sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Contraponto 6618 - "15 famílias controlam o que você vê"

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.28/10/2011
15 famílias controlam o que você vê



Do Blog Brasil que Vai! - 26/10/2011

Desde que o rádio invadiu os lares brasileiros em 7 de setembro de 1922 e iniciou-se a era de comunicação de massa no Brasil, a estabilidade do regime democrático em seus epsódicos períodos de existência ficou como que refém da boa vontade dos capitães das empresas de radiodifusão.

O toque de Midas conferido a essas empresas veio com o decreto de Getúlio Vargas de 1932 permitindo que as mesmas pudessem capitalizar-se por meio de anúncios pagos.

Começava então a relação carnal entre famílias detentoras de concessões públicas de comunicação e diferentes grupos políticos que controlariam o poder no País daí em diante. A leitura de discursos oficiais da revolução constitucionalista de 1932 pelo radialista César Ladeira na rádio Record, marcaria o início dessa relação mutuamente proveitosa para os parceiros.

Percebendo os riscos que um controle estritamente privado dos novos meios de comunicação poderia representar para os interesses aninhados no Estado, Getúlio Vargas encampou em 1940 a rádio Nacional para servir de porta-voz oficiosa do regime. Não demorariam a entrar no ar os grandes instrumentos de formação da opinião pública, o Repórter Esso em 1941 na Nacional e o Grande Jornal Falado Tupi em 1942 que, com nome ligeiramente mudado, permaneceu no ar até 1977.

A rádio Bandeirantes nasceria de uma manobra do ex-governador Adhemar de Barros. Após ter adquirido reservadamente a emissora, guindou ao seu controle a família Saad para que desse cobertura aos seus planos (realizados) de fazer Lucas Nogueira Garcez governador do Estado de São Paulo.

No Rio de Janeiro a veiculação do grande Jornal Fluminense, sustentado por um grupo de prefeitos, daria ensejo aos negócios da família Marinho, depois fortalecidos com a desagregação do getulismo a que o jornalista fizera oposição nos anos 50.

Com o golpe militar de 1964 e o fechamento das emissoras alinhadas à legalidade, como a Rádio Mayrink Veiga e a Rádio Nacional, é aprofundado o declínio do rádio e iniciada a ascensão da televisão como instrumento de poder e de hegemonia política.

Durante o regime militar as concessões obedeceram a critérios clientelísticos, que não foram abandonados na redemocratização. Juntou-se ao grupo das poucas famílias beneficiadas por concessões de emissoras de rádio e de televisão, políticos das diferentes esferas do poder que mantinham suas concessões ocultas em nome de parentes e de testas de ferro. Foram os interesses alinhavados nesse ambiente que permitiram à rede Globo de Televisão fazer presidente da República o proprietário de uma de suas afiliadas, o alagoano Collor de Melo.

O coronelismo eletrônico posto em prática por esse jogo de conveniências não diminuiu senão que fortaleceu-se com o fim do regime militar, uma vez que a cada embate em que estavam em xeque interesses do governo era oferecido aos grupos aliados um número maior de concessões a fim de compensar apoios em votações no Congresso.

Foi assim que no governo José Sarney foram feitas 1080 concessões de rádios e televisões. Dessas, de acordo com estudos dos pesquisadores Costa e Brener, 168 concedidas a 91 políticos com o objetivo de fazer aprovar a emenda que conferiu 5 anos de mandato àquele governante.

No governo Fernando Henrique Cardoso a prática foi mantida visando o apoio no Congresso à emenda da reeleição. No primeiro mandato de FHC foram concedidas 1848 licenças para retransmissoras de televisão, distribuídas a 268 entidades controladas por 87 políticos (Lima e Caparelli, 2004). Tais concessões foram feitas sem licitação ou apreciação pelo Congresso, visto que foram entregues mediante meras portarias baixadas pelo então ministro das comunicações Sérgio Motta.

Pelo lado do enclave empresarial de detentores de concessões, 15 famílias consolidaram seu poder sobre os meios de comunicação do país, controlando 8 principais emissoras: em âmbito nacional a família Marinho (Rede Globo), Saad (Rede Bandeirantes) e Abravanel (SBT). Em plano regional as famílias Sirotsky (RBS, no Sul), Daou (TV Amazonas, no norte), Jereissati (TV Verdes Mares, no Nordeste), Zahran (TV Centroeste, em Mato Grosso), Câmara (TV Anhanguera). A maioria das concessões locais são afiliadas às empresas dessas famílias, em particular a Marinho/Abravanel e são controladas por políticos.

O pesquisador Squirra (1999) chama essa situação de latifúndio do audiovisual, afirmando que a situação de concentração da radiodifusão no País lembra a época das Capitanias Hereditárias, já que um grupo de donatários “dividiu o espectro de canais como se fosse capitanias que, por não mudarem de mãos, tornou-se verdadeiro Tordesilhas eletrônico”.

Não bastasse o domínio que esse pequeno grupo de famílias e de políticos exerce sobre os veículos e comunicação, seu poder é ainda amplificado pelo controle que têm dos demais elos da cadeia de produção do audiovisual no País. Ao mesmo tempo em que produzem programas para televisão, detêm os meios para divulgá-los em jornais, produzir trilhas sonoras e promovê-los em jornais do país. Quem não cansou de ver e ouvir cada uma dessas emissoras falando de si mesmas nos mais diferentes meios sob seu controle?

Contribuem para esse grau de concentração tanto as sinergias produzidas pelas novas mídias que permitem maior integração entre cada um desses veículos quanto um tipo de operação em que o meio sucedente dá apoio ao antecedente, numa rede auto-alimentada de reforço mútuo. Uma espécie de Santo Graal do marketing gratuito. Os estudiosos Lima e Capelli não hesitam em afirmar que “somos o paraíso da radiodifusão desregulamentada, submetida apenas às regras de mercado e não as da cidadania”.

