segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Contraponto 10.116 - "Diário elege Barbosa o 'mais desagradável de 2012' "

247 - Qual foi a personalidade brasileira mais desagradável de 2012? Para os leitores do blog Diário do Centro do Mundo, não houve competidor para o presidente do Supremo Tribunal Federal e relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa. Leia:

Joaquim Barbosa é a personalidade mais desagradável de 2012

Serra parecia tranquilo no posto de brasileiro mais antipático, até despontar Barbosa, o nosso Batman

E Joaquim Barbosa venceu.

O Diário convidou os leitores a escolher o brasileiro mais desagradável de 2012. As opções foram variadas, seis no total, gente de esquerda e gente de direita, de Lula e Dirceu a JB e Reinaldo Azevedo.

Barbosa ganhou com folga. Teve o dobro de votos do segundo colocado, Reinaldo Azevedo, representante daquela ruidosa turma de colunistas que vão de Merval a Noblat, Dora Kramer a Sardenberg, Jabor a Pondé — os já consagrados rolabostas.

Serra só apareceu em terceiro, o que eventualmente pode animá-lo a tentar a sorte nas urnas ainda uma vez. Se é verdade que ele chamou FHC de "gagá" por defender a candidatura de Aécio, conforme nota de um jornalista da Globo, é porque ele tem planos para 2014.

Os menos votados pelos leitores do Diário foram, pela ordem, Zé Dirceu, Lula e FHC.
Eu talvez não devesse revelar meu voto, mas aqui vai, em nome da transparência: JB, com convicção. Foi com certeza a pior invenção de Lula.

Interiormente aplaudi os deputados da Bahia que deram um choque de realidade a esse heroi de araque ao lhe recusarem o título de baiano honorário.

Clap, clap, clap.

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Contraponto 10.115 - "INOCENTES ESPECIAIS" RINDO NA CARA DO BRASIL


30/12/2012



Por que os "inocentes especiais " não estão sendo sendo investigados, julgados e presos ?

 
PGF                                                                STF 
       "Ainda não li  'A Privataria'..."  !                                            "Eu sou norrrrrmal !"
  
__________

 

RINDO NA CARA DO BRASIL   

 

GALERIA DOS 'INOCENTES ESPECIAIS'


 
      

 
AQUI LUGAR
PARA DEZENAS DE
OUTROS 'INOCENTES'





Privataria Tucana,
Satiagraha,

Mensalão Tucano,
Lista de Furnas,
Crime Organizado,
Rouboanel,
Propinas da Arlston,
Ambulâcias,
Assassinato de reputações,
Grampos ,
  
etc., etc., etc... 

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Contraponto 10.114 - "2012 na política, segundo Marcos Coimbra"

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31/12/2012

2012 na política, segundo Marcos Coimbra



Do Viomundo - publicado em 30 de dezembro de 2012 às 16:04



por Marcos Coimbra, no Correio Braziliense, via Clipping do Planejamento



Um governo que é avaliado como “ótimo” ou “bom” por 62% das pessoas tem muito que comemorar. Uma presidente cujo trabalho é aprovado por 78% da população, também.

São os números da pesquisa CNI/Ibope feita entre os dias 6 e 9 de dezembro, em que foram ouvidas 2002 pessoas.

Dilma chega à metade de seu mandato com avaliação melhor que a de qualquer um de seus antecessores em momento parecido. Desde quando existem dados comparáveis, ninguém obteve números semelhantes.

Fernando Henrique, por exemplo, nunca alcançou esse índice, sequer na época em que atravessava sua fase áurea. A vitória contra a inflação, a equivalência do real com o dólar, o quilo de frango que valia uma moeda, a sensação de que a economia entrava em rota de crescimento, nada disso fez com que chegasse ao número que Dilma tem hoje.

É uma lembrança que mostra quão inadequada é a interpretação que as oposições, especialmente seu braço midiático, oferecem para a popularidade do governo Dilma.

