sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Contraponto 18.601 - "Petrobras supera meta e Brasil tem maior produção de petróleo da história"

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15/01/2016

 

Petrobras supera meta e Brasil tem maior produção de petróleo da história

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Uma empresa petroleira vale pelo quanto produz, o resto é marola ou tsunami da turma das finanças.

E a Petrobras mostrou, na prática, que tudo o que seus inimigos dizem é muito menor do que ela faz.

Saíram hoje os números da produção de petróleo e gás em seus campos, ao longo de todo o ano de 2015.

É o maior de todos os tempos, “apesar da crise”. E, no petróleo, ponha crise nisso.

Foram  extraídos, na média, 2,128 milhões de barris de petróleo por dia, alta de 4,6% sobre 2014.
Somando a energia equivalente do gás natural produzido pela empresa, o volume total chega a 2,6 milhões de barris diários, 5,5% maior que no ano anterior.

Resultados que a empresa conseguiu apesar de todos os problemas que enfrentou, este ano, mostrando que a Petrobras sobra em matéria de competência operacional.

O pré-sal, que teve média de  767 mil barris por dia – mais de um terço da produção total e 56% mais que em 2014 – vai chegar, em 2016, bem perto de representar metade da produção nacional.

Em dezembro, já vieram de lá 40,1% de todo o petróleo extraído no país: 874 mil barris diários. Somado o gás, 1,09 milhão de barris equivalentes/dia.

Um ano antes, a parcela proveniente do pré-sal era de 27,4% do total.

Há uma importância especial neste dado: o petróleo do pré-sal tem custo em torno de 8 dólares o barril, antes de impostos e royalties. Isso faz dele um fator essencial para que a empresa atravesse a temporada de baixos preços no mercado internacional.

Também é esta quadra desfavorável de preços o que deve fazer com que a empresa modere a velocidade anteriormente prevista para o aumento de produção: enquanto ela durar, será contraproducente gerar excedentes exportáveis – exceto os de compensação de qualidade de óleo, para a adequação ao parque de refino.

Em outros posts, a gente vai analisar o que significam a possibilidade de venda de parte do naco que a Petrobras detém na Brakem e a especulação em torno de uma possível abertura do capital da Transpetro, que voltou ao noticiário.

A chave da questão é atravessar o período de dificuldades – as internas e, sobretudo, as mundiais, sobre as quais ela não tem controle – sem perder o foco em dois pontos essenciais: o controle de nossas jazidas e o formato de empresa múltipla de energia, sem o qual ela perde a efetividade como elemento dinamizador do desenvolvimento nacional.

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