segunda-feira, 30 de junho de 2014

Contraponto 14.136 - "Barbosa: caso único de juiz que dá cartão vermelho para si mesmo"


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30/06/2014 
 

Barbosa: caso único de juiz que dá cartão vermelho para si mesmo

Nesta terça feira Joaquim Barbosa preside sua última sessão antes de se mudar para Miami. Vai deixar saudade?
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Blog da Helena - 30/06/2014

barbosadedo.jpg

por Helena Sthephanowitz publicado 30/06/2014 13:53



Barbosa está às vésperas da aposentadoria, mas a maneira como passará para a História ainda será concluída

Na semana passada, o ministro e ainda presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, faltou ao julgamento dos recursos dos réus da Ação Penal 470, o chamado "mensalão". Foi mais uma de suas decisões políticas, apesar do cargo que ocupa não ser adequado a tal politização. Sabia que suas sentenças monocráticas – que ele decidiu sozinho – de impedir ou revogar direito ao trabalho externo de réus como  Delúbio Soares, José Dirceu, João Paulo Cunha e outros, seriam modificadas.

O próprio Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, representante da parte interessada na condenação, havia dado parecer favorável ao trabalho externo.

O resultado foi nove votos a favor do trabalho externo e apenas um contra. Até Gilmar Mendes, o ministro mais identificado com a oposição demotucana, votou a favor de respeitar os direitos dos apenados ao trabalho externo, conforme rege as leis e a jurisprudência.

Nesta terça feira (1), Joaquim Barbosa preside sua última sessão antes de se mudar para Miami. Vai deixar saudade? Em seus 12 anos como ministro do Supremo ele colecionou bate-bocas, discussões ríspidas, trocas de ameaças, ofensas e até um princípio de 'barraco'.

Marco Aurélio Mello foi um dos ministros que tiveram acaloradas discussões com Barbosa no Supremo. Em 2004, Barbosa chegou a chamar o colega para “resolver a questão fora do tribunal”. Já em 2008, após declarar não ser um “negro submisso”, Marco Aurélio disse que o colega era complexado.

Eros Grau, aposentado do STF em 2010, também foi alvo do estilo agressivo de Barbosa, e chegou até a abandonar uma sessão. No ano de 2008, um episódio quase terminou em violência, após Eros autorizar a soltura de um preso, Barbosa teve de ser contido ao partir para cima do colega, proferindo ofensas como “burro” e “velho caquético”. Teve que ouvir como resposta um irônico: “Para quem batia na mulher, não seria nada estranho que batesse em um velho também”.

Em discussões 'famosas' com o ex-presidente Gilmar Mendes, acusou publicamente: “Vossa excelência está na mídia, destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro” e completou: “Quando se dirigir a mim, não pense que está falando com seus capangas de Mato Grosso”. Em outra ocasião, ouviu: “Vossa Excelência tem complexo! Por isso que vive falando em República das Bananas!”.

O “rival” de maior destaque, foi Ricardo Lewandowski, com quem desde o início do processo do mensalão travou inúmeros debates, e contra quem, muitas vezes extrapolou para ofensas, como quando Barbosa, já no cargo de presidente do Supremo, acusou  Lewandowski de 'fazer chicanas'.
Após o fim do julgamento, Barbosa ainda revogou decisões de Lewandowski sobre o caso, causando desconforto entre os demais ministros do colegiado.

Magistrados, aliás, devem cumprir seu dever de julgar, usar seu saber jurídico para aplicar a lei, independentemente das turbas nas ruas, das pressões da mídia e de como votarão seus colegas. Então, por qual razão Barbosa fugiu ao dever de presidir a sessão que julgou o direito ao trabalho daqueles réus? Mesmo sendo voto vencido, seria uma oportunidade para ele, pelo menos, explicar e justificar suas decisões.

Talvez a resposta seja justamente suas decisões anteriores serem inexplicáveis e injustificáveis à luz do Direito, só encontrando explicação no exercício político de seu cargo. Logo, ou daria um voto pífio, evasivo, que não lhe traria holofotes, ou se embananava na hora de fundamentar melhor seu voto, com grande chance de produzir mais uma peça que entraria para o folclore dos meios jurídicos, pelos absurdos.

Semelhante a quando advogados recomendam o silêncio a seus clientes para não serem incriminados.

Além disso, havia sempre o risco de um deslize em caso de mais um eventual - e provável - bate-boca com os colegas de toga, deixando escapar intenções eleitorais por trás das sentenças extravagantes.

Para quem almeja entrar na carreira política candidatando-se a algum cargo em 2018, melhor evitar deslizes nesta hora, já que atos arbitrários pararam de trazer dividendos em forma de popularidade.

Já que estamos em plena Copa do Mundo, cabem metáforas futebolísticas para sua ausência ao julgamento. Barbosa é caso único de juiz que deu cartão vermelho para si mesmo.


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PITACO DO ContrapontoPIG

Descarga da latrina do STF vai funcionar amanhã.

Barbosa vai saindo de "fininho" durante o barulho da Copa. 

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Contraponto 14.135 - "Copa revela a mãe de todas as verdades incômodas: 'aqui jaz a grande mídia' "




Brasil 247 -
Esta Copa revelou como nenhum outro evento no país conseguiu até agora o caráter mesquinho, monopolista e partidarizado com que há muito vem atuando nossos principais veículos de comunicação

WASHINGTON ARAÚJO

Washington AraújoA essas horas um grego ainda amarga a dor de não fazer seu país avançar. Tudo porque errou seu pênalty. E fica esse ar de desilusão, esses tantos anos de treinamento intensivo, essa construção interminável de sonhos de campeão. Errou o que não podia errar. Das poucas coisas na vida que não há conserto esse é um deles: o pênalty que se perde depois da prorrogação, a distância que separa as oitavas das quartas-de -final de uma Copa do Mundo.

A essas horas, também, a pequenina Costa Rica se sente embalada pelos anjos dos estádios e poderá sonhar com novos desafios, novas vitórias. Venceu. E a história - sempre foi e sempre será assim - continuará sendo escrita pelos vencedores. E a seleção da Costa Rica, que começou desacreditada, zebra consumada, equipe a ser trucidada por qualquer seleção de seu grupo, todas campeàs do mundo, nos ensinou que muitas vezes a primeira coisa a dar errado é isso que chamamos de senso comum.

A nossa cultura perdoa muitas coisas, por exemplo, ouvir todo o repertório de besteirol do Ronaldo Nazário e do Jabor, continuar lendo Veja e dando audiência ao jornalismo da Globo, mas não perdoa quem bate um pênalty decisivo e erra. No sufoco do jogo do Brasil contra um vigoroso Chile (28/6) tivemos jogadores - Hulk e William - que se deram o luxo de bater e errar seus pênalties. Foi um luxo porque tinham em nosso gol ninguém menos que Julio Cesar. Mas não tinham, absolutamente, direito a esse luxo.

Desperdiçaram oportunidades de ouro em nossa longa e acidentada jornada rumo ao Hexacampeonato. Não tinham o direito de despejar o destino do Brasil em sua Copa na maestria, no tino, na arte, nas mãos e na sorte de nosso Julio Cesar, essa fênix que virou cinzas na despedida do Brasil na Copa da África do Sul (2010) e agora ressuscitou e alçou voo rumo à unanimidade nacional.

Mereceu, Julio Cesar. Huck e William deveriam ficar treinando pênalties como se fosse dízimas periódicas, e treinar até dormindo, pois nunca saberemos o que nos reservam as próximas 3 partidas em que poderemos vir a jogar. E cada um deles já chega com "menos 1 gol" a justificar.

