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17/12/2014
Barões da mídia comandam publicidade oficial
Brasil 247 - 17 de Dezembro de 2014 às 06:39
                              
                   
            Levantamento sobre investimento de empresas 
estatais em publicidade, publicado com viés político pela Folha de S. 
Paulo nesta quarta-feira, revela que ainda há grande concentração em 
grupos de comunicação que pertencem às chamadas famílias midiáticas; só 
as empresas ligadas ao grupo Globo, dos irmãos Marinho, receberam mais 
de R$ 5 bilhões; em seguida vieram emissoras do Bispo Edir Macedo (R$ 
1,3 bi), de Silvio Santos (R$ 1,2 bi) e de Johnny Saad (R$ 1 bi); 
editora Abril, dos Civita, ficou com R$ 523 milhões e a própria Folha, 
de Otávio Frias, levou R$ 206 milhões, enquanto seu concorrente Estado 
de S. Paulo, dos Mesquita, ficou com R$ 188 mi; no capítulo internet, 
Folha politiza a discussão e questiona investimentos em veículos como o 
247
 
247 - Uma 
reportagem publicada nesta quarta-feira Folha de S. Paulo revela o valor
 investido pelas empresas estatais em publicidade nos últimos anos. 
Entre 2000 e 2013, foram R$ 15,7 bilhões.
A má notícia é que ainda persiste grande concentração dos recursos em empresas ligadas às chamadas famílias midiáticas, como os Marinho, os Civita, os Mesquita e os próprios Frias, que editam a Folha.
O caso da Globo é o mais gritante. Nada menos que R$ 5,3 bilhões foram investidos em veículos ligados aos irmãos Marinho, como a TV Globo, a Radio Globo, a Editora Globo, que publica Época, e o jornal Valor Econômico (uma parceria com a Folha).
Em seguida, aparecem outras emissoras de televisão, como a Record, do bispo Edir Macedo (R$ 1,3 bilhão), o SBT, de Silvio Santos (R$ 1,2 bilhão), a Bandeirantes, de Johnny Saad (1 bilhão).
Os jornais, liderados pela própria Folha, também receberam uma parcela importante do investimento publicitário. A Folha teve R$ 206 milhões, seguida do Estado de S. Paulo, com R$ 179 milhões. Nas revistas, destacam-se Editora Abril, com R$ 523 milhões, e a Editora Três, que edita Istoé, com R$ 179 milhões. A Editora Confiança, que publica Carta Capital, recebeu R$ 44 milhões.
Politização da internet
No capítulo internet, a Folha politiza a questão, vinculando investimento publicitário a um suposto alinhamento editorial. Um dos veículos citados foi o 247, que foi procurado pela jornalista Flavia Foreque. Na tarde de ontem, ela enviou a seguinte mensagem ao jornalista Leonardo Attuch (editor-responsável pelo 247):
Oi  Leonardo, 
Como
 falei há pouco, estamos fazendo reportagem sobre o volume e destinação 
da verba de publicidade das estatais federais entre 2000 e 2013.
O 
total recebidos pela 247 no período foi de R$ 1,71 milhão, em valores 
correntes de 2013, segundo dados das próprias empresas (R$ 220 mil 2011,
 R$ 407 mil em 2012 e R$ 1,087 milhão em 2013).
Gostaria de fazer as seguintes perguntas:
1.Congressistas
 da oposição afirmam que o governo e o PT financiam sites e publicações 
favoráveis a eles e críticos à oposição. O repasse da verba citado acima
 exerce alguma influência sobre a linha editorial ou os posicionamentos 
do veículo?
2.Os
 recursos de publicidade repassado pelas estatais -aliado a eventuais 
repasses de órgãos da administração direta - foram a principal fonte de 
receita da 247? Quanto essa receita representa em relação ao total?
Peço um retorno até as 19h desta terça-feira (16).
Obrigada desde já
Flávia
A resposta encaminhada pelo 247 foi a seguinte:
"A 
relação comercial entre os veículos de comunicação e seus anunciantes é 
de natureza privada. Assim como o 247 não revela as negociações com seus
 clientes, em razão do sigilo comercial, também não questiona o valor 
destinado a outros veículos de comunicação, como a Folha. De todo modo, 
informamos que a principal fonte de receita do 247 é o anunciante 
privado. Os anunciantes que veiculam no 247 buscam atingir uma audiência
 ampla (mais de 4 milhões de visitantes únicos/mês e 581 mil seguidores 
no Facebook) e também influente, sem qualquer contrapartida na linha 
editorial, que é independente."
A reportagem desta quarta-feira 
ampliará o debate no País sobre a necessidade de desconcentração dos 
investimentos publicitários e de uma Lei de Meios, que evite excessivo 
poder nas mãos de poucas famílias, que não controlam mais a informação 
no País, mas são saudosas de um passado em que havia menor competição..
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