domingo, 30 de abril de 2017

Nº 21.324 - "O golpe e a mídia criaram Bolsonaro. Por Kiko Nogueira"


30/04/2017


O golpe e a mídia criaram Bolsonaro. Por Kiko Nogueira


Diário do Centro do Mundo  -  30 de abril de 2017


 


Por Kiko Nogueira


O golpe engendrado por Michel Temer, Eduardo Cunha e Aécio Neves, em conjunto com a mídia, resultou numa vitória de Pirro que pariu Jair Bolsonaro 2018.

A guinada direitista dos tucanos, o blábláblá neandertal contra o bolivarianismo, a corrupção, o financiamento de “movimentos de rua” e a obsessão da imprensa, puxada pela Globo, com o PT, resultaram na viabilização de uma alternativa fascista indigente.

JB vai se firmando como o antiLula prometido na Bíblia.

A nova pesquisa DataFolha, que traz Lula na liderança novamente, registra que Jair foi de 9% para 15% e de 8% para 14% em dois cenários, empatando com Marina Silva.

É o segundo nome mais lembrado espontaneamente, com 7%. Lula tem 16% e os demais, 1%.

Seu eleitorado está concentrado em jovens de alta renda e instrução formal.

O PSDB é sócio de Temer num governo rumo a zero de aprovação, rejeitado por 61%. As eleições diretas são desejadas por 85%.

Aécio, Alckmin e Serra derretem numa economia em frangalhos. Doria ultrapassa o padrinho Geraldo pela primeira e não a última vez, mas perde para Ciro Gomes.

Bolsonaro surfou na criminalização de Lula e da esquerda. É, como Trump, uma espécie de outsider (de mentirinha, claro, mas engana trouxa). A extrema direita que não tem medo de dizer seu nome.

JB vai cometendo suas barbaridades sem ser incomodado. Volta e meia sai uma denúncia leve, com a de que usa a cota parlamentar para fazer campanha. A Folha deu uma vez e não tocou mais no assunto.

Em abril de 2016, depois que homenageou o coronel Ustra na votação do impeachment, Miriam Leitão, que dorme e acorda pensando em Dilma, se indignou.

“A democracia brasileira precisa ser defendida pelos pares do deputado Jair Bolsonaro. O voto dele é apologia de dois crimes, fere duplamente a Constituição. Por que não sofre um processo de cassação pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados?”, escreveu em seu blog.

Se ela e a Globo tivessem dedicado a Jair um oitavo do tempo dedicado a destruir Lula, talvez a situação fosse diversa.

Quantos editoriais o Estadão dedicou ao “lulopetismo”?

Quantas capas imbecis da Veja gritando que “Lula acabou”? A mais recente foi desmentida pelo próprio site da revista dois dias depois.

A mera candidatura de Bolsonaro é uma prova do fracasso do jornalismo da velha mídia.

Ele foi adotado como herói e salvador da pátria por sites de notícias falsas, por gurus como Olavo de Carvalho e youtubers como Joice Hasselmann. Alguns desses jihadistas têm milhões de seguidores.

Monomaníaca, a imprensa falhou em contar a história real de Bolsonaro. A única entrevista em que ele falou de suas “ideias” foi para seu igual Danilo Gentili.

O resultado foi o esperado — uma cavalgadura com a cabeça oca. Alguns trechos:

Como presidente, você acha que o seu repertório tem que aumentar, tem que falar sobre economia?

“Eu falo sobre economia. Por exemplo, eu falo do nióbio, do grafeno, das riquezas do Vale do Ribeira. (…) Mais utilizado do que o nióbio só o grafeno. (…) Nós não podemos continuar permitindo uma exploração predatória do nióbio”.

***

Mas você já tem um princípio de plano?

“Isso ninguém tem, né?”

Então me explica, por que alguém deve votar em Bolsonaro para presidente?

“Eu sou uma pessoa autêntica. As minhas propostas podem ser até pior (sic), mas são completamente diferente (sic).”

***

O que garante que você não irá copiar alguns modelos do regime militar que você elogia?

“Na Educação, vai ser convidado um general que já tenha um comando de colégio militar”.

Você tem muitos opositores, talvez uns 80, 90% de Brasília é opositor seu. Se você for presidente, como é possível governar com tanta oposição?

“Nós vamos ter mais gente de direita no parlamento. (…) E eu acho que economia vai estar tão debilitada até lá que teremos que partir do zero”.

****

A farsa do impeachment deu num Bolsonaro de 7 arrobas se espichando nas entranhas do cadáver da democracia, espancada diariamente por Michel e seus sócios, entre os quais a mídia chapa branca.

( )


Kiko Nogueira. Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.
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Nº 21.323 - "Celso de Mello quer Temer na cadeia"


30/04/2017

Celso de Mello quer Temer na cadeia

Mas, o Janot não quer...

Conversa Afiada - publicado 30/04/2017

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O Ministro Marco Aurélio Mello já mandou a Câmara do Botafogo abrir o processo de impeachment do MT da lista de alcunhas da Odebrecht.
O Aragão já demonstrou que o MT tem que ser investigado, sim.
Mas, o Janot, sabe como é, amigo navegante.
Ele levou mais tempo para ir à Furnas do Mineirinho do que Moisés para atravessar o deserto.
Agora, é o decano do STF que preferia o MT na cadeia, como os entrevistados do Datafalha, neste domingo 30/IV:

Investigar presidente não é ilegal, diz Celso de Mello


O ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal, disse ao Estado, em entrevista exclusiva na noite da última terça-feira, 25, que a eventual investigação do presidente Michel Temer em inquérito da Operação Lava Jato não desrespeita a Constituição. É o contrário do que entende o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que excluiu Temer da lista de possíveis investigados que mandou ao STF, em março passado.

​ (...)