O resultado é que com a acoplagem do poder econômico das grandes corporações anunciantes ao poder de influência das empresas de comunicação, a mídia acabou por se tornar instrumento de opressão simbólica ao invés de instrumento plural da exposição dos múltiplos interesses presentes na sociedade democrática.

Mauro Porto em sua celebrada tese de doutorado defendida nos Estados Unidos em 2007 destaca que o funcionamento efetivo da democracia está atrelado à capacidade de deliberação dos cidadãos sobre assuntos que dizem respeito ao destino de sua comunidade e de seu País; e que essa capacidade depende do modo pelo qual os cidadãos mobilizam os conteúdos da mídia como atalhos para a compreensão dos processos políticos em que estão envolvidos.

Dá como exemplo no Brasil o Jornal Nacional da Rede Globo de Televisão, salientando o papel crucial que esse informativo teve, e ainda tem, na deliberação do indivíduo sobre os temas políticos sobre os quais deve a cada eleição decidir.

Alerta, desse modo, para a necessidade de que se questione até que ponto os programas noticiosos postos em circulação na TV não representariam interpretações parciais dos fatos noticiados, que interferem no modo como os cidadãos compreendem e formam suas preferências a respeito de temas de interesse público.

Os resultados empíricos apresentados no referido estudo, com base em experimentos controlados levados a efeito junto a 2 grupos diferentes telespectadores, sendo um deles de controle, confirmaram objetivamente que os enquadramentos apresentados pelo Jornal Nacional interferem de forma significativa no modo pelo qual a audiência faz sentido da realidade política que a cerca.

As conclusões constituem um já bastante reverberado alerta: o conteúdo diversificado da mídia é determinante para a qualidade da democracia e pré-condição para o estabelecimento de uma opinião pública consistente e plural.
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Contraponto 6617 - "A CIA e o agente WW da CGB"

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28/10/2011

A CIA e o agente WW da CGB



Do Diário Não Oficial - sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O amigo “007BONDeblog” certa vez me falou de seu espanto ao ver que após publicar uma matéria contendo críticas ao então embaixador dos Estados Unidos no Brasil, recebeu em seu blog a “visita” do Departamento de Estado Americano. Através daquele mecanismo de controle de acesso e estatística do “sitemeter”, anotou que foram feitas algumas visitas para a leitura da matéria.

Não é de espantar, pois, os Estados Unidos (e diversos países) monitoram tudo o que é publicado sobre eles, como forma de adotar políticas de “comunicação” para reforçar as posições favoráveis e evidentemente neutralizar as opiniões contrárias e que possam de alguma forma criar uma imagem desfavorável às suas pretensões.

Nenhum país no mundo, porém, possui tanta preocupação e nem precisa garantir que sua imagem de “líder” continue intacta como os Estados Unidos. É preciso que a poderosa máquina de informar e noticiar tenha sempre um viés de criar uma opinião pública mundial favorável aos interesses americanos. Convenhamos que, isso não é fácil, pois os Estados Unidos praticam uma política baseada na força das armas, na invasão de territórios, guerra preventiva, ingerência e completo desrespeito pelos Direitos Internacional e Humanos.

Nem todo o aparato tecnológico e os melhores cérebros do mercado de “propaganda e comunicação” conseguiriam isso, apenas atuando dentro do solo americano, daí que a invasão se dá também no campo da “informação” através da utilização de estruturas avançadas situadas em diversos pontos do mundo e onde “profissionais” da área de comunicação, conhecedores das particularidades e costumes de cada país ou região, são cooptados para servir de reprodutor/alimentador de matérias favoráveis.

Um exemplo bem característico disso é o combate sistemático que grande parte da imprensa brasileira faz a nossa política externa, que desde 2003, com a posse do então presidente Lula, passou a adotar uma postura de “descolamento” dos Estados Unidos, e a procurar fortalecer sua parceria com os vizinhos da América do Sul, África e Ásia, incluindo países com os quais os Estados Unidos possuem sérias divergências.

Apesar do sucesso que essa política logrou alcançar no campo comercial e de o tempo ter mostrado que o Brasil estava certo na posição de se colocar contrário a invasão do Iraque e do isolamento do Irã, para ficar apenas em dois exemplos, ainda assim, essa parte da imprensa brasileira que serve aos chamados “interesses inconfessáveis” insiste em defender e sustentar a postura dos americanos e seus aliados.

A revelação de que um jornalista brasileiro, (Willian Waach) que integra o “time” das organizações globo é na verdade um informante americano, e que atua defendendo através de suas opiniões, os interesses de “TIO SAM”, não causa, portanto, qualquer surpresa, embora ainda careça de comprovação aquilo que o site de Julian Assange revela e que o Portal R7 reproduz.

Enquanto a imprensa internacional reconhece os avanços do Brasil e dá destaque a eles, a devida correspondência aqui dentro do nosso país não acontece, e as posições assumidas na defesa de temas de interesse dos americanos e do capital especulativo internacional, que eles chamam de “mercados” mostram bem, a forma e o campo em que atua grande parcela dos veículos de comunicação no Brasil.

Os agentes agora já não tão secretos, que municiam e dão voz a CIA e a CGJ (Central Global de Boatos), estão na sua tela diariamente, fazendo o jogo sujo da divulgação de informação manipulada e distorcida, e tenha a certeza, isso não é de graça.
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Contrapnto 6616 - "7 bi e a fome no mundo "

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28/10/2011

7 bi e a fome no mundo

Do Blog do Emir 28/10/2011

Emir Sader*

Amanhã, segundo as previsões demográficas, chegaremos a 7 bilhões como população no mundo. Minha geração – e talvez outras mais – viveu o fantasma malthusiano: o crescimento da população seria maior do que a capacidade de produção de alimentos. Diante de um diagnóstico catastrofista, a consequência seria clara: controle populacional. E em nome desse fantasma se cometeram enorme quantidade de barbaridades contra as mulheres.

