domingo, 30 de setembro de 2018

Nº 25.040 - "Quais os efeitos políticos do 'Ele não' para a campanha de Jair Bolsonaro"

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30/09/2018


Quais os efeitos políticos do “Ele não” para a campanha de Jair Bolsonaro


Do Jornal O Povo -30/09/2018

Mulheres organizam protestos contra Jair Bolsonaro em todo o País (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)


por Henrique Araújo

Maioria do eleitorado brasileiro, as mulheres lideram neste sábado protestos contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) em todo o País.

Na dianteira das pesquisas, o militar deixou na manhã de hoje o Hospital Albert Einstein depois de 22 dias internado após haver sofrido atentado a faca.

De acordo com o Datafolha mais recente, Bolsonaro parou de crescer entre mulheres.

Entre 22 de agosto e 20 deste mês, o candidato do PSL havia aumentado sete pontos percentuais nesse segmento, indo de 14% de intenção de voto para 21%.

De 20/9 até ontem, porém, o capitão da reserva brecou, permanecendo com 21%.

Nesse mesmo período (22/8 a 20/9), Fernando Haddad, do PT, saiu de 3% para 22% na preferência do voto feminino.

Se a intenção de voto em Bolsonaro estancou entre mulheres, sua rejeição disparou nessa faixa do eleitorado. Saiu de 43% (em 22/8) para 52% (em 28/9).

Entre homens, o percentual de eleitores que afirmam que não votariam de jeito nenhum no deputado é 14 pontos menor: 38%.

A pesquisa mostra que o voto feminino está puxando a trajetória de Bolsonaro para baixo.

Nas simulações de segundo turno, por exemplo, o desempenho do candidato apresenta grandes variações entre homens e mulheres.

Considerado apenas o voto masculino, Bolsonaro venceria Haddad no segundo turno por 48% a 40%, uma diferença de quatro vezes a margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos para mais ou para menos.

Entre as mulheres, no entanto, o parlamentar perde para o petista num segundo turno por 50% a 32%, uma vantagem de 18% para o ex-prefeito de São Paulo.

O resultado é o mesmo quando Haddad é substituído por outro candidato nessa fase da corrida eleitoral.

Bolsonaro vence qualquer oponente levando-se em conta apenas o voto masculino, aponta o Datafolha. E perde de qualquer adversário, considerados só os votos femininos.

Aí estão exatamente as grandes dificuldades de Bolsonaro na briga pelo Planalto. A rejeição altíssima num segmento majoritário do eleitorado começa a causar estragos.

A nove dias dias das eleições, a campanha “Ele não” e a série de protestos contra o militar marcada para hoje adicionam um elemento de desgaste crescente.

Caso deseje melhorar sua performance no segundo turno e mesmo no primeiro, Bolsonaro terá obrigatoriamente de reduzir sua rejeição entre as mulheres.

Uma tarefa dificílima, senão impossível, dada a proporção que o movimento contra ele tomou.

Por que, então, a intenção de voto em Bolsonaro ainda não caiu?

Grosso modo, porque ele se sai bem noutras faixas do eleitorado que acabam compensando essa queda.

Bolsonaro continua com a preferência dos votantes notadamente entre homens de alta e altíssima renda das regiões Sudeste e Centro-Oeste e com boa formação escolar (nível superior).

Há, portanto, duas clivagens de voto, segundo o Datafolha. A primeira, por região, opõe o Nordeste, onde Haddad tem larga vantagem, ao Sudeste/Centro-Oeste, nas quais Bolsonaro lidera.

E a outra polarização é entre homens e mulheres. Bolsonaro é o candidato da maioria masculina. A maior parte do voto feminino escolhe sempre qualquer nome, exceto o do militar.


A se manter esse quadro, com possibilidade de crescimento da rejeição de Bolsonaro, a derrota do deputado federal terá sido decretada principalmente pelo voto das mulheres  e os do Nordeste.

