segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Contraponto 14.912 - "CNT/MDA: Dilma abre 9 pontos no segundo turno"

Aécio Neves, que havia registrado 17,6% das intenções de voto na última terça-feira 23, cresceu para 19,8% nesta segunda-feira 29, se aproximando da segunda colocada. O avanço da candidata à reeleição, que agora tem 40,4% das intenções de voto, foi de 4,4 pontos se comparado com a última pesquisa.

Luciana Genro (PSol) cresceu de 0,9% para 1,2%. Já Pastor Everaldo (PSC) reduziu de 0,8% para 0,6%. Os outros candidatos aparecem com 0,5%, enquanto votos brancos e nulos somam 5,9%. Outros 6,4% não sabem ou não responderam.

Em simulação de segundo turno entre Dilma e Marina, a presidente seria reeleita com 47,7% das intenções de voto, contra 38,7% da adversária, uma vantagem de nove pontos percentuais. Na pesquisa anterior, essa distância era de apenas um ponto percentual: 42% de Dilma contra 41% de Marina.

No cenário entre Dilma e Aécio, ela tem a preferência de 49,1% dos eleitores, enquanto o tucano aparece com 36,8%. No terceiro cenário, que simula a disputa de segundo turno entre Marina e Aécio, a candidata do PSB tem 41,1% das intenções de voto, contra 36% do presidenciável pelo PSDB.

Segundo a pesquisa, Dilma e Marina lideram a lista dos candidatos com mais probabilidade de receberem votos dos indecisos. Dos entrevistados que ainda não sabem em quem votar, 43,8% dizem que poderão votar na petista; 40,6% citam Marina Silva; 28,9% poderão votar em Aécio. A resposta era de múltipla escolha.

Avaliação do governo Dilma

A avaliação positiva do governo cresceu na última pesquisa, aponta o levantamento. Entre os entrevistados, 41% consideram o governo da presidente Dilma ótimo ou bom. Na pesquisa anterior, o índice estava em 37,4%. A avaliação negativa passou de 25,1%, do levantamento anterior, para 23,5%.

Também com alta (de 4,2 pontos), a aprovação do desempenho pessoal de Dilma Rousseff chegou a 55,6%. O total de eleitores que a desaprovam caiu de 43,8% para 40,1%.
Neste levantamento, foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 estados das cinco regiões, nos dias 27 e 28 de setembro de 2014. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

Confira a íntegra da pesquisa clicando aqui
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Contraponto 14.911 - Vantagem de Dilma sobre Marina no 2º turno sobe para 9 pontos em pesquisa CNT/MDA

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29/09/2014

 

Vantagem de Dilma sobre Marina no 2º turno sobe para 9 pontos em pesquisa CNT/MDA

 
Diário do Centro do Mundo - Postado em 29 de setembro de 2014 às 5:16 pm


Com atraso, a nova pesquisa CNT/MDA divulgada na tarde desta segunda-feira (29) revelou que a vantagem da candidata do PT Dilma Rousseff cresceu frente Marina Silva. Dilma ampliou a vantagem frente Marina para 15,2 pontos no primeiro turno, ante 8,6 pontos na pesquisa da semana passada. No segundo turno, a vantagem é de 9 pontos.

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Na pesquisa estimulada, a petista conta com 40,4% das intenções de voto, 4,4 pontos a mais que na rodada divulgada na semana passada. Já Marina Silva (PSB) aparece com 25,2%, com redução de 2,2 pontos em relação ao levantamento anterior. Aécio Neves (PSDB) aproximou-se de Marina, com 19,8% e aumento de 2,2 pontos.

Luciana Genro (PSol) cresceu de 0,9% para 1,2%. Já Pastor Everaldo (PSC) reduziu de 0,8% para 0,6%. Os outros candidatos aparecem com 0,5%, enquanto votos brancos e nulos somam 5,9%. Outros 6,4% não sabem ou não responderam.

Na simulação de segundo turno entre Dilma Rousseff e Marina Silva, essa é a primeira vez que a petista aparece à frente da socialista. Com vantagem de 9 pontos, Dilma tem 47,7% das intenções de voto, enquanto Marina aparece com 38,7%. Na pesquisa divulgada semana passada, as duas estavam tecnicamente empatadas. A candidata do PT tinha 42% das intenções enquanto a do PSB estava com 41%.

No cenário simulado entre Dilma Rousseff e Aécio Neves, ela tem a preferência de 49,1% dos eleitores, enquanto o tucano aparece com 36,8%. No terceiro cenário, que simula a disputa de segundo turno entre Marina e Aécio, ela tem 41,1% das intenções de voto, contra 36% do candidato do PSDB.

A pesquisa foi realizada entre os dias 27 e 28 de setembro de 2014 e foram ouvidos 2002 eleitores. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais e o registro foi feito no TSE sob o código BR-00892/2014.
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Contraponto 14.910 - "Diogo: Aécio, paladino da ética, invoca Tiradentes e Tancredo"

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29/09/2014

 

Diogo: Aécio, paladino da ética, invoca Tiradentes e Tancredo




Do Viomundo - publicado em 29 de setembro de 2014 às 13:11



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sugerido pelo leitor Diogo, nos comentários

Da Redação

Abaixo, um documentário sobre o choque de gestão em Montezuma — feito graças ao financiamento de nossos assinantes — cidade em que o governo de Minas, quando Aécio era governador, asfaltou a pista do aeroporto local.

Por coincidência é a cidade onde o pai do candidato tinha terras, que hoje estão no patrimônio declarado de Aécio.

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Contraponto 14.909 - "Ibovespa sinaliza que Dilma pode ganhar em 1º turno"

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 29/09/2014

 

Ibovespa sinaliza que Dilma pode ganhar em 1º turno 

 

Brasil 247 - 29 de Setembro de 2014 às 11:05

 

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Soma da pesquisa Datafolha com 40% de intenções para a presidente Dilma Rousseff, promessa não cumprida da revista Veja de lançar uma bomba sobre a sucessão e fiasco de Marina Silva no último debate entre candidatos agitam mercado financeiro; depois de cair 5,4%, perdas eram de 4,21% às 15h19, aos 54.849 pontos; ações da Petrobras já chegaram a perdas de 10%; à tarde, queda dos papéis da estatal era de 9%; investidores e especuladores contabilizam chance cada vez mais alta de Dilma liquidar a eleição já no domingo 5; mercado nunca escondeu mau humor com a presidente

247 – O mercado financeiro acredita numa vitória da presidente Dilma Rousseff já no primeiro turno da eleição presidencial. É o que sinaliza o Índice Bovespa, em São Paulo, na abertura do pregão desta segunda-feira 29, a abertura da reta final da eleição presidencial. A soma de três fatores explicam a derrubado índice, puxada por uma baixa nas ações da Petrobras que chegava a 9% às 10h45: a pesquisa Datafolha, divulgada na sexta-feira 26, com 40% de intenções de votos para a presidente Dilma Rousseff e declínio da candidata Marina Silva, do PSB, além de uma parada na volta ao crescimento de Aécio Neves, do PSDB; a suposta bomba que não foi detonada na revista Veja, que prometia novas denúncias surgida na delação premiada do doleiro Alberto Yousseff; e o pífio desempenho de Marina no último debate presidencial, no qual não soube explicar seu voto contrário à CPMF.

Por todas essas razões, o mercado, que nunca escondeu não querer a vitória de Dilma, passou um recebido de que, politicamente, a seis dias das urnas, ela nunca teve tão boas condições como agora de vencer no primeiro turno.

Abaixo, notícia do site Infomoney, parceiro de 247:

Ibovespa cai mais de 5% após Datafolha, com Petrobras despencando mais de 10%

Atual presidente praticamente dobrou sua vantagem sobre Marina Silva (PSB) no primeiro turno da eleição

SÃO PAULO - O Ibovespa registra forte queda nesta segunda-feira (29), após pesquisas eleitorais divulgadas na sexta-feira à noite mostrarem nova melhora da presidente Dilma Rousseff na corrida presidencial. Às 10h20 (horário de Brasília), o benchmark da bolsa brasileira caía 5,23%, aos 54.251 pontos.