Na enésima repetição do velho chavão de que “É a economia, estúpido!”, limitam a explicação a um único fator: para elas, as pessoas comuns, que constituem a grande maioria, pensam com a barriga. Quando estão de pança cheia, aprovam o governo.

Trata-se de um equívoco baseado em puro preconceito, segundo o qual o povo só é capaz de avaliações unidimensionais. Ao contrário dos bem pensantes, que conseguiriam fazer raciocínios complexos.

Assim como a população não gostava de Fernando Henrique por vários motivos — ainda que aprovasse sua atuação no controle da inflação –, gosta de Dilma por diversas razões, mesmo reconhecendo que há políticas que não funcionam de maneira satisfatória.

O tamanho da aprovação do governo neste final de ano foi duplamente decepcionante para a oposição partidária e seus aliados. Ao invés de subir, esperavam que caísse, na confluência do desgaste da imagem do PT causado pelo julgamento do mensalão e do agravamento da situação objetiva da economia.

Dilma ultrapassou, no entanto, os percalços. Por mais que os economistas da oposição estejam pintando quadros fúnebres para o Brasil e insistam em falar em crises, as pessoas se sentem satisfeitas com o presente e otimistas em relação ao futuro. Por maior que seja a culpabilização do PT, ninguém associa a presidente a qualquer malfeito, real ou inventado.

Não é surpresa, portanto, que tenha a vantagem que tem nas pesquisas para a eleição de 2014. Frente a quaisquer candidatos, venceria, com larga margem, a eleição no primeiro turno. Seu desempenho só é inferior ao de Lula – e por pouco.

Para tentar mudar esse quadro de favoritismo, entrou na moda o argumento de que o País “poderia estar melhor” e só não está por “incompetência gerencial do governo”. Na opinião de nove em dez analistas da mídia conservadora, Dilma não seria a boa gerente que é apresentada.

Trata-se de uma tese de escassa capacidade de convencimento. Primeiro, porque as pessoas levam mais em consideração os benefícios que estão a seu alcance que os que poderiam, hipoteticamente, obter. Se acreditam que o governo vai bem, porque trocá-lo por algo que não existe?

Em segundo lugar, porque não enxergam alguém melhor que ela. Na opinião da maioria, a oposição teve sua oportunidade nos oito anos em que Fernando Henrique foi presidente e não convenceu. Ao contrário, em retrospecto, mostrou-se inferior aos petistas.

Ainda que a situação da economia piorasse no próximo ano, é difícil que afetasse significativamente a popularidade da presidente e a eleição de 2014. Como não é isso o mais provável, são poucas as nuvens no horizonte para Dilma. Salvo as de todo dia, com as quais já se acostumou.

Cautela a presidente tem que ter é com a Copa do Mundo. Ela não será cobrada se a seleção for mal, nem aplaudida se for bem nos gramados.

Mas pagará um preço de imagem pessoal muito alto se as pessoas ficarem com o sentimento de que o Brasil perdeu a copa que mais interessa. A da organização do evento e do bom funcionamento das coisas durante sua realização.

Essa, para a população, é mais importante que o hexacampeonato.

Leia também:

Fernando Branquinho: JN transforma 1,7 milhão de empregos em notícia ruim
Janio de Freitas: A perturbadora declaração de Joaquim Barbosa
Carta Maior: Até quando a sabotagem conservadora poderá resistir?
Alex Solnik: A vanguarda popular da direita sai do armário
Tarso Genro: Judiciário é o caminho da direita para “escapar” da política
Leandro Fortes: Saudades de 1964
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domingo, 30 de dezembro de 2012

Contraponto 10.113 - "E agora, Serra ?"

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31/12/2012
E agora, Serra ?

Lembra quando Serra culpou os nordestinos pelo baixo rendimento escolar em SP?

 
#OrgulhoDeSerNordestino

O fim de ano será ainda mais especial para os 43 cearenses que foram convocados para ingressar no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), de São José dos Campos (SP). O Ceará é o Estado com maior número de estudantes que passaram no exame neste ano. Ficando à frente de São Paulo, que teve 19 classificados, e Rio de Janeiro, com 12 aprovados. O resultado foi divulgado ontem.