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Nº 25.039 - "APÓS SAIR DE HOSPITAL, BOLSONARO É CHAMADO DE LIXO FASCISTA EM AVIÃO"

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30/09/2018


APÓS SAIR DE HOSPITAL, BOLSONARO É CHAMADO DE LIXO FASCISTA EM AVIÃO


Do Brasil 247  - 29 DE SETEMBRO DE 2018


Fabio Pozzebom - ABR
 ................................Fabio Pozzebom - ABR

Após deixar o hospital Albert Einstein (SP) e entrar num avião para embarcar ao Rio de Janeiro, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) enfrentou protestos e foi chamado de "lixo fascista". Os passageiros continuaram gritando "fascista" contra o candidato, conhecido por suas posições extremistas, como defesa de pena de morte, posse de arma para a população; assista ao vídeo


247 - Após deixar o hospital Albert Einstein (SP) e entrar num avião para embarcar ao Rio de Janeiro, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) enfrentou protestos e foi chamado de "lixo fascista". Os passageiros continuaram gritando "fascista" contra o candidato, conhecido por suas posições extremistas, como defesa de pena de morte, posse de arma para a população.

O ato histórico ocorrem em função de posições misóginas e fascistas do candidato, como uma declaração concedida em abril do ano passado, no Rio: "eu tenho 5 filhos. Foram 4 homens, a quinta eu dei uma fraquejada e veio uma mulher". 

Em 2014, o parlamentar disse que não estupraria a colega Maria do Rosário (PT-RS) porque ela não merecia. "Eu não sou estuprador, mas, se fosse, não iria estuprar, porque não merece", afirmou o congressista, após a parlamentar defender vítimas da Ditadura Militar (1964-1985).

Bolsonaro também defende a Ditadura Militar (1964-1985). Durante a votação do impeachment, por exemplo, ele exaltou Carlos Brilhante Ustra, ex-chefe do Doi-Codi de São Paulo e torturador na ditadura.


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Nº 25.038 - "O mega esquema 'criminoso' do Nióbio"

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30/09/2018

O mega esquema “criminoso” do Nióbio

98% das reservas conhecidas no mundo estão no Brasil que é responsável atualmente por 90% do volume comercializado


João Baptista Pimentel Neto


Dialogos do Sul - 23/02/2018

Se o Brasil parasse de produzir ou vender nióbio, geraria certamente um caos - Créditos: Opera Mundi
Se o Brasil parasse de produzir ou vender nióbio, geraria certamente um caos - Créditos: Opera Mundi

Mas o que é o nióbio ?

O nióbio é um metal branco, brilhante, de baixa dureza, extraído principalmente do mineral columbita.

Nos Estados Unidos é chamado mais de colúmbio.

É muito resistente à corrosão e a altas temperaturas, e basta adicionar alguns gramas de nióbio a uma tonelada de aço para deixá-lo mais leve e com maior resistência a fraturas e torções.

O nióbio é atualmente empregado em automóveis; turbinas de avião; gasodutos; tomógrafos de ressonância magnética; nas indústrias aeroespacial, bélica e nuclear; além de outras inúmeras aplicações como lentes óticas, lâmpadas de alta intensidade, bens eletrônicos e até piercings.

O metal existe em diversos países, mas 98% das reservas conhecidas no mundo estão no Brasil e nosso país é responsável atualmente por mais de 90% do volume comercializado no planeta, seguido por Canadá e Austrália. Apesar do seu uso crescente e das inúmeras possibilidades de aplicação, o nióbio não tem a importância e o valor que possuem, por exemplo, o ouro e o petróleo. Mas é natural que o virtual monopólio brasileiro desperte cobiça e preocupação das maiores potências econômicas.