Como todo catastrofismo, o malthusianismo também se revelou ilusório, depois de ter sido utilizado de forma conservadora sobre os pobres do mundo. Porque os catastrofismos – apoiado em elementos reais – projetam um fator desvinculado das contratendências e sempre termina se equivocando.

O aumento exponencial da produção de alimentos, junto à diminuição do nível de crescimento populacional (já há tempos a população europeia diminui) leva a que hoje se produza alimentos para o dobro da população mundial. Porém, as políticas neoliberais apenas aceleraram as desigualdades sociais e a exclusão. A produção multiplicada foi sendo distribuída de maneira ainda mais desigual. As vacas da California comem melhor do que as crianças da África.

O capitalismo exibe, no nível da alimentação, de forma mais escandalosa, porque a alimentação deveria ser um direito universal, seu caráter antissocial. Os avanços tecnológicos não são feitos para diminuir a fome no mundo, mas para a especulação no mercado futuro, para sofisticar a produção com tecnologias que provocam danos sérios à saúde das pessoas, enquanto 1 bilhão de pessoas passa fome no mundo.

Sociedades com nível de renda muito alto – como na Europa e nos EUA – regridem de forma brutal no plano social, afetando seus setores mais pobres, entre eles os trabalhadores imigrantes em primeiro lugar. A fome aumenta na Europa, a desnutrição se multiplica até mesmo no centro do sistema.

Enquanto isso, os continentes periféricos, colonizados e submetidos a todas as formas de exploração pelos países e empresas originários no centro do capitalismo, se veem condenados à sobrevivência. No século XXI, a maioria esmagadora da humanidade ainda vive para sobreviver produzindo riquezas que as grandes empresas capitalistas manejam em função da acumulação de capital e não da satisfação das necessidades básicas da grande maioria.

Uma parte importante dos países latino-americanos, mesmo em meio à mais profunda e extensa crise econômica do capitalismo, consegue diminuir as desigualdades, a miséria e a fome. Para isso estão na contramão das políticas pregadas pelos organismos internacionais, constituindo-se em referência para que os 7 bilhões possam avançar no atendimento de suas necessidades básicas, ainda não atendidas na sociedade de opulência para uma minoria e de privação para a grande maioria da população mundial.


*Emir Sader. Sociólogo e cientista político.

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Contraponto 6615 - Jornalistas traidores da Pátria

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28
/10/2011
Nosso "midiagate" saiu na mídia!

Do Tijolaço - 28/10/2011


Waac: um dos traidores. Não acontece nada?

Inacreditável. E, agora, vai ser difícil manter as coisas cobertas pelo manto de silêncio. O jornal O Dia publicou a confirmação da história de que todos sabiam – acrescentando mais detalhes – as intimidades entre jornalistas famosos e a embaixada americana no Brasil. Cita, nominalmente, o apresentador da Globo William Waack e Carlos Eduardo Lins da Silva e Fernando Rodrigues, ambos da ‘Folha de S. Paulo’.

As visitas íntimas – pois não foram públicas, nem assunto de matéria por qualquer um deles – não se destinavam a apurar assuntos internacionais ou a falar sobre as relações entre os dois países, mas as avaliações – furadas, como se sabe – da candidatura Dilma Rousseff, no ano passado.
À parte o fato de os EUA escolherem mal seus informantes e analistas, o episódio deixa evidente que estes profissionais ultrapassaram qualquer limite ético no relacionamento com um governo estrangeiro.

Têm todo o direito de serem amigos e buscarem informações com diplomatas estrangeiros, como fez dos citados, Fernando Rodrigues, da Folha, ontem, numa entrevista como o embaixador Thomas Shannon, reportagem legítima e de interesse público. Tem, mesmo, todo o direito de buscar, com eles, informações em off.

Mas não têm o papel de fazer análises privadas para a informação de outro país, escondendo isso de seus leitores e telespectadores. Imaginem se um diretor do NY Times ou um apresentador da NBC fazendo visitas discretas à embaixada brasileira para nos dar uma visão íntima dos candidatos a presidente dos EUA?

Agora, com a publicação de O Dia sobre os telegramas diplomáticos que revelam seu comportamento, vazados pelo Wikileaks, estão obrigados a dar explicações públicas.

Já não podem dizer que a informação é obra de “blogueiros sujos”.

Colher informações, para um jornalista, é sua obrigação.

Fornecer informações, éticamente, é algo que só ao leitor se faz.

Não a diplomatas estrangeiros, ainda mais nas sombras.

Isso tem outro nome, que deixo ao leitor a tarefa de lembrar qual.

PS. Vejo no Conversa Afiada que o JB publicou também. E agora, vão continuar fingindo que não viram e se escondendo numa nota da Globo que diz que não é verdade? Ou Waack vai dizer que foi ao porta-aviões americano por ser “âncora”?

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Contraponto 6614 - No seu aniversário Lula cutuca o PIG

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28/10/2011

Ao completar 66, Lula agradece aos internautas pelos parebéns

Do Amigos do Predidente Lula - 27/10/2011

Em vídeo, o ex-presidente agradeceu aos milhares de internautas que o parabenizaram por meio das redes sociais. O aniversário de Lula chegou a ser um dos assuntos mais comentados do dia no Twitter brasileiro.


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Contraponto 6613 - "O WikiLeaks não vai acabar"

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28/10/2011

O WikiLeaks não vai acabar

Do Blog do Miro - 26/10/2011

Por Natalia Viana, na CartaCapital:


Na última segunda-feira, os serviços de notícia anunciavam que o WikiLeaks, organização que vaza documentos confidenciais que revelam má conduta de organizações, empresas ou governos, estava em falência. Tratava-se de um “spin”, ou um exagero noticioso gerado pelos frenéticos serviços de notícias.

Na verdade, o WikiLeaks anunciava uma campanha sem precedentes para arrecadar fundos buscando dar a volta a um bloqueio econômico por parte das empresas Visa, Mastercard, Paypal e Bank of America.