Esta Copa revelou como nenhum outro evento no país conseguiu até agora o caráter mesquinho, monopolista e partidarizado com que há muito vem atuando nossos principais veículos de comunicação. Perderam de goleada em suas predições de que esta copa seria um rotundo fracasso: de público, de futebol, de infraestrutura. E deixou claras verdades incômodas, há muito suspeitadas e finalmente completamente comprovadas em grande estilo, em um Mundial que é motivo de elogios e regozijo em todo o planeta.

A seguir, destaco algumas dessas verdades incômodas:
Mesmo com toda a grande imprensa jogando contra a Seleção Brasileira, dia a dia, minuto a minuto, mesmo que aquela revista americana impressa no Brasil - Veja, dos Civita - continue fazendo cama de pregos para danar nossa Seleção.

Mesmo tendo de aturar Ronaldo Nazário destilando veneno gordo contra nossos canarinhos e comentaristas da CBN se revezando em ridicularizá-la segundo a segundo.

Mesmo observando o esforço descomunal de um combalido Arnaldo Jabor cavando pênalties para derrubá-la a torto e à direita.

Mesmo que exista toda uma equipe do UOL a lhes morder os ombros e tendo que aguentar aquela peça publicitária do Banco Itaú com cara de nota de R$ 3,00 agourando nossos craques.

Mesmo que Merval Pereira seja imortalizado por torcer contra o país, assumindo posto antes ocupado por Mãe Dináh no reino das furadas predições, e pareça incansável em seu característico odor nauseabundo de derrotismo ante a pujança nacional.

Mesmo que William Waack teime, desesperado como ele só, e com a boca torna e o indefectível sorriso cínico, em dar cartão vermelho no Jornal da Globo para nossa Seleção.

Mesmo que todos os salgadinhos de quinta categoria, capitaneados por coxinhas requentadas e recalcitrantes, inisistam em prever o desastre do Brasil - se não hoje, amanhã - seja na Copa, na economia, na educação ou na saúde. De tão infelizes e mal resolvidos na vida essa turma substituiu sua titânica pisada de bola do "Não Vai Ter Copa" por um anêmico e fadado ao fracasso "Brasil Não Vai Ser Campeão".

Mesmo com tudo isso, não titubeio e nem duvido bem por milionésimos de segundos que torço, grito, vibro e boto fé no Brasil, e dobro a aposta sempre, em sua seleção e em seu povo.

Nem somos melhores nem piores que qualquer outra das seleções que jogaram em nossas 12 cidades-sedes. Fato mesmo que se impõe é que as seleções ruins que vieram a essa Copa já foram recolhidas às suas casas: Espanha, Inglaterra, Portugal, Itália, Uruguai.

E depois de tudo, que possamos ouvir o apito final seguido por um catártico grito de O CAMPEÃO VOLTOU!

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Contraponto 14.134 - "As armas do Brasil para defender o pré-sal"

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30/06/2014

 

As armas do Brasil para defender o pré-sal


Conversa Afiada - Publicado em 30/06/2014

O vira-lata não sabe que o Brasil monta a sua Defesa e constrói uma indústria de Defesa.



O Domingo Espetacular exibiu por 22′ uma reportagem sobre o es-pe-ta-cu-la-r investimento que o Brasil realiza para se defender, dominar tecnologia de ponta e se tornar protagonista na estratégica indústria da Defesa.

Modestamente, a Record enfrenta temas que aquela emissora – sabe qual é ? – prefere evitar …

O submarino movido a propulsão nuclear – com enriquecimento made in Brazil – , os carros de combate Guarani desenhados no Exército, e os aviões de caça que serão construidos a quatro mãos com os suecos da Gripen, a Embraer e a Saab-Scania em São Bernardo do Campo.

O vira-lata dizia que não ia ter Copa. (Clique aqui para ler o que os jornalistas – estrangeiros – pensam da Copa das Copas).

O que não vai ter é vira-lata.

Em tempo: essa reportagem deve muito a conversas com José Genoino, um dos poucos políticos brasileiros que estudou a Defesa e seu papel estratégico no desenvolvimento – independente – do país. PHA


Paulo Henrique Amorim

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Contraponto 14.133 - "Dilma comemora 500 mil barris/dia no pré-sal. Rápido, porque já-já serão mais"

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30/06/2014

 

Dilma comemora 500 mil barris/dia no pré-sal. Rápido, porque já-já serão mais

Tijolaço - 30 de junho de 2014 | 13:22 Autor: Fernando Brito
500mil



Fernando Brito 

A Presidenta Dilma Rousseff participa, amanhã, na Petrobras, de um comemoração pelo atingimento da marca da extração de 500 mil barris de petróleo do pré-sal brasileiro.

É bom a Presidenta andar rápido, porque não apenas a marca foi atingida semana passada (520 mil barris num único dia) como, também porque, nos próximos dias, será ligado o  poço 7-LL-22D-RJS no campo de Lula Nordeste, o primeiro dos três que, até o final de setembro, estão produzindo no navio-plataforma Cidade de Paraty.

A produção vai passar, com ele, de 550 mil, num cálculo bem conservador, já que os poços daquele campo estão produzindo perto de 30 mil barris diários.

Até o final do ano, estaremos bem perto da marca de um milhão de barris diários, com a entrada de poços que estão por ser conectados.

Certamente acima dos 750 mil barris diários previstos e chegando aos 900 mil que marcam o triplo da produção com que iniciamos 2014.

E isso não tem Libra, não tem Franco (agora chamado de Búzios) que são os megacampos que começam a operar na segunda metade desta década.

O perfil da exploração de petróleo no Brasil está mudando e só início do pré-sal – são apenas sete anos desde a descoberta, o que é nada em exploração de petróleo – já representar, no final de 2014, a metade de tudo o que havíamos conseguido em 60 anos de Petrobras.

A Bacia de Campos, a nossa maior reserva antes do pré-sal, levou 26 anos, desde sua descoberta, em 1974, para chegar à marca de um milhão de barris diários.

A Petrobras também terá de mudar, por isso.

Cada vez mais terá de ser uma empresa focada em campos de médio, grande e imensa capacidade e em áreas com potencial crescente de produção, ou seja, as novas fronteiras.

Cada vez mais , por isso, precisará ampliar seu esforço em tecnologia e na criação de uma cadeira de suprimento – de equipamentos e profissionais – local e capacitadíssima.

A Petrobras não é negócio para ser avaliado com a alma de “10% ao mês” com que o Coronel Ponciano de Azeredo Furtado, genial criação de José Cândido de Carvalho em seu O Coronel e o Lobisomem definia os gerentes de banco, ou “tamboretes”, como ele dizia.

É para almas de quem, como ele escreveu, as tem  ”altas, em feitio de palmeira”.

É por isso que o pessoal dos “tamboretes” e do “10% ao mês” de nosso jornalismo econômico não entende o que se passa e “come-mosca”, graças a Deus, de termos incorporado à nossa empresa o maior campo de petróleo do século 21, como fizemos semana passada.

É que os tamboretes são muito baixinhos e não lhes permitem olhar o horizonte e o futuro, só o balancete do trimestre.

É onde suas almas alcançam.

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|Contraponto 14.132 - "Outro legado da Copa"

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30/06/2014 

Outro legado da Copa


Carta Maior - 25/06/2014

Laurindo Lalo Leal Filho



Além de estádios, aeroportos e alguns novos serviços de transporte, a Copa deixa outro legado: a certeza de que precisamos ampliar a liberdade de expressão.