​ "O Supremo Tribunal Federal, em dois precedentes, entendeu que a imunidade constitucional dada ao presidente da República, protegendo-o contra a responsabilização em razão de atos estranhos ao exercício do mandato, não há de impedir a instauração de investigação criminal", disse Celso de Mello. "É preciso fazê-la, porque as provas se dissipam, as testemunhas morrem e os documentos desaparecem", acrescentou. "Eu sei que essa não é a posição do procurador-geral da República - não obstante o Supremo tenha dois precedentes julgados pelo pleno".

Nº 21.322 - "Na histórica Greve Geral d 2017, Globo fez pior do que nas Diretas Já de 1984"

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30/04/2017


Na histórica Greve Geral d 2017, Globo fez pior do que nas Diretas Já de 1984




Do Viomundo - 28 de abril de 2017 às 23h24



por Luiz Carlos Azenha
Em 1983 eu era repórter da TV Bauru, afiliada da Globo no interior paulista. Porém, vivia “cedido” à emissora em São Paulo, cobrindo férias de colegas. Morava no Hotel Eldorado da rua Marquês de Itu, no Higienópolis, na capital paulista, como repórter do chão de fábrica.
Fui, como pessoa física, à primeira manifestação pelas Diretas Já em São Paulo, diante do estádio do Pacaembu, à qual compareceram cerca de 15 mil pessoas. Foi em 27 de novembro de 1983, poucos dias depois de meu aniversário.
Outros protestos já tinham acontecido antes, pedindo que a ditadura estabelecida em 1964 tivesse fim com eleições presidenciais diretas. Outras aconteceriam depois, com destaque para Curitiba, onde se reuniram cerca de 40 mil pessoas.
Portanto, posso dizer que eu estava lá vivendo a realidade paralela pela primeira vez: enquanto as notícias fundamentais para o futuro do Brasil aconteciam do lado de fora, a TV Globo desconhecia as notícias do lado de dentro — especificamente, na sede da emissora em São Paulo, na praça Marechal Deodoro.
Era uma sensação bizarra. As ordens vinham do Rio: na Globo, nada de Diretas Já.
Portanto, não houve exatamente surpresa quando, no aniversário de São Paulo, em 25 de janeiro de 1984, o repórter Ernesto Paglia falou sobre a manifestação de cerca de 300 mil pessoas na praça da Sé, que reivindicava outra vez Diretas Já, como se fosse a comemoração da efeméride. Sim, é fato que a reportagem tratou dos discursos e da manifestação em si, mas foi embalada pelos editores, a mando da direção da Globo no Rio, como se fosse a cobertura de uma festa.
A maneira como a TV Globo tratou a histórica Greve Geral do 28 de abril de 2017 é, na minha avaliação, muito pior do que aconteceu com a cobertura das Diretas Já em 1983/1984.
Àquela época, a emissora poderia alegar — como alguns globais chegaram a alegar — que vivíamos os estertores de uma ditadura militar e que desafiar o regime poderia ter consequências para a própria abertura “lenta, gradual e segura” prometida pelo ditador João Figueiredo.
Agora, não. Graças às redes sociais — facebook, twitter, whatsapp — qualquer pessoa pode avaliar o grau de descontentamento com as medidas de impacto social tomadas por um governo que tem o presidente da República e nove de seus ministros sob suspeita e/ou investigação, medidas que por sua vez são submetidas a um Congresso igualmente sob suspeita.
Mesmo os mais devotos apoiadores do impeachment de Dilma Rousseff e antipetistas vários sabem que Michel Temer não foi eleito vice-presidente para tomar o rumo que tomou, nem tem legitimidade para golpear os direitos sociais da forma como pretende fazê-lo.
Age em nome do 1% do topo, com 4% de ótimo/bom na pesquisa de opinião pública mais recente e desemprego na casa dos 14%, quando a promessa era de que a derrubada de Dilma provocaria um cavalo-de-pau imediato na economia.
Portanto, desta feita a TV Globo e seus satélites não tem onde se esconder: o apoio dado às medidas do governo Temer expressa acima de tudo o interesse político e econômico dos próprios donos da mídia e dos usurpadores do poder no Planalto e no Congresso que os representam.
No caso da emissora, é absolutamente impossível do ponto-de-vista jornalístico que uma organização com tantos tentáculos espalhados por todo o Brasil tenha sido incapaz de registrar o descontentamento popular ANTES da greve geral, de forma a expressá-lo em seu noticiário.
Será que só nós, internautas, vimos por exemplo as manifestações da CNBB e de um terço dos 100 bispos da Igreja Católica, os quais certamente não podemos acusar de agirem a mando do anarco-sindicalismo?
A Globo, para ficar apenas na nave mãe, simplesmente fez mau jornalismo. Não foi pela primeira, nem será pela última vez.
Agora, porém, não tem como se esconder atrás da ditadura, da qual foi a principal beneficiária, como fez em 1984.
Agora, fez mau jornalismo — distorcido, omisso, descontextualizado — porque coloca seus interesses empresariais, representados pelo governo Temer, acima do interesse da maioria dos brasileiros.

PS: Que fique registrado. Quando Lula se elegeu presidente e foi à Globo do Rio dar entrevista ao Jornal Nacional — estava em minha segunda passagem pela emissora — eu fui um dos poucos jornalistas presentes que não o aplaudiram na entrada. Não acho que o papel de jornalista seja bater palma para autoridade, tampouco negar a realidade que o cerca.
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Nº 21.321 - "MORRE UM GÊNIO BRASILEIRO: O CANTOR, COMPOSITOR E POETA BELCHIOR"


21/04/2017

MORRE UM GÊNIO BRASILEIRO: O CANTOR, COMPOSITOR E POETA BELCHIOR


Brasil 247 - 30 DE ABRIL DE 2017 ÀS 11:52


Morreu neste domingo o cantor e compositor cearense Belchior, aos 70 anos, em Santa Cruz do Rio Grande do Sul; o corpo será levado para a terra natal do artista, onde será sepultado, na cidade de Sobral; o governo do Estado do Ceará confirmou a morte e decretou luto oficial de três dias; a causa da morte ainda não foi divulgada; Belchior foi um dos maiores poetas não apenas da música brasileira, como da própria língua portuguesa

247 - Morreu neste domingo o cantor e compositor cearense Belchior, aos 70 anos, em Santa Cruz, no Rio Grande do Sul. O corpo será levado para a terra natal do artista, onde será sepultado, na cidade de Sobral. O governo do Estado do Ceará confirmou a morte e decretou luto oficial de três dias.

