Para o jornalista Luis Nassif, o presidente
nacional do PSDB, Aécio Neves é um "completo tolo"; "Como não tem nada a
oferecer, ideias, conciliação, propostas, paciência para abrir mão do
lazer em favor dos trabalhos, embarcou na única canoa que se julgou
capaz de dirigir: a do terceiro turno. E passou a produzir um festival
campeão de fanfarronices e factoides, contando com a falta de
discernimento da mídia para se promover"; Nassif também postou um vídeo
em que o ex-jogador Ronaldo leva uma mordida de um amigo, a quem chama
de "meu namorado"
Em Minas há um dito para definir
pessoas: ˆFulano é sabido mas não é esperto". Refere-se àquelas pessoas
que esbanjam conhecimento, mas carecem de esperteza.
Aécio Neves, seguramente, não é sabido nem esperto.
Em relação aos temas contemporâneos,
é de uma ignorância crassa. Em relação à decantada esperteza política
mineira - da qual seu avô Tancredo Neves quase foi um representante - é
um completo jejuno.
Enquanto estava em Minas, Aécio foi
blindado. Representava um conjunto de forças relevantes e seus
partidários o cercavam quase com o mesmo zelo com que se cerca um
incapaz. Aqui mesmo, alguma vez me iludi que ele seria a força
civilizada do PSDB contra a selvageria representada por Serra.
Engano. Não se desgastou porque
pouco se sabia sobre ele, apenas o fato de ser um folgazão, um
cinquentão cercado de amigos farristas e querendo gozar a vida.
Colocado no centro do picadeiro, a
cada dia que passa revela sua verdadeira face, de um político sem
dimensão do nacional, desinformado e bobo, de uma tolice adolescente.
José Serra sempre foi excessivamente esperto, da modalidade que em Minas se diz que a esperteza engole o esperto.
Sua tática consistia, sempre, em
analisar para onde soprava o vento da mídia e se colocar em posição
favorável. Havia espaço vago para assumir um discurso industrialista?
Serra se colocava. O momento agora é da intolerância moral? E Serra se
punha a ler a Bíblia e condenar os ímpios ao fogo do inferno.
Aécio tenta praticar a mesma esperteza, mas com um grau mortal de desinformação.
Sempre foi um parlamentar apagado. No Senado, era nublado até pela atuação de Itamar Franco.
Como não tem nada a oferecer,
ideias, conciliação, propostas, paciência para abrir mão do lazer em
favor dos trabalhos, embarcou na única canoa que se julgou capaz de
dirigir: a do terceiro turno. E passou a produzir um festival campeão de
fanfarronices e factoides, contando com a falta de discernimento da
mídia para se promover.
É um completo tolo.
Serra, o mais rancoroso dos tucanos,
já se deu conta de que o momento é o da responsabilidade e da
pacificação. Tirou correndo a túnica de incendiário e de pastor louco e
voltar a envergar a de parlamentar responsável.
Geraldo Alckmin fica na dele. Dia
desses conversei com um dos generais alckmistas. Dizia ele: se o Geraldo
não fizer nada, leva tudo contando apenas com as besteiras do Aécio.
Mas Aécio vai continuar assim pelo
resto da sua vida política. Conta prosa em público, como um valentão de
praia. Depois, irá se vangloriar com seus companheiros de noitadas
intelectuais: Ronaldão, os Garnero e outros playboys "malacas" das
praias do Rio.
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