segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Contdraponto 17.605 - "Vídeo – Pajeú: levar água e cidadania ao deserto"

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31/08/2015

Vídeo – Pajeú: levar água 
e cidadania ao deserto

“Eu sou funcionário público. Meu pai era funcionário público”


Conversa Afiada - 31/08/2015



Conversa Afiada entrevistou Jackson Carvalho, do Departamento Nacional de Obras contra as Secas, o DNOCs, sobre o trabalho heroico de construção da Adutora do Pajeú.

Ela faz parte do conjunto de obras contra a seca no semi-árido brasileiro a partir do Rio São Francisco, que começou a jorrar.

Enquanto os coxinhas paulistas vão para a avenida coicear, os Governos Lula e Dilma acabaram com o pau de arara, com os retirante famintos que dormiam nas ruas das capitais e com os saques a supermercados do interior.

Por causa do trabalho de funcionários públicos como o cearense Jackson.

E o pai dele.


Paulo Henrique Amorim

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Contraponto 17.604 - "Petróleo repõe perdas de agosto em dois dias e deixa 'sabidos' pendurados no pincel"

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31/08/2015


Petróleo repõe perdas de agosto em dois dias e deixa “sabidos” pendurados no pincel



crude


Fernando Brito 

O preço internacional do petróleo, que havia subido 10% na sexta-feira, subiu outros 10% hoje, em
relação á cotação em que fechou a semana passada.

As perdas, imensas, do mês de agosto foram “zeradas” em 48 horas.

Uma semana atrás, Celso Ming, colunista de economia do Estadão, reproduzia a opinião de mais um “sabido” do mundo dos negócios, o especialista norte-­americano em Petróleo David Kotok, presidente da Cumberland Advisers, dizendo que o petróleo ia baixar até 15 dólares o barril, quando estava a 40 dólares ( e chegou a US$ 38).

Em dois dias, as previsões do sabichão viraram pó, com o petróleo tipo Brent passando de  US$ 52 dólares e o WTI (de forma simplificada, o americano) a US$48.

A história da energia – e, com ela a do poder mundial – está há mais de 50 anos fundada no petróleo.

A energia nuclear, única aposta energética que tendeu a se estabelecer como  ameaça energética à hegemonia do petróleo, mostrou-se apenas capaz de suprir parcela pequena das necessidades de energia, seja pelas complicações técnicas, segurança, problemas acidentais e oposição política, seja porque os EUA e seus aliados nunca permitiram que se estabelecesse, de forma global, o conhecimento e o uso de uma tecnologia que tem como um de seus produtos o poder militar representado pelo “subproduto bomba atômica”.

Não é possível tratar a política do petróleo, portanto, com base em movimentos de “espasmo” de um mercado em que suas torneiras são controladas pela política e, ainda mais, sujeito a todo tipo de turbulência: guerras, acidentes, tensões….

Este é o erro dos “sabichões” – muito mais apropriado seria chamá-los de espertalhões – que vivem apregoando que o petróleo “não valerá nada” e que usam aqui este argumento, tão ingênuos, para tentar desvalorizar nosso pré-sal e viabilizar politicamente sua entrega às multinacionais.

É o “quem desdenha quer comprar”, que vale desde os tempos dos avós de nossos avós.

Ou, por acaso, você viu a Shell, a Chevron, a Total e outras saírem por aí dizendo: olhem, eu não estou valendo nada, vocês não querem me comprar?

Petróleo continua sendo o maior negócio do mundo e só um tolo abre mão dele.
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Contraponto 17.603 - "CPMF: Por que parlamentares e empresários rejeitam um imposto que não pode ser sonegado?"

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31/08/2015


CPMF: Por que parlamentares e empresários rejeitam um imposto que não pode ser sonegado?


Viomundo - publicado em 31 de agosto de 2015 às 14:41


cpmf
Senadores comemoram fim da CPMF em 2007

DURA REAÇÃO

Quem tem medo da CPMF?

Por que têm medo de um imposto direto, que recai sobre quem gasta mais? Por que rejeitam um imposto que não pode ser sonegado?

por Emir Sader para a RBA publicado 30/08/2015 10:46, última modificação 30/08/2015 10:50

Bastou o governo anunciar a intenção de retomar a proposta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CMPF) para que chovesse uma quantidade de afirmações da disposição de rejeitar a retomada do imposto sobre o cheque. Desde dirigentes do parlamento, que geram novos e exorbitantes gastos do governo, mas querem aparecer demagogicamente, como os que defendem a população contra novos impostos. Passando por grandes empresários, conhecidos pela sonegação de impostos, que querem fazer passar a ideia de que iniciativas como essa dificultariam a retomada dos investimentos. Chegando ao useiros ventríloquos na mídia, com seu discurso pronto contra qualquer iniciativa de democratização tributária.

Por que eles têm medo de um imposto direto, que recai sobre quem gasta mais? Por que rejeitam um imposto que não pode ser sonegado? Por que não aceitam um imposto que retira recursos de quem ganha mais para financiar o mais democrático sistema de saúde pública do mundo?