"Recebi com profundo pesar a notícia da morte do cantor e compositor cearense Belchior. O povo cearense enaltece sua história, agradece imensamente por tudo que fez e pelo legado que deixa para a arte do nosso Ceará e do Brasil", disse em nota o governador Camilo Santana.

O traslado do corpo será feito pelo Governo do Ceará, que aguarda liberação das autoridades gaúchas. O horário ainda não foi confirmado, mas a expectativa é que o corpo seja levado ainda neste domingo.

Trajetória

Nascido em 26 de outubro de 1946, Antônio Carlos Belchior foi um dos ícones mais enigmáticos da música popular no Brasil, com mais de 40 anos de carreira.

Com inúmeros sucessos, o auge da carreira foi nos anos 70, com canções como "Na Hora do Almoço", "Paralelas", "Galos, noites e quintais", Como Nossos Pais", "A Palo Seco", "Apenas Um Rapaz Latino-americano", "Divina Comédia Humana", "Todo Sujo de Batom", entre muitas outras.

Em 2016, o escritor Ricardo Kelmer organizou o livro "Para Belchior Com Amor", em homenagem aos 70 anos do cantor e compositor, reunindo textos de catorze autores conterrâneos de Belchior. Na apresentação Kelmer diz que "a música de Belchior fala de amor, paixão e desejo, da liberdade rebelde do ser e de existências robotizadas, da solidão das grandes cidades e da universalidade do sertão" e dedica ao artista dizendo "Belchior, se este humilde livro um dia chegar às suas mãos, espero que sinta-se carinhosamente abraçado, e que receba de volta o tanto amor que sua arte trouxe e continua trazendo para nossas vida".

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Nº 21.320 - "Pesquisa mostra papel-chave de Lula na democracia"

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30/04/2017


Pesquisa mostra papel-chave de Lula na democracia



Brasil 247 - 30 de Abril de 2017




Paulo Moreira Leite

A nova ascensão de Lula nas intenções de voto para 2018 é o melhor termômetro do sistema político brasileiro.

Lula subiu depois da liberação das delações da Odebrecht, a começar pelo  risonho patriarca da maior empreiteira do país, fazendo insinuações de todo tipo, inclusive citando um nefasto general da ditadura para falar sobre seu caráter. Lula também atravessou a delação premiada de Leo Batista, o executivo da OAS que, como um aluno em exame de segunda época, refez o primeiro depoimento para tentar diminuir a própria pena, produzindo afirmações sob medida para atingir Lula. Nada.

Enquanto Lula subiu, seus adversários tradicionais desabaram. Contemporâneos em tantas disputas nos últimos 20 anos, estão caindo fora. Aécio, que foi adversário de Dilma em 2014, já teve mais de 20 pontos no Data Folha. Agora tem menos de 10, mesmo patamar de Geraldo Alckmin, que nunca chegou a 20 nas pesquisas e até enfrentou Lula em 2006. Quanto a José Serra, adversário de Lula em 2002, de Dilma em 2010, sequer se considerou a hipótese de incluir seu nome entre os concorrentes, o que diz muita coisa sobre as profecias que rondam seu futuro.

Vamos lembrar o essencial: nenhum dos maiores caciques tucanos até aqui enfrentou um Sérgio Moro para divulgar diálogos ilegais, como ocorreu na conversa entre Lula e Dilma em abril de 2016; as conversas privadas da mulher, da amante, da namorada, o que for, de qualquer um deles, nunca foi gravada e distribuída aos jornais; nenhum foi acordado em casa para uma condução coercitiva; nenhum foi impedido de assumir um cargo público -- ministério ou equivalente -- por uma liminar de um juiz do STF; nem teve direito a um editorial onde a maior empresa de comunicação do país se manifesta contra sua candidatura em 2018 depois de promover um ataque de 18 horas consecutivas nos tele-jornais da casa.

Mesmo assim, todos viraram fumaça. Foram esmigalhados por denuncias que só se tornaram notícia -- às vezes manchete -- a muito custo, quando não era possível esconder fatos graves que há muito mereciam atenção e cuidado, em particular de uma imprensa que fez das acusações de corrupção contra Lula e o PT o principal alimento de sua cobertura política.

A liquidação do comando tucano mostra a fraqueza congênita do PSDB, partido que já foi a grande esperança dos círculos conservadores do país após o colapso do malufismo e do PMDB. Vencidos pelas urnas, em quatro eleições consecutivas, seus caciques se revelam como políticos sem luz própria para enfrentar sequer três meses de notícias desagradáveis -- que jamais chegaram ao canibalismo que atinge Lula, há mais de 30 anos. O desmoronamento triplo mostra o caráter artificial da legenda, plástico, de mentirinha, sem vida independente, incapaz de se defender por méritos próprios -- apenas com a proteção dos amigos na mídia, no aparelho judiciário e nos grandes negócios.

A natureza especulativa dessas anti-candidaturas, lançadas como barreira para enfrentar Lula de qualquer maneira, se reflete nos pré-lançamentos ensaiados por esses dias. De João Dória a Bolsonaro, passando por Marina, o que se pretende não é discutir ideias nem projetos -- mas experimentar quem teria melhores condições de enfrentar Lula. Essa é a prioridade, a linha divisória.