O ITA é reconhecido como um dos Vestibulares mais concorridos do Brasil!

Leia mais: http://migre.me/cAy4S

Via: @[188579854517271:274:Diário Nordeste]
‎#OrgulhoDeSerNordestino


O fim de ano será ainda mais especial para os 43 cearenses que foram convocados para ingressar no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), de São José dos Campos (SP). O Ceará é o Estado com maior número de estudantes que passaram no exame neste ano. Ficando à frente de São Paulo, que teve 19 classificados, e Rio de Janeiro, com 12 aprovados. O resultado foi divulgado ontem.

O ITA é reconhecido como um dos Vestibulares mais concorridos do Brasil!

Leia mais: http://migre.me/cAy4S
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Contraponto 10.112 - "Dilma: em 10 anos, o PT mudou a agenda do País"


247 - No momento em que o PT completa uma década à frente do governo federal, a presidente Dilma Rousseff publica artigo na Folha, em que fala sobre as conquistas desse período, marcado, segundo ela, sobretudo pelos avanços no combate à desigualdade social. 

Leia abaixo: 


Dez anos de avanços


O desafio para os próximos anos é, simultaneamente, acabar com a miséria extrema e ampliar a competitividade da economia do nosso país


Os dez anos de governos liderados pelo Partido dos Trabalhadores marcam a incorporação de uma nova agenda para o Brasil.


O combate à desigualdade social passou a ser uma política de Estado, e não mais uma ação emergencial. Os governos do presidente Lula e o meu priorizaram a educação, a saúde e a habitação para todos, a retomada dos investimentos públicos em infraestrutura e a competitividade da economia.


Na última década, raros são os países que, como o Brasil, podem se orgulhar de oferecer um futuro melhor para os seus jovens. A crise financeira, iniciada em 2007, devastou milhões de empregos e esperanças no mundo desenvolvido.


No Brasil, ocorreu o contrário. Cerca de 40 milhões de pessoas foram incorporadas à chamada nova classe média, no maior movimento de ascensão social da história do país. A miséria extrema passou a ser combatida com uma ação sistemática de apoio às famílias mais pobres e com filhos jovens.


Através do programa Brasil Carinhoso, somente em 2012 retiramos da pobreza extrema 16,4 milhões de brasileiros. Entre 2003 e 2012, a renda média do brasileiro cresceu de forma constante e a desigualdade caiu ano a ano. Nesta década, foram criados, sem perda de direitos trabalhistas, 19,4 milhões de novos empregos, sendo 4 milhões apenas nos últimos dois anos.


Reconhecer os avanços dos últimos dez anos significa também reconhecer que eles foram construídos sobre uma base sólida. Desde o fim do regime de exceção, cada presidente enfrentou os desafios do seu tempo. Eles consolidaram o Estado democrático de Direito, o funcionamento independente das instituições e a estabilidade econômica.


Acredito que os futuros governos tratarão como conquistas de toda a população nossos programas de educação -como o Pronatec, de formação técnica, o ProUni e o Ciência Sem Fronteiras- e de eficiência do Estado -como os mecanismos de monitoramento de projetos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e a transparência na prestação de contas da Lei de Acesso à Informação.


O Brasil que emerge dos últimos dez anos é um país mais inclusivo e sólido economicamente. O objetivo do meu governo é aprofundar estas conquistas.


O desafio que se impõe para os próximos anos é, simultaneamente, acabar com a miséria extrema e ampliar a competitividade da nossa economia. O meu governo tem enfrentado estas duas questões. Temos um compromisso inadiável com a redução da desigualdade social, nossa mancha histórica.


Ao longo de 2012, lançamos planos de concessões de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, que abrem as condições para um novo ciclo virtuoso de investimento produtivo. Reduzimos a carga tributária, ampliamos as desonerações na folha de pagamento e, em 2013, iremos baratear a tarifa de energia.


