quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Contraponto 6883 - "Imprensa, MP e Justiça: quem faz as denúncias?"

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.30/11/2011

Imprensa, MP e Justiça: quem faz as denúncias?


Ilustração do ContrapontoPIG

Do Blog do Kotscho - Publicado em 30/11/2011

Ricardo Kotscho

Com os malfeitos municipais (licitação do Controlar) e estaduais (contratos do Metrô) tomando nas últimas semanas o lugar dos casos federais que dominaram o noticiário durante todo o ano, deu para notar uma importante diferença na origem das denúncias.

No plano federal, quem toma a iniciativa das investigações, das denúncias e, às vezes, até dos julgamentos de ministros, é a imprensa, quer dizer, os principais veículos de comunicação do país, com interesses econômicos contrariados ou com medo do fantasma do "controle social da mídia".

A Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça vão a reboque do clamor da imprensa e dos partidos de oposição, tomando providências em função do noticiário e da opinião publicada (não confundir com opinião pública).

Já em São Paulo, dá-se exatamente o contrário. Tanto no plano municipal como no estadual, quem investiga, denuncia e julga são os orgãos competentes e é a imprensa que vai a reboque dos fatos, limitando-se a registrar o resultado das investigações policiais e dos inquéritos do Ministério Público.

O denuncismo seletivo e o tratamento diferenciado, oferecido principalmente pelos jornalões paulistas, acaba se refletindo também nas revistas semanais e nos telejornais de maior audiência, que só costumam repercutir e amplificar as denúncias contra o governo federal.

É verdade que a "Folha" foi quem levantou a lebre do contrato das obras de um trecho da Linha 5 do Metrô, ao provar que os vencedores da concorrência já eram conhecidos seis meses antes. Depois disso, porém, ninguém mais foi atrás do assunto, até que a Justiça determinasse a suspensão das obras e o afastamento do presidente do Metrô, que já voltou ao cargo.

No caso do estranhíssimo contrato da Prefeitura com o Consórcio Controlar (das empreiteiras Camargo Correa e Serveng) para inspeção de veículos, assinado em 2007 por Gilberto Kassab, dez anos depois da licitação feita ainda nos tempos de Paulo Maluf, a imprensa só se interessou pelo assunto depois que o Ministério Público terminou suas investigações e a Justiça tomou providências, decretando o bloqueio dos bens do prefeito.

O destaque dado no noticiário às denúncias contra ministros, que já levaram à demissão de cinco deles, é desproporcional aos valores e à natureza dos ditos malfeitos, se comparados aos prejuízos causados aos cofres públicos pelo Metrô (em torno de R$ 300 milhões nos cálculos do Ministério Público) e pela Controlar (os promotores calcularam o valor da ação em R$ 1 bilhão).

Não se trata de mensurar a corrupção, mas de questionar o tratamento desproporcional dado pela grande imprensa a casos de igual gravidade no governo federal, no estadual e no municipal.

Só os donos da mídia e seus prepostos não estão se dando conta de que, com a internet, não dá mais para ter este tipo de comportamento sem que todo mundo perceba. É isso que explica a crescente perda de freguesia e de credibilidade da velha mídia.

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Contraponto 6882 - "O desemprego na zona do euro"

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Do Radar Econômico

Na Espanha, metade dos jovens está desempregada

Sílvio Guedes Crespo

desemprego_jovens.JPG

Número do dia: numero_do_dia_138_80.JPG49%

É a taxa de desemprego entre jovens na Espanha



Desemprego na Europa está atingindo fortemente a população jovem, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Eurostat, o escritório oficial de estatísticas da região.

Enquanto a taxa geral de desocupação tem ficado em torno de 10% na zona do euro (em outubro, estava em 10,3%), entre os menores de 25 anos a proporção de desempregados está acima de 20% (21,4% na medição do mês passado). São 5,5 milhões de desempregados na União Europeia com menos de 25 anos, sendo 3,3 milhões deles na zona do euro.

Os jovens espanhóis são os que mais sentem o problema do desemprego, segundo o Eurostat. Praticamente metade deles (48,9%) está desempregada. Em Portugal, a taxa está em 30,4% (clique na imagem acima e veja mais dados).

Mesmo na França, segunda maior economia da zona do euro, o desemprego está alto entre jovens, atingindo 24,2%. De toda a Europa, apenas três países têm taxas abaixo de 10%: Alemanha, Holanda e Áustria.

Veja também:

Taxa de desemprego nos 27 países da União Europeia
número de desempregados nos mesmos países

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Contraponto 6881 - Secretaria-Geral da Presidência desmente site da Veja

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30/11/2011

Secretaria-Geral da Presidência desmente site da Veja


Do Viomundo - 30 de novembro de 2011 às 16:44

Da Liderança do PT na Câmara dos Deputados

A assessoria de Comunicação da Secretaria-Geral da Presidência da República desmentiu nesta quarta-feira (30) nota publicada ontem (29) pelo site da revista Veja, segundo a qual o ministro Gilberto Carvalho teria recebido um email, em fevereiro último, contendo denúncias a respeito de registro de um sindicato.

“O site afirma que uma revista semanal (Veja) mostrou que o ministro teria recebido o citado email. Essa afirmação é falsa. A publicação não teria como mostrar um fato que simplesmente não aconteceu”, diz a nota.

Foi com base nesta notícia falsa que o PSDB pediu na terça-feira a convocação do ministro ministro Gilberto Carvalho para falar à Câmara dos Deputados sobre denúncias da imprensa envolvendo supostas irregularidades no Ministério do Trabalho. A própria revista Veja desta semana traz o depoimento de um sindicalista de que teria comunicado irregularidades em comunicação enviada ao ministro, o que é desmentido na nota oficial.

A nota observa que nem a revista nem o PSDB tiveram o cuidado de consultar o ministro sobre o suposto email.

Leia a íntegra da nota:

“ Ao contrário do que publicou ontem (29/11) um site na internet, a Secretaria-Geral da Presidência da República não recebeu, em fevereiro deste ano, nenhum email dirigido ao ministro Gilberto Carvalho contendo supostas denúncias relativas ao registro de um sindicato em 2008.

O site afirma que uma revista semanal mostrou que o ministro teria recebido o citado email. Essa afirmação é falsa. A publicação não teria como mostrar um fato que simplesmente não aconteceu.

Os equívocos do site e da revista induziram ao erro deputados do PSDB, que apresentaram requerimento à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados para que o ministro comparecesse ao Legislativo para explicar um acontecimento inexistente.

Em nenhum momento nem o site ou a revista perguntaram à Secretaria-Geral da Presidência se o ministro recebeu o referido email.

Assessoria de Comunicação

Secretaria-Geral da Presidência da República

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Contraponto 6880 - "Presidenta Dilma vai discutir impactos da crise e desenvolvimento sustentável nos países da América Latina e Caribe"

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30/11/2011

Presidenta Dilma vai discutir impactos da crise e desenvolvimento sustentável nos países da América Latina e Caribe

Do Blog do Planalto - Quarta-feira, 30 de novembro de 2011 às 16:25 (Última atualização: 30/11/2011 às 16:30:20)

Viagens internacionais

A presidenta Dilma Rousseff participa nos dias 2 e 3 de dezembro, em Caracas, na Venezuela, da 3a Cúpula da América Latina e do Caribe sobre Integração e Desenvolvimento (Calc), que vai discutir o impacto da crise econômica nos países da região, a cooperação em projetos de infraestrutura e o desenvolvimento sustentável.

A Cúpula de Caracas também dará início ao funcionamento da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que contará com a participação de 33 países.

A cerimônia oficial de chegada da presidenta Dilma a Caracas está prevista para 15h30 (horário oficial de Brasília) de amanhã (1o). Em seguida, ela terá reunião bilateral com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

Na sexta-feira (2), a presidenta terá reuniões bilaterais com os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e da Argentina, Cristina Kirchner. Depois, participará da abertura oficial da 3a Calc e da sessão plenária. Um jantar oferecido pelo presidente Hugo Chávez encerra o primeiro dia da Cúpula de Caracas.