Desde dezembro do ano passado, pouco depois do vazamento de 250 mil documentos diplomáticos americanos, essas empresas se recusam a permitir transferências para a organização – o que significa uma enorme dificuldade para quem quer de fato dar dinheiro à equipe liderada pelo controverso Julian Assange. O grupo estima que pelo menos 1,2 milhão de euros não chegaram ao seu caixa em conseqüência.

O porta-voz do WikiLeaks, Kristinn Hrafnsson, esteve no Brasil no último fim-de-semana para participar de um encontro de blogueiros e explicou à Carta Capital o que mudou e o que se deve esperar do WikiLeaks daqui pra frente. “O mundo está sofrendo o efeito devastador da ganância e da corrupção dos bancos e simplesmente não podemos permitir que eles ataquem o direito fundamental das pessoas decidirem que causa apoiar”, diz ele.

O WikiLeaks anunciou que vai deixar de publicar documentos por causa da falta de dinheiro. O WikiLeaks foi à falência?

Não, não é isso. Estamos funcionando com base em nossas reservas há quase um ano. Nós estamos direcionando os nossos parcos recursos para uma campanha de arrecadação de fundos justamente para garantir que não vamos chegar a uma situação alarmante em alguns meses. Ao mesmo tempo, vamos fazer uma grande campanha para chamar a atenção das pessoas para esse bloqueio econômico totalmente antiético e ilegal.

O bloqueio está ocorrendo desde dezembro do ano passado, e é até uma estimativa conservadora dizer que 95% das nossas doações foram afetadas.

No mês anterior à decisão arbitrária dessas empresas, estávamos recebendo mais de 100.000 euros por mês de doações. Este ano, a média de doações por mês ficou entre 6 e 7 mil euros. Mas o prejuízo pode ser ainda maior porque até o dia em que o bloqueio teve início, as doações estavam aumentando rapidamente como consequência do vazamento dos documentos das embaixadas americanas. Por exemplo, apenas nas 24 horas anteriores o WikiLeaks recebeu mais de 130 mil euros.

É muito importante não só para o WikiLeaks que esse bloqueio seja denunciado. Se não lutarmos contra ele um precedente muito perigoso vai ser estabelecido, e isso poderia afetar organizações humanitárias e ONGs como o Greenpeace ou a Anistia Internacional, que estão lutando contra a corrupção e por justiça. Nunca houve um ataque deste tipo na história – um bloqueio de serviço a uma organização que não foi acusada formalmente de nenhum crime em nenhum país. Na verdade, a única investigação digna de nota nesse sentido foi do Tesouro Americano no início deste ano, que buscou averiguar se podia colocar o WikiLeaks na sua lista negra. O diretor Timothy Geithner teve que admitir que não havia base legal para isso, apesar da pressão política.

O que isso significa para as pessoas que enviaram documentos ao WikiLeaks confiando que eles seriam publicados? Não é de certa forma uma decepção?

Nós suspendemos temporariamente as publicações. Isso não significa que elas vão acabar para sempre, esses documentos que nós já recebemos têm que vir a público. Então se tivermos uma boa resposta a essa campanha de doações, provavelmente vamos reiniciar as publicações de documentos em breve.

Então o WikiLeaks ainda tem documentos em sua posse? Quantos?

Sim. Não entramos em detalhes porque se falarmos em números isso nunca dá uma idéia realista da importância do material. Um documento de uma só página pode ser mais importante do que centenas de milhares de páginas de documentos.

Quando anunciou a campanha, Julian Assange afirmou que se o WikiLeaks não levantar dinheiro suficiente até o final do ano, ele irá fechar. De quanto dinheiro o WikiLeaks necessita para sobreviver?

Julian não mencionou o final do ano, mas disse “em um tempo razoavelmente curto”. Isso é porque nós estamos em ma batalha legal caríssima que pode esgotar com os nossos recursos – a batalha contra as corporações financeiras. Estamos em estágio de pré-litígio no Reino Unido, Austrália, Islândia e Estados Unidos.

Além disso, nós estamos colocando nossos recursos em um novo mecanismo que permite que as pessoas enviem documentos de maneira anônima ao WikiLeaks. O nosso meacnismo, chamado “dropbox”, estava fechado desde o ano passado. Mas esse novo mecanismo vai ser mais seguro que o anterior, uma espécie de versão 2.0 do WikiLeaks. Planejamos abrir esse novo “dropbox” em 28 de novembro.

Mas isso não é uma contradição?

Sim. O que estamos dizendo é que suspendemos a análise dos documentos que temos em mãos e paramos por enquanto de planejar novos vazamentos. No entanto, continuamos com o trabalho técnico, e provavelmente vamos conseguir anunciar que estamos abertos para novox documentos de maneira mais segura com o nosso novo “dropbox” até o final de novembro, quando faz um ano que publicamos os documentos diplomáticos.

De quanto dinheiro o WikiLeaks necessita?

As nossas projeções para 2012 variam entre 3.2 e 3.3 milhões de dólares. Mas pelo menos um terço disso deve ir somente para a batalha legal contra as corporações financeiras que estão fazendo esse bloqueio econômico contra nós. Isso mostra que estamos comprometidos em lutar seriamente contra essa ação ilegal das corporações financeiras porque é uma questão fundamental de liberdade de expressão, e estamos lutando por interesses muito maiores do que somente o WikiLeaks. Nos últimos anos o mundo tem sofrido o efeito devastador da ganância e da corrupção dos bancos – veja a crise econômica – e simplesmente não podemos permitir que eles ataquem o direito fundamental das pessoas decidirem que causa apoiar. É importante explicar também que o WikiLeaks tem um custo legal muito alto, porque somos sempre atacados de diversas direções.

Qual é o perfil de doadores do WikiLeaks?