Dentre os papéis que são negociados nesta manhã, destaque para Bradesco (BBDC3, R$ 35,24, -7,53%; BBDC4, R$ 35,58, -7,32%), Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 35,10, -6,90%), Itaúsa (ITSA4, R$ 9,44, -6,81%) e Eletrobras ON (ELET3, R$ 6,87, -6,28%). O dólar tem um dia de forte alta de cerca de 2%, enquanto os contratos de juros futuros com vencimento entre 2017 e 2019 chegam a subir entre 2 pontos percentuais e 4,5 pontos percentuais.

As ações PN da Petrobras têm queda de mais de 10%, após a petrolífera já marcarem queda de quase 10% em Nova York mais cedo. As ações ordinárias da Petrobras abriram em queda de 8,88% por volta das 10h12, a R$ 18,06, enquanto o Banco do Brasil cai mais de 8%. Os papéis da Vale caem mais de 2%, também repercutindo a nova queda do preço de minério de ferro. Em somente em um minuto de Bolsa, as ações da estatal já perderam R$ 12,39 bilhões na Bolsa e é a maior queda desde novembro de 2008, quando houve circuit break.

Levantamento do Datafolha mostrou que a candidata à reeleição pelo PT praticamente dobrou sua vantagem sobre Marina Silva (PSB) para o primeiro turno da eleição, no próximo domingo, e passou a ter vantagem numérica em relação à candidata do PSB em simulação de um segundo turno. Na mesma linha, pesquisa Sensus mostrou a petista liderando com folga as intenções de voto para o primeiro turno, ao mesmo tempo em que diminuiu a vantagem de Marina sobre Aécio Neves (PSDB).
O quadro externo desfavorável corroborava as perdas, com declínio nos índices futuros norte-americanos e nas bolsas europeias, em meio a manifestações civis em Hong Kong.

Vale ressaltar que o mercado havia registrado alta na última sexta-feira, esperando um Datafolha mais favorável à candidata Marina Silva, o que não aconteceu, mas também esperando novas notícias da Veja. A revista mostrou que a campanha de Dilma Rousseff em 2010 pediu dinheiro a Paulo Roberto Costa, diretor do abastecimento da estatal, mas não deve ter tantos efeitos sobre a candidatura da petista. Assim, o mercado pode devolver a alta registrada na última sexta-feira.

Em meio à alta do dólar, somente as ações das exportadoras Fibria e Suzano registram leve alta.
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Contraponto 14.908 - "Dilma fará embate mais sistemático !"

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29/09/2014

Dilma fará embate
mais sistemático !

Isso requer uma Ley de Medios !



Conversa Afiada - 29/09/2014



Saul Leblon chama a atenção para uma segunda vitória da Dilma:  

A ficha caiu 

 

A fatalidade de um arrocho doloroso, ganhe quem ganhar, é o novo bordão do jogral do Brasil aos cacos. A receita foi condensada em editorial do Financial Times.


por: Saul Leblon


Nenhuma frase resume de forma tão incisiva o cavalo de pau ocorrido na política brasileira nos últimos 20 dias –a forma como ele se deu, a intensidade do confronto que o desencadeou e os seus desdobramentos para o futuro– quanto o desabafo da presidenta Dilma Rousseff na última 6ª feira.


Em entrevista a um grupo de blogueiros, ‘sujos, ideológicos’, como a eles se refere o higienismo isento, a candidata explicitou assim o divisor que marcará o seu possível segundo mandato: ‘Terei um embate (político) mais sistemático; não serei mais tão bem comportada; me levaram para um outro caminho, que não era o que eu queria’.


Nenhuma liderança responsável escolhe o caminho do embate sistemático como sua primeira opção.


Um chefe de Estado tem obrigação de esgotar as linhas de menor resistência na consecução de seus compromissos.


A rotina de confrontos carente de uma correlação de forças pertinente, não raro imobiliza a sociedade, asfixia a economia, prejudica, em primeiro lugar, os mais pobres.


A história de Dilma não autoriza ninguém a caracterizá-la como uma mulher desprovida de coragem pessoal e política.


São essas referências que adicionam abrangência superlativa ao desabafo da presidenta e candidata.


Mais que isso.


Sua assertiva ecoa um sentimento coletivo no campo progressista. Inclua-se aí o estado de espírito da ala majoritária do PT, da qual faz parte a principal liderança política do partido e do país: Lula.


Em três mandatos presidenciais sucessivos predominou nesses protagonistas a determinação de restringir o confronto direto com os interesses conservadores na faixa de segurança permitida por uma correlação de forças adversa.


O marcador mais significativa dessa adversidade é a própria abrangência da coalizão de governo. O que antes parecia uma contingência administrável –ainda que a um custo político cada vez mais asfixiante— evidenciou nestas eleições os contornos de um ciclo esgotado.


Três fatores convergiram para essa condensação:


1) o desespero conservador com possibilidade de um quarto ciclo presidencial fora do poder –o que poderá significar a morte do PSDB;


2) a redução da margem de manobra na economia, após seis anos de crise mundial, gerando insatisfação e rupturas – entre as quais alinham-se as manifestações de junho do ano passado, e


3) o surgimento de uma candidatura competitiva, capaz de reabrir as portas do poder ao conservadorismo – e a um revival extremado do modelo neoliberal dos anos 90.


No final de agosto esse conjunto formava um aluvião anti-Dilma.


Era tão denso que expoentes do colunismo conservador ejaculavam precocemente a derrota irreversível do ‘lulopetismo’.


O catalisador do êxtase, a candidata Marina Silva, chegou a abrir 10 pontos de vantagem, então, nas enquetes de 2º turno do Datafolha.


O resto é sabido (leia ‘Uma semana para não esquecer’; nesta pág)


O sinal de alarme ensejou no PT o fulminante arremate de uma inquietação disseminada, mas que aguardava o safanão de uma crise para emergir .


Em um encontro de balanço da campanha em São Paulo, dia 5, coube a Lula sintetizar a lição da qual tampouco não se eximia:


‘Nós ficamos economicistas; não nos faltam obras, mas política’, diagnosticou para prescrever o antídoto: ‘Temos que demarcar o campo de classe dessa disputa: é preciso levar a política à propaganda’.


A partir de então a essência radicalmente neoliberal embutida no programa de Marina Silva passou a ser floculada do espumoso caudal de 242 páginas.


O extrato dessa depuração tem sido exposto à luz do sol em uma narrativa pedagógica, determinada a tipificar um a um seus riscos históricos, estratégicos e sociais.


Pertence à mesma mutação em curso o desabafo feito pela Presidenta Dilma na entrevista aos blogueiros, na 6ª feira passada.


Dilma passou a dar nomes aos bois.


Porém, mais que isso.


Anunciou que num eventual novo governo, essa dimensão do embate político, mitigada pela prioridade administrativa da gestão, passará a desfrutar de espaço nobre.


Pode-se argumentar que se trata apenas de um arroubo dirigido a plateia receptiva.


E que tudo voltará a ser como sempre –na verdade, muito pior– caso as urnas de outubro concedam um quarto mandato presidencial ao PT.


Afinal, a fatalidade de um ‘arrocho doloroso’, ganhe quem ganhar, é o novo bordão do jogral do Brasil aos cacos.


É assim que o conservadorismo se calça, diante da eventual vitória do PT, tentando desde reduzi-lo a um frango desossado da Sadia, que só se equilibra espetado em interditos e ajustes incontornáveis.


Ou não será isso que o editorial do Financial Times adianta neste sábado?


Referência dos mercados internacionais –e das pautas nacionais, ao lado da Economist, o diário londrino afirma que a redução em curso na liquidez mundial, por conta da proximidade da elevação dos juros nos EUA, exigirá ‘uma quase inevitável’ e ‘dolorosa correção em países como Brasil, Turquia e África do Sul’.


