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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Contraponto 5523 - "O silêncio eloquente em torno da Satiagraha"




Por Jotavê

A grande novidade nesse final melancólico do caso Satiagraha é o silêncio da grande imprensa. Mesmo nos blogs mais fortemente comprometidos com a impunidade, não se ouviu mais do que um murmúrio que tentava, de algum modo, redesenhar o passado, no estilo "eu bem que avisei". Mas ninguém se dispôs a rediscutir o assunto. Ou muito me engano, ou existe um mal-estar difuso na grande imprensa com esse desfecho, para o qual ela colaborou de modo decisivo. É preciso lembrar, neste momento, a coragem de todos aqueles que, no olho do furacão, não se calaram, enfrentando bravamente as próprias empresas em que trabalhavam - Mônica Bergamo, por exemplo, que pôs sua coluna a serviço da Justiça num momento em que seus empregadores secundavam os advogados de Daniel Dantas em editoriais. Houve outros. No fundo, esses bravos profissionais devem hoje sentir-se revoltados, como todos nós, mas também vitoriosos. O que pode significar esse silêncio agora senão vergonha daquilo que foi dito e feito no passado?

O que aconteceu nesse episódio foi muito algo muito simples. Criou-se o mito de um "ativismo político" na Polícia Federal, com ramificações na Justiça. Se Daniel Dantas não estava a salvo, quem mais dentro das elites brasileiras poderia sentir-se a salvo? A sensação (totalmente paranoica, e por isso mesmo completamente desconectada dos fatos) era de que o governo Lula finalmente teria encontrado um meio de dar vazão à sua ânsia de ruptura. A vingança contra a burguesia (???), não vindo pelas mãos de um Henrique Meirelles, viria pelo martelo de um Fausto de Sanctis e pelas algemas de um Protógenes Queiroz. Loucura completa, em estado bruto, disseminada entre jornalistas por quem estava mais próximo de Daniel Dantas, e tinha medo (este sim bastante real) de ser atingido pelos estilhaços. A tese pegou. Era preciso pôr um freio ao "ativismo" do Judiciário, ou a "revolução petista" iria pôr-se em marcha, capitaneada pro de Sanctis.

Hoje, com a poeira já assentada, vemos a que tudo se resumia, em última instãncia - um delegado, na ânsia de levar a cabo uma operação policial sabotada por seus superiores, usa uma brecha efetivamente existente na lei, e chama agentes da Abin para ajudá-lo nas operações - todas, absolutamente todas devidamente AUTORIZADAS PELO JUDICIÁRIO. Foi em torno disso que o circo se armou. Foi com esse argumento pífio que a impunidade, mais uma vez, triunfou no Brasil. Sem o pano de fundo da paranóia, vemos agora essa gigantesca operação de salvamento reduzir-se àquilo que ela realmente é - uma chicana bem conduzida por advogados matreiros. Nada além disso. Nada que possa entusiasmar ninguém - antes muito pelo contrário. Nada de que alguém possa se orgulhar, enfim, com exceção daqueles que ficaram ao lado da verdade e do bom senso até o final. Até hoje, leio com uma certa reverência a coluna dos jornalistas que resistiram àquela alucinação coletiva. Posso concordar ou discordar de qualquer coisa que qualquer um deles diga, mas sei que se trata de uma pessoa honesta, disposta a honrar sua profissão. Com relação a outros, o sentimento é exatamente o inverso. Ou eu muito me engano, ou fiapos desse sentimento de aversão e nojo podem ser detectados, hoje, até mesmo naqueles que mais colaboraram para que os fatos tivessem o curso que tiveram.

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sexta-feira, 26 de março de 2010

Contraponto 1736 - De Sanctis continua à frente da Satiagraha

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26/03/2010

De Sanctis continua à frente da Satiagraha



por Lísia Gusmão, Repórter da Agência Brasil 25 de março de 2010 às 19:045

Brasília – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Eros Grau manteve o juiz Fausto de Sanctis à frente das ações envolvendo o empresário Daniel Dantas, investigado por crimes financeiros pela Polícia Federal (PF) na Operação Satiagraha. Dantas recorreu ao STF contra decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) tomada no início do mês que cassou liminar concedida pelo ministro da Corte Esteves Lima pela paralisação dos processos decorrentes da Satiagraha.

Na liminar, o ministro havia determinado, em dezembro de 2009, a paralisação de todas as ações penais abertas contra o empresário que tivessem a participação do juiz Fausto de Sanctis, suspeito de parcialidade. Na prática, com a decisão, o ministro do STJ havia suspendido os efeitos da Operação Satiagraha, deflagrada em 2008, para investigar crimes financeiros praticados por um grupo supostamente comandado por Daniel Dantas, dono do grupo Opportunity.