São medidas fundamentais para aumentar a competitividade da
s empresas brasileiras e gerar as condições de um crescimento sustentável.


Iremos aproveitar a exploração do pré-sal para concentrar recursos na educação, que gera oportunidades para os cidadãos e melhora a qualificação da nossa força de trabalho.


É a educação a base que irá nos transformar em um país socialmente menos injusto e economicamente mais desenvolvido. Um Brasil socialmente menos desigual, economicamente mais competitivo e mais educado. Um país que possa continuar se orgulhando de oferecer às novas gerações oportunidades de vida cada vez melhores. Um país melhor para todos.


Tenho certeza que estamos no rumo certo.
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Contraponto 10.111 - "STF é político (nos EUA). FHC garantiu a Privataria"

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30/12/2012


STF é político (nos EUA). FHC garantiu a Privataria



Do Conversa Afiada - Publicado em 30/12/2012

É inscrever nas Leis, de forma irreversível, o combate à desigualdade. Se não, “Brasil Carinhoso” vira bolero do Caetano Velloso, com letra do Nelsinho Motta.

Saiu na Folha

Sob Obama, Corte pode ter guinada liberal


Expectativa de renovação do principal tribunal dos EUA dará a democrata chance de indicar nomes progressistas

(…)
Com a aproximação da aposentadoria dos liberais Ruth Ginsburg, que completa 80 anos em março, e Stephen Breyer, 75 em agosto; do conservador moderado Anthony Kennedy, 77 em julho, e do conservador Antonin Scalia, 77 em março, o Supremo seria a parte mais duradoura do legado de Obama.

Navalha

 

Os colonistas (**) chamam a política externa independente do Nunca Dantes de “diplomacia de atabaques”- êpa ! êpa ! Isso cheira mal !, diria o Meraldo Pedreira.

Os colonistas (**) vira-e-mexe dão o exemplo dos Estados Unidos para mostrar que isso aqui é – como dizem eles – uma “cubata africana” – êpa, êpa, olha o Pedreira !

Aquilo lá é que é bom !

O ansioso blog vai concordar com os colonizados neste domingo de fim de ano.

De fato, lá é que é bom.

É mais fácil urubu voar de costas do que um presidente de centro-esquerda nomear para a Suprema Corte um juiz de centro-direita.

E vice-versa.

O supra-sumo do reacionarismo ultramontano, Scalia, foi nomeado por Reagan.

Seu clone, que segue religiosamente seus votos nas questões centrais, Clarence Thomas, foi nomeado por George Bush, o pai.

Clinton e Obama, em troca, só nomearam liberais (que, nos EUA, tem o sentido de “centro-esquerda”.)

Aqui, o Fernando Henrique, que sabe onde o tatu se esconde, tratou de garantir a retaguarda.

E nomeou Nelson Johnbim (que atacou “a diplomacia dos atabaques” com o embaixador americano), Ellen Gracie (autora da sumula vinculante “Dantas não é Dantas, mas Dantas”), e Gilmar Dantas (***).

Ou seja, FHC garantiu no Supremo a – provisória – liberdade dos Heróis da Privataria.

Inclusive, a dele próprio.
(Grifo do ContrapontoPIG)

 
(Breve, o Edu vai enviar uns exemplares da Privataria ao Presidente Barbosa, já que o brindeiro Gurgel nem agradeceu os exemplares recebidos. Um mal educado !)

Os presidentes Lula e Dilma cometeram o erro de ser “republicanos”.

E correm sério risco.

Deitar a perder todo o legado político.

O Supremo pode refazer o Bolsa Família – quem manda ser vagabundo ?, pergunta o Juiz demo-tucano;

O Brasil Carinhoso – a culpa é das mães, que tomam cerveja e não cuidam dos filhos;

O PAC – só vive empacado;

O pré-sal – a Chevron toca melhor;

O Pro-Uni – eles entram e depois não acompanham o ritmo dos outros;

Cotas raciais – só o que vale é o mérito;

Minha Casa Minha Vida – vai virar um BNH, porque não vão ter dinheiro para pagar a prestação;

Pronatec – forma pseudo-formados, que não servem pra nada;

Ciência sem Fronteiras – estudar no MIT é pra branco de olho azul . O resto é discriminado.