Por ‘dolorosa’, entenda-se: choque de juros, arrocho fiscal, redução do poder de compra das famílias assalariadas, privatizações (‘flexibilizar o pré-sal’) etc


Sim, a agenda da frente única do conservadorismo que assessores de Marina e Aécio tem vocalizado às platéias extasiadas de banqueiros e com a qual se pretende depenar o PT num eventual segundo turno em outubro.


A receita vendida pelo conservadorismo talvez fosse inevitável, de fato, se o desabafo de Dilma e de Lula nestas eleições significasse apenas um ponto fora da curva.


Um rompante, e não a trajetória final da ficha que acelerou sua aterrissagem no discernimento do partido nos últimos anos.


O acelerador dessa curva tem um motor turbinado.


Seu combustível é o ponto de exaustão atingido pelas relações entre o partido, seus dirigentes e a mídia conservadora.


Marmorizada de ódio político e desrespeito pedestre, a guerra fria cabocla contra o PT ensejou uma experiência de acuamento até certo ponto nova na existência do partido – ainda que virulenta para saturar um ciclo.


Círculos dirigentes e militantes mais antigos não experimentaram nada parecido antes. Nem mesmo na sua origem, nos anos 70/80, quando operários do ABC se colocaram frontalmente contra o regime militar, em desafio aberto ao poder armado e empresarial.


Sedimentou-se ali, ao contrário, com base em uma cumplicidade que parecia ampla e sólida, a suposição de que haveria da parte da imprensa se não apoio, ao menos respeito com o avanço da luta dos trabalhadores.


Mais que isso: tolerância com a criação de um partido próprio, de recorte socialista ecumênico.


Ancorada na intensidade histórica de uma fase alegre dos consensos democráticos, criou-se assim uma jurisprudência petista.


A mediação com o conjunto da sociedade, embora marcada pela má vontade de chefias e donos de jornais, estava sendo feita a contento pelos meios de comunicação.


Até o 2º governo Lula, o PT nunca incluíra entre as suas prioridades efetivas a d regularizar o sistema de comunicação existente para torná-lo mais plural.


Do mesmo modo, nenhum dirigente histórico deu ao projeto de construção de uma mídia própria, a prioridade política, financeira e mobilizadora devotada, por exemplo, a uma campanha eleitoral.


A proximidade com os jornalistas – muitos dos quais renunciariam a cargos e carreiras para se engajar na construção do partido e nas campanhas eleitorais dos tempos pioneiros- cevou ilusões.


O trânsito fácil com a imprensa sugeria haver espaço a ocupar na caixa de ressonância da grande indústria de notícias.


Um consenso algo ingênuo, algo acomodato enxergava uma margem de manobra nas redações; a cota de tolerância não se esgotara.


A derrota para Collor em 1989, quando a Globo manipulou a edição do debate decisivo da campanha, e deu quase dois minutos adicionais ao ‘caçador de marajá’ no Jornal Nacional, abalou essa inércia.


Mas não construiu uma novo diagnóstico político, forte o suficiente para renovar a agenda em relação ao poder midiático.


A liderança de massa de Lula atingiu seu auge e reverberou no país durante os oito anos que esteve à frente de um governo exitoso no plano social e econômico.


O prestígio esmagador dentro e fora do Brasil empalideceu o cerco midiático diante da obrigatoriedade de se conceder espaço e voz ao Presidente.


O conjunto coagulou o debate petista sobre o papel da comunicação na construção de uma democracia social em um dos países mais desiguais do planeta.


Parecia desnecessário diante dos êxitos econômicos sucessivos que calavam uns e aciavam outros.


Nesse idílio escaparia a Lula e aos dirigentes petistas a brutal transformação em marcha no interior da mídia e na própria composição das redações.


Ao longo de duas década de polarização entre a agenda afuniladora do neoliberalismo e a da implantação de um Estado social tardio no país, o jornalismo brasileiro sofreria uma mudança qualitativa de pauta e estrutura.


A tentativa de impeachment de Lula em 2005, já no ciclo da chamada crise do ‘mensalão’ – que culminaria em 12 de novembro de 2013 com a condenação dos dirigentes José Dirceu e Genoíno à prisão – sacudiu a inércia petista com força pela primeira vez.


O espaço de tolerância acalentado ainda por emissários autonomeados, que traziam recados dos donos de jornais e revistas sobre o preço a pagar por uma trégua na escalada golpista, perdeu eco na cúpula do governo.


Lula, a contrapelo dos punhos de renda do petismo, recorreu então ao movimento sindical.


A palavra ‘golpe ‘ foi entronizada no discurso da resistência – para horror dos que teimavam em buscar um acordo com o dispositivo midiático conservador.


Numa quadra de clamorosa falência do projeto neoliberal, o tridente udenista da corrupção e a demonização da esquerda como sujeito histórico degenerado, pôs-se a campo ainda como mais força, a partir de então.


Tornou-se a pauta-jogral de um dispositivo midiático reestruturado para esse fim.


Qual?


Fazer do segundo mandato de Lula a evidência de que essa dissonância histórica não seria mais tolerada na democracia tutelada pelo poder do dinheiro.


Instalou-se um termidor antipetista nas redações.


A ilusão na mídia como ambiente democrático permissivo à formação da consciência crítica e progressista da sociedade deixou de existir.


A percepção dessa ruptura e os desdobramentos políticos que ela acarreta cristalizaram-se no linchamento midiático que orientou as togas inebriadas pelos holofotes, na Ação Penal 470.


O que Dilma está dizendo agora, portanto, não é um acidente de percurso.


Está sedimentado nas estocadas de uma espiral virulenta que , como ela mesma diz, ‘me levaram para um outro caminho, que não era o que eu queria’


A ficha da crispação conservadora caiu definitivamente nesta campanha de 2014.


O PT e sua propaganda redescobriram que não se faz política sem definir o adversário, dizer o que ele representa, por que precisa ser derrotado, as perdas e danos de se entregar o país de volta ao poder conservador.


Por enquanto isso é feito na janela que o horário eleitoral abriu ao partido em meio ao monólogo conservador que dá aos dois minutos de Marina uma extensão de horas.


Mas e depois que ela se fechar outra vez?


‘Vou fazer a regulação econômica da mídia’, sacramentou Dilma na entrevista da 6ª feira aos blogs ‘sujos e ideológicos.


Isso não é pouco.


Não apenas pelo efeito esclarecedor que exerce na opinião pública, hipnotizada pelo jogral do Brasil aos cacos.


O que Dilma está vocalizando é uma agenda, não uma medida solteira.


Se socialismo é levar a democracia às suas últimas consequências, a pluralidade da informação que isso requer não pode ser confundida com a disseminação de tablets e celulares de última geração entre os brasileiros.


A disjuntiva que se coloca é entre a livre formação do discernimento político da sociedade ou a sua subordinação a um aparato claustrofóbico de difusão, que se avoca o direito de enclausurar a formação da opinião pública brasileira em pleno século XXI.


Não se trata de uma queda de braço ideológica, tangencial à gestão progressista do Estado.


É um problema do desenvolvimento brasileiro.


A presidenta Dilma incorporou a chave da eficiência às prioridades do seu governo.


Com razão: é obrigação progressista zelar pela cuidadosa aplicação dos fundos públicos, erigir um Estado transparente, capacitá-lo a mobilizar recursos e coordenar as ações da dura luta pelo desenvolvimento soberano e e justo.


Durante muito tempo, porém, errou-se ao não afrontar as demais intercorrências da agenda do Estado mínimo.


Entre elas a gororoba ideológica construída em torno da lingerie mais reluzente do conservadorismo: o fetiche da autossuficiência da gestão.


