06/09/2009
Roberto Micheletti, presidente do governo de fato, anunciou revogação de decreto
R-7 - 05/09/2009
Foto por Reuters
de Zelaya na Presidência de Honduras, um claro
sinal de que a crise pode estar chegando ao fim
sinal de que a crise pode estar chegando ao fim
O presidente do governo de fato de Honduras, Roberto Micheletti, anunciou nesta segunda (5) a revogação do decreto de restrição das liberdades, aprovado há uma semana.
Micheletti afirmou durante entrevista em Tegucigalpa:
- Revogamos o decreto durante o conselho dos ministros. O decreto está totalmente revogado.
Em 27 de setembro, o governo de fato, que dirige Honduras desde o golpe de Estado de 28 de junho, aprovou um decreto restringindo as liberdades de circulação, de reunião e de imprensa, e autorizando as detenções sem mandato. O decreto praticamente instaurou o estado de sítio no país.
Dois meios de comunicação opostos ao golpe de Estado, Radio Globo e Canal 36, foram fechados no dia seguinte à aprovação do decreto.
A revogação do decreto era uma das condições impostas pelo presidente deposto, Manuel Zelaya, refugiado desde 21 de setembro na embaixada do Brasil em Tegucigalpa, para iniciar um diálogo com o governo de Micheletti.
Micheletti afirmou antes da reunião que ia pedir aos ministros a suspensão do decreto que limita as liberdades civis e tirou do ar dois veículos de comunicação leais ao presidente deposto Manuel Zelaya.
Micheletti sofreu pressão para revogar as medidas temporárias, enquanto a Organização dos Estados Americanos (OEA) tenta negociar um fim para a crise desencadeada pelo golpe que derrubou Zelaya em junho.
O presidente deposto voltou ao país secretamente há duas semanas e se refugiou na embaixada brasileira.
Ambos os líderes afirmam estarem prontos para conversar, mas as exigências principais continuam inalteradas. Micheletti afirma que Zelaya deve enfrentar os tribunais e está resistindo às pressões para que seja reconduzido ao poder, enquanto Zelaya insiste em ter seu poder restabelecido incondicionalmente.
O decreto de emergência gerou uma onda de reprovações internacionais, e os simpatizantes de Zelaya exigiram que fosse suspenso antes das negociações.
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