Etc etc etc.


Em meia duzia de julgamentos fulminantes, celebrados no PiG (****), a História do Brasil poderá não ver traço da passagem dos trabalhistas pelo poder.

(Como se sabe, a Gobo não ganha eleição. A Globo dá Golpe.)

E é por isso que os presidentes americanos asseguram o legado na Suprema Corte.

Como fez o FHC, que conhece as manhas da Metrópole.

O Supremo não é um tribunal técnico, como demonstrou em excelente artigo de Márcio Félix.

A Presidenta Dilma tem às mãos a possibilidade de corrigir o lamentável erro de escolher o Ministro Fux, que, como diz o Chico Campos, teve mais votos que os 92 mil do Genoino.

Ela pode, sim, fazer maioria no Supremo.

E inscrever nas Leis, de forma irreversível, as politicas de combate à desigualdade.

Do contrário, “Brasil Carinhoso” vira bolero do Caetano Velloso, com letra do Nelsinho Motta.

Em tempo: como lembra o Mauricio Dias, Hermes Lima e Evandro Lins e Silva foram fundadores do Partido Socialista Brasileiro. E dignificaram o Supremo. Não há ali, hoje, nenhum que a eles se compare.

Ambos, Hermes e Evandro, nomeados pelo grande presidente trabalhista ( e gaúcho) João Goulart.



Paulo Henrique Amorim




(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(***) Clique aqui para ver como eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele. E não é que o Noblat insiste em chamar Gilmar Mendes de Gilmar Dantas ? Aí, já não é ato falho: é perseguição, mesmo. Isso dá processo…

(****) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
 

Artigos Relacionados

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Contraponto 10.110 - Da Carta Maior

 

30/12/2012

 

RENTISTAS UIVAM LÁ, A MATILHA LATE AQUI  

 

  As aplicações do' Sloane Robinson', um dos dez maiores fundos hedge do mundo e dos mais antigos de Londres, vão fechar o ano com saldo de US$ 2,5 bilhões. Em 2008, o fundo especulativo acumulava ativos de US$ 15 bilhões. O 'Sloane' esfarela. Sua rentabilidade despencou 17% no ano passado; afundará mais 2%  em 2012.



Não é um caso isolado.



Rentistas de todo o mundo sofrem os reveses  da implosão  neoliberal agravada pelo fim da farra nos países emergentes-- Brasil entre eles.

 

 Sua passagem pelo país incluía ganhos triplos: na arbitragem dos juros (maiores aqui, remunerando captações a um custo menor lá fora); na diferença cambial entre a data de ingresso e a da saída, uma vez que o próprio tsunami especulativo forçava a valorização do Real, garantindo conversões vantajosas para o dólar na despedida; e, finamente, na jogatina 'rapidinha' nas bolsas, sem nem dispor de ações próprias, alugando carteiras junto a bancos. 

 

A obstrução da pista principal do circuito, a dos juros, derrubados a fórceps pelo governo Dilma, melou o resto do passeio, prejudicado ainda pela queda nos mercados acionários.

 

 É desse pano de fundo que soam os vagidos em inglês contra o governo Dilma, ecoados de gargantas midiáticas profundamente comprometidas com as finanças desreguladas.



Como acontece quando as matrizes entram  no cio numa matilha, os uivos locais elevaram seus decibéis na última 4ª-feira. Coube  à 'Folha' cravar o latido mais alto da praça, em editorial em que pede 'reforma geral nas prioridades nacionais'. 

 

(Carta Maior; Sábado,29/12/2012)

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Contraponto 10.109 - "Pleno emprego em 2013: promessa ou realidade?"