“Tal e qual sublinhado no acórdão do Superior Tribunal de Justiça, a exceção de suspeição resulta de relação subjetiva instalada entre magistrado e partes. A complexidade da questão e a impossibilidade de cotejo, em sede de medida cautelar, das razões da impetração com os elementos constantes dos autos (compostos de aproximadamente duas mil laudas) recomendam o indeferimento da liminar”, disse o ministro do STF Eros Grau em sua decisão.

Ele remeteu o recurso da defesa de Daniel Dantas para parecer do Ministério Público Federal antes que seja submetido ao plenário do STF.

Na denúncia apresentada ao TRF-3, em São Paulo, o Ministério Público sustenta que Dantas, sua irmã, Verônica Dantas, e o presidente do Banco Opportunity, Dório Ferman, constituíram “um verdadeiro grupo criminoso empresarial, cuja característica mais marcante fora transpor métodos empresariais para a perpetração de crimes, notadamente delitos contra o sistema financeiro, de corrupção ativa e de lavagem de recursos ilícitos”.
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quinta-feira, 4 de março de 2010

Contraponto 1545 - "Fausto De Sanctis vence no STJ: continua à frente da Satiagraha e operação não é anulada"

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04/04/2010

"Fausto De Sanctis vence no STJ: continua à frente da Satiagraha e operação não é anulada"

Do Amigos do Presidente por Zé Augusto, quinta-feira, 4 de março de 2010

Por quatro votos a um a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o habeas-corpus pedido pela defesa do banqueiro Daniel Dantas para anular os atos da operação Satiagraha, ou, pelo menos, afastar o juiz Fausto De Sanctis das investigações.

A defesa alegava que o magistrado era parcial e se comportava praticamente como um "inimigo" de Daniel Dantas na condução do processo.

Os ministros Arnaldo Esteves Lima, que relatava o habeas-corpus, Félix Fischer, Jorge Mussi e Laurita Vaz votaram contra o habeas-corpus. Somente Napoleão Nunes Maia, presidente da Turma, votou pela suspeição de Fausto De Sanctis.

O ministro argumentou que houve vazamento de informações do processo, excessos cometidos por De Sanctis e o criticou por atuar de maneira parcial neste caso. "A redistribuição do processo é uma medida recomendada para que ele siga de forma isenta", afirmou Napoleão Nunes Maia.
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Contraponto 1541 - "A decisão sobre a Satiagraha"

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04/03/2010

"A decisão sobre a Satiagraha"

De Sanctis

Do Nassif - 04/03/2010 - 08:06

Por jeronimo peçanha

Que o Brasil não nós esqueçamos deste dia de hoje:(*)

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) vai decidir amanhã se o juiz Fausto De Sanctis, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, deve ou não ser afastado do processo envolvendo o empresário Daniel Dantas, investigado por crimes financeiros na Operação Satiagraha, da Polícia Federal. De Sanctis é suspeito de parcialidade no caso.

Em dezembro do ano passado, o ministro Arnaldo Esteves Lima, do STJ, determinou a interrupção das ações penais em que Dantas figurasse como acusado e que tivesse a atuação de De Sanctis.

Segundo a defesa de Dantas, de Sanctis sempre mostrou parcialidade no exercício de sua judicatura e em suas opiniões.

A defesa também pede o reconhecimento da suspeição de De Sanctis e a redistribuição da ação penal contra Dantas ao juízo federal da 2ª Vara Federal Criminal de São Paulo, além do reconhecimento da nulidade de todos os atos jurisdicionais já praticados pelo juiz.

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(*) Grifo do ContrapontoPIG
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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Contraponto 909 - Satiagraha


08/12/2009


Carta: Supremo sequestra provas contra Dantas. É uma violência sem precedentes !

Eros Grau: só regimes totalitários
são capazes de tamanha violência

Conversa Afiada - 7/dezembro/2009 16:05

Deu na Carta Capital:

Satiagraha, o embate continua

Sérgio Lirio

Em um despacho ríspido, o ministro Eros Grau, do Supremo Tribunal Federal, exigiu que a 6ª Vara Federal de São Paulo enviasse em 48 horas a Brasília os originais de todos os documentos, vídeos e áudios apreendidos ou produzidos durante a Operação Satiagraha. O despacho, da quinta-feira 3 de dezembro, termina assim: “A secretaria providenciará com urgência (em negrito) a comunicação desta determinação (…) a fim de que seja ela cumprida sem nenhuma delonga, sob pena – repita-se – de desobediência”.

A ordem foi cumprida pelo juiz substituto Fábio Rubem David Muzel (o titular, Fausto De Sanctis, está em férias). Um caminhão com as doze caixas que reúnem as provas da Satiagraha chegaram de caminhão ao STF à meia noite do domingo 6.

Leia a reportagem na íntegra

NAVALHA NA CARNE

O Ministro Eros Grau passa a ser o único guardião das provas originais que a Operação Satiagraha recolheu contra o passador de bola apanhado no ato de passar bol, Daniel Dantas.