Não sabemos com certeza porque a maior parte dos fundos são processados através da Wau Holland Foundation, na Alemanha. Mas trata-se de um grupo muito grande de pessoas que doam pequenas quantias. Em 2010, a média de doação foi de 25 dólares por pessoa, e 30% desse dinheiro veio dos Estados Unidos, mas há doações de países do mundo inteiro. E é importante dizer que essa é a nossa única fonte de financiamento. Nós não recebemos nenhum financiamento de fundações ou doações de pessoas ricas ou corporações. É um privilégio nosso contar com tanto apoio do público que nos permita prosseguir o trabalho.

Ainda não saiu o resultado do pedido de extradição de Julian Assange à Suécia por crimes sexuais. Caso a corte britânica julgue procedente a extradição, o que vai acontecer?

O veredicto deve sair nas próximas semanas, mas ainda pode caber recurso, portanto é um caso que está longe de terminar.

Juntando a ameaça de uma extradição para a Suécia e o bloqueio financeiro, e agora com a notícia da suspensão das publicações, estamos falando afinal do fim do WikiLeaks?

Olha, eu sou um homem otimista, então eu tenho certeza de que nós e aqueles que nos apoiam vamos conseguir uma maneira de romper esse bloqueio econômico para manter o nosso trabalho. Mas o WikiLeaks não vai morrer nunca, porque é mais do que uma ideia, é a representação de uma ideia que já gerou mudanças fundamentais: a idéia de que é possível encorajar as pessoas a agir de maneira a denunciar má-conduta, e assim dar o primeiro passo em direção à justiça.

Porém, além do vazamento dos documentos diplomáticos, houve poucos novos documentos publicados no WikiLeaks este ano. Ao mesmo tempo surgem mecanismos semelhantes feitos por grupos independenes ou jornais. Aqui mesmo no Brasil a Folha de São Paulo lançou um mecanismo para denúncias. O WikiLeaks ainda é necessário?

É sim, porque nós estabelecemos um padrão com o nosso sistema de submissões, e agora com a nova versão do “dropbox”, que será ainda melhor. Nós percebemos que há falhas graves de segurança nesses outros mecanismos que foram estabelecidos, como por exemplo o site para vazamentos do Wall Street Journal. Também descobrimos recentemente que todos os sistemas de segurança da internet foram comprometidos recentemente, e levamos tudo isso em conta para construir o novo sistema do WikiLeaks 2.0

Já há uma resposta sobre essa campanha de doações?

Sim, houve uma resposta muito positiva em especial de pequenas doações através de mensagens de texto de celular. Mas outros métodos como doações bancárias levam mais tempo para serem concretizados, então ainda não sabemos.

Quanto abrirem o novo método de submissão – ou dropbox – pessoas do Brasil poderão enviar documentos?
Claro. Sempre estivemos abertos e estaremos abertos em breve para cidadãos do Brasil ou de qualquer parte do mundo enviarem documentos. Acho importante falar também que quem quiser ajudar financeiramente no Brasil pode mandar cheques nominais para o WikiLeaks através da Casa de Cultura Digital, um coletivo que promove o ativismo digital. O endereço para mandar cheques está no site deles: http://www.casadaculturadigital.com.br/

Finalmente, na semana passada o Congresso aprovou uma Lei de Acesso à Informação, a primeira do tipo no Brasil, que estabelece sigilo de documentos por 25 anos, renováveis por mais 25. Qual a sua opinião sobre isso?

É muito decepcionante perceber que quando os governos elaboram leis de acesso à informação, os políticos geralmente aproveitam a oportunidade para aumentar o segredo em vez de aumentar a transparência. Há uma relutância inerente dos políticos a compreender que toda informação deveria ser pública a menos que haja justificativas muito específicas para que elas sejam mantidas longe do domínio público. Vamos torcer para que os políticos brasileiros não façam o mesmo. O problema é que, apesar das leis de acesso à informação estarem melhorando no mundo todo – e deve-se lutar por elas sempre – ao mesmo tempo estão aumentando as montanhas de documentos secretos nos cantos escuros dos governos. É por isso que o WikiLeaks tem que existir.
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Contraponto 6612 - "Investigação termina em pizza"

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Deputado Bruno Covas (PSDB) relatou tentativa de subordo, mas depois se negou a dar nomes. Foto: Alesp

Sem sequer ter aprovado um relatório e tendo ouvido apenas um deputado, o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo decidiu, na quinta-feira 27, encerrar as investigações sobre um suposto esquema de venda de emendas parlamentares.

Leia também:


Falta Roque dar nome aos bois

Por 5 votos a 2, um requerimento proposto por Campos Machado (PTB) foi aprovado e o material colhido deve ser encaminhado em até 15 dias ao Ministério Público Estadual. O resultado dos trabalhos da Comissão é ínfimo: apenas três requerimento foram aprovados convidando os deputados Major Olímpio (PDT), Roque Barbiere (PTB) e o secretário estadual do Meio Ambiente Bruno Covas (PSDB) a depor.

Dos três, apenas Olímpio depôs. Os outros dois limitaram-se a enviar uma resposta escrita à comissão. Barbiere, o pivô das denúncias, disse em entrevista a um jornal regional que até 30% dos parlamentares da casa exigiam contrapartidas para aprovarem emendas. Covas, por sua vez, relatou a uma rádio uma situação em que teriam tentado corrompê-lo. Criticado por não ter denunciado o caso à época, o secretário do Meio Ambiente voltou atrás e disse ter se referido a uma situação hipotética. A oposição criticou a aprovação do requerimento.

O deputado João Paulo Rillo (PT) afirmou que uma grande pizza será enviada ao MP paulista. Os petistas tentam agora emplacar uma CPI para apurar as denúncias. Até agora, eles contam com 30 assinaturas das 32 necessárias. O 30º deputado a apoiar a apertura de uma comissão de inquérito foi o próprio Barbiere.

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PITACO DO ContrapontoPIG .

A corrupção grossa das oposições em São Paulo não é notícia para o resto do país.

Nada de divulgação, nada de CPI, nada no PIG sobre o assunto. O PSDB mama nas tetas do Estado paulista há anos sem ser minimamente incomodado.