Vladimir Platonow_Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O emprego continuará em alta no Brasil em 2013 com a perspectiva positiva do cenário econômico, que deverá ter crescimento no Produto Interno Bruto (PIB) maior do que o registrado em 2012. A avaliação foi feita hoje (29) pelo do ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, que aposta na manutenção das baixas taxas de desemprego do país, cuja média de janeiro a novembro de 2012 alcançou 5,6%, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"A perspectiva que se abre é a melhor, até porque nós tivemos um ano, do ponto de vista econômico, que não foi dos melhores, mas conseguimos manter a taxa de desemprego em níveis que nunca tínhamos visto na história do país. Nas regiões metropolitanas tivemos índices de pleno emprego, apesar da intensa crise internacional. A expectativa é que se consiga aquecer ainda mais o mercado de trabalho, atingindo o pleno emprego também no resto do país", disse o ministro.

Brizola Neto reconheceu que a crise global afetou com mais força a indústria nacional, mas disse que informações preliminares apontam para uma retomada no crescimento. "Esses dois últimos anos foram duros para a indústria, mas os indicadores do último trimestre são alentadores, mostrando que a economia já começa a girar em torno de 3%, o que é animador para o próximo ano. O aquecimento vai demandar mão de obra e por isso é importante garantir qualificação aos trabalhadores e competitividade à economia, agregando conhecimento, tecnologia e inovação", declarou.

O ministro falou à imprensa ao chegar para o velório do pai, José Vicente Goulart Brizola, falecido ontem (28) aos 61 anos. Ex-deputado federal, era filho do ex-governador Leonel Brizola. A deputada estadual do Rio Grande do Sul Juliana Brizola (PDT), filha de José Vicente, esteve no velório e ressaltou o lado artístico do pai, que era músico e acabou entrando na política por influência da família. "Meu pai nasceu em uma família de políticos, mas na verdade era músico. Essa era a grande paixão da vida dele", disse Juliana.

O vereador do Rio Leonel Brizola Neto (PDT) ressaltou que o pai sofreu muito durante o período da ditadura militar, quando o avô Leonel Brizola foi obrigado a se exilar, para escapar da perseguição dos militares que tomaram o poder no país. "Meu pai sofreu as agruras de uma ditadura militar duríssima, que machucou muito a família. Ele viu toda a perseguição ao pai dele, que não podia voltar ao próprio país, o que deixou cicatrizes para a sempre", destacou o vereador.

O corpo do ex-deputado José Vicente será cremado e as cinzas levadas para o mausoléu da família Goulart, em São Borja (RS), onde também estão sepultados o ex-presidente João Goulart e o ex-governador Leonel Brizola. Entre as inúmeras coroas de flores colocadas à entrada do velório, estava uma enviada pela presidenta Dilma Rousseff.
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sábado, 29 de dezembro de 2012

Contraponto 10.108 - "Jornalismo à moda de Al Capone "

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29/12/2012

Jornalismo à moda de Al Capone 

 

Do Esquerdopata 29/12/2012

Leandro Fortes, no Facebook


O que é mais incrível não é a Folha de S.Paulo mandar uma repórter “enviada especial” a Goiânia para cobrir o casamento de um mafioso com uma mulher indiciada por chantagear um juiz federal para tirá-lo da prisão, e sequer citar esse fato.

Carlinhos Cachoeira, vocês sabem, tem trânsito livre na imprensa brasileira.


Dava ordens na redação da Veja, em Brasília, e sua turma de arapongas abastecia boa parte das demais coirmãs da mídia na capital federal.


Andressa, a noiva, foi indiciada por corrupção ativa pela Polícia Federal por ter tentado chantagear o juiz Alderico Rocha Santos.


Ela ameaçou o juiz, responsável pela condução da Operação Monte Carlo, com a publicação de um dossiê contra ele. O autor do dossiê, segundo a própria? Policarpo Jr., diretor da Veja em Brasília.


Mas nada disso foi sequer perguntado aos pombinhos. Para quê incomodar o casal com essas firulas, depois de um ano tão estressante?


