25/11/2011
Enviado por luisnassif, sex, 25/11/2011 - 11:00
De O Estado de S. Paulo
Lobbies acusam Brasil de ter história 'sórdida' com o Irã na área aeronáutica para enfraquecer companhia em licitação de US$ 250 milhões
Inconformada por ter sido retirada de concorrência para a venda de 20 aeronaves para a Força Aérea dos Estados Unidos, a americana Hawker Beechcraft quer rever a decisão. O pedido será acompanhado por lobby político do Kansas e de 19 Estados envolvidos na fabricação da aeronave AT-6, sob o pretexto da transferência de 1,4 mil empregos para o Brasil. Com a exclusão da empresa americana, os Super Tucanos, da Embraer, tornaram-se os favoritos na disputa pelo contrato de US$ 250 milhões.
Citando o Conselho sobre Assuntos Hemisféricos, o Redstate informou ter o Brasil "vendido Tucanos, da Embraer, a preços relativamente baixos" para o Irã em 1989. Com base em dados do Washington Institute, o site registrou que a Força Aérea da Guarda Revolucionária Islâmica operaria com cerca de 40 Tucanos (T-27). "De fato, os iranianos usam o Tucano como sua aeronave de apoio próximo", disse o texto do Redstate.
Potencial. O contrato para a venda de 20 aeronaves seria apenas o início de um negócio capaz de atingir a cifra de US$ 950 bilhões. Esses primeiros aviões supririam duas bases aéreas americanas no Afeganistão. Mas outras 15 aeronaves devem ser incluídas no contrato, para atender ao programa militar americano de capacitação das forças de segurança países parceiros, e mais 15 podem completar as necessidades da Força Aérea, segundo o jornal The Wichita Eagle. A entrega dos aviões deve começar em 2013.
A concorrência deverá ser decidida no início de 2012. A decisão técnica do Escritório de Contas do Governo (GAO, na sigla em inglês), porém, deverá sofrer influência política por várias razões vinculadas à questão do emprego. Esse é o tema mais delicado da economia americana, hoje com desemprego de 90%, e mais influente nas eleições presidenciais de 2012.
Sede da Hawker Beechcraft, a cidade de Wichita, no Estado de Kansas, deixaria de criar 800 empregos se os aviões AT-6 não vencerem a licitação da Força Aérea. A situação tende a ser agravada pela possibilidade de a companhia americana Boeing fechar sua planta na cidade, que responde por 2,1 mil postos de trabalho, no próximo ano. "Nós continuamos a acreditar que oferecemos a aeronave leve de ataque mais capaz, acessível e sustentável", informou a Hawker Beechcraft, em comunicado.
A bancada de Kansas no Congresso pediu nesta semana ao secretário de Força Aérea dos EUA, Michael Donley, para explicar aos representantes da Hawker Beechcraft a retirada do AT-6 da concorrência. "A questão não é apenas de a Hawker ter perdido o contrato, mas de ter sido considerada inelegível na última etapa da concorrência. Isso não faz sentido, e há certamente necessidades a serem explicadas", afirmou o senador republicano Jerry Moran, de Kansas, segundo o Wichita Eagle. "A Hawker tem grande experiência na construção dessa aeronave."
.
Chegou a hora do Brasil negociar duro, se o govoerno tivesse comprado os F-18 (desatualizados), americanos, hoje eles não estariam esnobando. Essa DILMA! Eugênio l Costa
ResponderExcluir