.25/11/2011
Ilustração do ContrapontoPIG
Jornal O Povo (CE) - 25/11/2011
Paulo Porto*
Não resisti em comentar um artigo com título homônimo, do ótimo psicanalista Contardo Calligaris, publicado na Folha de S. Paulo recentemente.
O texto ajuda a compreender os inacreditáveis comportamentos de alguns chefes com seus subordinados, de violências físicas e verbais entre casais ou amigos.
Ele comenta da explosão da homofobia e do ódio discriminatório na mesma proporção em que as sociedades se tornam através das leis e da evolução no comportamento, mais tolerantes.
Como psicanalista, Contardo faz uma explicação clássica da homofobia: “Quando as minhas reações são excessivas, deslocadas e difíceis de serem justificadas é porque emana de um conflito interno. Por que afinal me incomodaria meu vizinho ser homossexual e beijar outro homem na boca? E o que acontece é: como estou com dificuldades de conter a minha própria homossexualidade, então é mais fácil reprimir a dos outros, ou seja, condená-la, persegui-la, se possível até fisicamente, porque isso me ajuda a conter a minha”.
A tese é comprovada por pesquisadores da Universidade da Geórgia, que anos atrás, selecionaram 64 homens que se apresentavam como sendo exclusivamente heterossexuais. Após um teste clássico que estabelece o índice de homofobia, foram compostos dois grupos: os não homofóbicos e os homofóbicos. Todos vestiram um plastimógrafo peniano (que vem a ser um instrumento com o qual se registra a ereção, mínima que seja). Todos foram expostos a vídeos pornográficos, mostrando cenas de sexo consensual entre heterossexuais e homossexuais. Confirmou-se a interpretação da psicologia onde: indivíduos homofóbicos demonstram excitação sexual diante de estímulos homossexuais.
Portanto, humilhados e ofendidos, quando receberem um grito ou uma grosseria de um chefe ou companheiro, saibam que por trás de um bruto e mal educado pode haver uma ótima figura humana, se resolvesse aceitar seus desejos e sua identificação sexual.
*Paulo Porto. Geógrafo e empresário
pauloportolima@me.com
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Pesos e medidas
ResponderExcluirA presidenta Dilma Rousseff, chefe de Estado e de Governo foi eleita com milhões de votos da maioria dos brasileiros para dirigir a Nação. Ela está em outro patamar, o mais alto e importante cargo da República do Brasil.
Assim, a Presidenta somente deve explicação ao povo brasileiro, isto no caso de questões de alta relevância social e política, como por exemplo, aquelas que afetam o destino e o bem estar do povo, a segurança e a independência do Brasil.
A presidenta Dilma não foi eleita para responder idiotices de um deputado do nível de Bolsonoro (PP/RJ). Uma resposta é tudo que ele deseja e sonha, seria a suprema glória para o ego do medíocre parlamentar, representante de uma minoria atrasada já em fase de declínio.
Chico Barauna
26-11-2011.