A liderança de Lula, numa situação de perseguição implacável na qual nada mais lhe resta além da memória do povo, mostra uma verdade importante de ser afirmada após o golpe parlamentar contra Dilma. Sua força política reside em sua história, no saldo dos governos do PT que, apesar de erros e muitas limitações, deixaram um  perfil único de luta contra a miséria e contra a desigualdade, pelo crescimento.

Qualquer calouro de Ciência Política sabe o valor de políticos feitos desse material -- a aprovação do povo -- e sua importância na preservação do regime democrático. Políticos de fantasia, dependentes, obras de marketing, são uma porta aberta para pressões indevidas e perniciosas, que podem ser destruídos por meia dúzia de manchetes. Já lideranças de raiz verdadeira tem um contato direto com o povo. São a principal referência da soberania do povo, clausula número 1 da Constituição.

 O Data Folha vem em boa hora. Não se trata de procurar astrólogos para tentar adivinhar como estará o eleitor em 2018, cenário da pesquisa, quando devem concorrer novos nomes e novos rostos para velhíssimas ideias, saídos da linha de montagem da fábrica de candidatos que faz parte do arsenal de domínio político dos interesses que governam o país há cinco séculos.

A questão é reconhecer o principal: mais do que nunca Lula tornou-se uma peça-chave da preservação da democracia brasileira. É preciso entender as tentativas de afastá-lo da vida política como um esforço para consolidar uma ditadura, num processo idêntico ao que se  fez em junho de 1964, quando a ditadura cassou Juscelino Kubitscheck para impedir que pudesse disputar a eleição de 1965, na qual era o favorito disparado. Não havia provas contra JK. Havia um discurso que o chamava de corrupto.

Nem há provas contra Lula. Há uma narrativa em construção.

O saldo da perseguição a JK foi vergonhoso e trágico, nós sabemos. Logo depois de sua cassação a eleição direta para presidente foi abandonada. Só 24 anos depois os brasileiros puderam voltar a urna presidencial.

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sábado, 29 de abril de 2017

Nº 21.319 - "Moro em seu labirinto"


29/04/2017

Moro em seu labirinto


Brasil 247 - 29 de Abril de 2017


Leandro Fortes


A reação do juiz Moro à postura corajosa e digna de Lula à perseguição abjeta que tem sofrido gerou,
agora, uma excrescência de moralidade que, por si só, já deveria ser suficiente para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) afastá-lo daquele hospício que virou a Vara de Curitiba.

Moro mandou recolher presentes que Lula ganhou, quando era presidente, em confronto direto com a lei e, principalmente, com os padrões de sanidade mental que devem nortear a ação de um juiz.

Agiu como um adolescente mimado ao perceber que, diante de Lula, ele é obrigado a recuar aos espaços criados artificialmente pela Globo junto à turma de extrema-direita que se divide entre loas a Bolsonaro e o consumo indiscriminado de Lexotan.

Essa ação contra os presentes de Lula revela, portanto, muito mais do que mesquinharia.

É um sinal de que Moro, mesmo com a ajuda da Globo News, não sabe mais para onde ir.



LEANDRO FORTES. Jornalista
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Nº 21.318 - "LULA CRITICA DESMONTE DA INDÚSTRIA NAVAL E PEDE REAÇÃO URGENTE"


29/04/2017


LULA CRITICA DESMONTE DA INDÚSTRIA NAVAL E PEDE REAÇÃO URGENTE



Brasil 247 - 29 DE ABRIL DE 2017 ÀS 16:43


Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o "desmonte" da indústria naval brasileira que ele ajudou a recuperar ainda durante o seu primeiro mandato; "Pegamos do zero e levamos a quase 80 mil trabalhadores", afirmou; "Provamos que é possível recuperar a indústria naval", disse; ele defendeu a manutenção da política de conteúdo local e criticou a mudança de diretriz da Petrobras, que deveria "continuar a fazer investimento no Brasil, contratando obra e exigindo conteúdo nacional" para evitar o risco de "engordar" estrangeiros, provocando desemprego no país; Lula disse, ainda que Michel Temer "deveria ser convidado "para sentir o cheiro de um metalúrgico de estaleiro, de uma soldadora, para ele saber que essas pessoas precisam trabalhar"; "É preciso reagir enquanto é tempo", completou


247 – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, neste sábado, de atos em defesa da indústria naval, que foi praticamente destruída pela Operação Lava Jato.

Leia abaixo reportagens sobre os atos no Rio Grande (RS) e em Angra dos Reis (RJ) e confira a fala de Lula e Dilma acima.

"Eles não estão fazendo reforma, estão demolindo a CLT", diz Lula em ato no Rio Grande (RS)

Para o ex-presidente, reforma Trabalhista em tramitação levará o país às condições de trabalho do início do século passado

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou neste sábado (29) de ato em defesa do Polo Naval do Rio Grande (RS), na chamada Metade Sul do Estado. Em seu discurso, ele criticou os projetos de reforma da Previdência e Trabalhista em tramitação em Brasília, e afirmou que o que está sendo feito é “a demolição da CLT”.

“Os que deram um golpe na Dilma dizendo e iam melhorar o país, só pioram o país. Eles estão destruindo tudo que Getúlio Vargas fez a nível de direitos trabalhistas. Eles querem que os trabalhadores tenham as mesmas condições de trabalho do início do século passado, querem jogar nas costas do povo o rombo da Previdência. Eles não estão fazendo uma reforma, estão demolindo o país”, disse o ex-presidente.

O local e a ocasião em que se deu a fala de Lula são bastantes propícios. O processo de desmonte por que passa o Polo Naval existente ali já afeta a economia de Rio Grande e do Estado como um todo.  No município, saiu-se de um orçamento de mais de R$ 200 milhões, em 2009, para algo em torno de R$ 700 milhões em 2016. Mas, para este ano, a previsão é de uma retração de algo entre R$ 70 milhões e R$ 75 milhões.