No sábado (3), último dia do encontro, serão realizadas duas sessões plenárias com a participação dos chefes de Estado.

A presidenta Dilma retorna a Brasília no fim da tarde.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a corrente de comércio do Brasil com os países da América Latina e do Caribe cresceu cerca de quatro vezes entre 2002 e 2010. O intercâmbio comercial com a América do Sul, América Central, México e Caribe atingiu, em 2010, US$ 78 bilhões. Até setembro de 2011, as trocas comerciais com a região alcançaram US$ 69 bilhões.

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Contraponto 6879 - "O canto do cisne"

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30/11/2011

O canto do cisne

Do Escrivinhador - publicada quarta-feira, 30/11/2011 às 10:42 e atualizada quarta-feira, 30/11/2011 às 10:42

Por Izaías Almada

A vida já me concedeu, como imagino que a muitos dos leitores também, ser testemunha de alguns fatos políticos importantes no Brasil e no mundo. Testemunhei, por exemplo, como outros milhares de compatriotas, e ainda menino, parte da campanha “O Petróleo é Nosso”, o suicídio de Vargas e a comoção nacional de seu suicídio, o governo desenvolvimentista e ousado de Juscelino Kubitscheck, o golpe civil/militar de 1964 contra o governo legal de João Goulart, o AI-5, a luta armada da esquerda revolucionária contra a ditadura, da qual participei.

Li sobre a emblemática revolução cubana e de seus heroicos líderes Fidel e Che, sobre o final da guerra da Coreia, sobre a invasão norte americana do Vietnã em substituição aos franceses, sobre Mao Tse Tung e a Guarda Vermelha, o Maio de 68 na França, a chamada primavera de Praga. Essa lista, dos anos 80 para cá, seria ainda enorme… E talvez até maçante para o leitor.

Embora ainda existam pessoas que pensem o contrário, o homem é um ser político por natureza. Toda sua ação é política, mesmo quando se diz apolítico ou se nega a reconhecer a política nas relações humanas. Não é por acaso que muitos, a mídia em particular, tentam cotidianamente despolitizar toda e qualquer questão relevante que diga respeito à luta daqueles que ainda acreditam numa mudança de rumos para o mundo em que vivemos. Despolitizar é criar confusão, insegurança, preconceitos. Despolitizar é dividir para continuar reinando.

O avanço e a sofisticação dos meios modernos de comunicação, e aqui o exemplo mais fascinante fica por conta da internet, obriga o homem contemporâneo a um exercício constante e atento de tudo que se passa à sua volta, sob pena de que se perca o sentido da civilização e assim nos afundarmos em poucas horas nas trevas da barbárie.

O propósito com que escrevo esses primeiros parágrafos é chamar a atenção do leitor para que, ao organizar sua agenda de informações, leve em conta não só a agilidade com que elas acontecem, mas também que deixe a sua sensibilidade e o seu espírito crítico funcionando como antenas de um momento histórico importante, polêmico, armadilhado com inúmeras falácias e – sobretudo – resvalando para o perigoso terreno de um fascismo revisitado. De um fascismo moderno, travestido de falsas opiniões científicas ou sustentado por uma democracia enganosa, de aparências, onde o cidadão comum tem a ilusão de que ao votar de quatro em quatro anos está exercendo a sua liberdade de escolha nos que “dirigirão” o seu país, o seu estado, a sua cidade. Ou que de fato todos exercemos livremente nossa liberdade de opinião e pensamento.

Dou aqui dois exemplos, um internacional e outro caseiro:

1 – O vergonhoso e criminoso plano de invasão do Iraque sob o pretexto de que aquele país possuía armas de destruição em massa. Provou-se que era tudo mentira fabricada nos escritórios da Cia e do Departamento de Estado norte americano. O mesmo esquema de dúvidas e mentiras parece agora estar sendo construído contra o Irã, sob o pretexto de aquele país tem intenções de fabricar armas nucleares. E se tiver? Os que acusam, em particular EUA, Inglaterra e Israel, não possuem armas nucleares em profusão? Uns podem e outros não? Por quais motivos?

2 – O ridículo e falsamente consciente vídeo gravado por menininhos e menininhas (algumas nem tanto) globais em oposição à construção da Usina de Belo Monte, aonde os argumentos sequer chegariam a empolgar uma discussão de bêbados de botequim, mas com o firme propósito de aproveitar aquilo que consideram a popularidade tele noveleira para dar credibilidade a argumentos falaciosos contra uma obra que ajudará o país a criar energia condizente para o seu desenvolvimento atual.

A mídia internacional e a nacional, em particular, movimenta-se no perigoso e delicado terreno da desinformação, da divulgação de meias verdades ou mesmo de mentiras, da tentativa de desmoralização daqueles que ainda ousam discordar das maravilhas do capitalismo ou daqueles que procuram criar alternativas ao desmantelamento lento, gradual e progressivo de um sistema econômico que já mais nada tem a oferecer à humanidade, a não ser o seu canto do cisne.

Izaías Almada é escritor, dramaturgo e roteirista cinematográfico, É autor, entre outros, dos livros TEATRO DE ARENA, UMA ESTÉTICA DE RESISTÊNCIA, da Boitempo Editorial e VENEZUELA POVO E FORÇAS ARMADAS, Editora Caros Amigos.

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Contraponto 6878 - "Exclusivo: Chevron "economizou" sapata e não cumpriu projeto de perfuração de poço que vazou"

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30/11/2011

Exclusivo: Chevron "economizou" sapata e não cumpriu projeto de perfuração de poço que vazou

Do Tijolaço - 30/11/2011

Postado por Brizola Neto e Fernando Brito


O gráfico da Chevron mostra uma única sapata, no revestimento de 13 3/8"


O vazamento de óleo para o mar do poço da Chevron aconteceu porque a empresa descumpriu o projeto de perfuração apresentado às autoridades brasileiras e não colocou, provavelmente por economia, uma sapata de cimento, que faria a vedação do poço a mais de dois mil metros de profundidade, o que evitaria que o petróleo sob pressão do reservatório atingido pela broca penetrasse nas camadas superiores da rocha e subisse para o oceano.

...tal como está previsto na página 40 do Estudo Ambiental...


O Estudo de Impacto Ambiental apresentado ao IBAMA, elaborado com base nas informações técnicas formuladas para o plano de exploração de Frade, entregue pela Chevron à Agência Nacional de Petróleo, prevê expressamente a instalação de duas sapatas e selagens para evitar a subida do óleo para o trecho superior da rocha.

A primeira sapata foi construída a cerca de 1800 metros de profundidade (e 567 metros abaixo do solo marinho), como previa o plano. Ela é a que foi mostrada pela própria Chevron, nos diagramas exibidos semana passada na Câmara dos Deputados. Foi logo abaixo dela, segundo a empresa, que o óleo penetrou pelas fissuras do solo marinho.




...sapata que, depois de testada, permitiria o furo de 12 e 1/4 polegadas


O que a Chevron não disse à imprensa, aos deputados e à sociedade é que deveria existir uma segunda sapata situada algumas centenas de metros abaixo daquela, capaz de sustentar a coluna de tubos de 9 5/8 polegadas e vedar o espaço entre estes tubos e a perfuração de 12 1/4 polegadas, impedindo a ascenção do petróleo por fora da tubulação.

Esta sapata – que seria também submetida, segundo o plano, a “testes de selo”, para verificar sua capacidade de vedação – simplesmente não foi construída.


...mas "desapareceu" a sapata, a vedação e o teste ao final desta fase


Veja no quadro do projeto apresentado pela Chevron que ela estaria situada entre 2050 a 2600 metros (a sigla TVDSS significa True Vertical Depth Sub Sea, profundidade real submarina) e deveria ser capaz de resistir a pressões súbitas (explosões) de mais de seis mil PSI, ou algo como 420 quilogramas-força por centímetro quadrado.

