quinta-feira, 2 de maio de 2013

Contraponto 11.067 - "Para o Supremo, os embargos não existem"


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02/05/2013

Para o Supremo,
os embargos não existem

 

Do Conversa Afiada - Publicado em 02/05/2013

 


STF considerou que, se absolvesse o Dirceu, seria conivente com a corrupção





O ansioso blogueiro convenceu Justiniano, autor de obra secundária na Doutrina do Direito, a ler o embargo do Dirceu.

– Como ler o embargo do Dirceu, nobre Imperador ?
– O embargo do escrito pelo Juca demonstra que faltou técnica ao Supremo, na hora de escrever os acórdãos.
– Técnica ?
– Sim ! O Juca demonstrou que eles não são do ramo.
– Mas, data vênia, Imperador, o Supremo não iria permitir perder nos embargos, depois de ganhar no julgamento.
– Mas, é isso: o Supremo não julgou o Dirceu. Deu uma resposta politica ao furor do PiG (*) !
– O senhor tem como provar ?
– O Genoino teve quatro imputações de corrupção ativa e foi condenado em seis !
– O que é isso ?
– Incompetência. Incompetência técnica !
– Todos sabemos que o MP, hoje, é o DOI-CODI. Qual a participação do Ministério Público nessa lambança ?
– O Gurgel transformou o processo em pena.
– Para que ?
– Para agradar o PiG.
– Mas, agora, vai ficar todo mundo de olho no que acontecer no julgamento dos embargos.
– Para o Supremo, o julgamento já houve.
– Mas, e os embargos, Imperador Ilustre ?
– Para o Supremo, o Dirceu e o Genoino já foram irremediavelmente condenados. Ninguém vai ficar de olho na TV Justiça como ficou antes. Agora, os ministros podiam fazer a lambança que quisessem.
– O que o Supremo quis provar, com um julgamento assim ?
– O Supremo fez o julgamento que o PiG pediu, na hora em que o PiG exigiu.
– Mas, Imperador, o Supremo tem responsabilidade diante da Nação …
– O Supremo queria demonstrar que era um tribunal contra a corrupção …
– O Supremo queria os 18′ do jn.
– O Supremo se viu contra a parede: se absolvesse o Dirceu e o Genoino seria considerado corrupto !
– E se mudar tudo, agora ?
– O Supremo vai considerar que é a disputa pelo terceiro e o quarto lugares.

Pano rápido.

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

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