Além de estádios, aeroportos e alguns novos serviços de transporte, a Copa do Mundo no Brasil deixa um outro grande legado: a certeza de que precisamos ampliar a liberdade de expressão no país.

Restrita a alguns jornalões diários, a revistas semanais monocórdicas (com exceção da Carta Capital) e a um conjunto oligopolizado de emissoras de rádio e TV, a informação homogênea, já denunciada há muito tempo pela mídia alternativa, tornou-se cristalina nesta Copa.

A revista semanal de maior tiragem chegou a anunciar que devido ao ritmo das obras dos estádios o Brasil só teria condições de realizar a Copa em 2038. Mas não foi só ela que vendeu essa mentira ao brasileiros. Foi a mais descarada, sem dúvida, não contando no entanto com o privilégio da exclusividade.

Basta consultar os jornais ou conseguir acesso aos telejornais dos últimos anos para constatar que todos rezaram pela mesma cartilha. O objetivo era desacreditar da capacidade do governo brasileiro em oferecer as condições necessárias para a realização de um evento desse porte.

A expressão “imagina na Copa” foi uma das mais ouvidas em aeroportos, rodoviárias, avenidas e estradas congestionadas e até em filas de bares e restaurantes, nos últimos tempos.  Refletia a expectativa negativa criada pela mídia em torno do evento.

O clima ruim propagado dessa forma se alastrou mundo afora. Equipes estrangeiras de jornalistas baseadas no Brasil são raras. Na maioria dos casos a cobertura do pais é realizada por apenas um correspondente que se pauta, invariavelmente, pela mídia nativa.

Deu no que deu. Até uma Brazuca (bola oficial desta Copa) incandescente  se aproximando como um meteoro mortal sobre o Rio de Janeiro ilustrou a capa de uma revista alemã. O Brasil era um perigo para quem por aqui se aventurasse neste 2014. Governos de alguns países alertaram seus cidadãos para esses riscos.

Tentava-se destruir em pouco tempo todo o esforço empreendido pelo governo brasileiro, a partir de 2002, para fazer do pais um ator respeitado, não apenas pelas transformações que operava internamente, mas também por sua seriedade e capacidade de ação política no cenário internacional.

Basta lembrar o protagonismo de Brasília, ao lado do governo turco, ao alinhavar com o Irã um acordo nuclear estimulado e depois boicotado pelos Estados Unidos.

Há uma cena impagável no filme “Habemus Papam”, do diretor italiano Nanni Moretti, quando após a morte do Papa o seu sucessor (representado pelo excelente Michel Piccoli) reluta em assumir o posto. Um dos cardeais, desesperado com a demora, alerta que daquele jeito logo o presidente do Brasil estaria por lá para ajudar a encontrar uma solução.

Ao que tudo indica, no entanto, lá como cá, a população não foi na onda da mídia. Estádios, ruas e praças estão lotadas, nunca houve tantos turistas circulando pelo Brasil ao mesmo tempo como nestes dias. Talvez pudessem ter vindo mais, não fossem os fantasmas plantados pela mídia.

Até a critica de que o ex-presidente Lula exagerou ao propor à FIFA um número maior de cidades-sede para a Copa foi por água abaixo. Todas estão dando conta do recado. Só é lamentável que cidades como Belém ou Florianópolis tenham ficado de fora. Em vez de 12 poderiam ter sido 14 ou quem sabe 16.

Diante de tudo isso os meios de comunicação farão auto-crítica ou serão responsabilizados pelas perdas causadas ao país? Claro que não. Basta ver que a torcida contra não desapareceu. Pequenos incidentes, comuns a qualquer grande evento, seguem tendo destaque. Para não falar da mesma revista, antes mencionada, que soltou a manchete: “Só alegria até agora”. O “até agora” é  revelador da intenção.

Ao transitar das questões estritamente políticas para as político-esportivas a mídia tradicional deu uma contribuição importante para a revelação a um público mais amplo do seu papel disseminador de um pensamento único, antagônico aos interesses da ampla maioria da população brasileira.

Tiragens de jornais e revistas em queda, audiências de telejornais despencando são as respostas do público, cada vez mais consciente de que, por esses meios, não escapa do pensamento único.

Como através do mercado não há solução para o problema, ao contrário, ele só joga a favor da concentração da propriedade dos meios, resta a saída única da presença do Estado, regulando a comunicação para ampliar a liberdade de expressão.

A consciência dessa necessidade por camadas cada vez mais amplas da população é, sem dúvida, um dos maiores legados da Copa das Copas.

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Contraponto 14.131 - "Um milhão de pessoas empregadas no Nordeste"

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30/06/2014 
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PESQUISA DO IBGE

  Um milhão de pessoas empregadas no Nordeste


Jornal O Povo - 30/06/2014 

A Região Nordeste registrou o melhor desempenho regional na pesquisa de emprego do IBGE, com um milhão de novos empregos. Resultado é três vezes maior do que na Região Sudeste
 

 
FÁBIO LIMA
O setor de comércio, tradicionalmente, é um dos que mais emprega em todo o Brasil

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Desempregado há oito meses, Renan Oliveira, 28, de Salvador (BA), conseguiu um trabalho em janeiro numa loja de móveis e eletrodomésticos. O vendedor soma-se ao um milhão de pessoas que se ocuparam no Nordeste no primeiro trimestre, região que sustentou o crescimento do emprego em nível nacional.

O número de ocupados no Nordeste subiu 4,9% ante os três primeiros meses de 2013. É o melhor desempenho regional. No Sudeste, as contratações cresceram apenas 0,8% (312 mil pessoas, ou cerca de um terço das vagas abertas no Nordeste). Na média nacional, a alta foi de 2%.

Compilados pela reportagem, os números são da Pnad Contínua, primeira pesquisa sobre mercado de trabalho do IBGE em todo o País - cuja coleta de dados do segundo trimestre já sofre por causa da greve do instituto que perdura há um mês.

A pesquisa não traz ainda informações por setores nem de rendimento, indicadores previstos para 2015. Mas outros levantamentos indicam, por exemplo, que as vendas de comércio e serviços, que empregam proporcionalmente mais, vão melhor na região.

Já o Sul (alta de 0,8% na ocupação) e Sudeste, mais industrializados, sentem mais a crise do setor fabril e a consequente retração do emprego. A construção civil também vive melhor fase no Nordeste.

Para Fernando de Holanda Filho, economista da FGV, o Sudeste e o Sul beneficiaram-se mais do boom do emprego pós-crise de 2008/2009.

“Agora, a crise na indústria e a saturação do mercado de trabalho são hipóteses do desempenho mais fraco dessas regiões, que contrataram muito ao longo dos últimos anos, apesar do fraco crescimento da economia.”