Esta sapata e a vedação jamais existiram, apesar

mesmo a Chevron tendo previsto que ela estaria entre 2050 e 2600 m...


de o poço já ter atingido 3.329 metros de profundidade. Evidentemente, também não o teste de selo.

Só a partir daí, segundo o plano apresentado pela Chevron, é que a perfuração seria feita com a broca de 8 ½ polegadas, que é o diâmetro convencional da chamada “fase final” de um poço de petróleo, aquela que toca o reservatório subterrâneo de óleo. Esta fase não possui revestimento, o que é chamado de “poço aberto” no jargão técnico. No seu depoimento á Comissão de Meio Ambiente, o presidente da Chevron-Brasil (?), o Sr. Charles Buck, admitiu que a broca usada no momento do acidente era a de 8 ½ polegadas.

Na perfuração executada pela Chevron, a situação era de “poço aberto” a partir de 567 metros abaixo do solo marinho. Embora o ponto provável de ruptura tenha sido abaixo da sapata situada neste nível, pode ter ocorrido em outro, em razão da grande extensão – comprimento vertical + horizontal, conhecido tecnicamente como TD(MD) – aumentada pelo fato de o poço fazer duas longas curvas (dog legs, na linguagem técnica) e ter um trecho horizontal. Se os diagramas apresentados pela Chevron tiverem proporção correta, é possível estimar esta extensão em mais de três quilômetros sem revestimento ou vedação.

E isso numa formação geológica cheia de fraturas e fissuras, o que é admitido no estudo e provocou até a mudança de direção de três poços perfurados em Frade.

Mas o que poderia ter feito a Chevron não implantar a sapata de sustentação e vedação?

Não é possível dizer, mas é natural que se avalie a vantagem de não o fazer: economia.

Uma sapata com esta resistência custa algo como R$ 1 milhão, o que somado ao tempo de parada na perfuração, em razão dos custos fixos, pode quadruplicar, pelo menos, de valor. Só o aluguel da sonda – mesmo a “baratinha” que utilizaram – é equivalente a cerca de R$ 500 mil por dia e ela não pode perfurar enquanto não se completa a cimentação, espera-se o tempo de “pega” do cimento e se realizam os testes de selagem.

O campo de Frade é conhecido desde 1986 e nele não se espera o encontro de reservatórios em altíssima pressão, o que pode ter levado, sim, a Chevron a subestimar a possibilidade de que o poço fosse submetido a elevados esforços e, portanto, corresse o risco de não criar um segundo nível de vedação.

Um dos engenheiros especializados em perfuração a quem este blog apresentou os dados da Chevron afirma:

“A Chevron sabia da existência de várias fraturas e falhas em todo o Campo de Frade (está no seu plano de desenvolvimento para a ANP). A profundidade que temos que analisar é a da cota vertical de 2279 m. Para perfurar nesta profundidade a Chevron teve que usar pressão acima da pressão de abertura das falhas ou fraturas existente no Campo.

A ocorrência do kick (perda de fluido para formação) é a prova que atingiu a pressão de fratura. Não necessariamente, como a Chevron disse, fratura na sapata. Pode ter ocorrido em qualquer ponto entre 3329 m da profundidade do poço (ou 2279 m medida na vertical) e 567 m, a partir de onde o poço estava revestido e a lama de perfuração não tinha mais contato com as camadas superiores (da rocha). Isto não teria ocorrido caso a Chevron tivesse posto outra sapata e revestido o poço antes de atingir o reservatório. Neste caso, todo poço estaria isolado das fraturas e falhas, ou seja, não poderiam ser atingidas pelo fluido de perfuração.

O kick relatado pela Chevron não é uma ocorrência anormal na perfuração. Ao contrário, é bastante comum. Para preveni-lo, instalam-se equipamentos que se destinam a minimizar seus efeitos: o blowout preventer, um conjunto de válvulas que impede que ele suba pela tubulação e “estoure” a cabeça submarina do poço.


Mas há outros, como as linhas de choke, que aumentam, através do manejo de válvulas, a pressão da coluna de lama que se contrapõe à pressão do petróleo ascendente durante um kick.

Além das linhas de choke, estava prevista a existência de uma linha de kill , que é uma espécie de redundância da linha de choke, mas com a capacidade de “matar” – ou seja, vedar completamente- o poço.

Nem a Chevron, nem a a ANP deram, ainda, quaisquer explicações sobre existirem estes sistemas previstos e a eventual falha em sua operação.

Daqui a pouco, na Comissão de Minas e Energia, a Chevron e a ANP serão duramente questionadas a partir destas informações.

Elas estão documentadas na cópia do relatório que será ali apresentada.

Agora há um dado concreto: a Chevron não fez o que prometeu ao IBAMA e à ANP no plano de perfuração, que foi avaliado por estes órgãos.

Não há plano de contingência ou fiscalização possível em poços no oceano, distantes centenas de quilômetros do litoral, se a empresa que os perfura não segue os procedimentos de segurança que ela própria apresentou às autoridades.

Não seria possível esperar que um fiscal da Prefeitura estivesse ali, todo o tempo ao lado da betoneira, durante a construção do Palace 2, vendo se a areia que a empresa de Sérgio Naya estava usando no concreto não era areia do mar.

Estamos fornecendo os elementos para a investigação de um comportamento fraudulento de uma concessionária da exploração de um bem público. Que, com o acidente, passou dos limites de simples fraude para o de um crime ambiental que, pela sorte e pelas correntes marinhas, ficou na escala do imenso e não do gigantesco.

Ele precisa ser apurado e cremos ter feito a nossa parte.

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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Contraponto 6877 - "A boquinha tucana de João Faustino em São Paulo"

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29/11/2011
A boquinha tucana de João Faustino em São Paulo

Do brasil 247 - 29 de Novembro de 2011 às 20:41

Divulgação

Detido pela Operação Sinal Fechado, o ex-deputado e suplente de senador recebia, até o ano passado, remuneração mensal de duas estatais paulistas de transporte; tanto no governo de José Serra (à esq.) quanto no de Geraldo Alckmin (à dir.)

Detido por conta da investigação de um esquema de fraudes em licitações do Detran do Rio Grande do Norte, o suplemente de senador João Faustino (PSDB-RN) recebeu, até julho do ano passado, remuneração mensal da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) de São Paulo. O pagamento de jetons que variavam de R$ 3,5 mil a R$ 4,4 mil pelas estatais de São Paulo aproxima ainda mais o ex-deputado detido do ex-governador José Serra e do atual governador do estado, Geraldo Alckmin.

Enquanto Serra foi governador de São Paulo, Faustino despachava no Palácio dos Bandeirantes, como subchefe da Casa Civil. Naquela época, ele estava diretamente subordinado ao então chefe da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, hoje senador pelo PSDB. Quando Serra se tornou presidenciável, João Faustino passou a coordenar as atividades da campanha – inclusive a arrecadação de recursos – fora de São Paulo. Mas não deixou de receber das estatais paulistas.

Hoje acusado de fazer lobby para um consórcio envolvido no esquema da inspeção veicular, Faustino era apenas um dos dez ex-parlamentares que as empresas do governo de São Paulo empregaram até o ano passado em seus conselhos de administração, entre eles a ex-vereadora e ex-subprefeita Soninha Francine (PPS). A lista incluía políticos de partidos como PSDB, PPS e DEM, de estados como Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Tocantins. Todos recebiam, por reunião mensal, entre R$ 3,5 mil e R$ 4,4 mil, o chamado jetom – como o regulamento permite até duas sessões remuneradas por mês, eles podiam acumular até R$ 8,8 mil em 30 dias.

A conexão Rio Grande do Norte–São Paulo foi reforçada ainda mais nesta segunda-feira, quando o procurador jurídico da prefeitura de São José do Rio Preto, Luiz Antonio Tavolaro, deixou o cargo sob a acusação de integrar a quadrilha que controlava o serviço de inspeção veicular no estado nordestino. Ex-diretor Jurídico da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A de São Paulo), Tavolaro foi um dos responsáveis pela licitação que contratou o consórcio Inspar para o serviço de inspeção veicular no Rio Grande do Norte.

