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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Contraponto 5467 - "Urgência na Amazônia"

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.01/06/2011

Urgência na Amazônia


Do Blog do Mauro Santayana - 01/06/2011

Mauro Santayana

Se os estados amazônicos são incapazes de impor a lei nos territórios de sua jurisdição, cabe ao governo federal neles intervir, como prevê a Constituição e aconselha a necessidade de que se salve a República.

O que está ocorrendo no Pará e em Rondônia é um desafio aberto à sociedade brasileira. Jagunços, a serviço dos grandes proprietários (o chamado agronegócio) e dos devastadores das matas para a exploração das madeiras nobres e o fabrico de carvão, estão matando, impunemente, pequenos lavradores e líderes extrativistas, que se opõem aos crimes cometidos contra a natureza e defendem suas pequenas posses contra os grileiros. Não cabem eufemismos nem subterfúgios. A realidade demonstra que os mandantes contam com a cumplicidade explícita de algumas autoridades locais, não só do poder executivo como, também, do sistema judiciário. E, ao lado dos pistoleiros, atuam parcelas da polícia militar e civil da região.

Se houvesse dúvida dessa teia de interesses que protegem os criminosos, bastaria a manifestação de regozijo de parte dos parlamentares da bancada ruralista e de sua claque, quando, no plenário da Câmara, se ouviu a denúncia dos assassinatos mais recentes, feita pelo deputado Zequinha Sarney.

A repetição dos assassinatos no campo é, em si mesma, intolerável afronta à sociedade brasileira, em qualquer lugar que se dê. Mas, no caso da Amazônia, é muito mais grave, porque ali se acrescenta a questão da soberania nacional. A inação do Estado alimenta a campanha que, nos países europeus e nos Estados Unidos, se faz contra a nossa jurisdição histórica sobre a maior parcela da Hiléia, sob o argumento de que não temos condições de exercê-la e mantê-la. Se não somos capazes de impedir o assassinato da floresta e de seus defensores, os que cobiçam as nossas riquezas se sentirão estimulados a intrometer- se em nossos assuntos internos, sob o estribilho que precedeu a invasão de muitos países, o da defesa dos direitos humanos.

Há décadas que vozes sensatas têm clamado para que a questão amazônica seja vista como a mais exigente prioridade nacional.

O Brasil é convocado a ocupar a Amazônia – ocupar, mesmo, embora sem destruí-la – criar sistema eficiente de defesa das fronteiras, proteger sua população civil e promover o desenvolvimento sustentado da área.

Trata-se de uma guerra que estamos perdendo, porque não a enfrentamos como é necessário. As nossas Forças Armadas, destacadas na região, lutam com todas as dificuldades. Faltam- lhes equipamentos adequados às operações na selva e nos rios; os contingentes não conseguem ocupar todos os pontos táticos e estratégicos da região e, em alguns casos, não há suprimentos para a manutenção das tropas.

Nos últimos vinte e cinco anos, de acordo com relatório da Comissão Pastoral da Terra, 1.581 ativistas foram assassinados na luta contra grileiros, agronegocistas e madeireiras – a imensa maioria na nova fronteira agrícola do Norte.

Não bastam as declarações do governo, nem a convocação de grupos de estudos. O bom-senso indica que o governo federal terá que convocar as três forças nacionais a fim de ocupar a Amazônia, identificar e prender os criminosos e mandantes.

É crucial criar sistema de controle da exploração madeireira e de outras riquezas, o que hoje é fácil, graças ao GPS, ao monitoramento de caminhões por satélite e outros instrumentos eletrônicos.

Há centenas de brasileiros, ameaçados de morte, porque estão fazendo o que não fazem as autoridades locais: defendem a natureza e a soberania do Brasil sobre os seus bens naturais e a vida dos indígenas e dos caboclos, reais desbravadores da região.

Para que não sejamos obrigados a uma guerra externa, contra prováveis invasores estrangeiros – que aqui virão em busca dos recursos naturais que lhes faltam – temos que travar e vencer a guerra interna contra os bandidos, pistoleiros e os que lhes pagam.
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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Contraponto 3168 - "Inpe revela queda de 48% do desmatamento na Amazônia"

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01/09/2010

Inpe revela queda de 48% do desmatamento na Amazônia

Vermelho - 01/09/2010

Dados divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente nesta terça-feira (31) apontam que o desmatamento na Amazônia entre agosto de 2009 e julho de 2010 caiu 48% na comparação o período entre agosto de 2008 e julho de 2009.
De acordo com o Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo Real), medido pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), enquanto no período entre agosto de 2008 e julho de 2009 foram desmatados 4.372 quilômetros quadrados, nos meses entre agosto de 2009 e julho de 2010 foram 2.293 quilômetros quadrados.

