A presidenta
Dilma Rousseff, sua dignidade, e a indisposição de um povo que é
saqueado desde a sua colonização: as capitanias hereditárias, os títulos
da monarquia - a enfiteuse -, os cartórios, as concessões de rádio e de
TV - presentes dos governos. Ao povo, necas. Nem o direito de se
tratar. O povo não tem do direito de se tratar ou estudar nem com o
prestígio de trabalhar para patrões médicos ou professores. Só tem o
direito de receber as roupas velhas destes patrões. Se sentem orgulhosos
não dos presentes, mas por terem emprego. Imaginem os senhores: a mulher
que trabalha para o país ter o direito de ir e vir, por isso foi presa e
torturada, sem qualquer título de propriedade que manifeste qualquer
irregularidade em sua vida pública. É questionada por ter ganhado a
eleição sem ter nunca visto a cor do dinheiro quando candidata. É
questionada por um tribunal que, por ter indicados ou por ter parentes
de políticos importantes ou por arreglo de disputa em posto importante
de direção
na Câmara, se une a candidatos da oposição e da situação na Câmara, que
lançam um nome que estaria fazendo a cizânia, por querer também ter
cargo na mesa da Câmara.
É aí que esta senhora, vitoriosa duas vezes no Brasil, com comprovada conduta moral, está sendo julgada.
O
povo assiste, torce para que nada dê certo, para que todo o tipo de
discórdia exploda para precipitar uma crise. E por que torce?
O
povo não aguenta mais os jornais repletos de notícias ruins,
desqualificando todos os poderes. Já não existe mais poder no Brasil que
não esteja manchado. Esse estado de ânimo e de descaso por tudo pode
ter um mau fim. Os mais velhos, os mais experientes, deviam estar
aconselhando os que mandam. E por incrível que pareça, os que mandam não
são os mandatários. Os que mandam são os que estão provocando
desconforto na dignidade do trabalhador. Com mentira ou verdade parcial,
os que mandam começam a desestabilizar o país.
Só que não
percebem que a desestabilização só vai interessar aos que não tem nada a
perder, que ficam inclusive felizes quando percebem que todos podem
ficar iguais a eles, que não têm nada.
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