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Contraponto 6876 - "Paulo Metri: no petróleo, insegurança é lucro"

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29/11/2011


Paulo Metri: no petróleo, insegurança é lucro

Do Tijolaço - 29/11/2011

Agradecendo o envio, a gente publica abaixo o artigo do engenheiro Paulo Metri, conselheiro do Clube de Engenharia, integrante da Associação dos Engenheiros da Petrobras e da Federação Brasileira das Associaçções de Engenheiros. É a palavra de quem conhece o assunto e merece toda a atenção:


“Nesses dias, notícias importantes têm sido escondidas na mídia impressa. Grandes jornais comerciais brasileiros colocaram na chamada principal a eventual mudança do rendimento do FGTS e outras pouco relevantes, enquanto o desastre ambiental estava em uma página interna com pequena chamada na primeira página. Concluo que estão subtraindo conhecimento do público, porque uma petroleira ser incompetente, além de gananciosa a ponto de buscar enganar nossa sociedade e os órgãos de fiscalização, manipulando informações, é um assunto de extrema relevância.


É estranho que os meios de comunicação, incluindo televisões, tenham tamanho menosprezo, de uma forma geral, pela informação correta a ser dada à sociedade brasileira. Por outro lado, tenho dúvida sobre qual teria sido o comportamento desta mídia se a Petrobrás fosse a responsável pelo desastre. Claramente, neste caso mais que em qualquer outro, a lógica do capital prejudica enormemente a sociedade, dona de todas as riquezas existentes em nosso território.


Como o administrador de uma empresa privada será sempre julgado pela sua capacidade de gerar lucros, e não pela sua capacidade de desenvolver campos de petróleo seguros, a exploração econômica destas jazidas por entes privados pode ser sempre considerada como um desastre ecológico em potencial. Neste mundo de egoísmo, segurança é vista sinistramente como prejudicial à saúde financeira do empreendimento.


Os crédulos em papai Noel irão dizer que a culpa é da ANP, que deveria fiscalizar a segurança das operações, esquecendo-se que ela foi o órgão que assinou contratos de concessão com estas petroleiras, exigindo delas que utilizassem as “melhores práticas da indústria do petróleo”. Algo mais subjetivo e impreciso não poderia existir, mas esta expressão está em mais de uma cláusula dos contratos. E, na seção de “Definições contratuais” está escrito: “‘Melhores Práticas da Indústria do Petróleo’ significa as práticas e procedimentos geralmente empregados na indústria de petróleo em todo o mundo, por operadores prudentes e diligentes, sob condições e circunstâncias semelhantes àquelas experimentadas relativamente a aspecto ou aspectos relevantes das operações, visando principalmente a garantia de: …”.


O máximo que se pode depreender desta definição é que ela irá gerar uma enorme controvérsia entre os advogados das partes. Esta é a ANP que deveria proteger a sociedade brasileira.


Recentemente, estava em um jornal, com letras grandes: “ANP proíbe a Chevron de perfurar em solo nacional”. Embaixo, com letras bem menores, estava: “Suspensão foi determinada até que sejam identificados as causas e os responsáveis pelo vazamento na Bacia de Campos”. Ou seja, a ANP deu uma resposta para a sociedade de aparente compromisso para com ela, mas, ao mesmo tempo, preparou o caminho para o perdão da Chevron. É incomum o fato de que o executivo da empresa delinqüente tenha pedido desculpas, depois de todos os erros. Será que ele não entende que houve quebra de confiança? Neste caso, desculpas não resolvem.


Além do dano ecológico, que dispensaria a apresentação de qualquer outro aspecto, é lembrado que o petróleo é um recurso natural extremamente valioso, cuja perda acarreta enorme prejuízo para a sociedade, sua proprietária. Portanto, a exploração e produção deste mineral só podem ser entregues para agentes de confiança da sociedade, que lhe retorne o lucro excepcional, quando solicitado.


Aos sonhadores que pensam que o Fundo Social irá abaixar este lucro excessivo para uma categoria de lucro normal, lembro que não se pode exigir de um escorpião que não ferre a sua presa, pois isto irá contrariar sua natureza. O petroleiro privado irá sempre querer acumular mais riqueza, pois está no seu DNA. E a lei no 12.351, recém aprovada, ainda permite a apropriação pela empresa privada de lucro que deveria ir para o Fundo Social. Só resta uma alternativa para conter a migração do lucro excepcional para cofres privados: colocar a nossa empresa estatal para explorar e produzir petróleo, pelo menos nas regiões mais rentáveis, Pré-Sal incluído.


Ainda mais, a Petrobrás é a empresa que mais compra equipamentos e serviços, inclusive desenvolvimentos tecnológicos, no Brasil. Recebendo a incumbência, ela é capaz de levar o país para um novo período de crescimento, com uso do poder de compra originado pelo Pré-Sal. Não seria possível, por exemplo, armar um quadro de máximo crescimento com agentes querendo importar produtos e serviços.


Assim, já passou da hora de se criar uma nova lei do petróleo em que toda a área do Pré-Sal ainda não leiloada seja entregue sem leilão somente à Petrobrás. Seria a recriação do monopólio estatal do petróleo na área do Pré-Sal. A gota de água foi o acidente da Chevron, mas existem outros atrativos tão importantes quanto este da maior segurança dos empreendimentos. Inclusive, pode-se determinar a ela que entregue ao Fundo Social a maior quantidade de recursos possível.


Como brasileiro, orgulhosamente, afirmo que a Petrobrás nunca deixaria de investir em segurança para poder maximizar seu lucro, pois a acumulação capitalista não é seu objetivo. Busca a eficiência, pois são necessários muitos recursos para novos investimentos. Mas, mesmo em uma situação hipotética, esta estatal não iria negar que o petróleo era seu, não esconderia a vazão do derramamento e não mentiria acerca do número de embarcações que estavam fazendo a limpeza da área.”

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Contraponto 6875 - "Sivuca em Feira de Mangaio"

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29/11/2011

Sivuca em Feira de Mangaio

Enviado por Carolina Coe


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Contraponto 6874 - Bessinha volta com tudo!


29/11/2011

Charge do Bessinha (499)

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Contraponto 6873 - Alguma dúvida?

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29/11/2011


Por Eva

No programa Dossiê da Globo News, o diretor da toda poderosa Globo, Boni confessa que manipulou o último debate entre Lula e Collor. Debate realizado nos estúdio da Globo e com a edição no Jornal Nacional tornou-se o maior golpe contra a democracia e a livre escolha dos brasileiros nos tempos pós ditadura militar. SORRIA VOCÊ FOI MANIPULADO.


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Contraponto 6872 - "Um mundo hipócrita e perigoso"

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Link.29/11/2011
Um mundo hipócrita e perigoso

Do Blog do Miro - segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Por Wladimir Pomar, no sítio Correio da Cidadania:

A situação mundial está se tornando cada vez mais hipócrita e perigosa. Os Estados Unidos, por exemplo, utilizam seu poder de emissão monetária para desvalorizar artificialmente sua moeda e dar maior competitividade aos produtos de suas indústrias. Ao mesmo tempo, sem pudor algum, exigem que a China e outros países valorizem suas moedas em relação ao dólar, insinuando a possibilidade de guerras comerciais e outros tipos de retaliação.


A OTAN destruiu toda a infra-estrutura da Líbia para garantir a vitória de seus aliados internos contra Kadafi, apesar das atrocidades que as forças desses aliados cometeram contra minorias étnicas e desafetos políticos. Agora, a OTAN saúda o novo governo provisório por estar implantando a democracia, sobre a qual não existem dados concretos, ao mesmo tempo em que oferece financiamentos para reconstruir o país que ela própria destruiu.

