terça-feira, 25 de abril de 2017

Nº 21.297 - "GREVE GERAL — A REVOLUÇÃO não faltará ao encontro!"


25/04/2017

GREVE GERAL — A REVOLUÇÃO não faltará ao encontro!


Do Cafezinho - , Postado em Redação Escrito por 


 

Por Christiele Dantas

A Greve Geral é uma Greve Política. Significa a união da Sociedade contra o Estado. No caso do Brasil, representa a reunião de uma parte da Sociedade que não possui privilégios contra outra parte que se sustenta no conluio com o Estado. A Greve Geral do dia 28 de abril tem a missão de demarcar os lados da guerra entre a autogestão popular e o governo oligárquico.

Por isso, a pauta reivindicatória está para além das bandeiras levantadas em 2016, encampadas pela defesa da Democracia. É uma Greve contra a perda de direitos e contra o ataque à Constituição Cidadã. È uma Re-Ação, um convite ao Combate. Não se resume a uma Greve de apoio a lideranças de esquerda abaladas. A Greve Geral é um clamor pela REVOLUÇÂO. E sem a REVOLUÇÂO, todos os Golpes foram, são e serão vitoriosos.

Abril de 1964. Os gorilas assaltaram o poder. O governo em exercício aceitou e a esquerda que o apoiava ficou paralisada. Veio a resistência, hegemonicamente pautada pela defesa da democracia.

Agosto de 2016. Uma quadrilha assalta o poder. O governo em exercício se defendeu, dentro dos termos cunhados pelos assaltantes. A esquerda que o apoiava ficou paralisada. Vem a resistência, hegemonicamente pautada pela defesa da democracia.

Para Darcy Ribeiro, João Goulart era reformista e na ocasião do Golpe de 64, considerava sua queda menos catastrófica que o desencadeamento e a condução de uma Revolução Social. Toda uma geração de intelectuais da esquerda trocou o primado da REVOLUÇÃO, pelo resgate e restabelecimento da Democracia. Representam posicionamentos politicamente orientados, em especial pelo Partidão (PCB), que viu todo seu projeto de aliança com o governo reformista esvair-se com a rotura da legalidade.

Para Jacob Gorender, as reformas de base, superdimensionadas e sobrevalorizadas pela historiografia marxista, só ganharam importância na pauta do governo Jango, após perder crédito junto às forças conservadoras, uma vez que se demonstrara incapaz de conter o descalabro e subjugar as forças da esquerda. Diante do impasse, Jango busca aliança com Luiz Carlos Prestes, secretário geral do PCB.

Prestes entregou irrestrita e publicamente a direção da REVOLUÇÃO a Jango. Nenhuma das lideranças operárias e nacionalistas mostrou audácia e iniciativa de luta. “Todos ficaram à espera do comando do Presidente da República. Fracassaram não só os comunistas, mas também Brizola, Arraes, Julião e os generais nacionalistas. Jango não quis a luta, receoso de que a direção política lhe escapasse e se transferisse às correntes de esquerda. Colocou a ordem burguesa acima de sua condição política pessoal”, constata J. Gorender.

Em 1964 existia uma situação pré-revolucionária nunca antes vista na história do Brasil A dependência à figura do líder, ensejada pela cultura paternalista, foi fator primordial para o fracasso da esquerda.

O vazio da retração do PCB foi preenchido por novas organizações surgidas de suas próprias fileiras. Para Marighela e sua Ação Libertadora Nacional (ALN), só a ação faria a vanguarda. O Golpe mostrou o despreparo da esquerda, mergulhada no fatalismo histórico de que a burguesia é a força dirigente da revolução brasileira. Resultado: o abandono das posições de classe e a inação generalizada.

Em 2016, a esquerda se encontrava fragmentada. Parte dela aceitava de bom grado os frutos do reformismo, que saciou a nova classe média com o poder de consumo. Outra parte, presente às jornadas de junho de 2013, atacava a atualização do paternalismo de Estado e seus desdobramentos. O processo de derrubada da presidenta eleita reunificou boa parte da esquerda, em defesa da DEMOCRACIA. Foi o início da batalha contra os usurpadores do poder e seu projeto de desmonte do Estado de Bem Estar Social. Sempre partindo do pressuposto da DEMOCRACIA, tida como valor universal. Nos discursos Anti-Golpe, quase sempre, a REVOLUÇÃO se ausenta.

Em 1917, primeira GREVE GERAL no Brasil, organizada por sindicatos anarquistas e comunistas, marcou o início da luta dos trabalhadores. Sua bandeira: a REVOLUÇÃO!

100 anos depois, 28 de abril de 1917. Rumamos para a GREVE GERAL. A Greve é a ação vanguardista que paralisa a plutocracia. Não às Reformas! Não ao Reformismo! Que possamos correr de peito aberto e com sangue nos olhos ao encontro da REVOLUÇÃO. Sem Pátria e sem Patrão!

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