Confunde-se a opinião pública ao endossar falsas convergências redentoras, a exemplo do ‘fazer mais com menos’, que omite a verdadeira luta de sabre para dividir a fatura da crise e instaurar o passo seguinte do desenvolvimento. Ao não distinguir uma coisa de outra, corre-se o risco de endossar a tese que pretende equacionar a desordem atual com poções adicionais do veneno que a originou.


O colapso neoliberal trouxe para o colo do governo uma crise da qual a Nação é vítima e não sócia; as forças progressistas são adversárias, não co-autoras.


O nome da crise não é PT, não é gastança, não é Petrobrás, não é desrespeito ao tripé, como quer a constrangedora declamação de Marina Silva.


O nome da crise é capitalismo desregulado, é supremacia financeira, é a desenfreada ferocidade com que os capitais fictícios exigem um mundo plano de fronteiras livres e desimpedidos , por onde possam transitar à caça de fatias reais de uma riqueza, para a qual não se dispõem a contribuir, apenas se apropriar em espirais de bolhas recorrentes.


A dissonância de um Brasil que se propõe a construir um Estado de Bem-estar social tardio, regulado e soberano, precisa ser sufocada para que o fluxo incorpore esse promissor naco da riqueza mundial ao seu circuito.


‘Não há alternativa’, dizia Margareth Tatcher nos anos 70.


Quarenta anos depois e uma colapso da ordem neoliberal que se ombreia à crise de 1929, é o que continuam a dizer Aécio, a doce Marina e a mídia que os ancora.


É o que continua a pontificar o editorial do Financial Times, a vaticinar ‘um arrocho doloroso’ para o Brasil, ganhe quem ganhar as eleições do próximo domingo.


Os desequilíbrios de fato existem. Não se incorpora 60 milhões de ex-miseráveis e pobres ao mercado sem mexer nas placas tectônicas de uma ‘estabilidade capitalista’ alicerçada em uma das mais desiguais estruturas de renda do planeta.


Há duas opções: avançar dar coerência estrutural e política à emergência desse novo ator, ou recuar e devolvê-lo à margem de origem. Custe o que custar.


Será ‘doloroso’ , avisa o Financial Times,sobre aquilo que Aécio, Marina e o colunismo isento vendem como virtude.


Para fazer diferente não basta buscar atalhos na gestão da macroeconomia.


A macroeconomia não é de esquerda, nem de direita.


Quem adiciona coerência à macroeconomia do desenvolvimento é correlação de forças da sociedade em cada época.


Para fazer diferente do que a frente única do conservadorismo apregoa será necessário coordenar as linhas de passagem de um novo ciclo histórico repactuando metas, concessões, prazos, avanços e salvaguardas com o conjunto das forças sociais.


Isso requer uma mídia pluralista para que possa acontecer. Foi essa sucessão de contingências que fez cair, definitivamente, a ficha histórica do PT em plena eleição de 2014.


A consciência desse aggiornamento estratégico talvez seja uma vitória tão importante quanto vencer no próximo domingo. Porque só assim será possível honrar os compromissos com a sociedade nos próximos quatro anos.

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Contraponto 14.907 - "Com 30% dos que a avaliam como "regular", Dilma vence no 1º turno"

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29/09/2014

 

Com 30% dos que a avaliam como "regular", Dilma vence no 1º turno



Com 40%, contra 27 de Marina e 18% de Aécio, segundo o DataFolha, Dilma luta para recuperar ao menos quatro pontos da candidata peessebista para levar a eleição no primeiro turno. O que os levantamentos atuais estão dizendo é que presidente já tem a totalidade dos votos dos que consideram o governo "ótimo" e "bom", mais que natural, mas não muito mais que 10% dos que o consideram "regular".

Cientistas políticos geralmente não atentam para esta questão de fundo semântico. Quando alguém avalia o governo ou o mandatário como "regular", ele pode estar dizendo "não-bom" ou "não-ruim".

O que são opções muito diferentes entre si. A avaliação do cenário discursivo do momento, levando em consideração a luta pela interpretação por parte dos atores políticos, é fundamental para compreender o que o eleitor quer dizer, e como ele se identifica com um discurso ou outro.

Os grandes meios de comunicação venderam a ideia e convenceram a muitos de que o país passaria por uma crise generalizada em todos os níveis: institucional, político, econômico, nas esferas da saúde, e da educação, da segurança etc.

Ora, depois de tanto esforço, o que se tem? Em torno de 25% da população concorda com essa avaliação. É muito pouco se levarmos em conta o poder de produção de consenso que os grandes meios ainda detêm hoje.

Para este quarto da população, nenhum esforço de DIlma para convencê-los do contrário será bem sucedido. Por outro lado, entre 34 e 38% da população nunca deixaram de considerar o governo "ótimo" ou "bom". A mídia passou longe de conseguir convencê-los do contrário.

O campo de batalha, portanto, seria entre aqueles que consideram o governo "regular", hoje variando entre 35 e 39%. Oposição e grande imprensa apostam na soma da avaliação "regular" com "ruim" e "péssimo". Só expressão de um desejo. Neste caso, a eleição de Dilma estaria perdida

definitivamente. Não é difícil imaginar que entre estes há quem considere o governo "de razoável para ruim". Mas não se pode deixar de considerar que também há aqueles que dizem que DIlma é uma governante de "razoável para boa".

Dimensionar estes dois subgrupos seria necessário, e os institutos de opinião não tiveram a simples ideia de desmenbrar este contingente - vamos chamá-lo aqui por puro comodismo de contingente de "regulares", para contrastá-los aos "pessimistas" e "otimistas". De qualquer forma, o que era espantoso é que não só Dilma vinha perdendo todos os "pessimistas", o que era mais que natural, assim como aqueles que a consideram "medíocre" (de razoável para ruim), mas também todos que possivelmente estariam no grupo dos que avaliam o governo entre "bom e razoável". Até recentemente DIlma só conseguia os votos dos otimistas convictos, quem estava convencido de que este governo é "ótimo" e "bom". Isso não é comum.

E não é comum ainda porque o consenso que a grande mídia visava era justamente a de uma situação caótica. Avaliação de governo como "regular" num cenário discursivo deste tipo é indício de resistência.

Mas por que então Dilma estaria perdendo mesmo os que a consideravam de "razoável" a "boa"? A chave da interpretação é o fator Marina. Ao enxergar na candidata do PSB uma espécie de "continuidade melhorada" do governo DIlma/Lula/PT, é possível que parte do contingente satisfeito "ma non troppo" tenha migrado de forma expressiva para a candidata do PSB.  Era a tal da imagem "Lula de Saias" (o que se reforçou com o déficit de carisma de Dilma). Mas o PT vem conseguindo marcar diferença, e a própria Marina vem se colocando como antítese dos governos Lula e Dilma.

O eleitor que considera o governo de "razoável a bom" não quer mudanças radicais (e é incrível o primarismo como a ideia de "mudança" foi interpretada pela maioria dos meios e mesmo cientistas políticos). É este eleitor que pode estar voltando para Dilma. Principalmente, baseado na nova classe média. E há margem para crescimento, mesmo até 5 de outubro, visto que a candidata à reeleição precisaria de não muito mais que 30% do contingente de quem avalia o governo como "regular", o que nas pesquisas eleitorais apareceria como um acréscimo de oito a dez pontos percentuais a mais (no embate direto com Marina, "roubando", portanto, de quatro a cinco pontos da candidata do PSB) .

Resta saber qual o universo total daquele subgrupo.

Fácil não é. Visto que Marina tem mais cara de "nova classe média" do que DIlma. E aqui não há nada próximo à tolice divulgada há poucos dias de que certos grupos "votariam emocionalmente".