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Contraponto 6611 - Charge on line do Bessinha

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28/10/2011
Charge do Bessinha (484)

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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Contraponto 6610 - Informante dos Estados Unidos entra em lares brasileiros

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27/10/2011

Wikileaks: Waac, três vezes informante dos Estados Unidos

Waack, nosso homem de Washington

Saiu no JB:

Wikileaks: William Waack, da Globo, é citado três vezes como informante dos EUA


Jornal do Brasil Jorge Lourenço


O jornalista William Waack, da Rede Globo, se tornou um dos assuntos mais discutidos no Twitter nesta quinta-feira graças a supostos documentos da Wikileaks que o apontariam como informante do governo americano. Apesar de vagas e desencontradas, algumas informações são verdadeiras. O Informe JB entrou em contato com a jornalista Natalia Viana, responsável pela Wikileaks no Brasil, que confirmou a história. Waack é citado não apenas uma, mas três vezes como informante da Casa Branca. Dois dos documentos que o citam são considerados “confidenciais”.

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Contraponto 6609 - "Governador Alkmin impede investigação sobre corrupção em SP"

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27/10/2011

Governador Alkmin impede investigação sobre corrupção em SP


Do Esquerdopata 27/10/2011


Base de Alckmin enterra investigação sobre venda de emendas em São Paulo

Sem produzir um relatório, Conselho de Ética conclui trabalhos depois de rejeitar a convocação de 17 testemunhas e parlamentares

Ricardo Galhardo, iG São Paulo


A bancada governista na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), capitaneada pelo líder do PTB, Campos Machado, enterrou no início da tarde desta quinta-feira as investigações do Conselho de Ética sobre o suposto esquema de venda de emendas parlamentares. Os governistas membros do conselho aprovaram um requerimento de Machado que determina o envio imediato do material colhido durante um mês de trabalhos ao Ministério Público.

O conselho terminou seus trabalhos sem produzir nem sequer um relatório. Na verdade, o conselho não possui mais um relator já que o ocupante do cargo, José Bitencourt, trocou o PDT pelo PSD e seu antigo partido reivindica o posto.

Durante um mês, o conselho se limitou a apreciar questões estatutárias e burocráticas. A única pessoa ouvida foi o deputado Major Olimpio (PDT), da oposição. Dezessete requerimentos pedindo a convocação de testemunhas, deputados, ex-deputados, ocupantes e ex-ocupantes de cargos no governo estadual que teriam ligações com o esquema foram barrados pela base governista na Alesp.

Apenas três requerimentos foram aprovados convidando os deputados Major Olimpio e Roque Barbiere (PTB, autor das denúncias) e o ex-deputado Bruno Covas (PSDB), atual secretário estadual do Meio Ambiente.

Barbiere e Covas enviaram respostas por escrito e não compareceram ao conselho.

Campos Machado não soube dizer qual o teor do material que será enviado ao Ministério Público. Questionado por jornalistas, recorreu a ofensas acusando repórteres de fazerem perguntas “vergonhosas” e “cretinas”

“No meu partido não tem essa pressão moral”, admitiu Machado, aliado fiel dos sucessivos governadores tucanos desde a posse de Mário Covas, em 1995.

A investigação no Conselho de Ética terminou sem que o órgão cumprisse sua própria pauta. Quatro requerimentos da oposição foram ignorados e nem chegaram a ser apreciados.

A oposição reagiu com indignação.

“Isso é vexatório porque não existe absolutamente nada. Uma grande pizza será enviada ao Ministério Público”, disse o deputado João Paulo Rillo (PT).

O Conselho de Ética tinha como objetivo investigar as declarações feitas pelos deputados Barbiere e Covas sobre a existência de um esquema de venda de emendas na Alesp. Barbiere chegou a dizer que deputados agem como camelôs. Covas, que é pré-candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, declarou em entrevista que foi procurado por um prefeito do interior que tentava lhe entregar R$ 5 mil referentes aos 10% de propina pela liberação de uma emenda de R$ 50 mil. Em vez de denunciar o caso ele teria encaminhado o dinheiro a uma instituição de caridade.

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PITACO DO ContrapontoPIG .

O "boa" imprensa brasileira, representada por Veja e Globo, deverá fazer um grande estardalhaço com esta notícia.

É só esperar... sentado.
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Contraponto 6608 - "Alguém sabe dizer se espionagem é crime?"

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27/10/2011
Alguém sabe dizer se espionagem é crime?


Do Blog DoLaDoDeLá - 27/10/2011

do R7

O repórter William Waack, da Rede Globo de Televisão, foi apontado como informante do governo americano, segundo post do blog Brasil que Vai - citando documentos sigilosos trazidos a público pelo site Wikileaks há pouco menos de dois meses.

De acordo com o texto, Waack foi indicado por membros do governo dos EUA para “sustentar posições na mídia brasileira afinadas com as grandes linhas da política externa americana”.
- Por essa razão é que se sentiu à vontade de protagonizar insólitos episódios na programação que conduz, nos quais não faltaram sequer palavrões dirigidos a autoridades do governo brasileiro.

O post informa que a política externa brasileira tem “novas orientações” que “não mais se coadunam nem com os interesses americanos, que se preocupam com o cosmopolitismo nacional, nem com os do Estado de Israel, influente no ‘stablishment’ norte- americano”. Por isso, o Departamento de Estado dos EUA “buscou fincar estacas nos meios de comunicação especializados em política internacional do Brasil” - no que seria um caso de “infiltração da CIA [a agência norte-americana de inteligência] nas instituições do país”.

O post do blog afirma ainda que os documentos divulgados pelo Wikileaks de encontros regulares de Waack com o embaixador do EUA no Brasil e com autoridades do Departamento de Estado e da Embaixada de Israel “mostram que sua atuação atende a outro comando que não aquele instalado no Jardim Botânico do Rio de Janeiro”.

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PITACO DO ContrapontoPIG .


