sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Contraponto 487 - Acordo a qualquer momento


16/10/2009
Honduras - Acordo entre Zelaya e golpistas
pode sair a qualquer momento

Pátria Latina - Brasília - Sexta , 16 de Outubro de 2009

Tegucigalpa, 14 out (Prensa Latina) O diálogo para encontrar uma solução à crise política continua em Honduras ainda com a profundidade do estado de sítio e demandas de que cesse a repressão contra o povo.

As conversas completaram nesta terça-feira quatro rodadas, durante as quais, segundo as partes, avançaram em vários pontos, ainda que o tema essencial, a restituição do presidente Manuel Zelaya, se mantém sem acordo.

Uma dos três representantes do governo de facto, Vilma Morales, declarou nesta terça-feira que se conseguiu consenso em oito dos 12 pontos do chamado Acordo de San José, uma proposta do presidente da Costa Rica, Oscar Arias.

Morales apontou que durante a sessão de ontem começaram a tratar do ponto seis, que se refere ao regresso de Zelaya ao cargo do qual o sacaram violentamente as forças armadas em 28 de junho.

Morales, ex-presidenta da Corte Suprema de Justiça, eludiu entrar em detalhes sobre esse assunto, considerado pelos delegados do estadista como essencial para a solução da crise desatada pela ação militar golpista.

Zelaya e a Frente Nacional contra o golpe de Estado propuseram um prazo para encontrar uma solução ao conflito que vence manhã.

A Frente exigiu o fim da repressão contra a resistência para criar condições adequadas para o desenvolvimento do diálogo iniciado na semana passada.

Segundo o coordenador geral dessa aliança de forças populares, Juan Barahona, essa demanda foi ratificada pela delegação do presidente Zelaya na sessão desta terça-feira.

Barahona informou que pediram aos três representantes de Micheletti o fim do estado de sítio imposto desde 26 de setembro.

Micheletti anunciou seu encerramento há nove dias, mas a suspensão das garantias constitucionais segue vigente porque ainda não foi publicada no jornal oficial A Gaceta.

Agregou que também solicitaram do governo de facto a desmilitarização da área próxima à embaixada do Brasil, onde se encontra com dezenas de pessoas o presidente Zelaya desde 21 de setembro.

Outra das reivindicações é a reabertura dos meios de comunicação fechados, Rádio Globo e o canal 36 de televisão, com uma ampla cobertura da resistência popular contra o golpe militar de 28 de junho.
Texto: Prensa Latina / Postado em 14/10/2009 ás 18:22
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