O destaque da notícia foi o mafioso se postar de quatro e beijar os pés da noiva, duas vezes, a pedido dos fotógrafos.


No final, contudo, descobre-se a razão de tanto interesse da mídia neste sinistro matrimônio no seio do crime organizado nacional.


Assim, nos informa a Folha:

“Durante o casamento, o noivo recusou-se a falar sobre munição que afirma ter contra o PT: ‘Nada de política. Hoje, só falo de casamento. De política, só com orientação dos meus advogados’.”


É um gentleman, esse Cachoeira.


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Contraponto 10.107 - "Dirceu: Judiciário não é Poder absoluto."

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29/12/2012

Dirceu: Judiciário não é Poder absoluto.

Foi uma farsa !

Roxin reafirmou o ululante: para condenar, há que haver provas!


Do Conversa Afiana - Publicado em 29/12/2012 
Do amigo navegante Paulo de Tarso Genro, conforme noticiou a Folha (*),

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/86182-dirceu-diz-que-2012-foi-o-ano-da-farsa-juridica-e-midiatica.shtml


O ano da conclusão de uma farsa, por José Dirceu



O ano de 2012 entrará para a história do Brasil como o de concretização de uma farsa político-jurídica e midiática elaborada e montada com o objetivo maior de, por vias indiretas, atingir o projeto de desenvolvimento do país iniciado com a chegada do companheiro Lula à Presidência da República.


Um projeto que, hoje, bem consolidado e conduzido pela presidenta, Dilma Rousseff, ameaça os antigos detentores do poder porque desarticula as perversas desigualdades sobre as quais esses velhos governantes estruturaram seu domínio sobre as vontades populares.


Sustentados nos meios de comunicação, poder sob forte monopólio e ainda controlado pelas velhas oligarquias, avocaram para si a pretensa prerrogativa de ser voz da opinião pública nacional e passaram a pressionar o Poder Judiciário para que este exibisse ao país a prova incontestável de que a era da impunidade acabou.


E esse marco só teria lugar se o julgamento da Ação Penal 470, apelidada de Mensalão como parte dessa estratégia, resultasse em um desfecho pré-conhecido: a minha condenação como mentor de um inexistente esquema de compra de votos no Congresso Nacional.


Fortemente pressionado — afinal, já no recebimento da denúncia se sabia que o STF (Supremo Tribunal Federal) decidira “com a faca no pescoço”—, o tribunal maior do país não resistiu e sucumbiu.


Trilhou o caminho do julgamento eminentemente político, mesmo sendo uma Casa eminentemente técnica, ainda mais em questões penais.


Tal escolha impede o fortalecimento dos princípios constitucionais fundamentais, o que se daria com o sopesar dos direitos e garantias legais do Estado e dos cidadãos, no lugar de um julgamento em que se aceitou condenar sem provas.


Soou ser mais importante dar uma explicação à “opinião publicada” — não qualquer explicação, mas a única esperada, a condenação. Como se a impunidade não estivesse presente em justas absolvições.


Nessa esteira, cometeu-se toda a sorte de inovações jurídicas: do ineditismo de um julgamento com dezenas de réus sem a possibilidade de duplo grau de jurisdição à utilização parcial de uma teoria jurídica para a dispensa de provas, na qual o próprio autor apontou equívocos de interpretação em sua adoção.


Os vários réus julgados coletivamente, ainda que com direito a outros foros, serviam à composição de um julgamento complexo, ampliando os espaços para decisões contraditórias e imprecisas, em que o ônus da prova cabia ao acusado, não ao acusador. Foi o que se viu.


As poucas vozes dissonantes que tinham espaço na grande mídia não hesitaram. “Dado que uma das peculiaridades do julgamento foi o valor especial das ilações e deduções, para efeito condenatório”, escreveu o colunista Jânio de Freitas, que pautou suas intervenções nas ponderações sobre o que se estava ocultando no processo.


Em inúmeras outras manifestações públicas, a data e o cronograma do julgamento foram criticados, por concorrerem, influírem e serem influenciadas pelo processo eleitoral em curso.


