sábado, 29 de maio de 2010

Contraponto 2349 - Chico de muitas faces

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29/5/2010
Chico de muitas faces

Diário do Nordeste - 29/05/2010


CHICO ANYSIO conversa com os seus conterrâneos de Maranguape durante o Segundo Festival Nacional de Humor : "Todas minhas saudades e tristezas são daqui de Maranguape"
NATINHO RODRIGUES

Cico Anísio na sua terra: Maranguape - Ceará


CHICO ANYSIO conversa com os seus conterrâneos de Maranguape durante o Segundo Festival Nacional de Humor : "Todas minhas saudades e tristezas são daqui de Maranguape"
NATINHO RODRIGUES
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29/5/2010

Chico Anysio é homenageado no II Festival Nacional de Humor de Maranguape. Ele visitou o Museu de Cidade onde estão marionetes e caricaturas de alguns de seus personagens

A noite de lua cheia desse mês de maio foi especial lá na Serra de Maranguape. Na boquinha da noite, seu filho mais ilustre, Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho, mais conhecido como Chico Anysio, esteve por lá. Passagem rápida, já que no dia seguinte tinha de estar na Paraíba para apresentar mais um espetáculo. Chegou lento e desceu devagar do carro que logo ficou rodeado de crianças, com papel e caneta na mão para tentar um autógrafo. Está cansado, nosso gênio do humor. Na noite da terça-feira, 18, teve que ser internado com princípio de infarto "e precisou desentupir três veias", diz André Lucas, o filho e empresário que o acompanha nas viagens quase ininterruptas. "Mas na terça-feira, seguinte, 25, essa semana, já estava gravando novamente", completa J. de Camilis, o Quinzinho, sobrinho de Valter D´ Ávila (seu Baltazar da Rocha), que acompanha Chico há 54 anos. "Todas minhas saudades e tristezas são daqui de Maranguape. Ninguém sabe como fui feliz aqui até os oito anos". E, durante a entrevista rápida, tanto pela concorrência, quanto pela necessidade de não cansá-lo, ele discorre na memória o tempo em que a empresa de ônibus do pai foi destruída em um incêndio, da ida para o Rio de Janeiro de barco, e dos primeiros passos no humor. "O primeiro personagem que criei foi o professor Raimundo, em 1957. Sempre tive facilidade em imitar as pessoas. Com 16 anos tinha um espetáculo montado com 32 personagens que eu apresentava pelas rádios. Ganhava tudo, ganhei tanto que ninguém queria mais que eu concorresse", recorda.

O olhar está cansado, a respiração mais curta, o ombro pouco encurvado, mas a elegância, criatividade, vontade de produzir e charme também estão todos lá. Chico está preparando um novo show "Tudo Eu", onde o desafio será apresentar 12 personagens que "ainda estão na fase de testes, para ver o quem se adapta melhor ao palco". Mas já estão sendo confeccionados perucas e figurinos.

Entre as poucas dezenas que vieram recepcioná-lo no Centro de Arte Popular, que agora exibe duas exposições permanentes com seus personagens, Chico Anysio observa as 15 marionetes confeccionadas pelo artista e curador da mostra, Gandhy Piorski Aires. "Tem o Qualhada, Silva, Alberto Roberto, Profeta, Bento Carneiro, Tim Tones, Pantaleão, Roberval Taylor, Painho, Veio Zuza e Salomé", diz o simpático maranguapense Vilamar, de 15 anos, fazendo as vezes de guia. "Nessa outra sala, temos os originais das caricaturas extraídas do livro "É mentira, Chico?", de diversos artistas e organizado pelo Ziraldo", explica Vilamar.

Enquanto se encaminha para a praça Capistrano de Abreu, uma pequena multidão se esbalda com as apresentações da mostra competitiva do II Festival Nacional de Humor de Maranguape que segue até amanhã, domingo, com oficinas, shows e cortejos. Os humoristas Falcão, João Claúdio Moreno, Marmita, Raimundinha, Augusto Bonequeiro com o boneco Fuleiragem, Saulo Laranjeira, Papudim, Hiran Delmar, além das atrações musicais: Neo Pi Neo, Groovytown e Baby Dolls, e outros artistas, também marcaram presença. Já na Mostra Competitiva participaram Francisco Eliomar, Nana Pinheiro, Francisco Rogério, Oscabritto, Antonio Irapuan, Luan Damasceno, Daniel Felício, Tiquinho, Edmar Valentim, Ed Mai, José Iranildo, Cibalena e Iraldo Show. O resultado da mostra será conhecido na noite de domingo.

MAIS INFORMAÇÕES:
II FESTIVAL Nacional de Humor de Maranguape até amanhã, 30. Hoje apresentação de Papudim e Hiran Delmar, às 20 horas, no Teatro Pedro Gomes de Matos

NATERCIA ROCHA
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Contraponto 2348- Serra perde o equilíbrio e a compostura

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29/05/2010


Serra nervos de aço e os rompantes inconsistentes



Do Nassif - 29/05/2010 - 00:43

Do Estadao.com.br
Serra: declaração da Bolívia vale nota de três reais

28 de maio de 2010 | 20h 23

ANGELA LACERDA – Agência Estado

O pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra (PSDB), não somente reafirmou hoje, em Olinda (PE), que a Bolívia faz “corpo mole” no combate ao tráfico de drogas, como considerou “não valer uma nota de três reais” a declaração do Ministério das Relações Exteriores da Bolívia que avaliou seu posicionamento sobre o assunto como “político-eleitoral”.

