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30/12/2012
Dilma: em 10 anos, o PT mudou a agenda do País
Do Brasil 247 - 30 de Dezembro de 2012 às 06:26
Presidente faz balanço sobre o ciclo de
uma década do Partido dos Trabalhadores no poder e afirma que o combate
à desigualdade passou a ser política de estado; ela afirma ainda que os
avanços recentes foram construídos sobre uma base sólida, que
consolidaram o Estado de Direito, a estabilidade econômica e o
funcionamento independente das instituições
247 - No momento em que o PT completa
uma década à frente do governo federal, a presidente Dilma Rousseff
publica artigo na Folha, em que fala sobre as conquistas desse período,
marcado, segundo ela, sobretudo pelos avanços no combate à desigualdade
social.
Leia abaixo:
Dez anos de avanços
O desafio para os próximos anos é,
simultaneamente, acabar com a miséria extrema e ampliar a
competitividade da economia do nosso país
Os dez anos de governos liderados pelo Partido dos Trabalhadores marcam a incorporação de uma nova agenda para o Brasil.
O combate à desigualdade social passou a ser uma política
de Estado, e não mais uma ação emergencial. Os governos do presidente
Lula e o meu priorizaram a educação, a saúde e a habitação para todos, a
retomada dos investimentos públicos em infraestrutura e a
competitividade da economia.
Na última década, raros são os países que, como o Brasil,
podem se orgulhar de oferecer um futuro melhor para os seus jovens. A
crise financeira, iniciada em 2007, devastou milhões de empregos e
esperanças no mundo desenvolvido.
No Brasil, ocorreu o contrário. Cerca de 40 milhões de
pessoas foram incorporadas à chamada nova classe média, no maior
movimento de ascensão social da história do país. A miséria extrema
passou a ser combatida com uma ação sistemática de apoio às famílias
mais pobres e com filhos jovens.
Através do programa Brasil Carinhoso, somente em 2012
retiramos da pobreza extrema 16,4 milhões de brasileiros. Entre 2003 e
2012, a renda média do brasileiro cresceu de forma constante e a
desigualdade caiu ano a ano. Nesta década, foram criados, sem perda de
direitos trabalhistas, 19,4 milhões de novos empregos, sendo 4 milhões
apenas nos últimos dois anos.
Reconhecer os avanços dos últimos dez anos significa
também reconhecer que eles foram construídos sobre uma base sólida.
Desde o fim do regime de exceção, cada presidente enfrentou os desafios
do seu tempo. Eles consolidaram o Estado democrático de Direito, o
funcionamento independente das instituições e a estabilidade econômica.
Acredito que os futuros governos tratarão como conquistas
de toda a população nossos programas de educação -como o Pronatec, de
formação técnica, o ProUni e o Ciência Sem Fronteiras- e de eficiência
do Estado -como os mecanismos de monitoramento de projetos do PAC
(Programa de Aceleração do Crescimento) e a transparência na prestação
de contas da Lei de Acesso à Informação.
O Brasil que emerge dos últimos dez anos é um país mais
inclusivo e sólido economicamente. O objetivo do meu governo é
aprofundar estas conquistas.
O desafio que se impõe para os próximos anos é,
simultaneamente, acabar com a miséria extrema e ampliar a
competitividade da nossa economia. O meu governo tem enfrentado estas
duas questões. Temos um compromisso inadiável com a redução da
desigualdade social, nossa mancha histórica.
Ao longo de 2012, lançamos planos de concessões de
rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, que abrem as condições para um
novo ciclo virtuoso de investimento produtivo. Reduzimos a carga
tributária, ampliamos as desonerações na folha de pagamento e, em 2013,
iremos baratear a tarifa de energia.
São medidas fundamentais para aumentar a competitividade
da
s empresas brasileiras e gerar as condições de um crescimento
sustentável.
Iremos aproveitar a exploração do pré-sal para concentrar
recursos na educação, que gera oportunidades para os cidadãos e melhora a
qualificação da nossa força de trabalho.
É a educação a base que irá nos transformar em um país
socialmente menos injusto e economicamente mais desenvolvido. Um Brasil
socialmente menos desigual, economicamente mais competitivo e mais
educado. Um país que possa continuar se orgulhando de oferecer às novas
gerações oportunidades de vida cada vez melhores. Um país melhor para
todos.
Tenho certeza que estamos no rumo certo.
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