04/07/2013
Dilma: 'Eu não sou daqueles que acham o povo incapaz'
Do Brasil 247 - 4 de Julho de 2013 às 16:45
Presidente destaca, durante evento em Salvador, a
importância da participação popular no processo de reforma política; "Eu
acredito muito na inteligência, na sagacidade do povo brasileiro. Eu
não sou daqueles que acham que o povo é incapaz de entender porque as
perguntas são complicadas", afirmou, sobre a proposta de plebiscito; ela
foi recebida com gritos de apoio e aplausos na cerimônia que anunciou
medidas contra a seca no semiárido nordestino; sobre os protestos do
País, disse que "essas vozes devem nos orgulhar"
247 – A presidente Dilma Rousseff foi recebida
aos gritos de apoio e aplausos nesta quinta-feira 4 em Salvador, no
primeiro evento público que a presidente participa depois do início das
manifestações que ocorrem em centenas de cidades brasileiras. Dilma
anunciou, na capital da Bahia, o lançamento do Plano Safra Semiárido,
que terá uma série de medidas para o fortalecimento da produção agrícola
e pecuária na região.
Em relação aos protestos, Dilma afirmou que "essas vozes devem nos orgulhar". Segundo a presidente, diferentes de outros países, as manifestações do Brasil clamam por "mais direitos", e não por democracia. "Nós somos capazes de ouvir as vozes das ruas. Aqui nós temos democracia", afirmou. "E eu quero dizer que essa presidente aqui ouviu claramente a voz das ruas. Tanto porque essa voz é legítima como porque estamos numa democracia", acrescentou.
Dilma Rousseff destacou também a importância da participação popular no que diz respeito à reforma política e rebateu críticas ao dizer que não concorda com o argumento de que o povo é incapaz de entender as perguntas de um plebiscito. "Eu acredito muito na inteligência, na sagacidade do povo brasileiro, que sempre mostrou, ao longo de toda a nossa história, que fez escolhas acertadas. Eu não sou daqueles que acham que o povo é incapaz de entender porque as perguntas são complicadas", disse.
Na avaliação da oposição, a melhor proposta para consultar a população sobre o tema é o referendo, e não o plebiscito. Chegou a ser apresentado o argumento de que o primeiro instrumento seria uma forma mais simples de saber a opinião da sociedade. Nesta quinta-feira, o governo anunciou que a realização do plebiscito, que seria, a princípio, ainda neste ano, deve acontecer apenas em 2014 e as novas regras valerão a partir de 2016
A presidente Dilma citou os cinco pactos que apresentou em resposta às manifestações e agradeceu ao Congresso por ter aprovado o projeto que destina parte dos royalties do pré-sal para a educação. "Nós só seremos mais e melhores se tivermos educação de qualidade. Nós precisamos de dar escola de qualidade, creche, educação em tempo integral para todos os brasileiros e com igualdade. Agradecemos porque a medida [dos royalties] foi aprovada no Congresso".
Medidas para o semiárido
"É preciso conviver com a seca", defendeu a presidente em seu discurso, ao anunciar o Plano Safra Semiárido, que de acordo com o governo, pretende garantir segurança produtiva, impulsionando sistemas de produção adaptados à realidade do clima da região. Segundo Dilma Rousseff, "não são necessárias migalhas de políticos", por isso é que o governo está, "pela primeira vez", dedicando um plano para o semiárido nordestino.
"Era preciso ter uma ação emergencial pra enfrentar essa que era uma das maiores secas dos últimos cem anos. Essas ações emergenciais são importantes, mas mais importante é saber que é possível estruturar uma política de combate a questões que nunca foram enfrentadas antes", afirmou. A presidente disse que não irá prometer que os resultados serão colhidos "amanhã", mas garantiu que "eles virão". Ela afirmou também que não pretende descansar enquanto não atender tudo aquilo que for possível.
Agenda positiva
A presença da presidente diante do povo é uma tentativa de retomada da agenda positiva do governo federal diante das manifestações populares. Desde a última vez em que se expôs, na abertura da Copa das Confederações, em Brasília, a presidente realizou encontros com integrantes da sociedade civil e propôs um plebiscito para a reforma política.
Para quem apostou que a presidente se esconderia após os atos públicos que varreram ruas de centenas de cidades brasileiras, o movimento foi justamente o contrário: em seus discursos, Dilma sempre defendeu as manifestações pacíficas e garantiu estar ouvindo as "vozes das ruas", sem "transigir com violência", em referência aos diversos atos de vandalismo registrados.
Propostas e encontros com a sociedade
A fim de atender as principais reivindicações das ruas, como investimentos em saúde, educação, transporte e menos corrupção, Dilma Rousseff se encontrou com representantes do Movimento Passe Livre (MPL), que deu início aos protestos, de movimentos urbanos, do Movimento LGBT e estudantes, além de centrais sindicais. O próximo encontro será na sexta-feira 5, com movimentos sociais do campo.
