que retire as forças militares da região e apoie as reformas constitucionais propostas pela Ucrânia.

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