Sobre esta guinada política e econômica por que passa não só o Rio Grande do Sul, mas o Brasil como um todo, Lula disse: “Eu estou percebendo que esse desmonte do Brasil não pode continuar acontecendo. Eu posso esperar até 2018, mas quem tá passando fome não pode esperar até 2018. A gente tem que falar para os golpistas: tomem vergonha e tenham coragem de convocar novas eleições.”

De acordo com Lula, tanto o golpe que sofreu a presidente Dilma Rousseff (que também foi ao ato deste sábado no Rio Grande, onde foi muito aplaudida), quanto as reformas que se tenta impor ao país são frutos de um projeto de nação que é contrário ao que foi posto em prática durante os anos de governo do PT. “Tem um tipo de gente que não aceita uma menina da periferia fazer medicina ou engenharia. Tem gente que não suportou pobres com carro, computador. Nós provamos em 12 anos que é possível mudar a história do país”, afirmou Lula, que concluiu: “Uma nação é medida pela qualidade do seu povo. Pelos direitos e formação do seu povo. Nada representa mais uma nação do que uma pessoa que nasce pobre e poder sonhar em fazer universidade”

O ex-presidente falou ainda sobre uma eventual candidatura à Presidência da República em 2018. De acordo com ele, sua disposição é de voltar a governar o país, e toda a sua vida, até o fim, será voltada para a defesa da democracia no Brasil. “Quero que a TV Globo descubra logo o candidato dela. E eu, que não queria mais ser candidato, terei um imenso prazer em derrotar o candidato da Globo. Na minha idade, a gente não sabe quanto tempo terá pela frente. Tô com 71 anos, mas se eu tiver mais 20 ou mais um ano pela frente, será só para defender a democracia neste país”

Leia ainda reportagem da Rede Brasil Atual:

Rede Brasil Atual - Em ato na manhã de hoje (17) em Angra dos Reis (RJ), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o "desmonte" da indústria naval brasileira, lembrando que ele mesmo, no início de seu primeiro mandato, ajudou a recuperar o setor. "Pegamos do zero e levamos a quase 80 mil trabalhadores", afirmou, durante manifestação no estaleiro Brasfels. O local é um exemplo das mudanças pelas quais passou o setor. Segundo Lula, onde só havia "capim, mato e rato", passaram a trabalhar 12 mil pessoas. Atualmente, o estaleiro tem apenas 3 mil.

"Provamos que é possível recuperar a indústria naval", disse o ex-presidente, defendendo a manutenção da política de conteúdo local. "Temos tecnologia, engenharia, gente capacitada", afirmou, criticando a mudança de diretriz da Petrobras, que deveria, segundo ele, "continuar a fazer investimento no Brasil, contratando obra e exigindo conteúdo nacional". Caso contrário, a empresa passará a "engordar" estrangeiros, provocando desemprego no país.

Para Lula, o país melhorou nos últimos anos e não pode admitir o retrocesso. "As pessoas mais pobres têm de entrar no orçamento da União." Ele sugeriu que o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), organize "prefeitos, deputados e sindicalistas", além de eventualmente convidar o presidente Michel Temer "para sentir o cheiro de um metalúrgico de estaleiro, de uma soldadora, para ele saber que essas pessoas precisam trabalhar". "É preciso reagir enquanto é tempo", acrescentou o ex-presidente, que participou de assembleia com sindicalistas do setor metalúrgico e dos petroleiros, ligados a diversas centrais sindicais.

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Nº 21.317 - "Quem roubou os computadores do Instituto Lula?"

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29/04/2017


Quem roubou os computadores do Instituto Lula?


Do Cafezinho - Escrito por Miguel do Rosário, Postado em Redação


  (Foto de Pedro Ladeira, da Folha Press)


Miguel do Rosário

A notícia sobre o roubo dos computadores do Instituto Lula já tem mais de um mês, mas eu quero postar aqui para registro histórico, sobretudo porque se soma ao “confisco” dos presentes que Lula ganhou enquanto presidente.

Aliás, sobre o confisco, ridículo, porque nunca aplicado a nenhum outro presidente, fica outra pergunta: porque Moro não confiscou o sítio em Atibaia e o triplex do Guarujá?

Não pertencem a Lula?

As perguntas vão todas para o ministro do STF, Luis Roberto Barroso.

As injustificadas apreensões da PF não podem virar confisco

Lá se vai um ano desde que a Polícia Federal levou todos os computadores da sede do Instituto Lula.

Nenhum equipamento foi devolvido até agora

Publicado em 06/03/2017 TWITTER FACEBOOK

No último fim-de-semana, fez 12 meses que policiais federais levaram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em condução coercitiva injustificada para depor no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. No mesmo período, agentes da mesma instituição tomavam e lacravam todo o acervo presidencial de interesse público colecionado por Lula ao longo de seus oito anos de mandato. Por fim, no mesmo dia em que o ex-presidente era conduzido para depor sem receber intimação prévia, policiais pesadamente armados e munidos de mandados de busca e apreensão concedidos pelo juiz de primeira instância Sérgio Moro entraram na sede do Instituto Lula, em São Paulo.

Levaram, conforme autorizava o mandado de Moro, todos os computadores, todos os pen drives, notebooks, celulares e documentos em papel que quiseram levar, além das senhas dos arquivos em nuvem mantidos pelo instituto, deixando o local com ares de terra arrasada, como se vê na imagem acima.

Mas isso não foi tudo. No mesmo dia, a mesma Polícia Federal, munida de iguais mandados expedidos por Sérgio Moro, bateu nas primeiras horas da manhã na casa de Lula e de Dona Marisa, nas residências dos quatro filhos dos casal, em empresas onde estes filhos trabalhavam e nas casas de diretores e de colaboradores do Instituto Lula.