"Ter cara" significa compreender os anseios e esperanças, compartilhar vivências. Dilma realmente não sustenta nenhuma imagem de "nova classe média", mas como o desmonte de Marina, muito mais próxima hoje de uma filiação a um modelo tucano do que de um paradigma petista de governança, está longe de ser impossível uma vitória em primeiro turno da atual presidente.
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Contraponto 14.906 - "Marina foi a grande derrotada do debate da Record"

 

29/09/2014 

 

Marina foi a grande derrotada do debate da Record

 


Revista Forum - setembro 29, 2014 01:00 


Marina foi a grande derrotada do debate da Record

Por Renato Rovai

O debate da Record teve o seu melhor momento no primeiro bloco, quando os candidatos pareciam estar com sangue nos olhos para mostrar as diferenças entre seus projetos. Foi neste momento, muito provavelmente de maior audiência, que Marina Silva foi disparada a pior no enfrentamento com seus adversários diretos. Dilma e Aécio foram muito melhores do que ela.
A candidata do PSB parecia muito nervosa e como se carregasse o mundo nas costas. Falava de forma ríspida e com olhar perdido. Não conseguiu responder de forma clara a pergunta de Dilma sobre o fato de ter afirmado que votara a favor da CPMF, quando o registro do Senado aponta que ela votou não em quatro momentos diferentes.

Dilma e Aécio falaram para os seus eleitores e certamente não perderam votos. Ambos podem, ao contrário, herdar eleitores que podem ter se decepcionado com Marina no enfrentamento de hoje.

Na parte debaixo da tabela quem se saiu melhor foi Luciana Genro (Psol), que conseguiu se diferenciar de Eduardo Jorge, mostrando que ele apesar de posições progressistas foi secretário de Serra e Kassab, e ao mesmo tempo também tirou uma casquinha de Marina, mostrando que ela faz um discurso de nova política, mas mantém posições bem tradicionais.

Genro, porém, patinou feio no seu embate final com Levy Fidelix. Ela chamou o candidato do aerotrem pra debater união homo afetiva e ele fez um dos discursos mais bizarros desta campanha eleitoral, chegando a comparar homossexuais com pedófilos. Na respost dele, por duas vezes Luciana ameaçou um sorrisinho de canto de lábio,. E na réplica preferiu falar que ninguém mais ali defendia a família do que ela, ao invés de lhe passar uma descompostura histórica.

O que fica deste debate da Record é que se Marina não se preparar melhor para o da Globo, corre o risco de ficar de fora do segundo turno. Aécio tem conseguido bons desempenhos nos últimos encontros. Ou seja, vem melhorando. Marina, ao contrário, vem piorando. Nos primeiros, debates seu discurso parecia diferente, mobilizador. Agora, Marina tem parecido mais velha política do que seus adversários, Fala, fala e não responde nada de forma objetiva. Muito ao estilo Odorico Paraguassu, personagem de O Bem Amado.

Se você quiser mais detalhes do debate, eu fiz uma cobertura online pelo meu Twitter. Passa lá no @renato_rovai e dá uma olhada na minha Timeline.
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Contraponto 14.905 - "Dilma aciona tratoraço contra Marina e Aécio para tentar vitória no primeiro turno; fala de Fidelix causa indignação"

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 29/09/2014

 

Dilma aciona tratoraço contra Marina e Aécio para tentar vitória no primeiro turno; fala de Fidelix causa indignação


Do Viomundo - publicado em 29 de setembro de 2014 às 2:09

bastidores


Candidatos conversam com assessores durante intervalo de debate na TV Record

por Luiz Carlos Azenha

Sorteada para fazer a primeira pergunta no debate promovido pela TV Record, no domingo à noite, a candidata Dilma Rousseff acionou o tratoraço contra a adversária Marina Silva. No preâmbulo da pergunta, disse que a candidata do PSB “mudou de partido” e de posição e perguntou porque Marina, quando senadora, “votou quatro vezes contra a criação da CPMF”, o imposto do cheque já extinto cujos recursos eram voltados exclusivamente para o orçamento da Saúde.

Marina não respondeu diretamente à pergunta.

Eram 11h50  da noite quando, num dos intervalos do debate, entrou um comercial de 15 segundos da campanha de Dilma batendo na mesma tecla. Depois de demonstrar que Marina falou uma coisa em um debate anterior — que apoiava a CPMF — e de mostrar os registros de votos contrários dela no Senado, o narrador concluiu: “Agora, falar que fez o que nunca fez, isso tem nome”. O comercial leva o telespectador a concluir que Marina mentiu.

A agressividade de Dilma Rousseff, que buscou confrontos diretos com Marina e Aécio Neves (PSDB) durante o debate da Record, é reveladora da estratégia petista na reta final. Expressa a crença na cúpula da campanha de que é possível garantir a vitória já no primeiro turno.

As pesquisas mais recentes mostram que Dilma cresceu tomando votos de Marina e convencendo indecisos. Na mais recente pesquisa Datafolha a presidente atingiu 45% dos votos válidos. Para chegar aos 50%, é indispensável que continue ganhando votos diretamente de Marina no mesmo ritmo que ganhou na semana passada.

A audiência do debate na Record demonstra interesse do eleitor na reta final. O programa bateu em 10 pontos, chegou a líder da audiência na Grande São Paulo e quando terminou, por volta das 12h30 de segunda-feira, estava em segundo lugar com 8 pontos. Cada ponto equivale a cerca de 100 mil domicílios da região metropolitana.

A estratégia dos marqueteiros de Dilma Rousseff tem sido a de usar os debates para produzir trechos de fala que serão reaproveitados no programa eleitoral da candidata, de mais de 12 minutos. Por isso, no debate da Record Dilma falou mais de uma vez em sua estratégia para combater a corrupção atacando a impunidade.

É a defesa antecipada numa semana que deve ser marcada por novas denúncias de corrupção envolvendo a coalizão governista, como é tradicional desde que o ex-presidente Lula assumiu o Planalto, em 2003.

Em 2006 e 2010, os eleitores foram às urnas em meio às denúncias de escândalos propagados pela mídia corporativa, especialmente pela coalizão Globo-Abril-Folha-Estadão.

Uma dica de que novas denúncias virão foi dada pelo próprio candidato Aécio Neves, que durante o debate na Record confrontou Dilma, lembrando que uma revista “de credibilidade” — certamente ele se referia à Veja — tinha noticiado que a campanha do PT em 2010 teria pedido dinheiro, através do ex-ministro Antonio Palocci,  ao esquema montado na Petrobras pelo então diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, com a participação do doleiro Alberto Youssef.

Desta feita, tudo indica que a “bala de prata” normalmente disparada pela mídia em véspera de votação será relacionada ao doleiro Youssef, que desde o escândalo do Banestado operou amplamente nos bastidores da política e do empresariado brasileiros.

No debate da Record, Aécio argumentou que só o dinheiro desviado pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, daria para colocar 450 mil crianças em creches e construir 50 mil casas do Minha Casa, Minha Vida. Com isso, sinalizou que na reta final deverá concentrar seus esforços para chegar ao segundo turno usando o tradicional “mar de lama” contra os governistas.

O tucano relacionou o desperdício de recursos públicos essenciais com a corrupção na Petrobras durante resposta à candidata Dilma, que quis saber se Aécio assumia o compromisso público de não privatizar a petrolífera.

Para a presidente, bater ao mesmo tempo em Marina e Aécio faz sentido, para evitar que o tucano fique com os eleitores que desistirem da candidata do PSB.

No embate com Aécio, Dilma sugeriu que por trás das denúncias contra a Petrobras existem os que pretendem enfraquecer a estatal para depois vendê-la. Teve a oportunidade de encaixar dois fatos notórios, o de que os tucanos venderam ações da petrolífera na bolsa de Nova York e tentaram mudar o nome da empresa para Petrobrax.

Marina Silva usou seu tempo no debate para dizer que vem sendo vítima de boatos: desmentiu que pretende mexer com o Bolsa Família e com o direcionamento do crédito público, que sustenta tanto o crédito rural quanto programas habitacionais como o Minha Casa, Minha Vida.

Foram entrevistas de assessores de Marina Silva que levaram outros economistas, como André Biancarelli, da Unicamp, a sustentar que mudanças no direcionamento de crédito poderiam colocar em risco setores importantes da economia brasileira.