O ministro-chefe da Secretaria-Geral, Gilberto Carvalho, disse nesta quinta-feira que também estão previstos encontros com grupos de representantes de evangélicos, de cultura digital e blogs, de movimentos sociais que defendem a reforma política, movimento de mulheres e de luta contra a desigualdade social. "A presidenta irá receber sistematicamente representantes da sociedade civil principalmente para discutir a situação do país", disse.
Entre as principais propostas feitas pelo Planalto estão cinco pactos destinados às áreas que mais foram alvo de reivindicações dos manifestantes, além de um plebiscito sobre pontos a serem discutidos em uma reforma política. O intuito é consultar a população em relação principalmente a financiamentos de campanhas e sistema de votos.
Em relação aos protestos, Dilma afirmou que "essas vozes devem nos orgulhar". Segundo a presidente, diferentes de outros países, as manifestações do Brasil clamam por "mais direitos", e não por democracia. "Nós somos capazes de ouvir as vozes das ruas. Aqui nós temos democracia", afirmou. "E eu quero dizer que essa presidente aqui ouviu claramente a voz das ruas. Tanto porque essa voz é legítima como porque estamos numa democracia", acrescentou.
Dilma Rousseff destacou também a importância da participação popular no que diz respeito à reforma política e rebateu críticas ao dizer que não concorda com o argumento de que o povo é incapaz de entender as perguntas de um plebiscito. "Eu acredito muito na inteligência, na sagacidade do povo brasileiro, que sempre mostrou, ao longo de toda a nossa história, que fez escolhas acertadas. Eu não sou daqueles que acham que o povo é incapaz de entender porque as perguntas são complicadas", disse.
Na avaliação da oposição, a melhor proposta para consultar a população sobre o tema é o referendo, e não o plebiscito. Chegou a ser apresentado o argumento de que o primeiro instrumento seria uma forma mais simples de saber a opinião da sociedade. Nesta quinta-feira, o governo anunciou que a realização do plebiscito, que seria, a princípio, ainda neste ano, deve acontecer apenas em 2014 e as novas regras valerão a partir de 2016
A presidente Dilma citou os cinco pactos que apresentou em resposta às manifestações e agradeceu ao Congresso por ter aprovado o projeto que destina parte dos royalties do pré-sal para a educação. "Nós só seremos mais e melhores se tivermos educação de qualidade. Nós precisamos de dar escola de qualidade, creche, educação em tempo integral para todos os brasileiros e com igualdade. Agradecemos porque a medida [dos royalties] foi aprovada no Congresso".
Medidas para o semiárido
"É preciso conviver com a seca", defendeu a presidente em seu discurso, ao anunciar o Plano Safra Semiárido, que de acordo com o governo, pretende garantir segurança produtiva, impulsionando sistemas de produção adaptados à realidade do clima da região. Segundo Dilma Rousseff, "não são necessárias migalhas de políticos", por isso é que o governo está, "pela primeira vez", dedicando um plano para o semiárido nordestino.
"Era preciso ter uma ação emergencial pra enfrentar essa que era uma das maiores secas dos últimos cem anos. Essas ações emergenciais são importantes, mas mais importante é saber que é possível estruturar uma política de combate a questões que nunca foram enfrentadas antes", afirmou. A presidente disse que não irá prometer que os resultados serão colhidos "amanhã", mas garantiu que "eles virão". Ela afirmou também que não pretende descansar enquanto não atender tudo aquilo que for possível.
Agenda positiva
A presença da presidente diante do povo é uma tentativa de retomada da agenda positiva do governo federal diante das manifestações populares. Desde a última vez em que se expôs, na abertura da Copa das Confederações, em Brasília, a presidente realizou encontros com integrantes da sociedade civil e propôs um plebiscito para a reforma política.
Para quem apostou que a presidente se esconderia após os atos públicos que varreram ruas de centenas de cidades brasileiras, o movimento foi justamente o contrário: em seus discursos, Dilma sempre defendeu as manifestações pacíficas e garantiu estar ouvindo as "vozes das ruas", sem "transigir com violência", em referência aos diversos atos de vandalismo registrados.
Propostas e encontros com a sociedade
A fim de atender as principais reivindicações das ruas, como investimentos em saúde, educação, transporte e menos corrupção, Dilma Rousseff se encontrou com representantes do Movimento Passe Livre (MPL), que deu início aos protestos, de movimentos urbanos, do Movimento LGBT e estudantes, além de centrais sindicais. O próximo encontro será na sexta-feira 5, com movimentos sociais do campo.
O ministro-chefe da Secretaria-Geral, Gilberto Carvalho, disse nesta quinta-feira que também estão previstos encontros com grupos de representantes de evangélicos, de cultura digital e blogs, de movimentos sociais que defendem a reforma política, movimento de mulheres e de luta contra a desigualdade social. "A presidenta irá receber sistematicamente representantes da sociedade civil principalmente para discutir a situação do país", disse.
Entre as principais propostas feitas pelo Planalto estão cinco pactos destinados às áreas que mais foram alvo de reivindicações dos manifestantes, além de um plebiscito sobre pontos a serem discutidos em uma reforma política. O intuito é consultar a população em relação principalmente a financiamentos de campanhas e sistema de votos.
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