domingo, 30 de dezembro de 2012

Contraponto 10.111 - "STF é político (nos EUA). FHC garantiu a Privataria"

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30/12/2012


STF é político (nos EUA). FHC garantiu a Privataria



Do Conversa Afiada - Publicado em 30/12/2012

É inscrever nas Leis, de forma irreversível, o combate à desigualdade. Se não, “Brasil Carinhoso” vira bolero do Caetano Velloso, com letra do Nelsinho Motta.

Saiu na Folha

Sob Obama, Corte pode ter guinada liberal


Expectativa de renovação do principal tribunal dos EUA dará a democrata chance de indicar nomes progressistas

(…)
Com a aproximação da aposentadoria dos liberais Ruth Ginsburg, que completa 80 anos em março, e Stephen Breyer, 75 em agosto; do conservador moderado Anthony Kennedy, 77 em julho, e do conservador Antonin Scalia, 77 em março, o Supremo seria a parte mais duradoura do legado de Obama.

Navalha

 

Os colonistas (**) chamam a política externa independente do Nunca Dantes de “diplomacia de atabaques”- êpa ! êpa ! Isso cheira mal !, diria o Meraldo Pedreira.

Os colonistas (**) vira-e-mexe dão o exemplo dos Estados Unidos para mostrar que isso aqui é – como dizem eles – uma “cubata africana” – êpa, êpa, olha o Pedreira !

Aquilo lá é que é bom !

O ansioso blog vai concordar com os colonizados neste domingo de fim de ano.

De fato, lá é que é bom.

É mais fácil urubu voar de costas do que um presidente de centro-esquerda nomear para a Suprema Corte um juiz de centro-direita.

E vice-versa.

O supra-sumo do reacionarismo ultramontano, Scalia, foi nomeado por Reagan.

Seu clone, que segue religiosamente seus votos nas questões centrais, Clarence Thomas, foi nomeado por George Bush, o pai.

Clinton e Obama, em troca, só nomearam liberais (que, nos EUA, tem o sentido de “centro-esquerda”.)

Aqui, o Fernando Henrique, que sabe onde o tatu se esconde, tratou de garantir a retaguarda.

E nomeou Nelson Johnbim (que atacou “a diplomacia dos atabaques” com o embaixador americano), Ellen Gracie (autora da sumula vinculante “Dantas não é Dantas, mas Dantas”), e Gilmar Dantas (***).

Ou seja, FHC garantiu no Supremo a – provisória – liberdade dos Heróis da Privataria.

Inclusive, a dele próprio.
(Grifo do ContrapontoPIG)

 
(Breve, o Edu vai enviar uns exemplares da Privataria ao Presidente Barbosa, já que o brindeiro Gurgel nem agradeceu os exemplares recebidos. Um mal educado !)

Os presidentes Lula e Dilma cometeram o erro de ser “republicanos”.

E correm sério risco.

Deitar a perder todo o legado político.

O Supremo pode refazer o Bolsa Família – quem manda ser vagabundo ?, pergunta o Juiz demo-tucano;

O Brasil Carinhoso – a culpa é das mães, que tomam cerveja e não cuidam dos filhos;

O PAC – só vive empacado;

O pré-sal – a Chevron toca melhor;

O Pro-Uni – eles entram e depois não acompanham o ritmo dos outros;

Cotas raciais – só o que vale é o mérito;

Minha Casa Minha Vida – vai virar um BNH, porque não vão ter dinheiro para pagar a prestação;

Pronatec – forma pseudo-formados, que não servem pra nada;

Ciência sem Fronteiras – estudar no MIT é pra branco de olho azul . O resto é discriminado.

Etc etc etc.


Em meia duzia de julgamentos fulminantes, celebrados no PiG (****), a História do Brasil poderá não ver traço da passagem dos trabalhistas pelo poder.

(Como se sabe, a Gobo não ganha eleição. A Globo dá Golpe.)

E é por isso que os presidentes americanos asseguram o legado na Suprema Corte.

Como fez o FHC, que conhece as manhas da Metrópole.

O Supremo não é um tribunal técnico, como demonstrou em excelente artigo de Márcio Félix.

A Presidenta Dilma tem às mãos a possibilidade de corrigir o lamentável erro de escolher o Ministro Fux, que, como diz o Chico Campos, teve mais votos que os 92 mil do Genoino.

Ela pode, sim, fazer maioria no Supremo.

E inscrever nas Leis, de forma irreversível, as politicas de combate à desigualdade.

Do contrário, “Brasil Carinhoso” vira bolero do Caetano Velloso, com letra do Nelsinho Motta.

Em tempo: como lembra o Mauricio Dias, Hermes Lima e Evandro Lins e Silva foram fundadores do Partido Socialista Brasileiro. E dignificaram o Supremo. Não há ali, hoje, nenhum que a eles se compare.

Ambos, Hermes e Evandro, nomeados pelo grande presidente trabalhista ( e gaúcho) João Goulart.



Paulo Henrique Amorim




(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(***) Clique aqui para ver como eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele. E não é que o Noblat insiste em chamar Gilmar Mendes de Gilmar Dantas ? Aí, já não é ato falho: é perseguição, mesmo. Isso dá processo…

(****) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
 

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Um comentário :

  1. O alemão falou que isso acontece só em democracia de fachada,não seria isso mesmo?Estamos em uma democracia de fachada,alguem duvida?

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