A Pnad Contínua também, diz, mostra que o emprego vai melhor fora das regiões metropolitanas. Tal efeito é potencializado no Nordeste. (da Folhapress)

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Contraponto 14.130 - "A desinformação antes da Copa e nas eleições, por Ricardo Melo"

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30/06/2014 

 

A desinformação antes da Copa e nas eleições, por Ricardo Melo


Da Folha

Se com a Copa foi assim, imagine doravante, quando está em jogo o cargo mais importante da República.
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Ricardo Melo
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Poucas vezes viu-se tamanha desinformação como antes desta Copa. A previsão era dantesca. Caos nos aeroportos, estádios incompletos, gramados incapazes de abrigar jogos de várzea, tumulto, convulsões sociais, epidemias. Os profetas do caos capricharam: alguns apostaram que as arenas só ficariam prontas após 2030. Só faltou pedirem à população que estocasse alimentos em face da catástrofe.
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Diante de um cenário diametralmente oposto, os mensageiros do apocalipse ensaiam explicações. A principal é a de que a alegria do povo brasileiro suplantou a penca de problemas que estava aí, a olhos vistos, e ninguém queria enxergar. Desculpa esfarrapada.
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Se é inquestionável que os brasileiros têm uma tradição amistosa, ela por si só não ergue estádios decentes, melhora aeroportos, acomoda milhares de turistas e garante acesso aos locais das partidas. Problemas? Claro que houve, mas infinitamente menores do que os martelados pela imprensa em geral. Muita gente mentiu, ou, no mínimo, não falou toda a verdade --o que em geral dá no mesmo.
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Durante um tempo quase infinito, os brasileiros foram vítimas de uma carga brutal de notícias irreais. Se tudo estava tão atrasado e fora dos planos, como a Copa acontece sem contratempos maiores do que os de outros eventos do gênero? Talvez o maior legado deste choque entre fantasia e realidade seja o de que, acima de tudo, cumpre sempre duvidar de certas afirmações repetidas como algo consumado.
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A profusão de instrumentos de informação atual, ainda bem, oferece inúmeras alternativas para que opiniões travestidas de certezas sejam postas à prova. Mais do que nunca, desconfiar do que se ouve, assiste e lê é o melhor caminho para tentar, ao menos, aproximar-se do que é real.
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No final das contas, é bom que essa distância entre versão e fato tenha ficado escancarada num ano eleitoral. Se com a Copa foi assim, imagine doravante, quando está em jogo o cargo mais importante da República. A enxurrada de algarismos para mostrar um país à beira do abismo ocupa boa parte do noticiário "mainstream". Na outra ponta, estatísticas de toda sorte surgem para falar o inverso. Quem tem razão?
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Nessa hora, o decisivo é avaliar como está a vida do próprio cidadão e como ela pode ficar se vingar a proposta de cada candidato. O mais difícil, como sempre, é descobrir se estes têm coragem de dizer o que realmente pretendem realizar.
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ME SUGA QUE EU TE SUGO
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O ciclo de convenções partidárias dá uma ideia do nível da campanha pela frente. A convenção do PSB de Campos e Marina elegeu como lema tirar o país do "atoleiro". Antes disso, porém, seria preciso tentar resgatar a própria legenda do lodaçal. Anunciado como terceira via, o acordo entre Campos e Marina até agora não exibiu nada de diferente da velha política que dizia combater. Mas suas alianças país afora parecem autoexplicativas.
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Já a convenção estadual paulista do PSDB seria apenas cômica, não fosse ainda mais cômica. O ponto alto, se é que houve algum, foi o discurso do candidato à Presidência Aécio Neves. Ao se referir ao PT, ele disse: "Infelizmente, a vitória para eles não significou apenas uma oportunidade de exercer uma proposta de poder mas a possibilidade de ascensão econômica."
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O impressionante é que ele não ficou sequer ruborizado, embora seu partido acoberte pessoas como Robson Marinho, para citar apenas São Paulo, e outros tantos que enriqueceram na base da rapinagem do dinheiro do povo. Bem, tudo se pode esperar de quem outro dia recomendou a eventuais futuros aliados hoje no governo federal: "Vão sugar um pouco mais. Façam isso mesmo: suguem mais um pouquinho e depois venham para o nosso lado". De preferência com a mala cheia.
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Contraponto 14.129 - A mídia e a Copa


 30/06/2014


 https://www.youtube.com/watch?v=lIM3og3nojo#t=16


Do Facebook



Contraponto 14.128 - "Papa: comunistas são os cristãos não assumidos"

CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O papa Francisco, cujas críticas ao capitalismo desenfreado levaram alguns a rotulá-lo como marxista, disse em uma entrevista publicada neste domingo que comunistas tinham roubado a bandeira do cristianismo.

O pontífice, de 77 anos, deu uma entrevista ao Il Messaggero, um jornal de Roma, para marcar a festa de São Pedro e São Paulo, um feriado na cidade.

Ele foi questionado sobre um post no blog da revista Economist que dizia que ele soava como um leninista quando criticou o capitalismo e pediu uma reforma econômica radical.

"Eu só posso dizer que os comunistas têm roubado a nossa bandeira. A bandeira dos pobres é cristã. A pobreza está no centro de o Evangelho", disse ele, citando passagens bíblicas sobre a necessidade de ajudar os pobres, os doentes e os necessitados.

"Os comunistas dizem que tudo isso é comunismo. Claro, vinte séculos mais tarde. Então, quando eles falam, pode-se dizer: 'mas então você é cristão'", disse ele, rindo.

Desde sua eleição, em março de 2013, Francisco tem frequentemente atacado o sistema econômico global como sendo insensível aos pobres e não fazer o suficiente para compartilhar a riqueza com aqueles que mais precisam.

No início deste mês, ele criticou a riqueza feita a partir de especulação financeira como intolerável e disse que a especulação com commodities era um escândalo que comprometeu o acesso dos pobres aos alimentos.

(Por Philip Pullella)
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Contraponto 14.127 - " Que Brasil você quer? "

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30/06/2014

 Que Brasil você quer? 

 

Rafael Patto do facebook 30/06/2014


Que Brasil você quer? O Brasil do psdb, que não confia em si mesmo, que acha que a única coisa que os brasileiros devem fazer na vida é baixar a cabeça e pedir desculpas para o mundo, ou o Brasil do PT, que teima, que acredita, que não desiste, que se supera e surpreende o mundo todo?

Com o psdb é assim: autodesprezo, autoflagelação, baixa auto-estima, derrotismo antes da hora. Pelas palavras do senador tucano, em 2011, só faltou dizer que organizar uma Copa do Mundo não é para o nosso bico. Deveríamos "nos colocar no nosso lugar", que para os tucanos é o lugar dos incapazes, dos inferiores, dos subalternos. 

Com o PT é diferente. Os governos do PT acreditam no povo brasileiro e investem no nosso país. O PT transformou o Brasil num país em desenvolvimento. Com o psdb, nós seríamos eternamente o subúrbio do mundo.

O que restará aos derrotistas mal-amados daqui pra frente? Será que alguém ainda vai arriscar um “NãoVaiTerOlimpíadas” para daqui a dois anos tomar outro tapa na cara?


#TáTendoCopa #CopaDasCopas #NãoVaiTerSegundoTurno #DilmaDeNovo

Que Brasil você quer? O Brasil do psdb, que não confia em si mesmo, que acha que a única coisa que os brasileiros devem fazer na vida é baixar a cabeça e pedir desculpas para o mundo, ou o Brasil do PT, que teima, que acredita, que não desiste, que se supera e surpreende o mundo todo?

Com o psdb é assim: autodesprezo, autoflagelação, baixa auto-estima, derrotismo antes da hora. Pelas palavras do senador tucano, em 2011, só faltou dizer que organizar uma Copa do Mundo não é para o nosso bico. Deveríamos "nos colocar no nosso lugar", que para os tucanos é o lugar dos incapazes, dos inferiores, dos subalternos. 

Com o PT é diferente. Os governos do PT acreditam no povo brasileiro e investem no nosso país. O PT transformou o Brasil num país em desenvolvimento. Com o psdb, nós seríamos eternamente o subúrbio do mundo.