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Ele entra na sua casa todas as noites. Cuidado com o que ele diz..

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Contraponto 6607 - Queda de Ministro serve de alerta

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27/10/2011
Queda de Ministro serve de alerta

Do Blog do Miro - 27/10/2011

Por Altamiro Borges


O lamentável episódio da queda do ministro Orlando Silva deveria servir de alerta às forças democráticas da sociedade brasileira – que lutaram contra as torturas e assassinatos na ditadura militar e que, hoje, precisam encarar como estratégica a luta contra a ditadura midiática, em defesa da verdadeira liberdade de expressão e da efetiva ampliação da democracia no Brasil.

A mídia hegemônica hoje tem um poder tão descomunal que ela “investiga”, sempre de forma seletiva (blindando seus capachos); tortura (seviciando, inclusive, as famílias das vítimas); usa testemunhas “bandidas” (como um policial preso por corrupção, enriquecimento ilícito e suspeito de assassinato); julga (sem dar espaço aos “acusados”); condena (como nos tribunais nazistas); e fuzila!


Um pragmatismo covarde e suicida

Ninguém está imune ao poder ditatorial da mídia, controlada por sete famílias – Marinho (Globo), Macedo (Record), Saad (Band), Abravanel (SBT), Civita (Abril), Frias (Folha) e Mesquita (Estadão). Como o império Murdoch, hoje investigado por seus subornos e escutas ilegais, a mídia nativa é criminosa, mafiosa, sádica e abjeta. Ela manipula informações e deforma comportamentos.

Não dá mais para aceitar passivamente seu poder altamente concentrado, que, como disse o governador Tarso Genro – pena que não tenha agido com esta visão quando ministro da Justiça –, ruma para um “fascismo pós-moderno”. Essa ditadura amedronta e acovarda políticos sem vértebra, pauta a agenda política, difunde os dogmas do “deus-mercado” e criminaliza as lutas sociais.

Três desafios diante da ditadura midiática

Esta ditadura é cruel, sem qualquer escrúpulo ou compaixão. Ela utiliza seus jagunços bem pagos, sob o invólucro de “colunista” e “comentaristas”, para fazer o trabalho sujo. Muitos são agentes do “deus-mercado”, lucram com seus negócios rentistas; outros são adeptos da “massa cheirosa”, das elites arrogantes e burras. Eles fingem ser “neutros”, mas são adoradores da direita fascistóide.

Enquanto não se enfrentar esta ditadura midiática, não haverá avanços na democracia brasileira, na luta dos trabalhadores ou na superação das barbáries capitalistas. Neste enfrentamento, três desafios estão colocados:

1- Não ter qualquer ilusão com a mídia hegemônica; chega de babaquice e servilismo diante da chamada “grande imprensa”;

2- Investir em instrumentos próprios de comunicação. A luta de idéias não é “gasto”, é investimento estratégico; (Grifo do ContrapontoPIG)

3- Lutar pela regulação da mídia e por políticas públicas na comunicação, que coíbam o poder fascista do império midiático.

Chega de covardia diante dos fascistas midiáticos

O criminoso episódio da tentativa de invasão do apartamento do ex-ministro José Dirceu num hotel em Brasília parece que serviu de sinal de alerta ao PT. Em seu encontro nacional, o partido aprovou a urgência de um novo marco regulatório da comunicação. Um seminário está previsto para final de novembro. Já no caso da queda Orlando Silva, o clima é de total indignação e revolta.

Que estes trágicos casos sirvam para mostrar que, de fato, a luta pela democratização da comunicação é uma questão estratégica. Não dá mais para se acovardar diante da ditadura da mídia. O governo Dilma precisa ficar esperto. Hoje são ministros depostos; amanhã será o sangramento e a derrota da própria presidenta e do seu projeto, moderado, de mudanças no Brasil.

Superar a choradeira e a defensiva

A esquerda política e social precisa rapidamente definir um plano de ação unitário de enfrentamento à ditadura midiática. As centrais sindicais e os movimentos populares, tão criminalizados em suas lutas, precisam sair da defensiva e da choradeira. Os partidos progressistas também precisam superar seu pragmatismo acovardado. A conjuntura exige respostas altivas e corajosas!

É urgente pressionar o governo Dilma Rousseff, pautado e refém da mídia, a mudar de atitude. Do contrário, não sobrará que defenda a continuidade deste projeto, moderado, de mudanças no Brasil. A direita retornará ao poder, alavancada pela mídia! Aécio Neves, o chefe de censura em Minas Gerais, será presidente! E ACM Neto, o herói da degola de Orlando Silva, será o chefe da Casa Civil!

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PITACO DO ContrapontoPIG

A indignação e o alerta do Altamiro Borges procedem.

Deve preocupar a todos ver este pequeno verme baiano dando as cartas e pautando as ações do governo.

É hora de reagir. Reagir contra a manipulação do PIG e a canalhice das oposições, que estão começando a gostar do jogo fácil que o governo vem permitindo.

O governo e as esquerdas devem jogar no contra-ataque duro e sistemático, pois há pontos vulneráveis na mídia golpista (o bolso, a regulação), e nas oposições oportunistas (corrupção grossa no passado e no presente como, por exemplo, em São Paulo e Minas).


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Contraponto 6606 - "Mr. Teixeira e a FIFA vão dançar miudinho com o Aldo"

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27/10/2011

Mr. Teixeira e a FIFA vão dançar miudinho com o Aldo


Do Conversa Afiada - Publicado em 27/10/2011

Aldo não tem ligações desse tipo

Aldo Rebelo é um dos parlamentares que enobrecem o Congresso.

Quando o PiG e a elite tentaram o Golpe do Mensalão, Aldo foi um guardião da Legalidade, porque era Presidente da Câmara e o impeachment só passaria por cima do cadáver dele.

Aldo aprovou um Código Florestal que protege o pequeno agricultor e defende o agro-negócio brasileiro da cobiça internacional.