Marcar o julgamento para o mesmo período que as eleições? A cautela e o desejo de isenção recomendariam ou antecipação, ou adiamento, para insular a Corte. Mas não: subverteu-se o bom senso para afirmar que a opção só reforçava o caráter isento que o julgamento deveria ter.


O comportamento do relator da AP 470 também foi aqui e ali criticado, muitas das vezes pelos próprios colegas, como se fosse sua visão “a única verdade possível”, ou como se o resultado do juízo feito por um colegiado não devesse ser alvo de contraditórios e divergências.


Forjou-se um herói nacional, não pelas massas e movimentos sociais, mas das letras e imagens midiáticas.


Assim, foi tratado com desprezo o fato de inexistir relação entre o voto parlamentar e o suposto ato da compra desse mesmo voto, pois isso derrubaria a tese central do chamado “Mensalão”.


Da mesma forma, preferiu-se fechar os olhos ao fato de que a natureza dos recursos utilizados na agência DNA Propaganda não era pública, contrariamente ao que propagou no decorrer do julgamento.


Foi menosprezado o documento do Banco do Brasil que nega o caráter público dos recursos, afinal, a Visanet é, de fato, uma empresa privada e multinacional, cuja sociedade é composta por 24 bancos.


Ademais, o BB é sócio minoritário, sem jamais ter aportado dinheiro na Visanet, o que desfaz a compreensão adotada pelo STF. Também se ignorou o fato de que uma auditoria pública feita pelo BB não encontrou irregularidades nas contas do fundo Visanet.


Mas o mais aviltante foi verificar a divergência na utilização da teoria do domínio do fato. Tal teoria, escolhida para me condenar sem provas, serviu para sustentar o argumento de que minha posição à época não permitia que se tivessem cometidos crimes sem meu conhecimento.


Isso aos olhos de parte dos ministros do STF, pois, para o autor dessa mesma teoria, o jurista alemão Claus Roxin, “o dever de conhecer os atos de um subordinado não implica corresponsabilidade” e “a posição hierárquica não fundamenta, sob nenhuma circunstância, o domínio do fato”, pois “o mero ter que saber não basta”.


Roxin reafirmou o ululante: para condenar, há que haver provas!


Costuma-se dizer que decisão judicial não se discute, cumpre-se. De fato, devem ser cumpridas, sob pena de caos institucional. Mas, sempre que se entender apropriado, devem ser discutidas. Contestadas, criticadas e, se possível, corrigidas. Pois é isso que faz toda instituição crescer e vicejar — inclusive o Judiciário, que não é um Poder absoluto.


Não será esta a primeira vez que minha fibra e a firmeza de minhas convicções e lutas serão postas à prova.


Já disse outrora que entrei e saí do governo sem patrimônio, sem praticar qualquer ato ilícito ou ilegal, seja na condição de dirigente do PT, seja na de parlamentar ou de ministro de Estado.


Minha condenação se dá sem provas e a má aplicação da teoria do domínio do fato não apagará isso.

 

Como nas vezes anteriores, seguirei lutando. Para provar minha inocência e para que sigam acesas as chamas dos ideais e sonhos que ajudei a construir, a compartilhar, a defender e a realizar, dentro e fora do governo.

 

Após o ano da concretização de uma farsa, que 2013 seja o ano do ressurgimento da verdade.

 

 

José Dirceu, 66, é advogado, ex-ministro da Casa Civil e membro do Diretório Nacional do PT.


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

Clique aqui para ler o Safatle: “Entrada de Ministro (Fux) no STF é opaca”.

Aqui para ler “STF é tribunal político: chega de ‘técnico

Aqui, “Gilmar, o ator do mensalão: Ban-co-do-Bra-sil !”, onde se prova que o dinheiro da Visanet não é público.

Aqui, “Lula vai para a rua em 2013”.

E aqui para ver que a “Dilma tem a ver com mensalao, sim !”.




Paulo Henrique Amorim


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