“Quando entro numa briga é para valer, não tenho receio de enfrentar adversários e a coca tem do seu lado defensores e aproveitadores poderosos”, afirmou em entrevista, depois da festa de lançamento da pré-candidatura do seu aliado, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) ao governo de Pernambuco.

“Eu acho que o governo brasileiro deve pressionar o governo boliviano fortemente, não pela força, mas pela pressão moral, no sentido de que combata a exportação da coca para o Brasil”, defendeu, ao avaliar ser “impossível” a Bolívia exportar 70, 80, 90 por cento da cocaína que se consome no Brasil sem que “o seu governo lá faça corpo mole”.

Para ele, para se poupar a juventude brasileira “desta verdadeira peste, desta praga que é a cocaína e o crack, é preciso atuar nas origens”. “Não é só reprimir o traficante local, não é só fazer o tratamento do jovem”. “Combater contrabando é muito difícil, mas é mais fácil combater o contrabando no país de origem que no de destino, porque tem uma cadeia produtiva, tem a colheita, o transporte, a manufatura”, completou.

Vice

Diante da reafirmação do governador de Minas Gerais, Aécio Neves, de não aceitar ser candidato a vice, Serra frisou nunca ter feito a proposta a ninguém.
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“É um assunto que vamos resolver tranquilamente, temos todo junho”, afirmou ao lembrar que “a pior coisa que tem para um político que está no governo é ter um vice que faz aporrinhação, porque é infernal”.

O tucano disse que o senador Marco Maciel (DEM) – que tenta a reeleição na chapa de Jarbas – virou um padrão de referência do vice ideal, como vice do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso: “quieto, discreto, cooperativo e de confiança”.

Clique aqui para ir à notícia

Comentário (Do Nassif)

Fiquei fora a tarde inteira. Quando li essa informação em um comentário, julguei ser gozação do comentarista. E era verdade. É muita imbecilidade junta. Isso não é nível para um candidato a presidente da República. É desolador imaginar que o sonho de uma campanha de nível está resvalando para essas inconsequências.

Para acompanhar pelo Twitter: http://twitter.com/luisnassif
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Contraponto 2347 - Charges do Bessinha

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29/05/2010
Bessinha (98) e (99)

Contraponto 2346 - O palpite togado de um golpe improvável

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29/05/2010
O palpite togado de um golpe improvável

Carta Maior - 28/05/2010

O que significam as palavras da vice-procuradora da República, Sandra Cureau, afirmando que, devido à quantidade de irregularidades, "a candidatura Dilma Rousseff caminha para ter problema já no registro e, se eleita, já na diplomação”?

Gilson Caroni Filho*

A temperatura da disputa política, agitada com os recentes programas partidários, traz ao primeiro plano uma movimentação que, dependendo dos desdobramentos, pode ser ridícula ou inquietante: a nova direita, tal como a antiga, parece o homem que, acordado, age como se dormisse, transformando em atos os fragmentos de um longo e agitado sonho no qual ele ainda é o principal ator, com poderes para interromper qualquer possibilidade de avanço institucional.

O sonho-delírio do bloco neoudenista insiste em não aceitar a disputa democrática, reitera a disposição em deixar irresolvidos conflitos fundamentais, antecipando o fracasso de qualquer debate político. Seu ordenamento legal não se propõe a garantir o mesmo direito a todos, ampliando o Judiciário e racionalizando as leis. Deseja uma democracia que só existe no papel, com instituições meramente ornamentais que dão um tom barroco às estruturas de mando.

Inconformada com a derrota que se anuncia em pesquisas de intenção de voto, a classe dominante se esmera em repetir ações que um dia lograram êxito. Tornam-se cada vez mais frequentes as ações combinadas de articulistas de direita e membros do Judiciário. Acreditando que a história permite repetições grotescas, multiplicam-se editoriais, artigos, entrevistas com vice-procuradoras e ministros do TSE que acreditam estar criando condições superestruturais para um golpe contra a candidatura de Dilma Rousseff. Se ainda podemos encontrar pouquíssimos comentários políticos de diferentes matizes, é inegável a homogeneidade discursiva dos “especialistas” em jornalismo panfletário. E eles se repetem à exaustão.

No entanto, o erro de cálculo pode ser surpreendente. Confundir desejo com realidade tem um preço alto quando se pensa em estratégia política. Ao contrário de 1964, não faltam às forças do bloco democrático-popular, o único capaz de impedir de retrocessos, organização e direção. Os movimentos sociais, e esse não é um pequeno detalhe, não mais se organizam a partir do Estado, como meros copartícipes de governos fracos e ambíguos. Estruturados no vigor das bases, acumulando massa crítica desde o regime militar, os segmentos organizados contam, hoje, com experiências suficientemente amadurecidas para deslegitimar ações e intenções golpistas junto a expressivos setores da opinião pública.

Rompendo as alternativas colocadas pelas elites patrimonialistas que apoiam José Serra, as forças progressistas dispõem de plataforma política para não permitir que a democracia brasileira venha a submergir no pseudolegalismo que se afigura em redações e tribunais.

Nesse sentido, o que significam as palavras da vice-procuradora da República, Sandra Cureau, afirmando que, devido à quantidade de irregularidades, "a candidatura Dilma Rousseff caminha para ter problema já no registro e, se eleita, já na diplomação”? Nada mais que identidade doutrinário-ideológica com o que há de mais reacionário no espectro político brasileiro. Inexiste no palpite da doutora Sandra um pensamento jurídico que se comprometa com os anseios democráticos da sociedade brasileira.