Os dados do Deter são captados mensalmente pelo Inpe, funcionando, como a mais rápida medição do desmatamento na Amazônia. Entretanto, os dados são parciais, pois não conseguem captar todos os desmatamentos ocorridos, devido à menor resolução das imagens dos satélites e à influência das nuvens.

O Inpe informa ainda que, durante o mês de julho de 2010, o total desmatado na região foi de 485 quilômetros quadrados. Os Estados com as maiores áreas desmatadas foram Pará e Mato Grosso.

Levantamentos divulgados nos meses anteriores já apontavam que o período de comparação agosto-julho teria uma redução significativa.

O Deter monitora áreas maiores do que 25 hectares e serve para direcionar a fiscalização ambiental.

A taxa anual de desmate é calculada por outro sistema, o Prodes (Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal), que mede com mais precisão porque consegue avaliar áreas menores. Apesar da metodologia diferente, a avaliação do Deter costuma antecipar os resultados do Prodes.

Os dados do Prodes só devem ser apresentados em novembro. Se a tendência de queda se confirmar, o governo pode chegar a um novo recorde da diminuição no ritmo do desmatamento. Em 2009, a taxa de desmate calculada pelo Inpe foi de 7,4 mil km².
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terça-feira, 24 de novembro de 2009

Contraponto 791 - Investimentos no Amazonas e queda do desmatamento


24/11/2009

Lula destaca em coluna semanal investimentos no Amazonas
e queda do desmatamento

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil 24 de Novembro de 2009 - 12h28 -
Última modificação em 24 de Novembro de 2009 - 12h28


Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lembrou hoje (24) que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) vai destinar R$ 10,6 bilhões até 2010 para o Amazonas. Entre os empreendimentos do PAC no estado está o gasoduto que liga a província petrolífera de Urucu a Manaus, com 670 quilômetros de extensão, que será inaugurado por Lula na próxima quinta-feira (26).

O investimento do PAC no Amazonas foi citado por Lula em resposta a um leitor, na coluna O Presidente Responde, que perguntou se estados distantes dos grandes centros urbanos também receberiam recursos do programa. “Estamos com investimentos em praticamente todos os municípios do Amazonas”, esclareceu Lula.

O presidente também respondeu a uma pergunta sobre o desmatamento na Amazônia e citou dados recentes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que mostram que o desmatamento da Amazônia, nos últimos 12 meses encerrados em julho, foi de 7 mil km2. “Trata-se da menor área da floresta derrubada nos últimos 21 anos”, afirmou.

Ele também destacou a meta de redução de 80% no desmatamento da Amazônia até 2020 que será apresentada pelo Brasil na Conferência da Nações Unidas para Mudanças Climáticas, em dezembro, em Copenhague, Dinamarca.

A coluna O Presidente Responde é publicada semanalmente em jornais de todo o país. No texto, o presidente responde a perguntas enviadas por três leitores.
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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Contraponto 695 - Amazônia: menor desmatamento em 21 anos


13/11/2009



Desmatamento na Amazônia cai 45% e é o menor em 21 anos, diz Inpe


http://www.fmc.am.gov.br/port/Fotos_am/Imagens/Floresta%20Amazonica.jpg
BBC – Agência Estado


Área derrubada foi de 7 mil Km², menor índice desde o início do monitoramento.

- O governo anunciou nesta quinta-feira que o desmatamento na Amazônia Legal no último ano foi o mais baixo desde que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) começou a monitorar a região amazônica, em 1988.

Entre agosto de 2008 e agosto de 2009 foram desmatados 7 mil quilômetros quadrados, de acordo com os dados do projeto de monitoramento por satélite do Inpe (Prodes). Esta também foi a primeira vez em 21 anos que a área derrubada ficou abaixo dos 9 mil quilômetros quadrados.

O resultado mais próximo disso foi registrado entre 2006 e 2007, com 11.633 km2 derrubados.