O que restará aos derrotistas mal-amados daqui pra frente? Será que alguém ainda vai arriscar um “NãoVaiTerOlimpíadas” para daqui a dois anos tomar outro tapa na cara?
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domingo, 29 de junho de 2014

Contraponto 14.126 - "Povo Brasileiro 10 X 0 Imprensa de Mercado"

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29/06/2014 

 

Povo Brasileiro 10 X 0 Imprensa de Mercado

 

 
Blog Palavra Livre - 29/06/2014
 

Por Davis Sena Filho
 

Vamos aos fatos: a imprensa de mercado e por isso meramente mercantil, bem como familiar, realizou durante anos e principalmente nos meses que antecederam a Copa do Mundo, neste ano, a campanha mais insidiosa, sórdida, infame e propositalmente mal humorada que se tem notícia no planeta.

Imprensa de negócios privados alguma, em qualquer país, mesmo a ter seus interesses políticos e econômicos, como as tem a daqui, efetivou um processo de baixa estima tão violento e desrespeitoso a um povo como o fizeram os jornalistas empregados dos grandes conglomerados privados de comunicação deste País.

As demonstrações recorrentes de caráter vira-lata dos coxinhas de classe média, da oposição dos tucanos do PSDB, de setores empresariais muito conservadores e dos magnatas bilionários donos da imprensa alienígena e corporativa prejudicaram a economia brasileira, além de manchar a imagem do Brasil no exterior.

E toda essa insensatez e espírito de porco teve um principal motivo: as eleições presidenciais de 2014. Por questões políticas, a imprensa-empresa de histórico golpista e mancomunada com os interesses do grande capital nacional e internacional realizou uma campanha tão perversa e irresponsável contra a Copa do Mundo, que passou a não se importar se evento de tal envergadura mundial o beneficiaria economicamente. Um absurdo.

O governo do PT responsável por conquistar a Copa e também as Olimpíadas para serem realizadas no Brasil trabalhou duramente para organizar os jogos. Investiu e deu todas as condições de logística para que a Copa se transformasse no que é, ou seja, um retumbante sucesso, que fez a imprensa que propagou a baixa estima e o ódio para que o Brasil fracassasse, reconhecer que errou e, por sua vez, teve de dobrar os joelhos, no que diz respeito ao sucesso da Copa.

Seria cômico se não fosse trágico, ou melhor, ridículo, ter de ver, ouvir ou ler inúmeros jornalistas obrigados a reconhecer que erraram. Só que tem um problema. Essa gente não errou de forma alguma, como um engenheiro, por exemplo, erra um cálculo matemático. O linchamento da Copa e dos Governos Trabalhistas de Lula e Dilma foi calculado, estudado e maldosamente repercutido em todas as mídias pertencentes aos magnatas bilionários de imprensa.

Quando, de repente, não mais do que de repente, sentado em uma poltrona e a ver o “âncora”, William Bonner, do Jornal Nacional, da Rede Globo, a apresentar uma “matéria” panfletária, a afirmar que a imprensa internacional é a responsável pelo sentimento de ódio, de desprezo e de rejeição à Copa, quase caí do assento onde me encontrava.

Fiquei a perguntar até que ponto chegaria a hipocrisia, o cinismo e a ausência de senso crítico dessa gente, que há séculos prejudica o Brasil e seu povo, sem o menor constrangimento e vergonha, além de ter enorme dificuldade para reconhecer seus erros, mesmo se tais erros, não verdade, são propositais e, evidentemente, “erros” forjados por causa dos interesses políticos e econômicos da Casa Grande.

Anteriormente ao “mea culpa” mequetrefe do Jornal Nacional, seus congêneres de outras emissoras, além de jornais familiares, a exemplo do Estadão, Folha e Zero Hora, já tinham reconhecido o sucesso retumbante da Copa do Mundo no Brasil. Porém, fica a pergunta que insiste em não calar: Quem vai pagar pelos prejuízos causados ao Brasil? Porque não é possível vir a público o senhor William Bonner, com a maior cara de pau, culpar a imprensa internacional pelo achincalhe sistemático contra o Brasil e o seu Governo quando até os recém-nascidos, os que saíram de um coma profundo e os mortos sabem que a imprensa burguesa e de péssima qualidade editorial é a maior responsável pelo complexo de vira-lata e pela imagem negativa do Brasil antes da Copa.

Agora, também, vem um executivo da famiglia Civita, dona da Abril e de um libelo de extrema direita cujo nome é Veja, conhecida também como a Última Flor do Fáscio, afirmar, como se fosse um ingênuo ou alienado — coisa que definitivamente tal ser não o é —, que "É bobagem tentar esconder ou inventar desculpas: muito melhor dizer logo de cara que a imprensa de alcance nacional pecou de novo, e pecou feio, ao prever durante meses seguidos que a Copa de 2014 ia ser um desastre sem limites. O Brasil, coitado, iria se envergonhar até o fim dos tempos com a exibição mundial da inépcia do governo. Deu justamente o contrário".

O autor dessas palavras conseguiu, enfim, dizer alguma coisa sensata, o que, definitivamente, não é o forte da Veja e da imprensa porta-voz da Casa Grande em geral. Este senhor é jornalista, atende pelo nome de José Roberto Guzzo, ocupa cargo de membro do conselho editorial da Abril e é um dos responsáveis pela linha editorial da Veja, que, evidentemente, não prima pela verdade, pelo jornalismo que se submete aos fatos. Compreende a sociedade que tal pasquim se transformou em um panfleto direitista que refuta a realidade, ou seja, os acontecimentos como eles o são.

Como assim, camarada Guzzo? A Última Flor do Fáscio em uma de suas edições de oposição ao Governo Trabalhista previu estádios prontos em 2038, e você apenas diz que “a imprensa de alcance nacional pecou de novo?” Nada disso: a imprensa-empresa é pecadora contumaz. Ela é viciada em pecados e sem conduz como se fosse uma sociopata.

A verdade é que ela o é, e finge que não sabe disso. Afinal sua vocação demolidora e que não mede consequências denota uma psicopatia que não condiz com a racionalidade e o senso crítico. Trata-se de uma imprensa autofágica, pois a Copa no Brasil só a beneficia, porque o sistema de comunicação privado e que odeia o Brasil não entrou com um vintém, no que tange aos investimentos em estádios, mobilidade urbana, aeroportos, transportes e logística turística. Mesmo assim não parava de dar tiros nos próprios pés.

Por causa de política, intolerância e preconceitos sociais e ideológicos, a imprensa burguesa não mediou esforços para boicotar e sabotar a Copa do Brasil e de seu povo. Ao contrário, virou seus canhões midiáticos contra o Governo Trabalhista e orquestrou uma das campanhas mais perversas e infames que eu já vi contra um evento de escala mundial e que, obviamente, vai trazer grandes benefícios ao Brasil em todos os campos de atividade econômica e política em âmbito internacional.

O legado da Copa é muita maior que o estrutural, porque a infraestrutura foi realizada e o pouco das obras que ainda não foram finalizadas, vão o ser, evidentemente. Os aeroportos estão ótimos. Eu sei disso, porque os frequento e vejo o que foi feito, apesar das mentiras da imprensa comercial e privada dona de um espírito de porco que realmente faz jus ao seu jornalismo de esgoto e desrespeitoso com a inteligência do povo brasileiro, que rapidamente abraçou a Copa e deu uma “banana” para a imprensa reacionária divorciada dos interesses populares.