Em todos esses locais, foi feita a mesma devassa, ancorada no amplo mandado de busca de Moro: foram apreendidos todos os objetos eletrônicos que pudessem conter arquivos de dados, incluindo celulares de esposas de colaboradores do instituto, notebooks contendo apenas arquivos fotográficos pessoais de diretores do instituto e até o tablet com jogos e desenhos de um dos netos de Lula, de quatro anos de idade.

Na residência de um dos colaboradores, os policiais entraram e encontraram sua esposa com roupas de dormir. A ela não foi permitido se trocar antes de franquear a entrada em seu quarto, de onde levaram seu computador pessoal, que está até hoje sob a posse da polícia.

Injustificada violência

Passados 12 meses da espetaculosa e violenta ação policial, sem que nenhum dos objetos tenha sido devolvido a seus legítimos donos, o resultado da busca e apreensão foi zero. O principal processo a que estavam atreladas as buscas, o que o Ministério Público Federal do Paraná move contra Lula no âmbito da Operação Lava Jato, já está chegando ao fim da fase de instrução.

Um ano depois de devassar casas e trabalho de Lula e mais de uma dezena de pessoas, tal medida de exceção continua mostrando-se rigorosamente inútil.

Assim se apresentaram os policiais federais na sede do Instituto Lula para enfrentar os funcionários de escritório que ali se encontravam. Não houve qualquer resistência à ação da PF autorizada por Moro, mas as fotos ganharam os jornais de todo o país

É entendimento pacificado em países em que vigora o Estado de Direito que o instituto da busca e apreensão se trata de medida restritiva de direitos fundamentais, aqueles que são os mais protegidos pela Constituição e por todo o ordenamento jurídico.

Dessa maneira, a busca e apreensão deve ser utilizada somente como última saída, exatamente por caracterizar tamanha invasão e tamanho dano àquele que sofre a busca e a apreensão, como foi o caso a que se refere.

Não por outro motivo, o Código de Processo Penal preceitua que a busca e apreensão somente devem ocorrer, e em último caso, se tiverem os seguintes objetivos:

a) prender criminosos
b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos
c) apreender instrumentos de falsificação ou de contrafação e objetos falsificados ou contrafeitos
d) apreender armas e munições, instrumentos utilizados na prática de crime ou destinados a fim delituoso
e) descobrir objetos necessários à prova de infração ou à defesa do réu
f) apreender cartas, abertas ou não, destinadas ao acusado ou em seu poder, quando haja suspeita de que o conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à elucidação do fato
g) apreender pessoas vítimas de crimes
h) colher qualquer elemento de convicção

Como se nota, de todas as possibilidades elencadas em lei, é somente a última delas, “colher qualquer elemento de convicção” a que poderia de alguma maneira genérica servir de justificativa para as buscas determinadas por Sérgio Moro, que foram a residências de pessoas que não são nem nunca foram sequer suspeitas de ter cometido qualquer tipo de crime, que desceu à propriedade de menores de idade que não são alvo de nenhuma ação.

Mas, se foi essa a justificativa encontrada, a de colher elementos de convicção, fato é que tais buscas ocorreram há um ano, e até agora a autoridade policial não apresentou elemento de convicção nenhum que tenha emergido desses atos de arbítrio.

Para que essas apreensões, já indicialmente revestidas de ilegalidade, não se convertam em confisco puro e simples (ainda mais desnecessário em equipamentos eletrônicos cujos arquivos podem ser copiados), tudo que se pede é que os objetos sejam devidamente devolvidos a seus verdadeiros donos.



Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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Nº 21.316 - "CARTA AO LULA ..."


29/04/2017

Nelson Lagoa
22 min

 

Do Facebook

CARTA AO LULA ...

Evaristo Magalhães

Pois é, Lula ...

Quem mandou misturar pobres e negros com brancos e ricos em universidades públicas? 

Quem mandou tratar as empregadas domésticas como cidadãs de direitos?

 Quem mandou lotar os saguões dos aeroportos de chinelos, bermudas e óculos made in china? 

Quem mandou ajudar favelas inteiras a comprar televisores de 50 polegadas? Quem mandou deixar tantos peões frequentarem auto escolas? 

Quem mandou tornar as estradas intrafegáveis em feriados prolongados?

Quem mandou forçar as patricinhas a dividirem os corredores e lojas de shoppings com piriguetes mascando chicletes? 

Quem mandou custear - de graça - universidades privadas para balconistas, borracheiros e pedreiros? 

Quem mandou fazer sorrir que não tinha dentes? 

Quem mandou facilitar o acesso de tanta gente aos balcões das farmácias? 

Quem mandou sair por aí construindo casas para quem pagava aluguel ou vivia debaixo de viadutos? 

Quem mandou retirar 30 milhões de brasileiros da linha da pobreza?

Quem mandou querer governar um país em que pobres são como podres? Quem mandou insistir? 

Quem mandou querer ir até o fim? 

Quem mandou firmar um pacto com as elites para assumirem suas responsabilidades por mais de quinhentos anos de miséria? 

As elites não querem mais sustentar esse acordo. Consideram o ônus pesado demais. Para as elites, o que não tem remédio, remediado está. Querem o poder de volta para si. Querem de volta toda a ostentação como meio de contenção de suas culpas depressivas.

 Agora, Lula, você espera algum reconhecimento? De quem? Dos alunos das cotas? Do alunos prouni? Das domésticas cidadãs? Dos tantos milhões que ascenderam? As elites não vão permitir. No jogo das inversões midiáticas, conseguem punir a verdade dos fatos e reforçar a mentira, até que a mentira se torne verdade.