Nem que fosse por mera hipótese exploratória, seria interessante que o Judiciário se pronunciasse sobre o conteúdo da informação televisiva, em especial a que é produzida pela TV Globo. Quando uma emissora monopolística, operando por meio de concessão pública, editorializa seu noticiário e direciona a cobertura para favorecer o candidato do PSDB, o que podemos vislumbrar? Desrespeito a uma obrigação constitucional? Abuso de poder político e econômico? Ou um exemplar exercício de “liberdade de imprensa”? (Grilfo do ContrapontoPIG)

São questões candentes quando, antes de qualquer coisa, o custo da judicialização da vida pública partidariza algumas magistraturas. Sem se deixar intimidar com as pressões togadas, a democracia só avança através de pactos que permitam abrir a sociedade às reivindicações e participação social de setores recém-incluídos. A candidatura de Dilma Rousseff expressa essa possibilidade. Do lado oposto, sob pareceres e editoriais que se confundem tanto no estilo quanto no conteúdo, reside a quimera de um golpismo cada vez menos provável.

*Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Fecha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Jornal do Brasil
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Contraponto 2345 - "Que tal uma Caravana JN neste ano?"

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29/05/2010
Que tal uma Caravana JN neste ano?

Neste ano não vamos ter a Caravana do Jornal Nacional? Alguém ainda se lembra da tal Caravana que rodou o Brasil antes das eleições de 2006? Foi um dos momentos altos do jornalismo-espetáculo comprometido com uma candidatura presidencial. Não por acaso, aquela que procurava evitar a reeleição de Lula.

Laurindo Lalo Leal Filho*

O governo superava a tentativa de golpe orquestrada em meio ao primeiro mandato mas sofria ainda algumas seqüelas. Todas muito bem aproveitadas pelo jornalismo global. E ai inventou-se a Caravana pilotada por um publicitário e por um animador de programas de auditório para mostrar o Brasil no Jornal Nacional. O curioso é que essas imagens poderiam ser muito mais facilmente captadas pelas afiliadas da emissora espalhadas por todo o pais. Mas ai haveria a possibilidade da informação sobreviver jogando o espetáculo por água abaixo.

E nem original ela era. Tratava-se da adaptação brasileira de uma cobertura eleitoral realizada nos Estados Unidos, nos anos 1950, pelo jornalista Peter Jennings, para a rede de televisão ABC. Aqui exagerou-se no show, com um conteúdo marcado pelo partidarismo. Exemplo disso foi dado no dia 7 de setembro de 2006, quando a Caravana passou pela “pior estrada do Brasil’: a BR-116, entre o Maranhão e o Pará. A reportagem, com 1 minuto e 16 segundos, exibiu crateras e sugeriu que os candidatos passassem por lá”. No dia seguinte, o JN repetiu parte da matéria com frases do tipo “mostra a vergonha do Brasil, mostra onde foram parar nossos impostos, olhas as placas de sinalização, as faixas no asfalto. Olha o asfalto...”

No dia 9, o JN repercutia a reportagem com os candidatos. Geraldo Alckimin, como que obedecendo às chamadas do repórter, dizia ter estado lá e ter visto “o estado de abandono da estrada (com) graves riscos para os caminhoneiros (e) aumento do custo do frete”. Tabelinha perfeita, do tipo Pelé-Coutinho ou, para atualizar, Ganso-Neymar.

As informações são da pesquisadora Flora Neves e estão num livro publicado por ela, em 2008, chamado "Telejornalismo e Poder nas Eleições Presidenciais" (Summus Editorial). A cobertura dos pleitos de 2006 e 2008 realizada pelo JN é minuciosamente analisada e destrói, com provas, o discurso de equilíbrio tão propagandeado pela emissora. Vale a pena ser lido às vésperas de uma nova eleição.

Agora, em 2010, um novo livro aprofunda a análise sobre a Caravana do JN. Trata-se da publicação da tese de doutorado, defendida na PUC de São Paulo, por Carla Montuori Fagundes sob o titulo “Os contrapontos eleitorais e os cinco ‘brasis’ em campanha pela Caravana JN” (Porto de Ideias Editora).

São analisados 52 programas cujo conteúdo é minuciosamente confrontado com os dados apresentados no “Atlas da exclusão social no Brasil: classes sociais” organizado por Ricardo Amorim e Márcio Pochmann. Aí o espetáculo pseudo jornalístico vira espuma. Revela-se a nítida intenção de jogar nas costas do candidato da situação todas os problemas sociais das regiões mais pobres, sem dar a ele o crédito do sucesso onde as condições de vida melhoraram.

A região sul-sudeste seguia maravilhosa para a Caravana em contraste com a beira do inferno encarnada no norte-nordeste. Nada como o reforço de bons estereótipos para garantir a audiência. E mais, segundo a pesquisa, para não mostrar os avanços sociais que já eram visíveis em regiões menos favorecidas.

E agora? Por que não há uma nova Caravana? Simplesmente porque será difícil esconder esses avanços, fortalecidos a partir do segundo mandato do presidente Lula. Vamos ficar apenas no Nordeste, onde a Caravana destacava, em 2006, a miséria por todo o lado. É para lá que estão voltando centenas de brasileiros expulsos do país durante o auge da vigência do regime neoliberal. Eis um exemplo isolado, mas emblemático: as dezenas de dekasseguis brasileiros que migraram do sul maravilha para o Japão e agora voltam contratados pelo Estaleiro Atlântico Sul, instalado no distrito portuário industrial do Suape, em Pernambuco.