O número também representa uma redução de 45% em relação ao período de agosto de 2007 a agosto de 2008, quando, segundo o projeto de monitoramento do Inpe, foram desmatados 12,9 mil quilômetros quadrados.

“Ainda é muito, mas a queda foi muito grande. É um dado excelente, um resultado histórico”, afirmou o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que participou do anúncio ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.

A menos de um mês da Conferência da ONU sobre mudanças climáticas em Copenhague, com ou sem metas de redução de emissões, o resultado vai ser um trunfo importante para o governo brasileiro nas negociações por um acordo que substitua o Protocolo de Kyoto.

Arco Verde

Nos últimos anos, a tendência histórica vem sendo de queda na área desmatada.

No entanto, o governo federal ainda está distante das metas assumidas em seu Plano Nacional de Combate às Mudanças Climáticas, que prevê a queda do desmatamento a 80%.

Isso significa que o desmatamento máximo admitido em 2020 deve ficar por volta de 4 mil quilômetros quadrados, menos de metade dos números anunciados com estardalhaço nesta quinta-feira.

O anúncio foi feito durante o evento de divulgação do balanço do Mutirão Arco Verde, o programa do governo federal de combate a atividades clandestinas que levam ao desmatamento.

O programa visa a promover o desenvolvimento sustentável nos 43 municípios amazônicos responsáveis por mais de 50% das derrubadas na região.

O projeto envolve 14 órgãos do governo, sob a tutela da Casa Civil, além das prefeituras da região e de organizações não-governamentais.

O governo incluiu também um programa de regularização fundiária no Mutirão Arco Verde, como parte da tentativa de unificação das políticas de assentamento agrário, regularização ambiental e desenvolvimento sustentável.

http://eduardoalmeida.files.wordpress.com/2009/03/amazonia.jpg
Amazônia registra menor área desmatada em 21 anos

REUTERS – AGÊNCIA ESTADO

BRASÍLIA – A Amazônia registrou o menor desmatamento em 21 anos, uma queda de cerca de 45 por cento em um ano, mostraram dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) anunciados nesta quinta-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.

Entre agosto de 2008 e julho deste ano, foram destruídos 7.008 quilômetros quadrados de floresta, uma queda de cerca de 45 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior. O período de agosto de um ano a julho do ano seguinte é o ano-calendário para a medição da destruição da floresta.

“Estamos fazendo o dever de casa”, comemorou a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, também presente ao anúncio.

O desmatamento registrado no período 2008-2009 é o menor desde que o Inpe começou a divulgar números da devastação da Amazônia em 1988. Também é a primeira vez, desde o início da medição, que a área desmatada fica abaixo dos 10 mil quilômetros quadrados.

(Reportagem de Ana Paula Paiva e Natuza Nery)
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sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Contraponto 286 - Amazônia e Pantanal sem cana


18/09/2009


Amazônia, cerrado e Pantanal sem plantações de cana


Foto: Wilson Dias/ABr

Blog do Zé Dirceu

O governo agiu bem - muito bem, registre-se...
Lançamento do zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar para a produção de etanol e açúcar

O governo agiu bem - muito bem, registre-se! - ao proibir novas plantações de cana em terras ainda preservadas do cerrado, Amazônia, Pantanal e seu entorno (o que corresponderá a 81,5% do território nacional conforme levantamento do jornal Folha de S.Paulo).

Pelas medidas anunciadas pelo governo, fica determinado que quem desrespeitá-las e fizer lavoura irregular será punido com multas de até R$ 50 milhões, desapropriação das terras e bloqueio dos bens do proprietário. Um dos objetivos das duras medidas adotadas é evitar que o cultivo da cana cresça em áreas ainda preservadas, principalmente nas regiões de cerrado, cujos rios abrigam metade do potencial de geração de energia hidrelétrica do país e já perdeu quase metade da vegetação original.

O Brasil tem hoje 7,8 milhões de hectares (78 mil km2) ocupados com plantações de cana-de-açúcar. O governo quer ampliar a área em 86% até 2017, incorporando mais 6,7 milhões de hectares (67 mil km2) para essa cultura.

Por isso um decreto assinado hoje pelo presidente Lula - relativo à concessão de crédito público aos produtores de cana - indicará uma área quase cinco vezes maior (que os 7,8 milhões hoje ocupados com cana), sem restrição ambiental e majoritariamente ocupada hoje por pastagens, como ideal para passar a ter cana de açúcar.
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