Durante o debate na TV Record, em um dos embates que travou com Marina, a presidente Dilma lembrou que o crédito direcionado dos bancos públicos representa mais de R$ 1,3 trilhão.
Não há qualquer dúvida de que o programa de governo de Marina Silva considera “exausto” o modelo de crédito que vigiu durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff. É só conferir:


Captura de Tela 2014-09-29 às 01.42.16 
Captura de Tela 2014-09-29 às 01.42.28

Segundo o programa da coalizão liderada pelo PSB, um dos objetivos de Marina será o de reduzir o custo do crédito para as classes mais baixas.

Durante o debate, além de reclamar de que é vítima de boatos infundados, Marina Silva prometeu extinguir o papel do BNDES como favorecedor “de meia dúzia” de empresários, reafirmando acusação que já foi rebatida pelo assessor da presidência, Fábio Kerche, que acusou Marina de ser “imprecisa” sobre a atuação do BNDES 4 vezes em uma única frase.

*****

Demonstrando qual será o foco dos ataques contra Marina nos próximos dias, ainda na madrugada a equipe de Dilma distribuía por e-mail o seguinte texto:

Marina diz que votou a favor da CPMF, mas votou contra, e Dilma diz que ‘governar requer firmeza, coragem, posições claras e atitude firme’

Durante o debate entre candidatos à Presidência da República promovido pela Rede Record, Dilma Rousseff questionou a constante mudança de posicionamento da candidata Marina Silva sobre assuntos importantes ao País, e afirmou que “Governar requer firmeza, coragem, posições claras e atitude firme. Não dá para improvisar”.

A candidata do PSB afirmou ter votado a favor do Fundo de Combate à Pobreza, cuja composição seria feita por meio de recursos da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e impostos sobre cigarro. Contudo, Marina Silva votou contra a CPMF. Registros do site do Senado Federal (“votações nominais”) mostram que Marina ficou contra o tributo em 1995 e em 1999. Em 2002, a candidata do PSB não registrou seu voto, o que, no caso de propostas de emenda constitucional, equivale a ser contrário, uma vez que é preciso ter 49 votos “sim” para a aprovação.

Confira abaixo a tramitação da CPMF no Senado e os votos da então Senadora Marina Silva:
PEC 40/1995: Dispõe sobre a instituição de contribuição social para o financiamento das ações e serviços de saúde. Proposta foi aprovada e transformada em lei (Emenda à Constituição nº 12/1996).
Votação em 1º turno (18/10/1995) = Senadora Marina Silva votou contra
Votação em 2º turno (08/11/1995) = Senadora Marina Silva votou contra
PEC 34/1998: Prorroga, alterando a alíquota, a cobrança da contribuição a que se refere o artigo 74 do ato das disposições constitucionais transitórias por 36 meses. Proposta foi aprovada e transformada em lei (Emenda à Constituição nº 21/1999).
Votação em 1º turno (06/01/1999) = Senadora Marina Silva votou contra
Votação em 2º turno (19/01/1999) = Senadora Marina Silva votou contra
PEC 18/2002:  Altera os artigos 100 e 156 da Constituição Federal e o artigo 81 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, e acrescenta os artigos 84, 85, 86, 87 e 88 ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (Prorroga a vigência da CPMF até 31/12/2004). Proposta foi aprovada.
Votação (04/06/2002) = Senadora Marina Silva estava presente no plenário, mas não registrou voto.

*****

Nos bastidores do debate, quando os bancos e banqueiros foram citados pela primeira vez, a platéia buscou registrar a reação da educadora Neca Setubal, acionista do Banco Itaú, que chegou junto com a candidata Marina Silva. Entre Neca e o presidente do Partido Socialista Brasileiro, Roberto Amaral, uma cadeira vazia foi ocupada por uma bolsa. “Entre a banqueira e o socialista, há uma Prada”, observou uma ferina observadora da cena.

*****

A baixaria da noite ficou por conta do candidato Levy Fidelix, do PRTB. Quando debatia com Luciana Genro (PSOL) sobre a união civil de iguais, Fidelix afirmou que “dois iguais não fazem filho e o aparelho excretor não reproduz”. “Vamos enfrentar essa minoria”, conclamou ele, se dizendo avô e pai com “vergonha na cara”. Fidelix sugeriu que “esses que tem esse problema”, os homossexuais, busquem atendimento psicológico, mas não por perto.

O candidato do PRTB produziu outras frases folclóricas no debate da Record. Disse, por exemplo, que o Brasil corre o risco de uma “invasão bolivariana” e que enfraquecer o Exército brasileiro é parte de uma estratégia calculada do governo Dilma para permitir o sucesso de tal invasão.
As frases de Fidelix sobre a união civil causaram repúdio e indignação nas redes sociais. Ele confundiu deliberadamente homossexualismo com pedofilia. Curiosamente, não foi cobrado na réplica pela candidata do PSOL. Os demais candidatos também não se manifestaram sobre o assunto nas entrevistas pós-debate.

Leia também:
Dilma diz que Brasil está “maduro” para regulação econômica da mídia
                                                                                                                           

Contraponto 14.904 - " Para ir ao segundo turno, Marina mente descaradamente sobre CPMF"

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29/09/2014 

 Para ir ao segundo turno, Marina mente descaradamente sobre CPMF

 

Poços10- 18/09/2014

marinamente

Vários veículos da mídia já haviam registrado essa contradição na fala da candidata do PSB, repetida em alguns eventos de campanha. Ela afirmou em 26.ago.2014, durante o debate entre presidenciáveis na TV Bandeirantes, que seu voto foi a favor da CPMF durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Ocorre que os registros do site do Senado indicam que Marina votou contra a CPMF em 1995 e em 1999

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28/09/2014 - Para ir ao segundo turno, Marina mente descaradamente sobre CPMF


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Vários veículos da mídia já haviam registrado essa contradição na fala da candidata do PSB, repetida em alguns eventos de campanha. Ela afirmou em 26.ago.2014, durante o debate entre presidenciáveis na TV Bandeirantes, que seu voto foi a favor da CPMF durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
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28/09/2014 - Para ir ao segundo turno, Marina mente descaradamente sobre CPMF


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Vários veículos da mídia já haviam registrado essa contradição na fala da candidata do PSB, repetida em alguns eventos de campanha. Ela afirmou em 26.ago.2014, durante o debate entre presidenciáveis na TV Bandeirantes, que seu voto foi a favor da CPMF durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Ocorre que os registros do site do Senado indicam que Marina votou contra a CPMF em 1995 e em 19
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domingo, 28 de setembro de 2014

Contraponto 14.903 - "Ironia das ironias: Veja pode ajudar Dilma a vencer a eleição"

 

28/09/2014

 

Ironia das ironias: Veja pode ajudar Dilma a vencer a eleição

 

Blog da Cidadania - 28/09/2014




Na edição de Veja que chegará às bancas no próximo sábado (4/10), a horas da eleição em primeiro turno, seus leitores serão surpreendidos por matéria inusual na revista por conter… A verdade. E essa verdade aparecerá já na capa, onde a publicação, há pouco tempo, fez chamada para matéria que o Tribunal Superior Eleitoral qualificou como “caluniosa”.

Os ministros do TSE julgaram que, em sua edição de 17 de setembro, a revista ofendeu a honra do PT ao afirmar, sem provas, que o partido pagou propina a um chantagista para se calar sobre escândalo que lhe traria danos políticos em ano eleitoral. Desse modo, a Corte determinou que Veja publique direito de resposta do PT com igual destaque dado à calúnia.

Diz o relator do processo impetrado pelo PT contra Veja, ministro Admar Gonzaga:
“(…) Se aquele que supostamente recebeu os dólares não quis se manifestar, de que forma a representada [Veja] conseguiu a fotografia das cédulas que, taxativamente, afirmou terem sido utilizadas para pagamento da chantagem? A revista não explica (…) Percebe-se que a representada não trouxe elementos consolidadores das informações e das ilustrações exibidas, circunstância que transforma o seu conteúdo em ofensa infundada, porquanto desconectada da trama descrita (…)”.