E por isso conquistou o ódio dos Verdes e seus arautos no PiG (*).

Aldo foi o Presidente da CPI da Nike que indiciou Ricardo Teixeira por onze crimes.

(Depois, a Justiça o absolveu de forma constrangedora. E ainda querem fechar o CNJ.)

Aldo enfrentou quase que no tapa a Bancada da Bola, gloriosamente liderada pelo grande brasileiro Eurico Miranda.

E só assim, quase no tapa, conseguiu aprovar o relatório da CPI.

E ainda dizem que o Brasil não mudou …

Hoje, Aldo é Ministro do Esporte e o Ricardo Teixeira foge da Polícia Federal duas vezes e de um certo repórter da BBC inglesa, aquele do “Mr. Teixeira, did you accept the bribe ?”.

Ao fazer uma reportagem sobre Ricardo Teixeira, para o Domingo Espetacular, da TV Record, esse ansioso blogueiro conversou com Aldo sobre Teixeira e a FIFA.

Sobre Mr. Teixeira, recomenda-se tirar as crianças da sala.

(Embora a linguagem de Aldo, mesmo em off, seja sempre alta e elegante. O problema com as crianças na sala seria sobre o conteúdo e, não, a forma.)

Sobre a FIFA, Aldo parecia incomodado, na época, com as exigências do Mr. Blatter.

Por que não fazer um jogo da Copa no Morumbi ?

Por que gastar tanto dinheiro ?

Todo domingo tem clássico no Morumbi, ninguém morre e todo mundo volta pra casa, depois.

Por que não fazer como a Alemanha e dizer à FIFA que …

Pano rápido.


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
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Contraponto 6605 - Brasil antes e depois de Lula


27/10/2011

Mr. Summers, o Brasil e as assombrações

Do Tijolaço - 27/10/2011


Hoje, no Valor Econômico, Larry Summers, ex-secretário do Tesouro americano, diz que “o Brasil é um país com potencial de crescimento assombroso, que não lembra de modo nenhum o país que há pouco mais de uma década enfrentava sérias dificuldades financeiras”.

Diz a matéria:

“Summers lembrou que, em 1999, quando negociava com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e seus “bons amigos” Pedro Malan (então ministro da Fazenda) e Armínio Fraga (então presidente do Banco Central) para ajudar o Brasil a sair de uma crise, seria inimaginável pensar que, 12 anos depois, o Brasil “conseguiria acessar o mercado internacional em condições melhores não apenas que Grécia, Portugal, Espanha e Bélgica, mas também França”.

Não era inimaginável, Mr. Summers, apenas não se queria imaginar isso. O Brasil, na cabeça de seus “bons amigos” era aquela coisinha miúda, que botava uma roupinha imitando as da corte e entrava ali, “limpando os pé” e se portando direitinho, dizendo que faria tudo “direitinho”, para os “moço tratá nóis bem”.

Ficou famoso o vídeo em que o chefe de Summers, o então presidente Bill Clinton – até com certa grosseria,diga-se de passagem – passa uma descompostura em Fernando Henrique Cardoso, que pedia para os países ricos adotarem um imposto sobre transações financeiras especulativas, o que ele mesmo não fazia aqui, muito ao contrário.

Ao contrário, a ordem aqui era dar mais e mais liberdade de especular e ainda entregar, praticamente sem desembolso, o nosso patrimônio ao capital internacional.

E o nosso país – tal qual nosso presidente de então – era sempre, “bonzinho” e disposto a fazer – ah, como aquelas assombrações arrogantes que povoam a nossa história econômica recente, os bons amigos de Mr. Summers, repetiam isso… – “o dever de casa”.

Mas na reportagem, Mr. Summers diz que o Brasil não tem sido “imune” ao nacionalismo econômico, criticando medidas que privilegiam empresas e produtores nacionais em detrimento dos estrangeiros. Segundo ele, é algo “tentador” no curto prazo, mas que no longo prazo não tem efeito positivo.

Mr. Summers, Mr. Summers, o senhor, que gostava tanto de citar a frase de Lord Keynes – quando mudam as circunstâncias, eu mudo de opinião – , não está vendo que as economias que não se protegem, como era a brasleira no tempo em que seus “bons amigos” a dirigiam, ficam estagnadas e vão para o brejo a cada solavanco que vocês arranjam lá, nas obsoletas locomotivas da economia mundial?

Não vê que seu país está em crise, torcendo para que a economia chinesa venha, como a cavalaria nos filmes de faroeste, salvar a atividade e o emprego nos EUA?

O Brasil sempre foi o que era, Mr. Summers, porque seus governantes sempre foram como seus “bons amigos”.

O senhor faria bem, como recomendava Keynes, se mudasse de opinião e visse que o nacionalismo econômico – bem dosado, sem xenofobia e primarismos – é o único caminho para o desenvolvimento dos países. Como, aliás, foi para os EUA.

E junto com a mudança de opiniões poderia, também, mudar de amizades.

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Contraponto 6604 - "Deputado Aldo Rebelo vai assumir o Ministério do Esporte"

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27/10/2011

Deputado Aldo Rebelo vai assumir o Ministério do Esporte

Do Blog do Planalto - Quinta-feira, 27 de outubro de 2011 às 12:55 (Última atualização: 27/10/2011 às 13:36:33)

O deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP) será o novo ministro do Esporte. O anúncio foi feito hoje (27) pela ministra-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Helena Chagas.

O convite foi feito pela presidenta Dilma Rousseff em reunião esta manhã no Palácio da Alvorada. Convite aceito, o novo ministro deu uma rápida declaração à imprensa.

“Fui convidado pela presidenta Dilma para comandar o Ministério do Esporte, agradeci a confiança e eu aceitei como um desafio. A presidenta me recomendou conduzir o Ministério com todos os desafios da Copa do Mundo e das Olimpíadas”, disse Aldo Rebelo.

A nomeação do novo ministro do Esporte será publicada amanhã (28) no Diário Oficial da União.

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