Seria difícil realizar uma nova Caravana JN sem mostrar fatos como esse. Então, em nome do partido do qual ela fazia parte, é melhor deixar para lá.

*Laurindo Lalo Leal Filho, sociólogo e jornalista, é professor de Jornalismo da ECA-USP. É autor, entre outros, de “A TV sob controle – A resposta da sociedade ao poder da televisão” (Summus Editorial).
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Contraponto 2344 - No Fórum Mundial, Lula defende acordo contra 'intolerância'

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29/05/2010


No Fórum Mundial, Lula defende acordo contra 'intolerância'

Portal Vermelho
- 28 de Maio de 2010 - 15h39

Em vez de fazer um discurso protocolar como anfitrião do 3º Fórum Mundial de Aliança de Civilizações, aberto nesta sexta-feira (28) no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva preferiu entrar nas "raízes profundas dos conflitos". Seu libelo contra a fome, a " intolerância étnica, religiosa, cultural e ideológica", os arsenais atômicos e os governantes que "buscam transferir o ônus da crise para os mais fracos", incluiu a defesa do acordo com o Irã.

Lula refuta 'teses absurdas' no 3º Fórum
Lula desta vez preferiu ler sua fala em vez de falar de improviso. Seu curto discurso foi uma síntese dos princípios da política externa brasileira, que entrou em evidência neste mês com o acordo de Teerã.

"Posições inflexíveis só ajudam a confrontação e afastam a possibilidade de soluções de paz que a maioria aspira. Com esses princípios, viajei a Tel Aviv e a Ramalá, tentando buscar a paz. Com esse propósito, o primeiro-ministro Erdogan e eu fomos a Teerã buscar, com o presidente Ahmadinejad, uma solução negociada para um conflito que ameaça muito mais do que a estabilidade de uma região importante do Planeta. O mundo precisa do Oriente Médio em paz e o Brasil não está alheio a essa necessidade", defendeu Lula.

Polêmica com o 'choque de civilizações'

A fala do presidente foi aplaudida e apoiada pelo próprio Erdogan e numnerosos chefes de governo e de Estado, pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e pelas delegações de cem países presentes no Rio.

As características de país mestiço e aberto ajudaram na escolha da Cidade Maravilhosa, como citou Lula, para sediar o 3º Fórum. Com a participação de governantes, parlamentares, empresários, prefeitos, ativistas da sociedade civil, jovens, jornalistas, representantes de fundações, organizações internacionais e líderes religiosos, o encontro é uma resposta da ONU à tese do "choque de civilizações", lançada em 1993 pelo cientista político Samuel P. Huntington, porta-voz da ultradireita norte-americana.

"São absurdas as teses sobre uma suposta fratura de civilizações no mundo que conduziria, inexoravelmente, a conflitos. Essas teorias são criminosas quando utilizadas como pretexto para ações bélicas, ditas preventivas", disse Lula no discurso, polemizando ao mesmo tempo com Huntington e com a política belicista que levou os Estados Unidos à invasão do Afeganistão e do Iraque.

O discurso do presidente foi além e denunciou todos os arsenais nucleares como "peças ultrapassadas e obsoletas". Lula fez a apologia da posição do Brasil, que renunciou constitucionalmente às bombas atômicas, e da América Latina, por ser a primeira zona desnuclearizada do planeta.

Veja a íntegra do discurso:

"Primeiro, o governo brasileiro e o povo brasileiro, especialmente esta cidade maravilhosa, como é conhecido o Rio de Janeiro, dão as boas-vindas a todos os que nos honram com sua presença neste Fórum.

Esta Aliança foi a resposta de um expressivo grupo de nações à ofensiva obscurantista daqueles que pretenderam dividir a Humanidade a partir de um suposto choque de civilizações.

Nossa adesão a esse projeto está em sintonia com os princípios universalistas que regem o Estado brasileiro e sua política externa, mas também reflete o que foi a construção de nossa identidade nacional. Somos multiétnicos, acolhemos distintas religiões e culturas. A nação brasileira é formada por nossos povos originários, pelos milhões de africanos que para aqui vieram, forçados, para o trabalho escravo. Abriga sucessivas levas de imigrantes europeus e asiáticos. Aqui convivem pacificamente milhões de descendentes de árabes com centenas de milhares de judeus e descendentes de judeus.

O Brasil tem uma enorme dívida para com os povos de quase todo o mundo, que ajudaram a construir nossa riqueza material, mas, sobretudo, são responsáveis pela construção de nosso patrimônio cultural. Todos eles, sem exceção, fazem parte do que chamamos de civilização brasileira.

Aprendemos com nossa própria história que a tolerância e a igualdade de oportunidades são fundamentais para um ambiente de concórdia e de paz. Ela nos ensinou que a exclusão, o preconceito e a pobreza alimentam cenários de tensão e de conflito, fomentam situações de dominação e de injustiça, que impedem povos e nações de construírem um futuro digno e pacífico.

Não haverá encontro fraternal de civilizações enquanto não forem enfrentadas as raízes profundas dos conflitos, enquanto houver fome e desemprego, mas também enquanto persistir a intolerância étnica, religiosa, cultural e ideológica.

A promoção de uma cultura de paz deve ser um dos pilares centrais deste Fórum. Para tanto, precisamos renovar mentalidades. Para renová-las é necessário oferecer oportunidade de crescimento econômico com justiça social aos milhões de homens e mulheres que vivem nas margens da Humanidade, humilhados e ofendidos, sem esperança.

