20/04/2018
Tânia Mandarino: Esquivel retornou a Argentina e ainda não há decisão sobre o primeiro pedido de visita a Lula; quando o juiz se cala, cala os direitos
Do Viomundo - 20 de abril de 2018 às 17h03
por Conceição Lemes
No final da noite passada (18/04), a advogada Tânia Mandarino ainda tinha esperança de que Prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel pudesse visitar na prisão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta sexta-feira (20/04).
Afinal, a juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, não havia analisado o primeiro pedido de Esquivel, ao contrário do que a mídia divulgara mais cedo.
Agora, a esperança acabou.
Às 13h o voo de Esquivel com destino a Argentina decolou do Aeroporto Internacional Afonso Pena,em Curitiba.
“Esquivel foi embora do Brasil sem receber a prestação jurisdicional como requerida no início da semana com a prioridade especial devida a um idoso de 87 anos, como assegura a lei brasileira”, expõe a advogada.
Prestação jurisdicional é o que a Justiça tem de nos dar. É um direito. No caso, decidir com urgência pelo fato de Esquivel ter 87 anos.
“Lula, 72 anos, não receberá a visita do grande homem, que é seu amigo há 30 anos”, prossegue, com um nó na garganta.
“A negativa do Juízo em reconhecer a urgência alegada nos envergonha perante o mundo; ao mesmo tempo, escancara atual momento político do Brasil”, atenta.
As advogadas Ivete Caribé da Rocha e Tania Mandarino protocolaram o primeiro pedido de Esquivel — o da visita a Lula como amigo –, na segunda-feira, 16 de abril.
Até este momento — são 17h de 20 abril — não há decisão da juíza a respeito dele.
“O juiz tem que dizer sim ou não, mas tem que dizer!, atenta a advogada. “Quando o juiz se cala, cala os direitos”
“Agora, seja qual for a decisão, o Brasil já perdeu”, avisa Tânia Mandarino. “Mas lutaremos para que Esquivel possa voltar e reencontre o seu amigo Lula.”
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