A Liga Árabe decidiu punir a Síria pela repressão militar contra os opositores ao governo e pela falta de democracia no país. Mas não deixa de ser uma demonstração de desfaçatez que reis, emires e potentados de países árabes, aliados dos Estados Unidos e de países europeus, defendam a democracia na Síria, ao mesmo tempo em que mantêm seus próprios povos sob o tacão de ditaduras que não admitem sequer a existência de opositores.

Na mesma linha de pressões articuladas contra o governo sírio, os Estados Unidos e vários países europeus prometem novas medidas de retaliação, ao mesmo tempo em que nada diziam sobre o Iêmen, nem sobre as ações evasivas dos militares egípcios. A democracia e os direitos humanos se tornaram apenas armas ofensivas contra os desafetos, enquanto sequer devem ser mencionadas quando tratam de aliados, ou mesmo de situações internas. A proibição dos movimentos de “ocupação” nos Estados Unidos, a pretexto de que ameaçam a segurança nacional, é o exemplo mais recente da funcionalidade unilateral dessas bandeiras políticas.

Os Estados Unidos e Israel, por sua vez, continuam articulando medidas de retaliação contra o Irã, a pretexto de que esse país está se preparando para produzir a bomba atômica. A sabotagem contra instalações iranianas, provavelmente praticada pelo serviço secreto de Israel, o Mossad, segundo diferentes fontes de informação, mostra o grau de perigo a que tais medidas chegaram, colocando o mundo diante do imponderável.

A hipocrisia dos Estados Unidos e de Israel, no caso, é emblemática. Ambos não são contra a existência de armas atômicas, já que os dois as têm, embora Israel não diga nem que sim, nem que não. Ambos também não se propõem a um acordo mundial de proibição total dessas armas de destruição em massa, o que significaria o desmantelamento de seus arsenais atômicos, e também os da Rússia, China e França. Eles simplesmente são contra sua posse por outros países, em especial se tais países fazem parte dos inimigos declarados, como Irã e Coréia do Norte.

Se juntarmos a esses fatos a situação problemática da Palestina, o aprofundamento da crise econômica nos Estados Unidos e na zona do euro, o ressurgimento de movimentos neonazistas na Europa, a repressão contra os imigrantes nos países capitalistas em crise, as guerras inacabadas no Afeganistão e no Iraque, a persistência de ações terroristas, de fundamentalistas não só islâmicos, mas também de outras confissões religiosas, podemos concluir que o mundo parece haver ingressado naqueles tipos de hipocrisia e perigo que antecederam as duas grandes guerras mundiais.

É evidente que também há sinais crescentes de que os povos dos países desenvolvidos voltam a despertar e a lutar, inclusive nos Estados Unidos. O crescimento e o aprofundamento dessas lutas talvez sejam os principais antídotos para desmascarar a hipocrisia reinante e superar os perigos existentes. Embora no momento elas ainda estejam restritas à indignação contra os políticos e contra o sistema financeiro, essa ainda é a melhor escola de aprendizado.
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Contraponto 6871 - "O Movimento 'Tempestade em Copo D'água' "

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Da Folha

Estudantes parodiam globais em vídeo pró-Belo Monte

DE SÃO PAULO

Alunos de engenharia civil e economia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), defensores da construção da usina de Belo Monte no rio Xingu (PA), produziram vídeo em resposta ao projeto "Gota D'Água", que reúne atores da TV Globo numa campanha contra a instalação da hidrelétrica.

No vídeo, os estudantes usam roteiro semelhante ao utilizado na gravação dos artistas.

O grupo criou ainda o movimento "Tempestade em Copo D'Água", uma sátira a campanha original.

Sobre o alagamento de área verde para a instalação da usina, os alunos argumentam que a "floresta já vem sendo desmatada ilegalmente na Amazônia a troco de nenhum ganho econômico e social". Eles defendem ainda o "emprego de recursos gerados pela usina em benefícios para a região".

Para Sebastião de Amorim, professor da Unicamp que participa do vídeo, "Belo Monte será um belíssimo projeto sobre os aspectos econômico, social e ambiental".

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Contraponto 6870 - "João Faustino fala como FHC e Serra contiam nele"


29/11/2011


João Faustino fala como FHC e Serra contiam nele

Do Tijolaço - 28/11/2011


Para que não se ache que a menção à amizade entre o suplente de senador João Faustino, preso no Rio Grande do Norte por participar de um esquema de fraudes inspirado no que foi descoberto na Prefeitura de São Paulo – e de cuja a montagem a Controlar teria participado – pelo Ministério Público, e a dupla Fernando Henrique Cardoso e José Serra seja implicância dos blogueiros, posto este vídeo aí de cima.

Gravado em agosto deste ano, é um trecho do programa “Hilneth é Show”exibido pela SimTv, de Natal, no qual o próprio Faustino conta como foi convidado por FHC para trabalhar no Palácio do Planalto e por Serra – de quem foi subchefe da Casa Civil – para ajudá-lo no Instituto Teotônio Vilela, parte que lhe coube, como consolação, depois de afastado da direção do PSDB.

Nada melhor do que o próprio Faustino falar destas ligações.

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Contraponto 6869 - "Brasil vai expandir e modernizar estaleiros até 2014, diz presidente"

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29/11/2011

Brasil vai expandir e modernizar estaleiros até 2014, diz presidente

Do Blog do Planalto - Segunda-feira, 28 de novembro de 2011 às 10:09

Café com a presidenta

No programa de rádio Café com a Presidenta de hoje (28), a presidenta Dilma Rousseff falou sobre o fortalecimento da indústria naval brasileira e comentou a entrega, na última sexta-feira (25), do primeiro navio do PAC para a Petrobras feito por um estaleiro brasileiro nos últimos 14 anos, o Celso Furtado. E anunciou que, até 2014, o governo federal irá expandir e modernizar os estaleiros do país, ampliando o setor responsável, atualmente, por 60 mil empregos.

“Nunca podemos esquecer que o Brasil já teve, na década de 70, o segundo maior parque naval do mundo. Mas, por falta de estímulos do governo, por falta de política industrial que focasse e que desse importância à geração de empregos para os trabalhadores e as trabalhadoras brasileiras, entrou em declínio, e praticamente desapareceu no final dos anos 90, quando chegou, Luciano, a ter menos de 2 mil trabalhadores.”

Ela lembrou que, em 2011, cinco novos estaleiros foram contratados para começar a construir navios, plataformas e sondas. A demanda por esses equipamentos, explicou, vai aumentar por causa da exploração do pré-sal e de todo petróleo que há no Brasil.

“Por isso, o Brasil vai crescer, não só porque vamos ser ricos em petróleo, mas também porque vamos construir uma sólida e complexa indústria de fornecimento de equipamentos, de bens e também prestação de serviços – isso tem a ver com software, com tecnologia da informação – enfim, é o Brasil se movimentando para se transformar num grande gerador de emprego para o povo brasileiro; e emprego de qualidade.

Dilma Rousseff falou também sobre o desempenho dos atletas brasileiros que participaram dos Jogos Parapan-americanos de Guadalajara, no México, e lembrou que, dos 222 atletas que disputaram o Parapan, 162 recebem o Bolsa Atleta, “o maior programa do mundo de apoio direto ao atleta”. Segundo a presidenta, cerca de 80% das medalhas obtidas nos Jogos foram conquistadas pelos beneficiários do Bolsa Atleta.

“Nossos atletas deram um show lá em Guadalajara. O Brasil conseguiu mais uma grande conquista no Parapan: ganhamos o primeiro lugar. Foi com muita emoção que eu recebi a delegação brasileira no Palácio do Planalto, na semana passada. Esses atletas mostraram determinação para ultrapassar seus limites e superar, portanto, os preconceitos. Eles são um exemplo para as pessoas com deficiência, e para todos nós. São pessoas que poderiam ter outra história de vida, mas escolheram ser vencedores.”