São absurdas as teses sobre uma suposta fratura de civilizações no mundo que conduziria, inexoravelmente, a conflitos. Essas teorias são criminosas quando utilizadas como pretexto para ações bélicas, ditas preventivas.

O Brasil aposta no entendimento que faz calar as armas, investe na esperança que supera o medo, faz da democracia política, econômica e social sua única e melhor arma. Minha experiência como líder sindical ensinou-me que posições inflexíveis só ajudam a confrontação e afastam a possibilidade de soluções de paz que a maioria aspira.

Com esses princípios, viajei a Tel Aviv e a Ramalá, tentando buscar a paz. Com esse propósito, o primeiro-ministro Erdogan e eu fomos a Teerã buscar, com o presidente Ahmadinejad, uma solução negociada para um conflito que ameaça muito mais do que a estabilidade de uma região importante do Planeta. O mundo precisa do Oriente Médio em paz e o Brasil não está alheio a essa necessidade.

Defendemos um planeta livre de armas nucleares e o pleno cumprimento, por todos os países, das determinações do Tratado de Não Proliferação. Acreditamos que a energia nuclear deve ser um instrumento para a promoção do desenvolvimento, não uma ameaça. Temos sólidas credenciais para exigir o desarmamento. O Brasil é um dos poucos países a consagrar, em sua Constituição, a proibição de produzir e de usar armas nucleares. A América Latina e o Caribe formam a primeira zona desnuclearizada do planeta. A existência de armas de destruição em massa tornam o mundo mais inseguro. Os arsenais nucleares são peças ultrapassadas e obsoletas de um tempo, já superado, de equilíbrio do terror.

Caros amigos,

A promoção da Aliança de Civilizações requer criatividade para forjar novos laços entre regiões e continentes. Reduzimos distâncias físicas, aproximando visões de mundo, integrando povos e culturas. Na América Latina e Caribe, estamos consolidando um projeto de integração regional que vai além da criação de um espaço econômico continental. Queremos que nossas diversidades sejam um fator de multiplicação de nossa força, não um pretexto para dissolver nossos objetivos comuns.

Foi a perspectiva de ampliação de um diálogo de civilizações que nos levou a realizar duas reuniões de Cúpula entre países da América do Sul com os países árabes, e outras duas com os países africanos. Estamos aprofundando nosso conhecimento mútuo, na certeza de que valores e heranças compartilhados nos farão mais fortes para enfrentar desafios como o aquecimento global, a insegurança energética e o terrorismo transnacional, mas, sobretudo, a fome e a miséria no mundo.

Amigas e amigos,

A crise financeira que se abateu sobre todos mostrou o quão necessário será contar com organizações multilaterais vigorosas, à altura de um mundo cada vez mais diverso e multipolar. Mas constatamos grande resistência à mudança. Incapazes de assumir os seus próprios erros, alguns governantes buscam transferir o ônus da crise para os mais fracos. Adotam medidas protecionistas que oneram bens e serviços exportados por países em desenvolvimento. Ao mesmo tempo em que se mostram lenientes com os paraísos fiscais, responsabilizam imigrantes pela crise social.

A comunidade internacional precisa reagir. Combater as manifestações de xenofobia e de racismo é tarefa inadiável. O Brasil continua um país aberto e solidário para aqueles que vêm buscar aqui trabalho digno e vida melhor. No momento em que a recessão ceifava milhares de empregos em nossa economia, não hesitamos em regularizar a situação de dezenas de milhares de migrantes.

Senhoras e senhores,

Os jovens constituem um dos grupos mais vulneráveis às influências do fanatismo e da intolerância, além de serem as principais vítimas da violência. Mas são também a melhor promessa para o futuro, sempre que orientados para o conhecimento do outro e para o respeito às diferenças. A participação jovem em programa de promoção do diálogo e da cooperação intercultural tem que ser o objetivo central de nossa Aliança.

É imprescindível um forte investimento na educação. O conhecimento e a informação histórica e cultural sobre diferentes civilizações são essenciais para a promoção de um ambiente naturalmente tolerante. Por isso, estamos implementando o ensino da história e da cultura afro-brasileira nas escolas brasileiras. Povos sem conhecimento de sua história e de sua cultura não têm como avaliar o presente e serão incapazes de fazer as melhores opções para a construção do seu próprio futuro.

Os meios de comunicação também têm papel decisivo na formação de valores em qualquer sociedade. Sua atuação construtiva é indispensável para a promoção dos princípios de nossa Aliança.

Meus caros amigos,

Este 3º Fórum confirma que não nos deixamos vencer nem pela distância, nem pelo ceticismo dos que duvidavam de nossa capacidade de trabalhar juntos. Aqui prevalece a determinação de romper paradigmas para aperfeiçoar um diálogo pioneiro entre Estados e sociedades que desejam construir um mundo à imagem de suas melhores tradições de entendimento e de solidariedade. É essa a mensagem que nossa Cúpula lança.

O Brasil ajudará a solidificar cada vez mais essa ponte de amizade e cooperação
que estamos construindo entre nossos povos."

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Contraponto 2343 - "O golpe está sendo televisionado"

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29/05/2010


O golpe está sendo televisionado

Amigos do Presidente - por Helena™ - sexta-feira, 28 de maio de 2010

Depois de criticar o PT e ainda entrar com ação no TSE contra o PT, por, segundo o partido, fazer campanha antecipada, o DEM fez o mesmo no rádio e na TV: o pré-candidato tucano José Serra ocupou 80% do programa de rádio e TV do partido.E pior, o crime eleitoral teve aval do TSE, e a conivência do ministro Aldir Passarinho. Com isso, o DEM desafiou determinação do TSE, que suspendera programas do partido na Bahia e no Ceará por causa das aparições de Serra.

