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16/04/2013
Que resposta Tombini dará ao lobby do tomate?
Do Brasil 247 - 16 de Abril de 2013 às 07:1916 de Abril de 2013 às 07:19
Começa hoje a reunião do Comitê de
Política Monetária do Banco Central, que irá decidir pela elevação, ou
não, da taxa de juros; nos últimas dias, de forma inédita, lobistas que
pressionam por juros maiores usaram o preço do tomate para demandar
trancos na economia e uma dose maior de ganho fácil em suas aplicações
financeiras; Alexandre Tombini, do Banco Central, tem autonomia para
decidir, mas ontem, Dilma avisou, em Belo Horizonte, que a inflação está
sob controle; quem ganha a guerra: o governo ou lobistas que seguiram o
coro de Ana Maria Braga?
247 - Todos os anos, na última
quarta-feira de agosto, a pequena cidade de Bunol, na Espanha, recebe
turistas do mundo inteiro para "La Tomatina", uma festa em que toneladas
de tomates são jogadas nas ruas e atiradas nas pessoas. É a maior
guerra de alimentos do mundo, em meio a shows de fogos, música e dança.
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No Brasil, La Tomatina aconteceu, pela primeira vez, em
2013, no último fim de semana. Veja e Época, as revistas de Roberto
Civita e João Roberto Marinho, atiraram alimentos em Dilma Rousseff,
dizendo que a presidente "pisou no tomate". Lobistas pela elevação dos
juros, como Maílson da Nóbrega e Alexandre Schwartsman, pediram doses
cavalares de ganho fácil em suas aplicações financeiras. O segundo
chegou a afirmar que, "para começar o jogo", seria necessário aumentar
em quatro pontos a taxa Selic e elevar o desemprego de 5% para 7,5%. No
Estadão, Celso Ming pediu um "tranco" na economia. No Globo, o editorial
pediu uma resposta "convincente" do BC, em editorial.
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A decisão do Banco Central só sai na quarta-feira, mas há
razões de sobra para cautela. Ontem, os mercados acionários do mundo
inteiro derreteram, diante da constatação de que a China está crescendo
menos do que se esperava. Preços de commodities desabaram – o que tem
clara implicação sobre os preços. No Brasil, as vendas ao varejo
recuaram em fevereiro e mesmo os analistas do mercado financeiro estimam
que, nas condições atuais, a inflação fecha o ano em 5,70%.
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Com a palavra, o Banco Central.
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