Evaristo Magalhães - Psicanalista

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sexta-feira, 28 de abril de 2017

Nº 21.315 - "Cerca de 100 mil pessoas participaram da manifestação na Capital cearense "

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28/04/2017


Em Fortaleza

Manifestação em Fortaleza pressiona reformas de Temer


Jornal O Povo - 16:50 | 28/04/2017

Organizadores da Greve Geral no Ceará afirmam que cerca de 100 mil pessoas participaram da manifestação na Capital cearense (Foto: Mateus Dantas)



Milhares de pessoas saíram às ruas de Fortaleza, na manhã desta sexta-feira, 28, para a chamada Greve Geral contra contra as reformas trabalhista e da Previdência, propostas pelo presidente Michel Temer e que tramitam no Congresso Nacional.Estudantes, professores, movimentos sociais organizados, sociedade civil, partidos políticos e sindicatos se concentraram na praça Clóvis Beviláqua (conhecida como Praça da Bandeira), no Centro, por volta das 9 horas e saíram em direção à Praça do Ferreira gritando palavras de ordem.

Sob chuva, os manifestantes ergueram placas com figuras de deputados que votaram a favor da reforma trabalhista. Eles pediram a derrota da PEC na Câmara que altera a legislação previdenciária, criticaram a perda de direitos com outras medidas do governo e pediram "Fora Temer".

Lideranças políticas locais participaram do evento político. Os deputados federais José Guimarães (PT), André Figueiredo (PDT) e Odorico Monteiro (Pros), que votaram contra a reforma trabalhista na Câmara, foram vistos na manifestação. O secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Inácio Arruda (PCdoB) também esteve na Praça do Ferreira.Ao O POVO Online, Guimarães afirmou que a mobilização das ruas deverá fazer com que o Senado Federal altere o texto aprovado pelos deputados fazendo com que a matéria volte para a Câmara para nova votação.

"A pressão de rua pode alterar profundamente os votos do Senado. A reforma vai para o Senado e, com as mudanças, vai voltar para a Câmara. Sabe-se lá o que pode acontecer", afirmou.A assistente social Ana Maria saiu de casa com a esperança de que a mobilização social pode mudar o cenário em Brasília. "Eu vim para lutar e reivindicar pelos nossos direitos por causa dos desmontes que estão acontecendo.

Temos que mostrar para os nossos políticos que estamos atentos. Não vamos parar", disse.Organizadores da Greve Geral no Ceará afirmam que cerca de 100 mil pessoas participaram da manifestação na Capital cearense. A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), no entanto, não fez a contagem do público.

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Nº 21.314 - "Mídia brasileira se afunda junto com governo golpista"


28/04/2017


Mídia brasileira se afunda junto com governo golpista


Do Cafezinho - Escrito por Miguel do Rosário, Postado em Redação


 


A mesma foto, e a diferente linha editorial de Reuters e Folha.

A imprensa brasileira apoiou o golpe e agora não sabe como interpretar o caos social, econômico, político, que, era evidente, este iria provocar.

Enquanto isso, o governo despeja dinheiro na Globo, na Folha, no Estadão, como nunca antes na história do país.



Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Nº 21.313 - "Lula diz que delação de Palocci pode predicar muitos, menos ele"


28/04/2017

Lula diz que delação de Palocci pode predicar muitos, menos ele

Do Tijolaço · 28/04/2017
lulajuremir
Lula disse hoje, em entrevista à Rádio Guaíba, que uma eventual delação do ex-ministro Antônio Palocci, que “se ele resolver falar tudo o que sabe pode, sim, prejudicar muita gente, menos eu”. O ex-presidente que “não tem o que temer”. 
“Não tenho preocupação com nenhuma delação. Palocci é meu companheiro há 30 anos, é um dos homens mais inteligentes desse país”, disse.
Lula avaliou o sucesso da greve de hoje e voltou a dizer que está ansioso por seu depoimento para Sérgio Moro, transferido para o próximo dia 10.
E disse que não tem medo de ser impedido de disputar a presidência: É meu plano A, disse.
Assista o vídeo da entrevista.

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Nº 21.312 - " 'Governistas estão com medo', diz Janine sobre greve geral "

 

28/04/2017


'Governistas estão com medo', diz Janine sobre greve geral



Jornal GGN - SEX, 28/04/2017 - 17:40


Foto: MARCELO PINTO/APLATEIA

"Devemos dar um basta, até para garantir as eleições de 2018. Porque há o risco de que os governistas, vendo que as perderão, as impeçam ou tomem medidas para não significarem nada"

Ex-ministro diz que reformas pretendidas pelo governo Temer são "letais" e pede união dos brasileiros


"Devemos dar um basta, até para garantir as eleições de 2018. Porque há o risco de que os governistas, vendo que as perderão, as impeçam ou tomem medidas para não significarem nada"

 
 
 

Para professor e ex-ministro, movimento é importante para protestar contra reformas e até para garantir a realização das eleições de 2018

Por Redação

São Paulo – A greve geral desta sexta-feira (28) é "fundamental" para protestar contra "maldades" do governo e até para assegurar as eleições no ano que vem, diz o professor e ex-ministro da Educação Renato Janine Ribeiro. "Deve mostrar que o combo de maldades desse governo – PEC do fim do mundo, reforma trabalhista e da Previdência – é inaceitável e só está sendo feito porque esse governo não foi eleito. Jamais, numa democracia, o povo aprovaria um governo que propusesse isso", escreveu ontem em sua conta no Facebook.

"Devemos dar um basta, até para garantir as eleições de 2018. Porque há o risco de que os governistas, vendo que as perderão, as impeçam ou tomem medidas para não significarem nada", afirmou ainda o professor de Ética e Filosofia Política na Universidade de São Paulo (USP). "E é dia não só de não trabalhar, mas de não comprar. Parar mesmo o País. Não é fácil, mas dá para ver que os governistas estão com medo. Assim devem ficar."

Janine observou que seus comentários eram "para todos" inclusive os que apoiaram o impeachment de Dilma Rousseff. "O Brasil tem que se unir contra essas medidas praticamente letais que o governo atual, com seus 4% de aprovação, está adotando."