Contrariando seus discursos e ações na Justiça Eleitoral contra a prática do PT de fazer campanha antecipada, o DEM fez de seu programa partidário exibido ontem em cadeia nacional de rádio e TV palanque para José Serra, que ainda teve a cara de pau ao falar de "umpunidade". O candidato tucano José Serra, foi a principal estrela, ocupando 80% dos dez minutos da propaganda.


Mesmo após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter determinado, durante a semana, a suspensão das inserções regionais do DEM com o mesmo conteúdo na Bahia e no Ceará, salientando que a sigla não poderia fazer propaganda de uma pessoa que não é filiada à legenda - no caso, Serra.

Na tentativa de driblar a Lei dos Partidos, que veda a participação de filiados a outras legendas, o DEM utilizou trechos do discurso feito por Serra no encontro suprapartidário do dia 10 de abril, quando o tucano foi lançado pré-candidato.

José Serra quer ganhar usado programa de TV

DEM, PPS e PSDB dizem que estão tentando massificar a imagem de Serra, na expectativa de que isso resulte em mais pontos nas pesquisas de intenção de votos

Além do programa do DEM e PSDB, que vai ao ar dia 17 de junho, o Serra ainda vai desafiar mais uma vez a justiça eleitoral. Ele será protagonista também dos programas dos aliados PPS e PTB. Integrantes do DEM, dizem que sabem que poderão ter problemas na Justiça Eleitoral. Mas, segundo dirigentes, o partido decidiu correr o risco de ser punido pelo TSE por que a punição consiste em suspender o programa só no ano que vem.

Atacando Lula, com quase 95% de popularidade

O Senado, José Agripino Maia (RN), ficou encarregado de fazer o ataque mais raivoso ao governo, e ao PT

Antes de o programa ir ao ar, o PT pediu ao TSE a sua suspensão, mas o pedido foi negado pelo ministro Aldir Passarinho. Seria considerado censura prévia. O presidente do DEM criticou o pedido do PT
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sexta-feira, 28 de maio de 2010

Contraponto 2342 - Serra gosta de guerra

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28/05/2010
Serra gosta de guerra


O Guerreiro Serra em poucos dias já "declarou guerra" a seis países:
Bolívia, Irã, aos países do Mercosul: Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela.

Ao próprio Brasil, Serra já declarou guerra há muito tempo - desde os tempos em que participou das privatarias - a começar pela venda da Vale. (Veja no vídeo abaixo)



Excelente prenúncio de política externa, não?
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Contraponto 2341 - "Brasil rejeita versão de que Obama orientou o acordo com o Irã"

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28/05/2010

Brasil rejeita versão de que Obama orientou o acordo com o Irã

Vermelho - 28 de Maio de 2010 - 11h33

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu nesta quinta-feira (27) com rigidez às insinuações de que ele e o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyiq Erdogan, foram orientados pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para negociar o acordo de paz com o Irã.



Lula afirmou que eles não receberam “procuração” alguma para buscar o acordo. “Não temos procuração nem queremos ter procuração para tratar da questão nuclear”, disse o presidente, durante a primeira visita de Erdogan ao Brasil.

O presidente confirmou que ele e Erdogan receberam uma carta de Obama, semanas antes de ser fechado o acordo nuclear no Irã. Na correspondência, Obama faz apenas uma série de sugestões sobre um eventual acordo.

Segundo Lula, é necessário estar com “a cabeça aberta” para haver um acordo e chegar a um consenso. “Com truculência a gente não resolve nem os problemas da casa da gente e entre a família. Nós demos um sinal e espero que a agência tenha sabedoria de entender o momento político e o gesto do Irã e a posição do Brasil”.

Em seguida, o presidente sinalizou que a reação das grandes potências à proposta ocorreu porque não esperavam que o Brasil e a Turquia fechassem um acordo. “Nós fizemos o que eles estão tentando há muitos anos e não conseguiram. As pessoas precisam aprender que a política do século 21 precisa ter mais transparência e diálogo”.

Lula afirmou ainda que é preciso que as pessoas decidam pelo diálogo ou pelo confronto. “Agora é preciso que as pessoas digam claramente se querem construir a possibilidade de paz ou se querem construir a possibilidade de conflito”.

O presidente evitou comentar sobre as eventuais sanções, propostas pelos Estados Unidos. Segundo ele, a expectativa é que os membros permanentes do conselho e a Agência Internacional de Energia Atômica analisem a proposta e evitem as punições. “Vamos aguardar o que a agência e os países têm a dizer”.

Os comentários na imprensa que tentam atribuir a Obama os conselhos do acordo com Irã são apenas tentativas inúteis de diminuir o papel do Brasil e do presidente Lula nas negociações. Isto fica claro com as declarações feitas ontem (27) pela secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton: “Os EUA e o Brasil têm sérias divergências sobre o programa nuclear iraniano”.

De fato. Enquanto o Brasil enxerga a energia nuclear como uma importante ferramenta para o desenvolvimento da paz – através da medicina – os EUA insistem em enxergá-la como uma arma de guerra.

A opinião pública acompanha atenta os desdobramentos desse episódio e tem a expectativa de que o Brasil continue atuando para evitar as sanções contra o Irã.