Ouça abaixo a íntegra do programa Café com a Presidenta:


segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Contraponto 6868 - "Ex-Globo, Boni confessa o que todos já sabiam"

28/11/2011

Ex-Globo, Boni confessa o que todos já sabiam

Do brasil247 - 28/11/2011


Ex-Globo, Boni confessa o que todos já sabiam Foto: MAURO PIMENTEL/AGÊNCIA ESTADO

Ex-todo poderoso admite que debate de Collor contra Lula, em 1989, foi manipulado


28 de Novembro de 2011 às 22:28

247 - Todos já sabiam sobre a manipulação de imagens por parte do jornalismo da Rede Globo, no Jornal Nacional, um dia depois do debate do dia 14 de dezembro de 1989 entre os candidatos à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Collor de Mello. Agora, no entanto, 22 anos após o ocorrido, o homem que formatou o “Padrão Globo de Qualidade” simula uma "revelação bombástica" para lançar sua nova obra, "O Livro do Boni": a Globo manipulou o debate.

Em entrevista ao jornalista Geneton Moraes Neto, transmitida pela Globo News, José Bonifácio Sobrinho, o Boni, dá detalhes da noite do debate, cuja repercussão foi considerada fundamental para a vitória no segundo turno de Collor de Mello, uma vez que antes do acontecimento os dois políticos estavam em situação de empate técnico.

Boni admitiu que a emissora assumiu o lado de Fernando Collor de Mello. Segundo ele, após ser procurado pela assessoria do ex-presidente, o superintendente executivo da Globo, Miguel Pires Gonçalves, pediu que ele palpitasse no evento. “Eu achei que a briga do Collor com o Lula nos debates estava desigual, porque o Lula era o povo e o Collor era a autoridade”, contou. “Então nós conseguimos tirar a gravata do Collor, botar um pouco de suor com uma 'glicerinazinha' e colocamos as pastas todas que estavam ali com supostas denúncias contra o Lula – mas as pastas estavam inteiramente vazias ou com papéis em branco”, disse Boni. “Todo aquele debate foi [produzido] – não o conteúdo, o conteúdo era do Collor mesmo -, mas a parte formal nós é que fizemos”.

Ao contar algo que todos já sabiam, fazendo questão de acrescentar detalhes picantes, para ter mais repercussão - trechos de sua entrevista já foi replicada por diversos veículos e portais de comunicação - o ex-chefão da Globo conseguiu protagonizar um dos maiores eventos literários do ano. Nesta noite, ele estará no Programa do Jô, também da TV Globo, também com o objetivo de lançar o livro. Certamente haverá mais detalhes sobre a noite de 14 de dezembro de 1989.

Com informações do portal Panorama Mercantil.

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Contraponto 6867 - "A Grande Perversão"

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28/11/2011
A Grande Perversão

Do Jornal O Povo (CE) - 28/11/2011

Por Leonardo Boff
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A Para resolver a crise econômico-financeira da Grécia e da Itália foi constituído, por exigência do Banco Central Europeu, um governo só de técnicos sem a presença de qualquer político. Partiu-se da ilusão de que se trata de um problema econômico que deve ser resolvido economicamente. Quem só entende de economia acaba não entendendo sequer a economia. A crise não é de economia mal gerida, mas de ética e de humanidade. Estas tem a ver com a política. Por isso a primeira lição de um marxismo raso é entender que a economia não é parte da matemática e da estatística mas um capítulo da política. Grande parte da obra de Marx é dedicada à desmontagem da economia política do capital. Quando na Inglaterra ocorreu uma crise semelhante à atual e se criou um governo de técnicos Marx fez com ironia e deboche duras criticas pois previa um total fracasso como efetivamente ocorreu. Não se pode usar o veneno que criou a crise como remédio para curar a crise.

Chamaram para chefiar os respectivos governos da Grécia e da Itália gente que pertencia aos altos escalões dos bancos. Foram os bancos e as bolsas que provocaram a presente crise que quase afundou todo o sistema econômico. Esses senhores são como talibãs fundamentalistas: acreditam de boa fé nos dogmas do mercado livre e no jogo das bolsas. Em que lugar do universo se proclama o ideal do greed is good, em português, a cobiça é coisa boa? Como fazer de um vício (e digamos logo, de um pecado) uma virtude? Estes estão sentados em Wall Street de Nova York e na City de Londres. Não são raposas que guardam as galinhas mas as devoram. Com suas manipulações transferiram grande fortunas para poucas mãos. E quando estourou a crise foram socorridos com bilhões de dólares tirados dos trabalhadores e dos pensionistas. Barack Obama se mostrou fraco, inclinando-se mais a eles que à sociedade civil. Com os dinheiros recebidos continuaram a farra já que a prometida regulação dos mercados ficou letra morta. Milhões de pessoas vivem no desemprego e na precarização, especialmente jovens que estão enchendo as praças, indignados, contra a cobiça, a desigualdade social e a crueldade do capital.

Gente que tem a cabeça formada pelo catecismo do pensamento único neoliberal vai tirar a Grécia e a Itália do atoleiro? O que está ocorrendo é a sacrificação de toda uma sociedade no altar dos bancos e do sistema financeiro.

Já que a maioria dos economistas dos stablisment não pensam (nem precisam) vamos tentar entender a crise à luz de dois pensadores que no mesmo ano, 1944, nos EUA nos deram uma chave esclarecedora. O primeiro foi um filósofo e economista húngaro-canadense Karl Polanyi com sua clássica obra A Grande Transformação. Em que consiste? Consiste na ditadura da economia. Após a Segunda Guerra Mundial que ajudou a superar a grande Depressão de 1929, o capitalismo deu um golpe de mestre: anulou a política, mandou ao exílio a ética e impôs a ditadura da economia. A partir de agora não teremos como sempre houve uma sociedade com mercado, mas uma sociedade somente de mercado. O econômico estrutura tudo e faz de tudo mercadoria sob a regência de uma cruel concorrência e de uma deslavada ganância. Esta transformação dilacerou os laços sociais e aprofundou o fosso entre ricos e pobres dentro de cada pais e no nível internacional.

O outro nome é de um filósofo da escola de Frankfurt, exilado nos EUA, Max Horkheimer que escreveu a Eclipse da razão (por português de 1976). Ai se dão as razões para a Grande Transformação de Polanyi que consistem fundamentalmente nisso: a razão já não se orienta mais pela busca da verdade e pelo sentido das coisas, mas foi seqüestrada pelo processo produtivo e rebaixada a uma função instrumental “transformada num simples mecanismo enfadonho de registrar fatos” Lamenta que “justiça, igualdade, felicidade, tolerância, por séculos julgadas inerentes à razão, perderam as suas raízes intelectuais”. Quando a sociedade eclipsa a razão, fica cega, perde o sentido de estar juntos e se vê atolada no pântano dos interesses individuais ou corporativos. É o que temos visto na atual crise. Os prêmios Nobel de economia, mas humanistas, Paul Krugman e Joseph Stiglitz repetidamente escreveram que os players de Wall Street deveriam estar da cadeia como ladrões e bandidos.

Agora na Grécia e na Itália a Grande Transformação ganhou outro nome: se chama a Grande Perversão.



*Leonardo Boff. Teólogo/Filósofo
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Contraponto 6866 - Metrô de Fortaleza

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28/11/2011

Metrô linha leste no trilho certo

Do Jornal O Povo (CE) 28/11/2011


Inácio Arruda - Senador (PCdoB)

inacioarruda@senador.gov.br

Com a participação do Governo Federal, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade, foram garantidos recursos necessários na ordem R$ 3,34 bilhões para a construção da Linha Leste do Metrofor. Trata-se da maior obra de metrô posta em execução no Brasil nos próximos três anos. É uma grande vitória de povo.

A Linha Leste ligará o Centro da cidade ao Fórum Clóvis Beviláqua, no bairro Edson Queiroz. Serão 12 estações em 12,4 quilômetros de extensão, todos subterrâneos, passando pela Praça da Sé, avenida Santos Dumont, Papicu, Hospital Geral de Fortaleza e Cidade 2000. A nova linha será integrada às linhas Sul e Oeste, à rede de transporte público de passageiros da Região Metropolitana e ao Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) Parangaba-Mucuripe.