A verdade é que tudo funcionou e o mundo se surpreendeu, porque se baseava nas informações deturpadas da irresponsável imprensa empresarial, que conspira contra o País, no mínimo, há 130 anos. Logo o Brasil, construtor de estádios desde a década de 1910 e que construiu o Maracanã, em 1950. O Brasil de gigantescas hidrelétricas, plataformas marítimas, pontes como a Rio-Niterói e que tem tudo, senão não realizaria a maior venda de patrimônio público de todos os tempos, em escala mundial. Ponto!

Obra vampiresca dos tucanos, que governaram sem projeto de País, pois, colonizados, subalternos, subservientes e de caráter pusilânime, recusam-se a pensar o Brasil e por isso tentaram desconstruir o Estado nacional, em prol de uma privataria para saciar a fome de poder e dinheiro dos países colonialistas e imperialistas, que elaboram estratégias que beneficiem o establishment, até porque eles são o próprio.
O PSDB, o DEM, o PPS e suas lideranças que governaram o Brasil como caixeiros viajantes e não como homens e mulheres de Estado foram e o são os maiores traidores da Pátria de nossa história. E estão soltinhos e a serem bajulados por uma mídia de direita, venal e golpista. A imprensa de negócios privados não errou. Apenas se deu mal, porque o tiro saiu pela culatra. Agora, vamos ao placar: Povo Brasileiro 10 X 0 Imprensa de Mercado. A Copa é do povo! É isso aí.
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Contraponto 14.125 - "Globo ataca Lula, mas leva troco. Do próprio Lula "

247 - O tiro saiu, novamente, pela culatra. Após uma palestra feita pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para dirigentes das Câmaras de Comércio de diversos países europeus (Eurocâmaras), na última terça-feira (24), o jornal O Globo tratou de fazer um levantamento mostrando o que chamou de "deslizes" feitos por Lula ao fazer uso de uma série de dados sobre a economia e o desenvolvimento social do Brasil nos últimos anos. A resposta à publicação da matéria veiculada neste sábado (28) veio rápida. Em nota, o Instituto Lula pontua que, agora, "o leitor do Globo ficou conhecendo pelo menos 13 dados que confirmam os avanços do Brasil nesse período", algo que sempre foi empurrado para debaixo do tapete.

Os pontos destacados por Lula durante seu encontro de 90 minutos com os empresários europeus foram ratificados e justificados um a um, rebatendo cada um dos supostos "enganos" citados pelo Globo. Estão ali, o aumento real de 72% no salário mínimo nos últimos 12 anos, o aumento do o investimento público em educação passou de 4,8% para 6,4% do Produto Interno Bruto (PIB), o incremento no fluxo de comércio externo, que passou de US$ 107 bilhões para US$ 482 bilhões por ano, entre outros dados socioeconômicos.

O instituto Lula, porém, reconhece que Lula teria cometido dois deslizes durante sua palestra como citado pelo Globo. Os erros encontrados estão em duas citações feitas pelo ex-presidente. No primeiro, Lula teria dito que 94% dos acordos sindicais dos últimos anos tiveram reajustes acima da inflação. Na realidade este índice é de 84%. Mas, caso sejam somados os acordos que incorporaram a inflação este indicador chega a 93,2%. O segundo "deslize" teria sido encontrado quando Lula disse que o Brasil é o segundo maior exportador de alimentos, quando na realidade seria o terceiro.
O Instituto Lula também aponta para deslizes que teriam sido cometidos pelo próprio Globo, mas sobre estes pontos, o jornal manteve a sua posição, sem levar em consideração os dados enviados para a realização da matéria.

Confira abaixo, na íntegra, a nota publicada pelo Instituto Lula ressaltando as contradições da matéria publicada pelo O Globo.

Num esforço para desqualificar Lula, jornal revela aos leitores 13 números que a imprensa tenta esconder

O jornal carioca publicou, sábado (28), reportagem que reproduz afirmações do ex-presidente Lula, feitas em palestra para dirigentes das Câmaras de Comércio dos países europeus (Eurocâmaras), na última terça-feira. O texto tenta desqualificar parte dos dados que Lula apresentou sobre o desenvolvimento econômico e social do país nos últimos anos.

Além de não alcançar seu objetivo, o jornal acabou publicando uma série de indicadores positivos sobre os doze anos de Governo Democrático Popular – que de outra forma não chegariam ao conhecimento de seus leitores. O leitor do Globo ficou conhecendo pelo menos 13 dados que confirmam os avanços do Brasil nesse período:

1) o salário mínimo teve aumento real de 72% nesse período;

2) o investimento público em educação passou de 4,8% para 6,4% do PIB;

3) o Prouni levou mais de 1,5 milhão de jovens à universidade;

4) a quantidade de brasileiros viajando de avião passou de 37 milhões por ano, para 113 milhões por ano;

5) a produção de automóveis no país dobrou para 3,7 milhões/ano;

6) o fluxo de comércio externo passou de US$ 107 bilhões para US$ 482 bilhões por ano;

7) o PIB per capita saltou de US$ 2,8 mil para US$ 11,7 mil;

8) a população com conta bancária passou de 70 milhões para 125 milhões;

9) as reservas internacionais do país, de US$ 380 bilhões, correspondem a 18 meses de importações, o que fortalece o Brasil num mundo em crise;

10) ao longo da crise mundial o Brasil fez superávit fiscal de 2,58% ao ano, média que nenhum país do G-20 alcançou;

11) os financiamentos do BNDES para a empresas têm inadimplência zero;

12) a dívida pública bruta do país, ao longo da crise, está estabilizada em torno de 57% (embora o jornal discorde desse fato)

13) há 10 anos consecutivos a inflação está dentro das metas estabelecidas pelo governo



O titulo da matéria é "Lula usa dados errados em palestra para empresários". No esforço para justificar o título, O Globo encontrou dois "deslizes", numa palestra que durou 90 minutos:

1) em 84% dos acordos sindicais realizados nos últimos anos foram obtidos reajustes acima da inflação, e não em 94%, como disse Lula. Somando acordos que incorporam o resultado da inflação, o índice sobe para 93,2%. No tempo do governo anterior, os sindicatos abriam mão de vantagens, e até do reajuste da inflação, para evitar mais demissões.

2) o Brasil é o terceiro maior exportador de alimentos do mundo, depois da União Europeia e EUA, de acordo com a OMC, e não o segundo, como disse Lula na palestra. O Globo lista separadamente os países da União Europeia por porto, o que faz da pequena Holanda o segundo maior exportador de alimentos do mundo. Ainda vamos chegar lá, porque nossa agricultura é a mais produtiva do mundo e o crédito agrícola passou de R$ 26 bilhões para R$ 156 bilhões em 12 anos.

A reportagem do Globo também cometeu seus "deslizes", mesmo tendo sido alertada com documentos oficiais apresentados por nossa assessoria:

1) O Brasil foi, sim, o 5º maior destino de investimento externo direto (IED) no mundo em 2013, conforme disse Lula. O dado correto consta do Relatório de Investimento Mundial 2014 da UNCTAD, divulgado em junho. Este relatório corrigiu a previsão anterior do IED no Brasil em 2013, que era de US$ 63 bilhões, quando na realidade foi superior a US$ 64 bilhões. O Globo reproduziu o dado errado, que deixava o Brasil na sétima posição.