O site Wikileaks divulgou documento secreto do departamento de estado americano no qual as minas brasileiras de nióbio eram incluídas na lista de locais cujos recursos e infraestrutura são considerados estratégicos e imprescindíveis aos EUA. Depois disso, uma fatia da CBMM, maior produtora mundial de nióbio, foi vendida para companhias asiáticas, numa transação bilionária. E em 2011, um grupo de empresas chinesas, japonesas e sul-coreanas comprou 30% do capital da mineradora com sede em Araxá (MG) por us$ 4 bilhões.

O Brasil detém praticamente todo o nióbio do planeta, mas esse potencial é desaproveitado, o que se esperaria é que o Brasil tivesse uma estratégia muito bem definida por se tratar de uma matéria-prima fundamental para as indústrias de tecnologia de ponta e que pode ser vista como uma fortaleza para a produção de energias limpas e para o próprio desenvolvimento industrial do País. Com a produção restrita a dois grupos econômicos, é “evidente” que o interesse estrangeiro é exportar o nióbio do Brasil “ao menor preço possível”.

O Brasil poderia ganhar até 50 vezes mais o que recebe atualmente com as exportações de ferro-nióbio, caso ditasse o preço do produto no mercado mundial e aumentasse o consumo interno do mineral. Nosso país deveria usar o nióbio como um trunfo para atrair mais investimentos e transferência de tecnologia. “se o Brasil parasse de produzir ou vender nióbio hoje, isso geraria certamente um caos”, pois existe uma enorme pressão de fora para obter um produto do qual eles precisam a um preço acessível. Apesar de deter quase um monopólio do nióbio, o governo brasileiro nunca definiu uma política específica para o metal ou um programa voltado para o desenvolvimento de uma cadeia industrial que vise agregar valor a este insumo.

Pesquisa e edição: João Baptista Pimentel Neto.

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Nº 25.037 - "UnB debate entreguismo de riquezas naturais após o golpe de 2016"

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30/09/2018

UnB debate entreguismo de riquezas naturais após o golpe de 2016

Especialistas avaliam concessões do governo Temer sobre água e riquezas minerais do país

Rafael Tatemoto

Brasil de Fato | Brasília (DF), 28 de Setembro de 2018

Água, petróleo e mineração foram assuntos em discussão - Créditos: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

Água, petróleo e mineração foram assuntos em discussão - Créditos: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil


A Universidade de Brasília (UnB) promoveu, nesta sexta-feira (28), o debate “Bens Naturais, Soberania e Sociedade”. O evento, que contou com acadêmicos e militantes de organizações populares, abordou o cenário econômico brasileiro à luz das mudanças impostas pelo governo federal a partir do golpe de 2016. 

Geólogo e ex-diretor da Petrobras, Guilherme Estrella destacou que a descoberta do pré-sal inaugurou uma chance única de conquista efetiva da soberania, cujas condições, segundo ele, são riquezas naturais, atividade produtiva e capacidade de inovação. O pré-sal, além da autossuficiência petrolífera, poderia ter servido como indutor destes elementos.

“A soberania das nações está ligada ao desenvolvimento industrial. Principalmente a indústria que estabelece condições para problemas novos serem enfrentados e resolvidos. Tínhamos todas as condições de ter um país efetivamente soberano. Esse processo foi interrompido por interesses não brasileiros”, afirmou.

As mudanças trazidas pelo governo Michel Temer (MDB), como o fim da obrigatoriedade da Petrobras ter um participação mínima em toda exploração dos campos do pré-sal, teriam minado essas possibilidades. Para Estrella, a questão energética, em escala geopolítica internacional, pode ter sido um dos elementos que levaram à deposição de Dilma Rousseff (PT).

“Este projeto que este governo ilegítimo implantou no país é um modelo absolutamente dependente, exportador de matérias primas e sem indústria. Um país ocupado por forças estrangeiras, ainda que não militares, mas ideológica e politicamente comprometidos com interesses não brasileiros. Nós temos que discutir bastante com a sociedade para nos prepararmos para um confronto de projetos”, afirmou. 

