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17/01/2014
Os “traíras” do pré-sal vão ser afogados em petróleo
Tijolaço - 17 de janeiro de 2014 | 00:33 Autor: Fernando Brito
Fernando Brito
Semana passada, escrevi aqui sobre a campanha que se desenvolvia para fazerem o Brasil desacreditar do pré-sal, com a ajuda de uns notórios quinta-colunas entreguistas, com direito a reportagem no Washington Post dizendo que teríamos vivido uma falsa euforia com as jazidas de petróleo.
Agora, com a publicação dos recentes resultados do pré-sal pela Petrobras, tendo dados para ser mais objetivo do que fui ali, quando mostrei que os poços mais produtivos do Brasil estavam todos no pré-sal e informei que a produção do pré-sal superara os 400 mil barris de óleo-equivalente (soma ponderada da produção de óleo e gás).
Mais especificamente 339,4 milhões de barris/de petróleo e 11,5 bilhões de m³/dia de gás natural, totalizando 412,0 milhões de barris de óleo-equivalente/dia, 10,8 %a mais que em outubro.
Muito?
Pois fique sabendo que a produção continua crescendo neste ritmo e, anteontem, a produção total do pré-sal chegou a cerca de 500 mil barris de óleo-equivalente em um só dia, dos quais 391 mil em petróleo líquido.
O recorde anterior foi na véspera de Natal, com 371 mil barris em 24 horas.
Os poços do pré-sal da Bacia de Santos – os maiores e menos explorados, superando os da Bacia de Campos – atingem uma 25 mil barris de petróleo por poço por dia, 66% a mais que a média dos poços do Mar do Norte (15 mil barris/poço/dia) e 150% a mais que os 10 mil/dia médios dos poços do Golfo do México.
Um ex-funcionário da Petrobras, agora metido em negócios privados, Wagner Freire, disse ao Post que “muitos poços do pré-sal vêm secos”.
Sabe quantos vieram secos, em 2013?
Zero.
Isso mesmo, nenhum. Todas as 42 perfurações foram bem sucedidas.
Sobretudo as de Franco, agora chamado de Búzios, que revelou um campo tão grande quanto o megacampo de Libra.
E se estas descobertas ainda levarão algum tempo para produzir, outras entram na fase de dar frutos: 22 poços serão conectados a plataformas já instaladas no pré-sal de Santos (17 poços) e outtros cinco que serão ligados, este ano, aos dois navios plataformas que chegarão aos campos de Sapinhoá (o Cidade de Ilhabela) e Iracema (o Cidade de Mangaratiba).
Até o final do ano o pré-sal estará produzindo mais de 800 mil barris de óleo e um milhão de barris de óleo-equivalente, considerada a produção de gás.
Mas, se é assim, porque tanta história sobre a Petrobras?
Claro que a empresa passou 2013 e ainda tem uns meses pela frente com a água pelo pescoço, em matéria de geração de caixa para investir.
Preparar-se para produzir nestas quantidades é caríssimo e demorado.
É preciso construir de uma vez só equipamentos que vão produzir durante 30 anos.
Quem olha a empresa sem o ódio dos traidores enxerga isso claramente.
Tanto que, pagando 0,5% a menos por ano, houve três vezes mais procura pelos títulos que a Petrobras lançou, em euros, com taxas entre 2,75 e 6,6% ao ano, para financiar seu programa de investimentos.
Essa turma que a ataca é como aqueles herdeiros do papai, que vendem tudo e se gabam de ter conseguido dinheiro rápido.
E o Brasil do futuro é como um trabalhador que se aperta, se sacrifica e, em vez de dilapidar, acumula patrimônio com crédito e trabalho, fazendo sacrifícios.
E é essa riqueza que fica, enquanto a outra se esvai, tão rápido quanto veio.
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