segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Contraponto 7236 - " Brizola e 'a Privataria' "

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16
/01/2012
Brizola e 'a Privataria'

Do Tijolaço - 16/01/2012

Postado por Fernando Brito


Na próxima segunda-feira, completam-se 90 anos do nascimento de Leonel Brizola. Embora ele tenha vivido seus derradeiros anos como um crítico de Lula – não por suas ousadias, mas por suas concessões - acho que tenho algum conhecimento de seu pensamento para dizer que, se tivesse visto os acontecimentos após 2004, data de sua morte, teria cambiado suas opiniões. E seria, certamente, não um áulico do petismo, mas um foco de pressão à esquerda na base governista, algo que muita falta nos faz hoje.

Porque Brizola dizia, com muita razão que “socialista é o povo, nós somos meros aprendizes”. E veria que estava surgindo, não como abstração como foi o Lula pré-presidência, mas como ele se tornou, à medida em que se dissolvia a aparente unanimidade do “Lula-lá” e começava-se a marcar, em relação ao Lula presidente, os campos evidentes da elite e do povão, do interesse nacional e da alienação das riquezas deste país.

Não sei se seria assim, é intuição e suposição de 2o anos de convívio diário.

Mas há algo que, sem sombra alguma, teria Brizola à frente: a oportunidade de lançar luz sobre as tenebrosas transações que envolveram a privatização do patrimônio público.

Era algo que o indignava, que o transtornava, que o revoltava.

A esta altura, ele estaria andando com o livro do Amaury Ribeiro Jr. pelo país.

Mas mirando acima de José Serra: em Fernando Henrique Cardoso.

PS. Na segunda-feira, 23, o aniversário de Brizola vai ser lembrado com o que de melhor ele nos deixou: suas ações corajosas e seus pensamentos sempre cortantes. Osvaldo Maneschy, Apio Gomes, Paulo Becker e Madalena Sapucaia lançam o livro “Leonel Brizola – A Legalidade e Outros Pensamentos Conclusivos”, às 18 horas, na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) – na Rua Araújo Porto Alegre 71, no Centro do Rio. Editada pela Nitpress, do também ex-colaborador de Brizola, Luiz Augusto Erthal, é uma coletânea de entrevistas e depoimentos do líder trabalhista, grande parte deles preservada pelas infinitas fitas de Maneschy e pelos imensos arquivos de Ápio Gomes. O prefácio do livro é de Paulo Henrique Amorim.

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