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15/06/2015


Ah, Getúlio, quem diria…Até os americanos apostam no aumento do salário-mínimo…


Tijolaço - 15 de junho de 2015 | 09:08
roosevelt


Fernando Brito 

Do El País, hoje, uma notícia para para deixar os “madamos e madames” loucos.

É que o prefeito Los Angeles, Eric Garcetti, assinou no sábado uma lei que eleva em quase 70% o salário mínimo. Passa  de 9 para 15 dólares por hora (ou seja, de 28 para 46,80 reais por hora) e atinge perto de  600 mil pessoas.

Um em cada quatro habitantes de Los Angeles é pobre e a cidade é a segunda mais populosa dos EUA e, dos que ganham salário mínimo 80% são negros , embora eles sejam apenas

Diz ainda a filial brasileira do jornal espanhol que  Hillary Clinton, provável  candidata democrata na eleição presidencial de 2016, “relançou sua campanha fazendo um discurso, em Nova York, no qual incorporou a elevação do salário mínimo às suas propostas contra a desigualdade”o que Obama só fez ir além da retórica com seus projetos de subsídio à saúde.

Talvez não tão fortemente, é o que vai acontecer na “Big Apple” onde se estuda o anúncio de um aumento de 30% no atual salário mínimo da cidade, de US$ 10,10 para US$ 13,13 (que o número não assuste os brasileiros que continuam lotando a cidade, como observou ontem Luís Fernando Veríssimo“).

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, lançou uma “agenda progressista” que prevê sucessivos aumentos do salário-mínimo até o nível de US$ 15 dólares e – para pavor dos neoloberais – aquele “palavrão”: indexados à inflação.

Pela primeira vez desde Roosevelt, há sinais de que haverá uma disputa eleitoral nos EUA na base do taxes vs. wages, impostos versus salários.

Lá, o Tea Party, extrema direita, diz que isso é um plano comunista. Aqui, por enquanto, os discurso explícito parece que anda só em parte das patroas de empregadas domésticas e na boca do Armínio Fraga, que disse que o salário subiu demais, recordam?

Aquela historinha que a direita de extrema-esquerda gosta de contar sobre o “populismo” das políticas de salário-mínimo de Getúlio Vargas, ao que parece, contaminou os norte-americanos enfiados numa crise que não termina.

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