O Ministro Eros Grau desentrenhou da Vara do corajoso juiz Fausto De Sanctis todas as provas contra Daniel Dantas.

Mais do que isso: o Ministro Eros Grau passa a ser o solitário guardião de todas as patranhas que tucanos e Demos realizaram, desde a privatização do Farol de Alexandria, nos fundos de Daniel Dantas.

O Ministro Eros Grau passa a ser o único proprietário das provas que demonstra que a montagem da BrOi foi uma patranha.

O Ministro Eros Grau pode valer-se da jurisprudência da Ministra Ellen Gracie que se recusou a abrir o disco rígido do Opportunitty, com o poderoso argumento de que Dantas não é Dantas, mas Dantas.

Bem que um assessor de Dantas disse que o problema de Dantas era nas instâncias inferiores.


Porque, nas superiores, ele tinha “facilidades”.

Daniel Dantas é o dono do Brasil.

Paulo Henrique Amorim
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terça-feira, 3 de novembro de 2009

Contraponto 611 - A Satiagraha de novo


03/11/2009

O PiG (*) tentou esconder: Satiagraha identifica quem lavou dinheiro com Daniel Dantas


Paulo Henrique Amorim - Conversa Afiada 3/novembro/2009 9:36


Não conseguiram desconstruí-los nem a Satiagraha

Saiu página A7, no sábado, na Folha, para ninguém ler no feriadão.

O Conversa Afiada trata do assunto, em nome da transparência.

E porque morre de curiosidade para saber que tucanos e demos possam estar escondidos embaixo dessas contas.

“PF identifica cotistas de fundo de Dantas.”

“Polícia Federal termina busca dos nomes de todos os investidores brasileiros do Opportunity Fund, alvo de investigação.”

“Maior parte dos investidores deve ser indiciada; inquérito foi aberto após Operação Satiagraha, que investigou crimes financeiros do grupo.”

“… o relatório final das investigações (deve ser) entregue ate o final de dezembro à 6ª. Vara Criminal de São Paulo, que tem como titular o juiz Fausto De Sanctis.”

Navalha - Conversa Afiada

Quem identificou os patranheiros foi o ínclito delegado Protógenes Queiroz, que presidiu a Satiagraha.

Protógenes é vitima de 873 processos movidos pelo Diretor Geral da Polícia Federal, o famoso Dr Correa, que agora só prende traficante de cocaína e se esqueceu dos criminosos de colarinho branco.

Correa devolveu a Polícia Federal à categoria de instituições razoavelmente inúteis, tal qual era na “jestão” do Farol de Alexandria.

Cadê o áudio do grampo, Dr Corrêa ?Cadê a investigação da Andréa Michael sobre as empreiteiras, Dr Corrêa ?
Ela conseguiu abafar a investigação, como quase consegue com a Satiagraha ?
O Dr Corrêa dedica-se a processar e a expulsar o ínclito delegado Protógenes da PF (**).

É bom lembrar, antes de mais nada, que a Comissão de Valores Mobiliários do Farol de Alexandria investigou essa mesma operação de Dantas e não botou ninguém na cadeia.

Claro, o Farol nomeou para presidi-la um advogado e sócio de Dantas.

Um gênio, esse Farol…

O Dr De Sanctis mandou a Polícia Federal (empenhada em punir o ínclito delegado Protógenes Queiroz) abrir outros inquéritos sobre o “brilhante” Daniel Dantas:

- uma investigação sobre crimes financeiros de Dantas;

- sobre Naji Nahas, aquele genial financista, sócio de Dantas e cliente de Roberto D’Ávila;

- sobre as empresas de agropecuária do futuro Senador Carlinhos Rodenburg, braço direito (e esquerdo) de Dantas;

- e , finalmente, sobre a patranha da BrOi.

A patranha da BrOi.

Será que o Dr Corrêa vai mesmo chamar o Carlos Jereissati e o Sergio Andrade para uma conversinha, amigo navegante ?

Ou, na hora, se ele se dedicará a encontrar outro crime do ínclito delegado Protógenes ?

E o Juiz De Sanctis ?

Quantas tentativas ainda serão feitas de:

1) Assassinar o caráter dele;

2) Destituí-lo;

3) Tomar a Vara Criminal dele;

4) Tomar a Satiagraha dele;

5) Promovê-lo para tirá-lo da Satiagraha;

6) Botar fogo no escritório dele;

5) Quantas vezes ainda o Supremo Presidente do Supremo, Gilmar Dantas (***) o denunciará ao Conselho Nacional de Justiça ?

E, caro navegante, quantas vezes ainda teremos que ler o Farol de Alexandria dizer que o Governo Lula, esse subperonista, usa a máquina do poder dos fundos de pensão ?

Quantas vezes, amigo navegante ?

Clique aqui para ler sobre a tentativa desesperada de FHC de se manter vivo, enquanto escreve para o Globo

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