2) O ajuste fiscal determinado pelo governo nos anos de 2003 e 2004 alcançou, sim, 4,2% do PIB, conforme Lula afirmou na palestra. Na verdade, foi de 4,3% em 2003 e 4,6% em 2004, de acordo com a metodologia adotada pelo Banco Central naquele período. O Globo adotou a metodologia atual, que exclui do cálculo o resultado das estatais, e acabou contestando uma verdade histórica.

3) O Brasil é, sim, a segunda maior economia entre os países emergentes, depois da China, como disse Lula. O PIB brasileiro em dólares correntes, de acordo com a Base de Dados Mundiais do FMI (junho 2014), é de US$ 2,242 trilhões, superior ao da Rússia (US$ 2,118 trilhões) e ao da Índia (1,870 trilhão). O Globo prefere usar o critério de paridade por poder de compra (PPP), que ajusta os preços internos de cada país, eleva o PIB da Rússia e triplica o da Índia. Mas uma plateia de investidores, como a da Eurocâmaras, não está interessada em comparar o custo da Coca-Cola em cada país: quer saber qual economia é mais forte em moeda internacional, e isso o PPP não informa.

4) A dívida pública bruta do Brasil está, sim, estabilizada em torno de 57% do PIB desde 2006, como afirmou Lula. O Globo tomou como base o indicador de 2010 para afirmar, equivocadamente, que "no governo Dilma a dívida bruta subiu". O ex-presidente estava se referindo ao período da crise financeira mundial. A dívida bruta era de 56% do PIB em 2006, subiu para 63% em 2009, primeiro ano da crise, e desde então oscila em torno dos atuais 57,2%. Isso é melhor visualizado no gráfico acima.

Todos cometem erros, como bem sabe O Globo. Apesar dos "deslizes" cometidos na reportagem de sábado, é muito importante que O Globo e outros jornais de circulação nacional passem a publicar os dados sobre os avanços sociais e econômicos do Brasil. Dessa forma, seus leitores terão acesso às informações necessárias para compreender como o e por que o Brasil mudou para melhor em 12 anos.

Assessoria de Imprensa do Instituto Lula
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Contraponto 14.124 - "Será que a juventude entendeu o que quiseram fazer com a Copa?"

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29/06/2014


Será que a juventude entendeu o que quiseram fazer com a Copa?


Um dia inesquecível

Será que agora a juventude entendeu o que a grande mídia tentou fazer com eles, especialmente os jovens que nunca haviam acompanhado uma Copa do Mundo, sequer pela TV?

Será que, depois de viverem as mais fortes emoções ao acompanharem uma partida de futebol, entenderam a importância de uma Copa em seu país de origem?

Será que verão de modo diferente a campanha de mais de dois anos feita pela mídia com o objetivo de impedir que tivessem essas experiências aqui, no Brasil, acompanhando, ao invés, uma Copa realizada em outro país (a Inglaterra, de preferência)?

Será que gostariam de não ter vivido a ansiedade, o medo, a angústia e a alegria do dia de hoje, que serão contadas e recontadas no futuro aos filhos e netos, os quais provavelmente nunca terão essa experiência única em suas vidas?

Será que esses jovens continuarão a cair em contos do vigário primários da grande mídia? Apoiarão o #NãovaiterOlimpíadas?

Depois do Pan-Americano, da Copa das Confederações e desta Copa do Mundo, já considerada a melhor de todos os tempos, será que eles entenderam a importância social, econômica e cultural de um país sediar eventos importantes do esporte?

Será que leram as matérias altamente elogiosas da imprensa estrangeira sobre o povo brasileiro (e não há recurso mais importante num país do que seu povo)?

Será que aprenderam a ler nas entrelinhas das manipulações da grande mídia e agora se tornarão mais espertos, evitando deixar em seu passado mais algumas centenas de posts, e-mails, comentários, tuítes e falas dos quais irão se arrepender, pensando "Meu Deus, mas como eu fui bobo..."?

Vem mais por aí. Há tempo para que aprendam. Mas que aprendam a tempo de não se proibirem experiências marcantes que outros povos já viveram e que o nosso povo, ao contrário do que defende a grande mídia, também merece viver.

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sábado, 28 de junho de 2014

Contraponto 14.123 - "Os verdadeiros desclassificados"

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 28/06/2014

Os verdadeiros desclassificados

Mais difícil que ganhar do Chile é ganhar dos “comentaristas”


Conversa Afiada - Publicado em 28/06/2014   


 De Silvio Sabá, no twitter


Conversa Afiada - Publicado em 28/06/2014    

Em tempo: e aquele “jenio” da ESPN que disse que o Chile ganhou o jogo e o Brasil a classificação ?
Vá explicar isso lá na Santiago que o …



Clique aqui para ler
“Dilma: PiG errou sobre a Copa     

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Contraponto 14.122 - "Das pérolas que escapamos (porque a Copa deu certo)"

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28/06/2014

Das pérolas que escapamos (porque a Copa deu certo)



Já tinham seu estoque de frases prontas sobre o caos, todas ao estilo 'Não disse', 'Bem que eu falei'. Mas deu certo e escapamos dessas imbecilidades.
 

Carta Maior - 27/06/2014 às 05:14


Emir Sader

Emir Sader

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Já tinham seu estoque de frases prontas, todas ao estilo “Não disse”, “Bem que eu falei”, “Eu sabia que ia dar nisso”, “Se tivessem me escutado”. Frases de tia gorda, como dizem na Argentina.

Mas deu certo, e desse benefício também gozamos: escapamos dessas imbecilidades. Não custa fazer a lista do que teriam sido as declarações dos vira-latas. Listo algumas, vocês completam.

“Com um governo assim, só poderia ter dado totalmente errada a Copa do Mundo.”

“Só quem não conhece trafego aéreo não sabia que o “caos aéreo ia se instalar nos aeroportos do Brasil.”

“A prepotência do governo, que não deu ouvidos às reclamações, fez com que o Brasil tenha passado a maior vergonha internacional da sua história.”

“Os estádios mais pareciam canteiros de obras. Como denunciamos, começou a Copa com estádios sem terminar. A incompetência do governo ficou evidente para o mundo.”

“O governo não deu importância às manifestações populares e o transporte nas cidades da Copa colapsou. Gente abandonada nas ruas, torcedores que compraram entradas e não puderam chegar aos estádios, um caos urbano.”

“O governo saiu ainda menor do que entrou na Copa.”

“É esse governo, que organizou essa Copa do Mundo, que quer se reeleger para seguir dirigindo o Brasil?”

“Foi um erro ter trazido a Copa para o Brasil. Com tantos problemas na educação, na saúde, fomos gastar essa dinheirama toda na Copa.”

“Todo mundo sabia que com a Copa as manifestações iam voltar com mais força ainda, o governo seria incapaz de contê-las e teríamos essas cenas de violência e de sangue pelas ruas das cidades da Copa, em todos os jogos.”

“Fracasso de organização, fracasso de público: estádios vazios durante quase todos os jogos da Copa.”

“A impressão que os estrangeiros se levam do Brasil é a pior possível. Bem que a mídia mundial prevenia para que não vissem. O próprio Ministério de Relações Exteriores da Alemanha preveniu a seus cidadãos para não virem. Muitos vieram, com a ilusão de que seus jogadores iam cantar o Hino do Bahia, que iam tomar chope com a Angela Merkel, que iam se divertir com o povo da Bahia. Ledo engano. Assaltos, violência, estupros, tudo o que se previa, aconteceu. A imagem do Brasil saiu mais arranhada ainda do Mundial.”