Na região Leste estão presentes atividades de comércio, serviços, lazer e turismo. Quase a metade da mão de obra do setor terciário da capital será beneficiada por um transporte moderno, eficaz e rápido. A Linha Leste irá favorecer, diretamente, 400 mil pessoas. Todo o sistema atenderá a 1 milhão de usuários.

A política de mobilidade urbana, orientada pelo Estatuto da Cidade, é essencial para garantir o acesso da população aos serviços e o desenvolvimento sustentável. O transporte público é fundamental para evitar o caos urbano. Segundo o Detran, em junho, já transitavam em Fortaleza mais de 772 mil veículos, e prevê-se quase 1 milhão e 100 mil circulando até 2014, ano da Copa.

Morosidade nos deslocamentos, engarrafamentos, acidentes, disputas por espaços nas vias e por vagas para estacionar, poluição atmosférica e sonora, pessoas estressadas e irritadas, altíssimos custos financeiros e sociais... O transporte público eficiente e acessível à população é o antídoto certo para esses males que a aglomeração e crescimento desordenado das cidades ocasionam. É o caminho que devemos trilhar, com planejamento e gestão adequadas para colocar Fortaleza a altura dos desafios das grandes metrópoles.

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Contraponto 6865 - "Faustino é o homem-bomba do Cerra. Ricardo Sérgio... esse é pinto"

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28/11/2011


Faustino é o homem-bomba do Cerra. Ricardo Sérgio... esse é pinto


Do Conversa Afiada - Publicado em 28/11/2011



O Conversa Afiada publica artigo de Alceu nader, do setor de Comunicação do PT no Senado.


E lembra que este Conversa Afiada tem feito cobertura sistemática dessa explosão que o nosso sismógrafo localizou no arraial dos tucanos e DEMOS, os incansáveis marchadores pela moralidade.

(Este ansioso blogueiro já começa a se divertir com o debate Cerra x Dilma, na campanha de 2014, quando surgir o assunto “corrupção” !).

Leia o que o Conversa Afiada já disse sobre esse João Faustino, X Cerra e Aloysio 300 mil: aqui; aqui; aqui e aqui (por enquanto)

Como a mídia se comportará no caso Controlar?

Alceu Nader*


Não se afasta a possibilidade da cobertura jornalística sobre o escândalo da Controlar, durante o final de semana, ter sido afetada pelo justo descanso das redações. Mas o que se percebeu é a ausência do assunto nas revistas semanais, embora o caso tenha vindo a público com tempo hábil para ser registrado. Afinal, o Ministério Público havia recorrido ao pedido de afastamento do prefeito da maior cidade brasileira, sexta do mundo, congelamento de bens de 22 pessoas e ordem para promover licitação, pondo fim ao negócio da inspeção veicular explorado pela empresa Controlar, eivado de suspeitas e irregularidades desde que nasceu, ainda no governo de Celso Pitta (1996-2000).


Há pareceres contrários à Controlar no Tribunal de Contas do Município e na Procuradoria Geral do Estado. Há inquérito policial aberto na Polícia Civil de Natal, capital onde as irregularidades replicaram com os mesmos vícios e favorecimentos que entregaram ao grupo de empresários amigos a exploração do serviço. Há horas de depoimentos a serem perseguidas pelo jornalismo investigativo, dezenas de nomes a serem cruzados (no Rio Grande do Norte, com o apoio das informações cedidas pelos procuradores paulistas, a documentação reunida é riquíssima). Tem-se, portanto, muito trabalho a ser realizado para informar o leitor sobre o assunto.


Após a Justiça impedir que Celso Pita assinasse o negócio da Controlar, a iniciativa reprovada pelos procuradores e juízes permaneceu sepultada durante o governo de Marta Suplicy (PT-SP), de 2000 a 2004. Mas, em maio de 2008, último ano do primeiro mandato de José Serra (PSDB-SP) como prefeito, o negócio da Controlar ressuscitou, com inspeção exclusiva de autos e caminhões movidos a diesel. Em janeiro de 2009, no primeiro mês de Gilberto Kassab (ex-DEM-SP, atual PSD-SP), depois de herdar a prefeitura deixada por Serra como vice-prefeito, a inspeção passou a ser obrigatória para todos os automóveis, a partir do segundo ano de uso.


São Paulo também é o quarto maior aglomerado urbano do planeta, com frota de 7 milhões de veículos. A Controlar inspecionou 1,5 milhão de veículos em 2009 e 4,5 milhões em 2010, últimos dados anuais. A R$ 61,98 o veículo, seu faturamento estimado no ano passado foi de R$ 278,91 milhões – considerando-se uma única inspeção por veículo, sem contabilizar os casos de duas, três, quatro, até cinco idas de carros “reprovados”.O dono de automóvel que não pagasse a tarifa, estaria automaticamente impedido de renovar o licenciamento do ano seguinte, com multa de R$ 550,00.


O processo judicial anunciado na quinta-feira, 25/11, congelou os bens dos empresários proprietários da Controlar, do prefeito Gilberto Kassab e do Secretário de Meio Ambiente, Eduardo Jorge. A ação também pediu o afastamento do prefeito do cargo, o que foi negado pela Justiça, que, na mesma sentença, manteve a indisponibilidade dos bens de Kassab e de todos os demais réus. Além dessas decisões, determinou a realização de licitação no prazo de 30 dias.


Quando a ação judicial foi lida em São Paulo, concomitante com as prisões (16) efetuadas no Rio Grande do Norte, Gilberto Kassab encontrava-se na Europa, de onde retornou no sábado. O que se viu e leu na grande imprensa não foram novas informações sobre o milionário favorecimento, mas seguidas declarações do prefeito de São Paulo, desqualificando o trabalho dos procuradores. Primeiro, disse Kassab, “não tem sacanagem” na concessão do negócio para a Controlar, beneficiada por dois anos e meio de exploração de serviço público, sem licitação. Depois, completou com “não sou tonto”, reafirmou que manterá o contrato questionado na Justiça.


Apenas o sítio brasil247.com, às 18h38 de sábado, informava que a réplica do esquema que beneficiou a Controlar em São Paulo e em Natal, um dos presos pela polícia local é João Faustino, suplente do senador José Agripino (DEM-RN), que também foi subchefe da Casa Civil de José Serra governador, com o senador Aluizio Nunes (PSDB-SP), então chefe da Casa Civil. Segundo o brasil247.com, João Faustino foi “operador” da campanha presidencial de José Serra de 2010. Sua função – arrecadar fundos para a campanha presidencial de José Serra de 2010 – assemelha-se à de Paulo Vieira de Souza – o Paulo Preto.


“Quando Serra se tornou presidenciável, João Faustino passou a coordenar as atividades da campanha – inclusive a arrecadação de recursos – fora de São Paulo. O que Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, fazia em São Paulo, João Faustino fazia em outros estados”, compara a reportagem.


Faustino foi preso porque as investigações de Natal formalizam acusações muito mais substanciosas e consistentes do que as da capital paulista. Sua soltura foi requerida, mas negada, por risco de influenciar no prosseguimento do inquérito. Um dia depois, domingo, Faustino deixou a cadeia para internar-se na Casa de Saúde São Lucas, por “problemas cardíacos”. No boletim assinado pelo médico cardiologista responsável pelo hospital, Miguel Angel Sicolo, João Faustino encontra-se sob “tratamento médico especializado” e que seu estado clínico é “regular”.


João Faustino é o homem-bomba do caso, segundo apontam as investigações e telefonemas gravados com autorização da Justiça. As informações sobre o esquema de Natal desnudam como foi sua montagem anterior em São Paulo. Ao deixar a Prefeitura de São Paulo, Serra, como governador, deu encaminhamento à expansão da inspeção veicular para outros 217 municípios paulistas.