Da Redação, com Agência Brasil
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Contraponto 2340 - "Dilma dá de “talho” na ofensa de Serra à Bolívia"

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28/05/2010

Dilma dá de “talho” na ofensa de Serra à Bolívia

Tijolaço - quinta-feira, 27 maio, 2010 às 16:22

Brizola Neto

No livro Um Certo Capitão Rodrigo, do Érico Veríssimo, o protagonista, Capitão Rodrigo Cambará, chega ao bolicho (venda) de Juvenal Terra (outro personagem da trilogia O tempo e o vento) e pronuncia a frase que virou símbolo de uma “gauchada” típica: “Buenas, e me espalho. Nos pequenos, dou de prancha, mas nos grande dou de talho”. Prancha, pra quem não sabe, é o lado do facão, com que os gaúchos andavam naqueles tempos, quase dois séculos atrás.

A cena me veio à cabeça, agora há pouco, lendo a resposta que Dilma Roussef deu para a idiotice grosseira que Serra cometeu ontem ao acusar o governo boliviano de ser “cúmplice” do narcotráfico.

“Não é possível, de forma atabalhoada, a gente sair dizendo que um governo é isso ou aquilo. Não se faz isso em relações internacionais. Este não é o papel de um estadista ou de quem quer ser estadista”, disse a pré-candidata ao ser questionada sobre a declaração de Serra., disse ela

“Não acho que este tipo de padrão, em que você sai acusando outro governo, seja uma coisa construtiva. Temos que ter cautela, prudência e saber que são relações delicadas, que envolvem soberanias. Mesmo sendo [a Bolívia] um país pequeno, e por ser um país pequeno, a delicadeza tem que ser maior”,

Mas bá, guri, estes anos em que Dilma se tornou gaúcha adotiva lhe entranharam a alma. Deu de talho no Serra, ao ensinar diplomacia e bons modos ao tucano.

E deu de prancha, também, ao dizer uma frase que a elite paulista poderia bem entender como descrição do que acontece em nosso próprio território:

“Não podemos ser um país desenvolvido cercado de miseráveis. Não podemos desprezar nossos vizinhos e olhar com soberba para países diferentes de nós. Esta é a política imperialista que leva à guerra, ao conflito e ao desprezo.”
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Contraponto 2339 - Os prováveis vices de Serra

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28/05/2010

Os Prováveis Vices de Serra:

Kátia "latifundiária" Abreu
Tasso "troglodita" Jereissati
Arthur "171" Virgílio
Agripino "compra voto" Maia
Caetano Veloso
Regina "do medo" Duarte
Eliane "febre amarela" Castanhede
Sérgio "anão" Guerra
Marcelo Madureira
Daniel "mendes" Dantas
Roberto Jefferson
José Roberto "chorão" Arruda

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Contraponto 2338 - "Privataria condenada junto com tucano"

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28/05/2010
Privataria condenada junto com tucano

É, as denúncias contra os tucanos relacionadas a fatos e detalhes ainda obscuros da privatização arquivadas pela justiça precisam ser reavaliadas e, de fato, começam a ser revistas. No processo de privataria (como tem sido chamada) promovido pelo tucanato eles torraram R$ 100 bi do patrimônio público nos oito anos de governo Fernando Henrique Cardoso. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) acaba de condenar o ex-ministro das Comunicações de FHC, Luiz Carlos Mendonça de Barros a pagar uma indenização de meio milhão - R$ 500 mil - por danos morais ao empresário Carlos Jereissati, dono da Holding La Fonte (que tem entre seus empreendimentos os shopiings centers Iguatmi) sócio do consórcio Telemar, participante do leilão de privatização das teles. O valor da indenização ainda será atualizado e acrescido de juros.
É que em depoimento à Justiça Federal em 2001, Mendonça acusou Carlos pelo vazamento de conversas telefônicas suas com o então presidente do BNDES, André Lara Resende sobre a privatização do sistema Telebrás. As ligações estavam grampeadas desde três semanas antes do leilão. Por essas acusações Jereissati o processou.

Em julgamentos anteriores o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concluiu pelo entendimento de que as acusações de Mendonça contra Carlos Jereissati não caracterizavam dano moral, mas no exame do processo em instância superior, o STJ concluiu pelo contrário - "dizer que o autor (da ação, Jereissasti), homem calejado na vida de negócios, não foi atingido pelos fatos não faz sentido", considerou a Corte em Brasília. Mendonça afirmou à Folha de S.Paulo que espera a publicação do acórdão para decidir se recorre ou não da condenação.

Os tucanos não contavam com essa! Mas o fato é que, assim, as anteriores denúncias contra os tucanos relacionadas ao processo e liquidação de estatais pelos governos do PSDB-DEM precisam ser reavaliadas e revistas. Com essa deliberação do STJ temos um claro conflito de sentenças e decisões do ponto de vista político e uma condenação clara à privataria da época tucana.
ponto de vista político e uma condenação clara à privataria da época tucana...
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Contraponto 2337 - SERRA/FHC/ Participação do Brasil no Mercocul /SERRA/FHC

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28/05/2010


(Postagem recorrente)


SERRA/FHC/ Participação do Brasil no Mercocul /SERRA/FHC


FARINHA DO MESMO SACO
ÁGUA DA MESMA FONTE
PEDAÇO DO MESMO NACO
BOZERRA DO MESMO MONTE

.http://www.tijolaco.com/wp-content/uploads/2010/04/morf1.gif
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SERRA SERIA a volta:


- ao neoliberalismo
- às privatizações
- à perseguição a funcionários públicos
- ao Estado mínimo.