Luiz Fernando Scheibe, professor da Universidade Federal de Santa Catarina, além de debater a questão do petróleo, trouxe a questão da privatização da água para a discussão, lembrando o encontro de Temer com executivos da Nestlé e da Coca-Cola, empresas responsáveis por metade do comércio de água engarrafada no Brasil, em que se aventou a privatização do Aquífero Guarani. 

“A Constituição atual do Brasil não permite que a água seja cedida, exceto através do sistema de outorga, que é temporário. Para a água mineral, engarrafada, se concede no máximo 50 hectares. Mas o que pode acontecer? Agora não está tão fácil, mas até alguns meses trás, o governo mudava a Constituição na hora que ele queria”, ponderou.

Um Projeto de Lei que permite a venda de outorgas em períodos de escassez – o chamado “mercado da água” – foi lembrado por Scheibe como exemplo da possibilidade de privatização gradual das reservas hídricas do país. 

Representando a Plataforma Operária e Camponesa para a Energia e Água, Fabíola Antenaza ressaltou que os processos privatizantes em curso não se encerram nessa categorização. 

“Não é apenas a privatização, é um momento de desnacionalização. Tudo que está sendo feito, de 2016 para cá, com o advento do golpe, é um processo rápido e célere de entrega do patrimônio brasileiro [a estrangeiros]”, apontou.

Do ponto de vista do ambientalismo popular, Marcelo Firpo, da Fundação Oswaldo Cruz, apresentou preocupações calcadas na ecologia política, questionando que sentido de crescimento econômico deve ser posto em prática no país, afirmando que a soberania, por si só, não garante justiça social e ambiental. 

“Como não interditar – e essa é a pergunta fundamental, em meio a um regime de golpe, com constrangimentos de mercado e da mídia – o debate e apoiar os movimentos sociais? Vamos resolver a miséria e não discutir a perspectiva de futuro, como vamos proteger nossos ecossistemas?”, provocou. 

Charles do Trocate, do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), sintetizou o debate da soberania internacional do ponto de vista da política internacional, ressaltando que a mineração sem controle social e planejamento com retornos para o povo brasileiro, como atividade extrativista primária nas mãos do capital, significa apenas o “desenvolvimento do subdesenvolvimento”. 

“Há um vínculo orgânico entre as economias industriais e as economias extrativistas. É uma dialética. Se nós temos um pólo do mundo que é industrial, é porque há um outro pólo que não pode ser, na lógica do capital, industrializado”, disse. 

O MAM, na ocasião do evento, realizou o lançamento do Dicionário Crítico da Mineração, obra cujos verbetes vão desde expressões populares utilizadas por garimpeiros até conceitos de economia e política vinculados à atividade. 

Edição: Diego Sartorato
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Nº 25.036 - "Miasma empesta a democracia"

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30/09/2018

Miasma empesta a democracia

Do Jornal O Povo  30/09/2018

por Valdemar Menezes (em sua coluna semanal)

Valdemar MenezesHá apreensão no estrangeiro sobre o que pode acontecer caso a oposição brasileira vença as eleições. Temem-se reações inconformistas. Por isso, a vigilância começa com o 1º turno. Apesar de ter sido desbancado da posição de 5ª economia mundial que estava prestes a alcançar (superando a Inglaterra), o mundo sabe que o Brasil pode escapar da irrelevância a que foi subitamente atirado, em 2016, pela elite antidemocrática. Esta demonstrou-se desprovida de senso das potencialidades estratégicas do País que lhe coube administrar. A guinada imediatista e subserviente ao hegemonismo da metrópole do Norte, naquele ano, retira das classes tradicionais a autoridade para liderar um processo de afirmação nacional, num cenário em que países de porte semelhante ao nosso (em termos territoriais, populacionais, mercado interno e riquezas naturais) se recusam a ser simples peões da geopolítica alheia. Que o digam a China e a Rússia.