A decisão do TSE foi unânime. O direito de resposta foi concedido pelos ministros Teori Zavascki, Rosa Weber e pelo presidente do TSE, Dias Toffoli.

Apesar de a matéria caluniosa da revista ter sido adornada com imagens de supostos “documentos” que comprovariam sua acusação, o TSE deixou bem claro, ao conceder direito de resposta ao PT, que tais imagens constituíram mero artifício para reforçar uma acusação desprovida de elementos probatórios.





Coube ainda ao ministro Teori Zavascki refutar alegação da defesa de Veja de que, ao conceder direito de resposta ao PT, o TSE estaria ferindo a “liberdade de expressão” da revista:
“(…) Acho que é equivocado contrapor o direito de resposta ao direito de liberdade de expressão. Pelo contrário, o instituto jurídico do direito de expressão, tal como plasmado na Constituição, é composto também pelo direito de resposta. É assim que está estruturada a liberdade de expressão na nossa Constituição. Direito de resposta não significa punição, não significa uma limitação à liberdade de expressão (…)”
O presidente do TSE, Dias Toffoli, concordou:
 “(…) Não é permitido ir para a calúnia (…) Não há manifestação de comprovação desses fatos. De tal sorte que realmente [a reportagem de Veja] transbordou para a ofensa

A enormidade de reportagens publicadas sistematicamente contra o PT durante a campanha eleitoral resultará em forte abalo à credibilidade que ainda possa restar a Veja. Com essa decisão inédita do TSE, o eleitor passará a questionar todas as suas acusações sistemáticas ao partido e irá às urnas, domingo que vem, com tal pensamento ainda fresco na mente.

Dirão que o estrato social que lê a Veja é predisposto a acreditar em qualquer acusação que ela faça ao PT, mas não é bem assim. Parte do público da revista acredita nela por ingenuidade e, desse modo, surpreender-se-á com uma decisão judicial que afirma que ela mentiu.

E, se houver segundo turno, Veja sofrerá novo golpe. Sua reportagem de capa desta semana incorre nos mesmos vícios que sua edição de 17 de setembro, ora condenada pelo TSE. A revista foi ainda mais longe na matéria divulgada no último sábado: acusou pessoalmente a presidente Dilma Rousseff. E, de novo, sem provas.




Como Marina Silva, ao endossar as acusações de Veja a Dilma, tem se vinculado à revista, o direito de resposta concedido ao PT também afetará a candidata do PSB. Até porque, a acusação sem provas desta semana deve gerar novo direito de resposta.

Essas seguidas condenações de Veja pela Justiça anularão o potencial das acusações que a revista fatalmente ainda fará ao PT e ao governo Dilma durante uma possível campanha eleitoral em segundo turno.

Não que a avalanche de acusações e de terrorismo econômico que Globo, Folha de São Paulo, Estadão e Veja fazem ao PT e a Dilma tenham lá tanto poder. A disparada da presidente nas pesquisas mostra que mais da metade dos brasileiros está se lixando para essas acusações, obviamente por considerá-las mentirosas.

Se o PT explorar a decisão do TSE em seu programa de TV, o conjunto da mídia partidarizada – agora, pró Marina Silva – chegará a um eventual segundo turno com credibilidade ainda menor. A campanha de Dilma, pois, precisa divulgar intensamente essa condenação que Veja sofreu e as que ainda irá sofrer até o fim de outubro, se houver segundo turno.

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PS: não cabe recurso à decisão do TSE que concedeu ao PT direito de resposta na capa e nas páginas internas de Veja
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Contraponto 14.902 - "Extra: PT já se prepara para segundo turno com Aécio "

Neste domingo, a presidente Dilma participou de uma teleconferência com lideranças do partido, incluindo o presidente Rui Falcão, para discutir esse novo cenário. A reunião foi provocada pelos dados que chegaram à campanha petista. 

De acordo com levantamentos diários de um instituto de pesquisa nacional, Marina caiu drasticamente em São Paulo, nas cidades grandes e médias do País. 

Com os números, a presidente Dilma teria 38%, contra 23% de Marina e 19% de Aécio. Essa distância, de apenas quatro pontos, configuraria uma situação de empate técnico entre o tucano e a candidata socialista.

Outro dado relevante foi a simulação de segundo turno. Dilma venceria Marina Silva por 45% a 40%. E a distância para Aécio seria praticamente a mesma: 46% a 39%.

Isso mostra que deu certo a estratégia tucana de enfatizar, nos programas eleitorais, que Aécio seria o "voto útil para derrotar o PT".

Até então, Marina vinha se beneficiando de uma debandada de eleitores tucanos que enxergavam nela a possibilidade mais concreta de derrotar o PT. Eleitores que preferiam Aécio, mas a viam como uma espécie de "plano B", com maiores perspectivas de vitória.

Com os novos dados, que devem ser confirmados já nas próximas pesquisas, Aécio deverá partir para o embate direto com Marina, para, assim, passar para o segundo turno.

No PT, no entanto, a sensação não é exatamente de alívio. Dirigentes do partido consideram que, no quadro atual, Marina seria uma adversária mais fácil de ser batida, pois está em queda livre e fragilizada por suas próprias contradições.

Um Aécio renascido das cinzas, e com fôlego renovado por novas denúncias de corrupção, pode vir a ser um adversário mais perigoso, na avaliação do PT.
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Contraponto 14.901 - "Bláblá: assim se fez uma entreguista !"

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28/09/20147

Bláblá: assim se
fez uma entreguista !

 

O passo-a-passo de uma carreira para fazer o desmanche do interesse nacional brasileiro.


Conversa Afiada - 28/09/2014


Delmiro (Gouveia) deu a ideia, Apolônio aproveitô, Getúlio fez o decreto e Dutra realizô

A visita de Bláblárina aos Estados Unidos na reta final da campanha a Presidente é apenas uma metáfora.

Ela foi a Roma.

Ela foi entregar o ouro.

A carreira de Bláblá é por si só uma estratégia de desmanche do Estado nacional e a alienação dos interesses nacionais brasileiros.

A fadinha da floresta está mais para a floresta (desmatada) do Pacific Northwest do que para a Amazônia.

(Porque lá não tem “Código Florestal”….)

Ela é um instrumento dos americanos, disfarçada de “única candidata negra”, que “passou fome” (passou mesmo ?) e saiu do meio do mato.

Vamos analisar como a carreira dessa dissimulada é a de um entreguista consistente.

Por que ela é contra Belo Monte, que seus apoiadores chamam de “Belo Monstro” ?

(A NeoEnergia deu-lhe uma resposta à altura.)

Por que ela tentou usar a cópula dos bagres para impedir a construção de Jirau e Santo Antonio no Madeira ?

Porque o patrimônio energético do Brasil é uma dádiva.

NENHUM país do mundo tem a possibilidade de se mover com a energia limpa e RENOVÁVEL como a hidro-eletricidade.

O Brasil tem água e tem chuva.

E ninguém sabe construir hidrelétrica como o brasileiro, desde Paulo Afonso.

(Clique aqui e se emocione com Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga e ouça “Paulo Afonso” – leia “em tempo”)

Um dos pais do neolibelismo pátrio, Eugenio Gudin dizia que não era preciso construir Paulo Afonso porque o Nordeste não tinha demanda que justificasse.)

É um valor estratégico imenso e, por isso, um instrumento de nossa singularidade como força econômica mundial.

E, portanto, não interessa aos Estados Unidos, no que era seu quintal, enfrentar um concorrente com esse ativo permanente.

Bláblá já tem uma conta a ajustar com o Brasil, breve, quando deixar a ribalta da campanha eleitoral e se recolher à dimensão verdadeira.

É a conta do “fio d’água”.

