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24/06/2016
Empresário investigado na Operação Turbulência pode ter sido envenenado
Jornal GGN – A morte do
 empresário Paulo Cesar de Barros Morato, que teve prisão preventiva 
decretada pela Polícia Federal na última terça-feira (21), permanece um 
mistério. O IML da Paraíba ainda vai realizar novos exames em seu corpo.
 A principal suspeita para a causa da morte é de que ele tenha ingerido 
veneno.
Morato estava foragido. Ele foi 
encontrado na suíte de um motel em Olinda, sem marcas de agressões 
físicas nem ferimentos. Ele deu entrada no motel às 12h da terça-feira. 
Os funcionários do estabelecimento estranharam quando o tempo passou e 
ele não renovou a diária nem fez qualquer pedido de bebida ou 
alimentação.
De acordo com o médico legista, o óbito 
pode ter acontecido na terça-feira mesmo e não na quarta-feira, quando o
 corpo foi descoberto.
Morato era suspeito de envolvimento em 
um esquema de lavagem de dinheiro que talvez esteja relacionado com a 
campanha à presidência do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, 
morto em agosto de 2015 em um acidente aéreo.
Da Rede Brasil Atual
Por Hylda Cavalcanti
Paulo Cesar de Barros Morato 
integrava um esquema que pode ter lavado recursos para campanhas do PSB.
 Caso está sendo apurado pela Polícia Federal. Ainda não se comprovou 
suicídio ou assassinato
Brasília – Notícias divulgadas na tarde 
de hoje (23), em Recife, ainda mostram que a morte do empresário Paulo 
Cesar de Barros Morato, que tinha tido prisão preventiva decretada na 
terça-feira (21), pela Polícia Federal, continua repleta de mistérios. 
Pesavam sobre Morato indícios de envolvimento em um esquema de lavagem 
de dinheiro que pode chegar a R$ 600 milhões e pode ter relação com a 
campanha à Presidência do ex-governador pernambucano Eduardo Campos, em 
2014, pelo PSB (morto em agosto do mesmo ano em um acidente aéreo) e 
campanhas anteriores do mesmo partido.
O corpo do empresário será levado de 
Recife para o Instituto Médico Legal (IML) da Paraíba, para novos 
exames. As principais suspeitas são de que ele tenha ingerido veneno, 
mas não está descartada a possibilidade de assassinato.
De acordo com o médico-legista Marcos 
Justino, responsável pela necropsia, apesar de ter sido constatado que o
 empresário não tomou bebida nem fez uso de medicamentos nas últimas 
horas que antecederam sua morte, o óbito pode ter acontecido na 
terça-feira e não ontem, quando foi descoberto. O legista também disse –
 segundo reportagem do jornal Folha de Pernambuco – que a transferência 
do corpo para outro IML tem como objetivo permitir a realização de um 
exame toxicológico mais detalhado.
Morato, que estava foragido e passaria a
 constar na lista de procurados pela Interpol, foi encontrado na suíte 
de um motel em Olinda, cidade da região metropolitana de Recife, sem 
marcas de agressões físicas nem de ferimento. Ele deu entrada no motel 
às 12h da terça-feira e os funcionários do estabelecimento só 
descobriram que havia algo errado quando acharam estranho o fato de 
alguém estar há tanto tempo no local sozinho e sem renovar a diária, nem
 fazer qualquer pedido de bebida ou alimentação.
Perícia cancelada
Várias entidades pernambucanas 
questionaram, ao longo do dia, se o caso deve permanecer com a Policia 
Civil do estado ou se deve ser transferido em caráter imediato para a 
alçada da Polícia Federal. Mas o que provocou surpresa entre repórteres e
 pessoas que apuram detalhes sobre o ocorrido foi o fato de a equipe 
policial escalada para realizar a perícia no motel ter chegado ao local 
por volta das 11h e nem sequer ter entrado na área.
Tudo o que foi divulgado a respeito foi 
que os peritos receberam uma ordem superior para que não entrassem na 
cena do crime, na hora em que se preparavam para iniciar os trabalhos. 
Até agora não foi dada explicação oficial sobre essa suspensão das 
atividades e a área próxima à suíte continua interditada.
Morato era suspeito de integrar uma 
organização criminosa formada por, pelo menos, 18 empresas que seriam de
 fachada e tinham abastecido campanhas políticas de Pernambuco e de todo
 o Nordeste.
Ele foi apontado como dono da empresa 
Câmara & Vasconcelos Locação e Terraplenagem Ltda. E foi citado pelo
 Ministério Público como um dos responsáveis pelo aporte de recursos 
para a aquisição da aeronave Cesnna, que transportava o ex-governador em
 2014, durante o acidente que vitimou Campos e outras seis pessoas.
O grupo foi descoberto pela PF a partir 
das investigações que apuravam quem seria o dono do avião que 
transportava Eduardo Campos por ocasião do acidente. Segundo o assessor 
de imprensa da Polícia Federal, Giovani Santoro, um agente federal está 
acompanhando as investigações para observar se a morte do empresário tem
 algo relacionado ao caso, intitulado como Operação Turbulência.
Petrobras e Transposição
O esquema de lavagem de dinheiro que 
está sendo investigado pela operação já apura o envolvimento de 30 
pessoas nos estados de Pernambuco e Goiás. As suspeitas principais são 
de que o esquema montado tenha sido utilizado no financiamento de 
campanhas de Campos de 2010 e 2014. E que também tenha atuado no desvio 
de recursos da Petrobras e das obras de transposição do Rio São 
Francisco.
“Detectamos nomes de políticos entre os 
beneficiários dos recursos, mas ainda não podemos afirmar que apenas 
políticos faziam uso do esquema. Acreditamos que seja um trabalho mais 
amplo que levará à conclusão das investigações”, afirmou a delegada de 
Combate à Corrupção, Andréa Pinho, que está atuando no caso. Em nota, o 
PSB disse que vai esperar a conclusão das investigações e que tem 
confiança na honestidade de Campos, que na época da morte era também 
presidente nacional do partido.
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