Por isso, a burguesia brasileira vai ter de aceitar, novamente - com estas eleições -, que outras camadas da sociedade (trabalhadores e assalariados em geral) liderem a tarefa da reconstrução de um espaço próprio para o País, na correlação de forças mundiais, retomando a experiência exitosa dos treze anos anteriores a 2016, em que um governo representativo do espectro mais largo da sociedade nacional dirigiu o País e o fez alcançar um prestígio internacional jamais visto.

Na ambição desmedida de continuar com a posse exclusiva dos cordéis do poder do Estado - como o faz desde os tempos das capitanias hereditárias - essa camada dirigente preferiu destruir o País a permitir que prosperasse a experiência de sua condução pelos novos condôminos do poder, postos lá pelo povo e oriundos de camadas sociais não-tradicionais. Dos destroços, imaginou formatar, através do controle do atual processo eleitoral, o "salvador da pátria": mas, as candidaturas da direita tradicional volatizaram-se. No seu lugar surgiu uma "assombração" da extrema-direita diante da qual só há lugar para uma das duas alternativas: civilização ou barbárie; democracia ou ditadura. Não é possível uma posição neutra, pois a omissão se transformaria objetivamente em apoio à barbárie.

Isso não resultaria apenas em retrocesso político, institucional e cultural, mas, igualmente, em degradação social: o modelo de reforma previdenciária e trabalhista defendido por essa corrente é o mesmo de Michel Temer, acrescido da abolição do 13º salário e do adicional de férias; imposição de uma taxa de 20% de imposto de renda para pobres e a redução de 27% para 20% para os ricos; insegurança no emprego e total dependência do empregado em relação ao empregador e a seus prepostos (chefias). Portanto, o perigo da extrema-direita não é apenas no campo das liberdades, mas, igualmente, a desgraça social: um escravismo camuflado, a ser mantido pelo terror do desemprego. É isso que as pessoas precisam saber. Não se trata apenas de preconceito contra gays e lésbicas, negros e pobres. Não. É retrocesso na condição do trabalhador, que ficará desprovidos de garantias trabalhistas, como já revelaram, inadvertidamente, o "Posto Ipiranga" (economista Paulo Guedes) e o vice, general Antônio Mourão. Desmentidos já não têm credibilidade e são vistos como artifício eleitoral.

A receita defendida pelo trio (inclui-se aí o cabeça de chapa) é a que está sendo aplicada na Argentina pelo governo Macri. Este, até há pouco, era louvado e exaltado pelos aecistas & Cia. Faltando apenas um ano para o fim do governo, vê-se ali um país agonizando na recessão, no desemprego e de novo atado à coleira do FMI. Será esse o destino almejado pelos brasileiros? Não parece, pois naufragam todos os candidatos neoliberais (Alckmin, Meireles, Amoedo, Marina e, provavelmente, Bolsonaro).


Contudo, os obstáculos contra os defensores do modelo desenvolvimentista, nacional e inclusivo (o único, supostamente, capaz de fazer o País crescer e gerar empregos) continuam a surgir. Cerca de três milhões de possíveis eleitores acabam de ter o título eleitoral cassado pelo STF, por não terem feito recadastramento biométrico. A falha deveria ser debitada ao sistema de alistamento eleitoral. Não constrangendo a soberania popular, fonte de legitimidade do poder político. Assim defenderam dois ministros da velha e boa escola democrática - Lewandovsky e Marco Aurélio. Em vão. É esse o espírito que tomou conta de nossas instituições. Só o sol da democracia pode dissipar esse miasma putrefacto.

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Nº 25.035 - "Janio: golpistas usam toga!"

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30/09/2018

Janio: golpistas usam toga!

A prova? O STF não deixou que 3,4 milhões votassem!


