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20/06/2016
Ciro: Brasil tem quadrilha de ladrões no poder
Brasil 247 - 20 de Junho de 2016 às 06:28
 
 
Pré-candidato à sucessão presidencial em 2018, Ciro Gomes 
rechaça a proposta de eleições antecipadas – o que considera um 
"marinismo" – e diz que, hoje, o Brasil tem apenas duas opções: a 
legalidade, com a volta de Dilma, ou o golpe, com Temer; "Será que as 
pessoas não estão vendo que estão afastando uma presidente decente, 
contra a qual inventam um pretexto injurídico, que é a tal pedalada 
fiscal, para colocar no poder, sem voto, uma quadrilha de ladrões, de 
bandidos orgânicos da vida republicana contemporânea brasileira?", 
questiona; Ciro diz que foi uma irresponsabilidade do ex-presidente Lula
 colocar o PMDB na linha de sucessão da República e bate duro nos 
candidatos tucanos; segundo ele, Aécio Neves "vai se acabar" na Lava 
Jato e Serra é um "mau-caráter"
Na entrevista, Ciro explicou por que defende a volta de Dilma, sem que ela convoque eleições antecipadas. 
"Antes de mais nada, não interessa se é a volta da Dilma, do Lula ou do PT. A gente precisa perceber o valor intrínseco da legalidade, da estabilidade das regras, para que o elemento maravilhoso que produz milagres ciclicamente, que é a presença do povo no processo político, aconteça, rompendo com a plutocracia escravocrata alienada que há no Brasil", diz ele.
"Antes de mais nada, não interessa se é a volta da Dilma, do Lula ou do PT. A gente precisa perceber o valor intrínseco da legalidade, da estabilidade das regras, para que o elemento maravilhoso que produz milagres ciclicamente, que é a presença do povo no processo político, aconteça, rompendo com a plutocracia escravocrata alienada que há no Brasil", diz ele.
Para Ciro, o impeachment colocou uma verdadeira quadrilha no poder. "Será
 que as pessoas não estão vendo que estão afastando uma presidente 
decente, contra a qual inventam um pretexto injurídico, que é a tal 
pedalada fiscal, para colocar no poder, sem voto, uma quadrilha de 
ladrões, de bandidos orgânicos da vida republicana contemporânea 
brasileira? Não tem nenhum exagero no que estou falando. Conheço eles 
todos. Fomos contemporâneos nas diversas tarefas que tive, em 
antagonismo ou junto, porque o Lula me obrigou a ser parceiro desses 
calhordas. Isso eu não perdoo. Aliás, colocar o lado quadrilha do PMDB 
na linha de sucessão é uma responsabilidade do senhor Luiz Inácio Lula 
da Silva."
Temer como trambolho
Ciro diz, ainda, que 
Temer é uma espécie de "trambolho" no meio do caminho das forças 
golpistas. "O conjunto de forças que determinou o golpe não se reuniu em
 favor de Temer nem em prol de uma alternativa de neoliberalismo mofado.
 Foi uma coisa contra Dilma. Temer é um trambolho no caminho, a quem se 
dá um crédito, que está se esvaindo muito rapidamente, para que ele 
cumpra tarefas que só são conciliáveis em antagonismo", diz ele. "O
 sindicato dos políticos quer o fim da Lava-Jato por razões óbvias. Isso
 não será entregue porque há um problema aí. O camarada faz uma delação 
premiada para se defender e atenuar sua pena e compromete os demais. A 
segunda tarefa, que também não será entregue, é ditada pelos rentistas, 
que querem gerar excedentes a qualquer preço, a qualquer custo, qualquer
 que seja a contradição. Só que Temer pensa o oposto. Ele é fisiológico e
 clientelista. Haja visto o aplauso que ele pede, quando o Congresso, na
 contramão desse ambiente, cria 14 mil cargos numa madrugada e dá 
reajuste para as grandes corporações."
Ciro também bateu duro nos pré-candidatos tucanos. "O
 PSDB vai para autoimolação. O Napoleão Bonaparte dizia que os maiores 
erros estratégicos que cometeu foram porque supunha que um adversário 
conhecia seus próprios interesses. Assim está o Aécio no PSDB. Vai se 
acabar nessa brincadeira. O Serra, que é um grande mau caráter, aposta 
todas as fichas nesta eleição, porque é um velho, de 77 anos, obcecado 
por jogar a última cartada. Quer ser o Fernando Henrique do Itamar 
Franco, o que é uma ilusão grosseira. Nem ele é o FHC, nem Michel Temer é
 o Itamar."
No campo econômico, Ciro defendeu uma agenda desenvolvimentista e a volta da CPMF. "Ela deveria
 voltar, não porque é um tributo bom. É porque subtraíram do orçamento 
público a CPMF e 15 dias úteis depois a quadrilha que hoje comanda o 
Congresso votou a regulamentação da emenda 29, que define percentuais 
mínimos de investimento em saúde por União, aumentando em R$ 70 bilhões o
 gasto com a área."
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