“O que será do turismo brasileiro depois desse show de desorganização, incompetência, falta de acolhida fraternal dos brasileiros, assaltos, roubos, durante o Mundial?”

“O mundo pôde confirmar in loco que a mídia brasileira tinha razão quando fazia denúncias sistemáticas sobre o desastre que ia ser o Mundial. A nossa mídia sai fortalecida na sua credibilidade e as vozes dissonantes e o governo, ainda mais enfraquecidos.”

 “Bem que o Ronaldo, com o seu discernimento para distinguir as coisas, disse: Vamos passar a maior vergonha e a Fifa, traumatizada, nunca mais vai querer fazer uma Copa no Brasil.”

“Mas os brasileiros vão derrotar a esse governo incompetente em outubro, para que o Brasil nunca mais passe essa vergonha.”

“Agora o mundo todo ficou sabendo porque nós combatemos sem tréguas  esse governo incompetente.”

“O povo gritou nas ruas: Não vai ter Copa. E não houve!”

“Dissemos tanto “Imagine na Copa”. E o descalabro foi tanto, que superou nossa imaginação.”



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 PITACO DO ContrapontoPIG

Globo e coxinhas estão calados.  Eles  sifu ...

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Contraponto 14.121 - " Dilma e a Copa: 'a imprensa nacional errou bastante' "

247 - A presidente Dilma Rousseff aproveitou a convenção nacional do PCdoB, que ocorreu ontem em Brasília, para fazer um desabafo em relação ao comportamento da imprensa brasileira na fase que antecedeu a Copa do Mundo de 2014.

"O Brasil está dando um show. Estamos mostrando para o mundo que tem um problema aqui e o problema é o seguinte: não é só a imprensa internacional que errou. A imprensa nacional também errou bastante, digo isso sem nenhum ânimo belicoso", disse ela.

Dilma também se referiu ao artigo de uma colunista da Folha, Mariliz Pereira Jorge, que disse ter se arrependido por embarcar na onda dos que previam caos na Copa (leia mais aqui). "Vi uma manifestação na internet de um grupo, uma mulher que dizia que era a Copa dos arrependidos, dos que não se prepararam para usufruir o que significa essa Copa, de não ter tirado férias, de não ter comprado ingresso, de não ter tomado providência para ir para às festas e participar desse clima maravilhoso", disse Dilma.

No discurso, também sobrou para o ex-jogador Ronaldo, que disse ter "vergonha" do Brasil, antes do início da Copa. "Estamos dando uma goleada descomunal nos pessimistas, nos que tinham complexo de vira-latas e naqueles que se envergonharam desse país maravilhoso. É neles que demos uma goleada e agradecemos ao povo brasileiro".

Ela, no entanto, não quis fazer prognósticos para a partida de hoje, entre Brasil e Chile. "Presidente não arrisca placar. Bate na madeira, onde tem madeira?".
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Contraponto 14.120 - "Mídia, mercado e PSDB fazem sabotagem contra Petrobras"


28/06/2014



Mídia, mercado e PSDB fazem sabotagem contra Petrobras


Escrevinhador - publicada quarta-feira, 25/06/2014 às 21:36 e atualizada quinta-feira, 26/06/2014 às 09:05



Por João Antônio de Moraes e Vagner Freitas*

Na terça-feira, 24, o governo da presidenta Dilma Rousseff deu um importante passo para a retomada da soberania nacional sobre uma das maiores reservas de petróleo do planeta, que é o pré-sal brasileiro. O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) autorizou a Petrobrás a explorar as reservas de óleo que excederem os cinco bilhões de barris que foram contratados em 2010 através de Cessão Onerosa feita pela União durante a capitalização da empresa. Trata-se de uma região, cujo potencial de produção pode ser superior ao do Campo de Libra: entre 9,8 bilhões e 15,2 bilhões de barris de óleo.

O mercado e as petrolíferas privadas queriam que as áreas excedentes fossem devolvidas à Agência Nacional de Petróleo (ANP) para serem licitadas. Mas a presidenta Dilma preservou o interesse nacional e contratou diretamente a Petrobrás para explorar essas reservas estratégicas, como prevê o Artigo 12 da Lei de Partilha. Em outubro do ano passado, a FUP e a Plataforma Operária e Camponesa para a Energia realizaram uma grande mobilização nacional para impedir o leilão de Libra, cobrando do governo que já utilizasse naquele momento esse dispositivo da Lei 12.351/2010.



Liderados pela FUP, os petroleiros realizaram uma greve sete dias, que virou símbolo de resistência e indignação contra a decisão equivocada do governo de dividir com as multinacionais o controle do maior campo de petróleo da atualidade. A luta não foi em vão. A pressão surtiu efeito e pela primeira vez nas últimas duas décadas, a Petrobrás voltará a ter o controle integral sobre áreas estratégicas de petróleo, que nos próximos anos deverão dobrar suas atuais reservas.

Isso não acontecia desde que o PSDB e o DEM acabaram com o monopólio da estatal, criando no governo Fernando Henrique Cardoso a Lei 9.478/1997, que concedeu às empresas privadas o controle sobre o petróleo brasileiro. Esse cenário só mudou em 2010, por pressão da FUP, da CUT, dos movimentos sociais e de outras centrais sindicais que historicamente lutam pela retomada do monopólio da Petrobrás. O governo Lula criou uma nova legislação para exploração e produção de petróleo e gás no pré-sal e em áreas estratégicas, instituindo o Fundo Social e a Petrobrás como operadora única.

Ao longo destes quase 20 anos de desregulamentação que os tucanos impuseram ao setor petróleo, mais de 50 operadoras privadas se instalaram no país, sem qualquer comprometimento com o desenvolvimento nacional. Além de precarizarem condições de trabalho e de agredirem o meio ambiente, as multinacionais não fizeram sequer uma encomenda à indústria local.

Foram os navios e plataformas contratados pela Petrobrás que recuperaram a indústria naval brasileira. Em função das encomendas realizadas pela estatal, nossos estaleiros voltaram a gerar empregos e investimentos, que antes do governo Lula eram canalizados para fora do país. O setor naval, que dispunha de apenas 2.500 trabalhadores em 2002, hoje emprega mais de 80 mil e deve contratar mais 20 mil operários nos próximos três anos.

Portanto, a reação negativa do mercado financeiro e da mídia à decisão do CNPE só confirma o que a FUP e a CUT já vêm denunciando há tempos: por trás dos ataques sistemáticos à Petrobrás estão os interesses eleitoreiros e comerciais dos setores do país que tudo fazem para impedir que a empresa continue cumprindo o papel estratégico no desenvolvimento nacional, principalmente após tornar-se a operadora única do pré-sal.

A sabotagem do mercado, derrubando as ações da única petrolífera do mundo que consegue dobrar suas reservas, evidencia ainda mais a campanha ostensiva contra a Petrobrás. O que está sendo questionado, portanto, é quem deve ser beneficiado pela riqueza gerada pelo pré-sal: o povo brasileiro ou as empresas privadas.

Essa é a disputa que coloca em lados opostos os que enaltecem o modelo de concessão, herdado dos tucanos, e aqueles que lutam por avanços no sistema de partilha, que devolveu à Petrobrás o monopólio na operação de campos estratégicos de petróleo e gás. Para a FUP e a CUT, petróleo é soberania e, portanto, deve ser controlado integralmente pelo Estado. Somente assim, os recursos gerados por essa riqueza poderão ser aplicados em políticas públicas que melhorem as condições de vida da população. Por isso defendemos uma Petrobras 100% pública.

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