Do Conversa Afiada - publicado 30/09/2018

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Por Janio de Freitas, na Fel-lha:

Tempo de espera


A chegada da semana final de campanha leva Jair Bolsonaro e Fernando Haddad ao ponto culminante do seu suspense, ambos postos como alvos de possíveis artimanhas eleitoreiras, que já vimos tantas. Pela primeira vez, e com outro motivo, o suspense está disseminado também em grande parte do eleitorado, como receio de uma intervenção golpista, militar ou não. Perdidas as ilusões, em suas ansiedades os candidatos e eleitores dão a medida da distância a que continuamos de um regime eleitoral sério, passados quase 30 anos desde a primeira eleição presidencial pós-ditadura.

Em eleições anteriores, os tribunais se sujeitaram a acusações de omissão, por indolência ou conivência.

A atualidade é mais grave: as hipóteses de transtorno, até que haja a posse, incluem a magistratura e o Ministério Público nas potenciais fontes de complicações maiores. É a consequência lógica do acúmulo de fatos em que o Judiciário se confundiu com as forças políticas, fosse por decisões cabíveis ao Congresso, fosse por agir como parte da competição político-partidária. Difundiu-se a imagem dos tribunais em aliança com forças pouco afeitas ao regime de Constituição democrática.

Agora mesmo, o Supremo Tribunal Federal, por 7 votos a 2, nega o direito de votar aos que tiveram o título cancelado por falta ao recadastramento, que os tornaria identificáveis por biometria (características físicas). São 3,4 milhões de cidadãos retirados da eleição. A maioria no Norte e Nordeste. É dispensável a indicação do candidato mais prejudicado, por desfrutar da preferência naquele eleitorado.

A exigência do recadastramento foi imposta sob formidável bagunça. Não houve publicidade suficiente ao eleitorado. Na argumentação vitoriosa, houve informação incluída em boleto de IPTU — IPTU nas favelas? Nas contas de água e luz nas favelas e pelo interior do Nordeste e do Norte? Ah, em estádios de futebol também, como se todos os eleitores morassem em áreas urbanizadas e frequentassem estádios, para facilitar o voto de sete ministros do Supremo. A diferença de prazos e modos, nas regiões eleitorais, foi um fator de confusão nas cidades onde parte do eleitorado soube da convocação.

Depois de tantos precedentes sugestivos de decisões politicamente influenciadas, o corte de eleitores, onde e como se deu, só pode fortalecer a inclusão do Judiciário na centúria inquietante.

À parte essa face da decisão, é no mínimo incongruente que a falta de recadastramento biométrico casse o direito ao voto quando a outros é possível votar mesmo sem título, só com a carteira de identidade (ou RG). Além disso, a adoção incompleta da biometria submete as eleições a dois sistemas eleitorais, e respectivas fiscalizações.

O visto e o vivido nas eleições anteriores não serviu para aperfeiçoar as vindouras. As deformações foram tomadas como experiência adquirida para ampliá-las.
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Nº 25.034 - "Nova pesquisa CNT reforça chance de virada de Haddad"

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30/09/2018


Nova pesquisa CNT reforça chance de virada de Haddad


Do Tijolaço · 30/09/2018


por Fernando Brito 

Se algo faltava para empurrar a campanha de Haddad neste domingo, capitalizando o sucesso do movimento #EleNão que eletrizou as principais cidades do país, a pesquisa CNT/MDA divulgada agora cedo, veio dar assunto positivo para as conversas do último dia livre antes das eleições do dia 7.

A distância entre ele e Jair Bolsonaro,em duas semanas, caiu de 10,6 pontos para apenas 3. Mais importante: com alta do candidato da coligação petista e estagnação do ex-capitão. Confira os dados na tabela abaixo.

Todos os dados levam a crer que está em curso uma ultrapassagem e é grande a possibilidade de que Fernando Haddad termine a eleição em primeiro lugar.