No entanto, não se vê, na grande mídia, como comumente acontece nas coberturas de escândalos, detalhes do inquérito, aprofundamento das informações, resgate do histórico da criação da Controlar, sua venda posterior ao grupo Camargo Corrêa. Não se lê, sequer, nada sobre o inconformismo dos contribuintes paulistanos pela inspeção que, na maioria dos casos, não ultrapassava os cinco minutos.


Antes da leitura das reportagens na íntegra, recomendadas nos links abaixo, segue, abaixo, a sequência de títulos dos sites de maior audiência, no sábado às 18h30. Chama-se a atenção para o UOL, único a dedicar manchete principal, neste dia, ao assunto em sua home page ao assunto. Em todos os demais, inclusive no Estadão.com.br, que trouxe o escândalo à tona, o espaço dado foi secundário ou de menor importância. O painel dos títulos é o seguinte:


UOL – Após denúncia de irregularidades, Kassab diz não temer cassação


G1 (O Globo) – “Prefeitura de SP está correta”, diz Kassab


Estadão – Processo contra o prefeito de São Paulo pode chegar a R$ 1,1 bilhão


Veja – Acusado de fraude, Kassab diz: ‘Não temo cassação’ – Prefeito se diz tranquilo em relação às acusações de improbidade administrativa


Época (O Globo) – ignora


Istoé – ignora


iG – ignora


Terra – ignora


Brasil 247 – Homem forte de José Serra está preso em Natal – sábado


Brasil 247 – Braço direito de Serra sai da cadeia e vai para UTI


O desinteresse demonstrado nos títulos confirma e torna procedente uma queixa recorrente dos senadores do PT – a de que a grande imprensa mostra-se muito mais disposta quando denúncias de irregularidade atingem o governo federal e o PT.


Também estará sendo posto à prova, neste caso, o grau de intimidação de José Serra contra jornalistas que escrevem o que não lhe agrada na grande mídia. Serra pediu (e mais de uma vez foi atendido) a cabeça de repórteres e editores considerados inimigos. Vários desses profissionais foram alijados definitivamente das principais redações.


*Alceu Nader é chefe da Comunicação da Liderança do PT no Senado




Artigos relacionados:

Contraponto 6864 - "O Brasil que o tucano José Serra não conhece é destaque na revista americana"

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28/11/2011


O Brasil que o tucano José Serra não conhece é destaque na revista americana

Do Amigos do Presidente Lula - 28/11/2011

Eu gostaria de chamar atenção dos meus queridos leitores para duas notícias, ou, duas análises sobre o Brasil.

Primeiro, do ex governador de SP, José Serra (PSDB): “Brasil ainda é um país pequeno”."O Brasil ainda é, no contexto da economia mundial, por incrível que pareça, um país pequeno", disse o tucano durante palestra no á jovens empreendedores, na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

A segunda anáilise é da reportagem da revista americana "The New Yorker" que circula na edição do dia 5 de dezembro.a análise partirá, principalmente, do momento econômico positivo que o Brasil passa, em comparação à economia mundial:“O país era antes um dos mais ignorantes e de economia instável e hoje vive um momento de crescimento, baixo endividamento, equilíbrio orçamentário e emprego pleno”.

'New Yorker' destaca perfil de Dilma e elogia economia brasileira



O perfil da presidente Dilma Rousseff será tema de uma reportagem da revista norte-americana "The New Yorker" que circula na edição do dia 5 de dezembro. Em prévia divulgada no site da revista, a publicação mostra que a análise partirá, principalmente, do momento econômico positivo que o Brasil passa, em comparação à economia mundial, para mostrar quem é a presidente.

Sob o título de "The Anointed", a ungida, na tradução literal, remete os feitos de Dilma ao trabalho de seu padrinho e antecessor político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A reportagem trará fatos da história recente do país, como a ascensão de parte da classe baixa à média em 2010.

Depois analisa que o país era "antes um dos mais ignorantes e de economia instável" e hoje vive um momento de crescimento, baixo endividamento, equilíbrio orçamentário e emprego pleno.

Segundo o site, entre os grandes poderes econômicos, o Brasil alcançou algo raro: "alto crescimento, a liberdade política e a diminuição da desigualdade". ....

Já o nosso brasileiro José Serra, diz: O Brasil tem que vencer esse quadro de subdesenvolvimento, de não desenvolvimento, de modéstia em relação a avanços sociais e peso na economia mundial.

HISTÓRIA

A reportagem narra a história de Dilma, relatando que, em 2010, Lula a ungiu como sucessora. E que a presidente, agora com 63 anos, era um estudante universitária durante o golpe de 1964 que estabeleceu a ditadura militar no Brasil (1964-1985).

O texto conta que no final dos anos 1960, Dilma foi casada com um militante de oposição à ditadura, Cláudio Galeno Linhares, com quem viveu na clandestinidade, armazenou e transportou armas, bombas e dinheiro roubado, além de planejar e executar ações. Depois, deixou Linhares para se casar com Carlos Araújo.

No início de 1970, após ser presa pelos militares, passou três anos na prisão, onde ela teria sido submetido "a tortura extensiva". A revista diz que Dilma nunca esteve pessoalmente envolvida em ações violentas durante seus dias de militante.

Depois de liberada, ela se pós-graduou em economia, se filiou ao PDT e logo começou a trabalhar em cargos de governo em Porto Alegre.

Quando presidente, Lula se reuniu com Dilma e "de tão impressionado que ficou, a nomeou ministra de Minas e Energia". Link da Revista aqui

José Serra deveria comprar um exemplar da revista para ler....para entender mais do Brasil
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Contraponto 6863 - "Caso Controlar ou por isso que o PIG é PIG"

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Por Renato Rovai

No dia 18 último, o presidente do Metrô foi afastado pela Justiça por descumprimento de ordem judicial. O caso em questão guardava relação com a concorrência da linha 5 do Metrô e o prejuízo calculado para o Estado é de 4 bilhões de reais.

Na quinta-feira passada, o MP pediu o afastamento do prefeito Gilberto Kassab por conta de prejuízos calculados em 1 bilhão de reais aos cofres públicos na licitação do Controlar.


Na sexta, a Justiça determinou nova licitação e bloqueou os bens de Kassab.

Os jornais de hoje ignoram ambos os casos nas suas manchetes. Um já caiu no esquecimento (Metrô) e o outro virou nota de rodapé (Controlar).

Algumas pessoas acham forte a expressão PiG. Consideram-na inadequada por conta de condenar os veículos de imprensa por um papel que também é deles, o de fazer oposição.

De fato, seria exagerado se a os veículos comerciais tratassem todos os lados envolvidos no noticiário político a partir dos mesmos critérios. Ou ao menos de critérios semelhantes.

Mas como isso está longe de acontecer, chamar os veículos comerciais de PiG não é exagero algum.

Aqui na Fórum, o Dennis de Oliveira já chamou à atenção para o poder das empresas que realizam a inspeção veicular em São Paulo neste post que acabou gerando este outro.

Kassab armou um esquema tão “perfeito” que inclusive se tornou modelo em outros estados, como no Rio Grande do Norte, onde foi fruto de uma operação policial (Sinal Fechado) que levou para a cadeia 14 pessoas.

Em São Paulo, a inspeção que começou a vigir em 2008 teve seu contrato assinado em 1996, doze anos antes. Ainda na gestão Maluf. Nada, absolutamente nada, tem prazo de validade tão longo. Concursos públicos, vestibulares etc, caducam em prazo muito mais exíguo. Por que um contrato assinado 12 anos antes foi resgatado sem que houvesse questionamento mídático algum?

Não é só questão de condescendência com o mal feito. Neste caso o buraco é mais embaixo. Nesta operação de captura do Estado por setores privados corruptos e corruptores a mídia comercial faz parte do esquema.

Já foi assim nas privatizações dos anos 90, quando nada era noticiado e nem denunciado.

O Caso Controlar e o do Metrô não vão ficar nas manchetes porque são os aliados dos donos dos veículos de comunicação que estão envolvidos nele. Tanto os grupos empresariais que operam o serviço, quanto os governantes que o organizam.

É por isso que o PiG é PiG.

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