Instalada no Ministério do Meio-Ambiente, foi ela quem deu  que deu curso às teses americanas que obrigaram as hidrelétricas brasileiras a abandonar o sistema da queda d’água se se tornar a ”fio d’água”.

Esses pseudo-verdes – que são azul e vermelho – conseguiram roubar do patrimônio energético brasileiro mil e mil megawatts com a defesa dos saguis e de meia dúzia de indígenas, que viveriam muito melhor com as hidrelétricas cheias do que em suas aldeias precárias.

Essa conta ela ainda vai pagar – politicamente.

Quando o Brasil passar a defender – como fazem os americanos, com unhas e dentes – seu interesse nacional.

Veja o depoimento do ansioso blogueiro sobre o nefasto papel dos “verdes” em Teles Pires.

Por que ela não dá a menor prioridade ao pré-sal ?

Porque os Estados Unidos dão.

E porque os americanos levam o pré-sal a sério,  recriaram a 4ª Frota.

Com um comandante negro.

Ela vai ficar estacionada entre o pré-sal brasileiro e o pré-sal da costa Ocidental da África.

O pré-sal é o bilhete ÚNICO para um Brasil desenvolvido, saudável e educado.

Renunciar ao pré-sal é um crime de lesa-pátria !

Uma traição !

Entregá-lo aos americanos da Chevron é outra !

É por isso que a CIA e a NSA não estão minimamente interessados no que os brasileiros falam: eles querem saber o que a Petrobras fala !

E por isso fizeram entroncar no fundo do Atlântico brasileiro e africano sua rede de cabos de espionagem.

Por que ela foi contra o “Código Florestal” do Aldo Rebelo, a mais moderna legislação do mundo sobre a matéria ?

Porque ela quer fazer o desmanche do agro-negócio brasileiro.

Pode botar mil Betos Albuquerques ao lado dela, porque não serão capazes de apagar de seu currículo a hostilidade ao agro-negócio.

Agro-negócio, que, entre outras virtudes, reduziu dramaticamente o peso da alimentação na renda do brasileiro.

O Brasil tem uma das alimentações mais baratas do MUNDO !

Por que ?

Porque esse agro-negócio que ela quer desmanchar é muito, muito eficiente !

Ela não quer que a soja, o milho, o algodão e a carne brasileiras sejam competitivas a ponto de fechar a agricultura americana, se não fosse protegida pelas mais sólidas barreiras protecionistas do mundo !

E lá vem os neolibelês na boleia do caminhãozinho dela defender uma política externa “aberta” com os Estados Unidos.

Por isso ela foi e é contra os transgênicos.

Porque ela não faz uma passeata em Iowa, em Illinois e diz que os transgênicos dão câncer ?

Leva o Beto junto !

Por que ela é contra o Mercosul ?

O Cerra, o Fernando Henrique e o Titio que detêm o controle da chave também são contra o Mercosul.

Preferem a ALCA, que transformou o México num Estado Associado aos Estados Unidos – um grande Porto Rico.

Como o Brasil sepultou a ALCA, sob a batuta de Lula e Celso Amorim, agora eles reinventaram o Pacto do Pacífico.

O que significa o Pacto do Pacífico ?

Entregar a América do Sul aos americanos, já que o Mercosul e a Unasul são instrumentos da resistência à hegemonia americana.

O Pacto do Pacífico reúne a Colômbia, já praticamente mexicanizada, e o Chile,  além de todos os países asiáticos que são contra a China !

Contra China.

Porque o Pacto Pacífico é um pacto americano, pluri-continental contra a China – e o Brasil !

E por que a Bláblá  – e os Estados Unidos – querem detonar os BRICs e seu banco ?

Não interessa  à hegemonia americana uma organização alternativa.

Uma “world order”, como diz o último livro do Henry Kissinger, que não reproduza o Império.

E é por isso que a Bláblárina vem com essa conversinha mole de “sustentabilidade”.

“A sustentabilidade se sustenta no sustentável”.

Porque os Estados Unidos agridem a China com a poluição de Beijing.

Mal sabem eles que a China vai substituir a geração a carvão em Beijing por termas a gás.

A China desenvolve, hoje, os mais modernos mecanismos de combate à poluição do mundo.

Enquanto os Estados Unidos e o shale gas, o óleo de xisto,  poluem com o apoio feroz do Partido Republicano, o Brasil, consistentemente – depois que ela saiu do Ministério -, reduz o desmatamento da Amazônia.

E o mesmo lenga-lenga americano dos “direitos humanos” ?

É conversa para atingir a Rússia e a China – dos BRICS – e se esquecer da Arábia Saudita, uma das sociedades mais agressoras dos direitos humanos !

Por que ela é contra o BNDES e tomou aquela tesourada ?

Porque o BNDES é o Pentagono do Brasil.

Apesar dos absurdos como o financiamento à BrOi, em vias de extinção (e sobre a BrOi ela e o PiG se calam), apesar da BrOi, o BNDES, o maior banco de investimentos do MUNDO, é para financiar o Brasil.

Como o Pentagono financia a indústria e a pesquisa “privadas” americanas.

O BNDES do Dr Getúlio e do JK é para botar dinheiro nos interesses nacionais brasileiros.

(O FHC pretendia transforma-lo num banco de investimentos, como o Morgan Stanley de Francisco Gros …)

Por isso, a Bláblá quer substituir o BNDES pelo Acordo do Trigo, o Ponto 4, o Eximbank …

Ela também não vai tirar incentivos, mas “qualificar”…

Quer fechar o Banco do Brasil e a Caixa para “qualificar” o crédito e descapitalizar o Minha Casa Minha Vida, a infra-estrutura e o financiamento da safra.

Quer “reavaliar”, “meditar sobre” a CLT ?

Para ajudar o Citibank a terceirizar, o Citibank que ofereceu o seu “tesoureiro de campanha”, Álvaro de Souza, ex-presidente da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos.

E a indústria da Defesa, para proteger o pré-sal ?

A Marinha do Brasil constrói em Itaguaí uma moderna e poderosa indústria de submarinos.

Trabalha, no momento, com três mil operários no canteiro de obras, em submarinos convencionais a diesel-eletricidade.

Daqui a pouco, começa a construir o submarino a propulsão nuclear.

Sabe por que, amigo navegante ?

Porque o Brasil tem reservas fabulosas de urânio e desenvolveu uma tecnologia própria, Made in Brazil, tupiniquim, de enriquecimento de urânio.

Que os americanos adorariam conhecer …

É por isso que ela é contra a energia nuclear !

Os americanos e europeus se entopem de energia nuclear e ela quer que a gente viva à base de energia do cuspe.

(Não me venha com energia eólica, porque a Dilma montou o segundo maior parque eólico do MUNDO !)

O Brasil vai ser um dos seis países do mundo capazes de produzir, em escala, submarinos nucleares: para defender o pré-sal e exportar !

Ela ainda não teve tempo de entregar Itaguaí ao Pentágono.

Mas, chega lá, até as eleições.

Se é que já não entregou nessa insólita viagem !

Em tempo: aqui, a letra de Humberto Teixeira, um gênio !

Delmiro (Gouveia) deu a idéia

Apolônio aproveitô

Getúlio fez o decreto

E Dutra realizô

O presidente Café

A usina inaugurô

E graças a esse feito

De homens que tem valô

Meu Paulo Afonso foi sonho

Que já se concretizô


Olhando pra Paulo Afonso

Eu louvo nosso engenheiro

Louvo o nosso cassaco

Caboclo bom verdadeiro

Oi! Vejo o Nordeste

Erguendo a bandeira

De ordem e progresso

A nação brasileira

Vejo a industria gerando riqueza

Findando a seca

Salvando a pobreza


Ouço a usina feliz mensageira

Dizendo na força da cocheira

O Brasil vai, o Brasil vai

O Brasil vai, o Brasil vai

Vai, vai, vai, vai, vai, vai



Paulo Henrique Amorim 
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