Você entregaria a participação do Brasil no Mercosul a Serra sua corja?
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Contraponto 2336 - "Economia do Brasil deve passar a do Reino Unido, diz BBC"

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28/05/2010

O Brasil na BBC

Do Luis Nassif - 27/05/2010 - 17:05

Por Nilson Fernandes

Nassif, economia do Brasil deve passar a do Reino Unido, diz BBC. No Estadão.
Do Radar Econômico
Economia do Brasil deve passar a do Reino Unido, diz BBC

A rede de televisão britânica BBC fez uma série especial sobre o Brasil na qual afirma que a economia do País vai desbancar a do Reino Unido.

“O Brasil está se tornando uma fonte de influência econômica”, afirma o jornalista Matt Frei em uma das reportagens, antes de jogar alguns dados: “Crescimento de 5% ao ano, terceira maior indústria de aviões do mundo [a Embraer], maior exportador de carne e uma economia que deve superar a britânica na próxima década, além da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos por vir”.

Em outra reportagem, de áudio, o jornalista diz que “em algum momento do futuro, este lugar vai desbancar o Reino Unido e a França como a quinta maior economia do mundo”.

Frei afirma que, “olhando para as favelas, o quadro se torna mais desafiador”. Para ele, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é também um “Programa de Pacificação das Favelas”. Como exemplo, ele dá voz a um líder comunitário da Rocinha, no Rio de Janeiro, que opina: “O PAC significa que agora as pessoas têm emprego [...] O governo está gastando muito dinheiro com a gente. Nós precisamos e merecemos”.

A reportagem também traz a avaliação do economista Marcelo Neri, da Fundação Getulio Vargas: “A má notícia é que o Brasil ainda é um dos países mais desiguais do mundo. Mas a desigualdade está diminuindo, mas a desigualdade tem caído – não muito, mas uma pequena queda pode gerar uma grande transformação”.

Em contrapartida ao tom predominantemente otimista da reportagem, o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga diz à BBC que “é uma coisa boa ver a auto-estima [dos brasileiros] melhorando, mas não podemos exagerar”.

Paralelamente às reportagens de áudio e vídeo, o site da BBC traz mapas sobre a distribuição da renda, da população e do Bolsa Família por Estado.
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Contraponto 2335 - "Lula volta a defender acordo sobre programa nuclear do Irã"

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28/05/2010


Lula volta a defender acordo sobre programa nuclear do Irã

Vermelho - 27 de Maio de 2010 - 19h23

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta (27), no Palácio do Itamaraty, em Brasília, que a Declaração de Teerã, documento que sela o acordo nuclear entre Brasil, Turquia e Irã, é uma oportunidade que não pode ser desperdiçada. Na presença do primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan, que visita o país, Lula afirmou que o acordo não resolve todos os problemas de uma única vez, mas estabelece as condições para o diálogo como o caminho mais eficiente.
Os dois presidentes esperam que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) aceite o acordo intermediado por eles em Teerã. "Não queremos que o Irã desenvolva armas nucleares, mas muito menos que outros países o façam e eles (Irã) dizem que querem energia para fins pacíficos", afirmou o primeiro-ministro turco, que criticou os países que ainda falam em sanções contra o Irã.

Lula afirmou que é preciso superar divergências e construir a confiança em torno de um objetivo exclusivamente pacífico do programa nuclear iraniano. “Acreditamos que é a flexibilidade, não o dogmatismo, que aproxima os povos. É o engajamento construtivo, não o isolamento e a punição que nos leva ao entendimento. É esse o espírito que norteou nossa atuação na negociação com o Irã”, lembrou o presidente.

Ao destacar a atuação dos dois países em questões importantes no cenário mundial, Lula disse que Brasil e Turquia querem superar dogmas e temores que empobrecem o convívio entre as nações, reduzem os espaços de cooperação e conduzem o mundo a riscos inaceitáveis.

“Por isso também defendemos um mundo desnuclearizado e em paz. Recusamos o mito de que a região está fadada ao conflito, de que seus filhos estão condenados a uma rotina de ódio e sofrimento que alimenta a irracionalidade da guerra.”

Ele citou que os dois países são exemplos de convivência pacífica e harmoniosa, ambos possuem relações tanto com Israel quanto com o mundo árabe. “Somos, também, parceiros na construção de uma ordem internacional multipolar. Estamos em posição privilegiada para fazer ouvir a voz dos países emergentes e contribuir para assim encontrarem respostas concretas aos desafios contemporâneos”, disse.

Reforma da ONU

O presidente brasileiro revelou também que os dois países irão defender no G-20 de Toronto (Canadá) a reforma das Nações Unidas e das instituições financeiras de Bretton Woods. Esses organismos, na opinião de Lula, requerem reformas para deixarem de ser “uma sombra distorcida de um passado há muito superado.”

“Advertimos que não se deve abandonar os compromissos com mudanças profundas ao primeiro sinal de recuperação da economia mundial. Agora que a estabilidade voltou reafirmamos a urgência de corrigir os desequilíbrios, discriminações e injustiças que levaram à crise. Estas são as mensagens que levaremos juntos ao G-20 de Toronto”, disse.

A diplomacia brasileira trabalha para que o país conquiste uma cadeira permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas. No ano passado, o governo buscou a unidade do chamado G4 (Alemanha, África do Sul, Brasília e Índia) em defesa da ampliação do Conselho.

De Brasília,
Iram Alfaia
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