Em outra postagem, ele critica um programa da TV Folha sobre a greve geral. "Não acreditei. Zomba o quanto pode, passa por uma pauta de serviços e conclui com uma autopromoção da locutora. Quem vê isso jamais entenderá que pode ser ator de sua vida. Sujeito de sua historia. Pensará apenas que é um consumidor de serviços. Praticamente nada foi dito sobre o que está em jogo", analisou.
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Nº 21.311 - "VAGNER DA CUT: FOI A MAIOR GREVE GERAL DO BRASIL!"


28/04/2017


VAGNER DA CUT: FOI A MAIOR GREVE GERAL DO BRASIL!

Congressista, a Igreja aderiu à greve... Quer voto?



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Nº 21.310 - "REJEITADO POR 92%, TEMER VÊ GREVE DE 'PRIVILEGIADOS' E SE COMPARA A THATCHER"


28/04/2017



REJEITADO POR 92%, TEMER VÊ GREVE DE 'PRIVILEGIADOS' E SE COMPARA A THATCHER


Brasil 247 - 28/04/2017



Rejeitado por 92% dos brasileiros e alvo da primeira greve geral brasileira em vinte anos, num protesto que paralisou escolas, bancos e transportes públicos em todo o País, Michel Temer fez pouco caso do movimento; segundo ele, que se aposentou com benefícios integrais aos 55 anos, os grevistas que protestam contra o fim das aposentadorias e dos direitos trabalhistas são "privilegiados"; Temer, que chegou ao poder por meio de um golpe parlamentar, também disse que não irá recuar e se comparou à ex-premiê britânica Margareth Thatcher, que implantou reformas liberais na Inglaterra e se tornou uma das figuras mais odiadas na história do país


247 – Rejeitado por 92% dos brasileiros, segundo pesquisa Ipsos, e alvo da primeira greve geral brasileira em vinte anos, num protesto que paralisou escolas, bancos e transportes públicos em todo o País, Michel Temer fez pouco caso do movimento.

Segundo ele, que se aposentou com benefícios integrais aos 55 anos, os grevistas que protestam contra o fim das aposentadorias e dos direitos trabalhistas são "privilegiados".

Temer, que chegou ao poder por meio de um golpe parlamentar, também disse que não irá recuar e se comparou à ex-premiê britânica Margareth Thatcher, que implantou reformas liberais na Inglaterra e se tornou uma das figuras mais odiadas na história do país.

Leia, abaixo, reportagem da Agência Sputinik:

Enquanto o Brasil pára com as greves gerais, o presidente Michel Temer declarou que não vai recuar com o posicionamento tanto em relação à reforma trabalhista quanto a mais dura, a previdenciária. O peemedebista se comparou à ex-premiê britânica Margaret Thatcher e disse estar convencido de que "esta é uma escolha certa para o país".

O governo diz ainda que  quem vai às ruas hoje é "um grupo de privilegiados" que terá algumas benesses cortadas. Na avaliação do presidente, são servidores públicos e sindicalistas. De acordo com informações do canal de TV Globo News, o governo avalia que os protestos podem virar o jogo e ter efeito positivo na aceitação das propostas, já que "trabalhadores estariam sendo impedidos de chegar ao local de trabalho".

Temer chegou às 10h no Palácio do Planalto e se reúne com o ministro da Secretaria de Governo, Antônio Imbasasahy. Mais tarde, ele grava uma curta mensagem aos trabalhadores a ser exibida em redes sociais no dia 1 de maio.

A estratégia do presidente é evitar a cadeia nacional de rádio e TV para não provocar protestos, algo semelhante ao que fazia a presidente Dilma Rousseff quando "panelaços" eram convocados a cada discurso em veículos de massa. Temer deve usar o video para defender ambas as reformas criticadas pelos protestos desta sexta.

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Nº 21.309 - "Greve geral começa forte em todo o Brasil; estudantes acordam bairro chique de FHC com gritos contra a reforma; veja fotos e vídeos"


 28/04/2017

Greve geral começa forte em todo o Brasil; estudantes acordam bairro chique de FHC com gritos contra a reforma; veja fotos e vídeos


Do Viomundo - 28 de abril de 2017 às 08h49



Cidades e terminais vazios, bloqueios feitos por manifestantes, repressão em São Paulo; pelo menos as horas iniciais da greve geral foram fortes em várias cidades do Brasil; de madrugada, a via que leva ao aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, ficou fechada.
Da Redação, com Jornalistas Livres, Mídia Ninja e colaboradores do Twitter e Facebook
Ruas vazias no centro de São Paulo, quando normalmente estão cheias no mesmo horário em outros dias da semana.
Terminais de ônibus e rodovias bloqueadas.
Ônibus, metrô e trens não circulavam na maior metrópole do país.
A greve geral contra as reformas trabalhista e da Previdência do usurpador Michel Temer começou forte em várias partes do Brasil.
Logo cedo, uma passeata atravessou o bairro nobre do Higienópolis e acordou os moradores com gritos de “vem pra rua, vem contra a reforma”.
Os alunos distribuíam panfletos (ver ao lado) que pegavam de surpresa quem estava na rua.
Eram, por incrível que pareça, os secundaristas de uma das escolas chiques do bairro, tendo à frente ciclistas da Polícia Militar e atrás automóveis de pais que discordam da greve, buzinando.
Se está em seu apartamento da rua Rio de Janeiro, no bairro, o ex-presidente FHC, apoiador do governo Temer, pode ter acordado com a gritaria dos alunos — a escola fica mais ou menos a 200 metros de seu apartamento.
Em São Paulo, a PM reprimiu trancaços no centro e helicópteros acompanhavam as tentativas de fechar vias à distância.
O prefeito de São Paulo, João Dória, divulgou um vídeo espantoso, no qual defendeu o direito de greve, por exemplo, aos domingos!
Greve aos domingos!
Siga este post que atualizaremos a todo momento as informações.
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