Nos cenários de segundo turno propostos, fica claro o aumento da rejeição ao candidato da direita, mesmo sem considerar-se o impacto dos atos de ontem. Ele reduz suas intenções de voto em todos os confrontos possíveis e a soma do “não votaria de jeito nenhum”sobe para 55,7%,  contra 48,3% de Fernando Haddad.

Quanto aos demais candidatos, Marina Silva desaparece, Ciro e Alckmin continuam em sua caminhada para lugar nenhum e, dos nanicos, ninguém parece ter força para surpreender.



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Nº 25.033 - "APÓS SAIR DE HOSPITAL, BOLSONARO É CHAMADO DE LIXO FASCISTA EM AVIÃO"

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30/09/2018


APÓS SAIR DE HOSPITAL, BOLSONARO É CHAMADO DE LIXO FASCISTA EM AVIÃO


Do Brasil 247 - 29 DE SETEMBRO DE 2018

Fabio Pozzebom - ABR
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Após deixar o hospital Albert Einstein (SP) e entrar num avião para embarcar ao Rio de Janeiro, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) enfrentou protestos e foi chamado de "lixo fascista". Os passageiros continuaram gritando "fascista" contra o candidato, conhecido por suas posições extremistas, como defesa de pena de morte, posse de arma para a população; assista ao vídeo


247 - Após deixar o hospital Albert Einstein (SP) e entrar num avião para embarcar ao Rio de Janeiro, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) enfrentou protestos e foi chamado de "lixo fascista". Os passageiros continuaram gritando "fascista" contra o candidato, conhecido por suas posições extremistas, como defesa de pena de morte, posse de arma para a população.

O ato histórico ocorrem em função de posições misóginas e fascistas do candidato, como uma declaração concedida em abril do ano passado, no Rio: "eu tenho 5 filhos. Foram 4 homens, a quinta eu dei uma fraquejada e veio uma mulher". 

Em 2014, o parlamentar disse que não estupraria a colega Maria do Rosário (PT-RS) porque ela não merecia. "Eu não sou estuprador, mas, se fosse, não iria estuprar, porque não merece", afirmou o congressista, após a parlamentar defender vítimas da Ditadura Militar (1964-1985).


Bolsonaro também defende a Ditadura Militar (1964-1985). Durante a votação do impeachment, por exemplo, ele exaltou Carlos Brilhante Ustra, ex-chefe do Doi-Codi de São Paulo e torturador na ditadura.

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sábado, 29 de setembro de 2018

Nº 25.032 - "Ao vivo: Curitiba para contra o Coiso #EleNão"

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29/09/2018

Ao vivo: Curitiba para contra o Coiso #EleNão



Do Blog do Esmael - 29 de setembro de 2018 por Esmael Morais
Os organizados já dizem que são 70 mil marchando da Boca Maldita até a Praça Santos Andrade (UFPR), centro de Curitiba, no movimento #EleNão contra Bolsonaro.
Os coletivos de mulheres acreditam que o ato poderá encerrar com 100 mil contra o Coiso.
Assista ao vivo:

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Nº 25.031 - "Confira como foram os atos contra Bolsonaro pelo mundo"

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29/09/2018

Confira como foram os atos contra Bolsonaro pelo mundo



Do Diário do Centro do Mundo -  29 de setembro de 2018

#EleNão em Londres

Este sábado (29) é marcado por manifestações em todo o mundo contra Jair Bolsonaro. Unidas pelo movimento
#EleNão, mulheres se posicionam contra o fascismo.
Países como Inglaterra, Alemanha, França, África do Sul, Portugal e Líbano, entre outros, são palcos de atos contra o “coiso”.
Confira um pouco das mobilizações pelo mundo:



- Em Milão as mulheres também estão nas ruas por . Durante a ação também relembram o assassinato de Marielle Franco, que há quase 200 dias, estamos sem respostas.
Fotos: Brasil de Fato




Marielle é lembrada em ato em Londres neste sábado (29)
 
#EleNão em Roma
 
Ato em Roma neste sábado (29)