Porque eles se atendem nos planos privados de saúde. Porque eles sonegam impostos. Porque eles preferem impostos indiretos, em que os pobres e os ricos pagam a mesma quantia.

Se sabia que a reação desses setores seria dura. Sempre foi. O anúncio não foi o mais hábil, porque foi invertida a lógica: primeiro se deveria fazer o que faz o ministro da Saúde: mostrar as necessidades de financiamento do sistema público de saúde. E aí apontar como a CPMF é a forma mais democrática de financiá-lo.

A direita e seus porta-vozes economicistas sempre se valem do isolamento das cifras econômicas do seu sentido social. Mais imposto? Não? Sem mencionar a que necessidade responderia o novo tributo.

Temos que inverter o procedimento: enunciar as necessidades que precisam ser cobertas, explicar como é falso o raciocínio de que se paga excessiva quantidade de impostos no Brasil, explicar o caráter democrático e redistributivo de um imposto como a CPMF, pelo qual quem tem mais transfere recursos para financiar o sistema publico de saúde, o SUS, que atende a toda a população.

Não será possível restaurar a CPMF – que foi eliminada pela aliança espúria da direita, do centro e da ultra-esquerda (recordar a cena imoral de Heloísa Helena, então presidente do Psol, comemorando com a direita, a derrota a tentativa do governo de dar continuidade ao imposto que financia o sistema publico de saúde) – sem um grande trabalho de convencimento prévio de amplos setores da população e do próprio parlamento.

Mas, ao mesmo tempo, o Sistema Único de Saúde (SUS) será duramente afetado se não conseguirmos essa ou outra via de conseguir os financiamentos que o sistema necessita.

Democratizar é desmercantilizar, é colocar na esfera pública o que hoje está na esfera mercantil.

Transformar em direito o que hoje é mercadoria.

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Contraponto 17.602 - "Falseamentos no debate sobre a taxa de juros no Brasil, por Diogo Costa"

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31/08/2015


Falseamentos no debate sobre a taxa de juros no Brasil, por Diogo Costa


Por Diogo Costa

DEBATE MISERÁVEL SOBRE A TAXA DE JUROS - Analisar os fatos e os dados como eles são é um pré-requisito para quem pretende falar ou escrever sobre um tema específico.

Atualmente se vê inúmeras pessoas falando que o Brasil tem a "maior taxa de juros do mundo", e que a taxa real de juros (taxa real é a taxa nominal menos a inflação) também é a "maior do mundo".

Em primeiro lugar, o Brasil não tem a maior taxa de juros do mundo. Basta dar um pulinho na Argentina e na Venezuela para constatar que isso é ampla e absolutamente falso.

Em segundo lugar, o Brasil também não tem a maior taxa real de juros do mundo.

Aliás, nos quesitos taxa nominal e taxa real de juros, é preciso desmistificar alguns outros pontos.

A taxa nominal de juros do Brasil é hoje de 14,25% ao ano. Nos dois ajustes macroeconômicos anteriores, feitos em 1999 e em 2003, a taxa de juros era maior do que é hoje. Vejamos:

-Taxa de juros em agosto de 2015: 14,25%;
-Taxa de juros em agosto de 2003: 24,5%;
-Taxa de juros em agosto de 1999: 19,5%.

No quesito taxa real de juros, cumpre relembrar algo que é tão simples e óbvio que talvez seja por isso que as pessoas não se dão conta. Vejamos:

-Taxa real de juros em agosto de 2015: 4,8%;
-Taxa real de juros em janeiro de 2011: 4,8%;
-Taxa real de juros em janeiro de 2007: 10,1%;
-Taxa real de juros em janeiro de 2003: 12,4%;
-Taxa real de juros em janeiro de 1999: 27,3%.

Ou seja, a atual taxa real de juros é rigorosamente a mesma que existia em janeiro de 2011, quando Lula passou a faixa presidencial para a presidenta Dilma Rousseff.

Além disso, é nítida e cristalina a queda gradual na taxa real de juros do Brasil nos últimos 16 anos.

É preciso destacar que entre o segundo semestre de 2012 e o primeiro semestre de 2013 o Brasil administrado por Dilma praticou a menor taxa nominal (7,25%) e a menor taxa real (1,4%) de juros de toda a sua história.

Isso não garantiu o crescimento econômico do país por uma razão bem simplória: a taxa de juros é apenas um dos vários elementos que impulsionam ou reprimem a economia de um país.

Visto de forma descontextualizada a taxa de juros não quer dizer absolutamente nada. Isolado o indicador se transforma em mero número solto no ar.

Notem que os EUA tem uma taxa de juros de 0,25% ao ano, de forma ininterrupta desde dezembro de 2008. O Japão está com uma taxa de juros de 0,1% ao ano e a Zona do Euro tem taxas ainda menores, de apenas 0,05% ao ano.

Segundo o pensamento mágico dos "juristas" brasileiros, os EUA, o Japão e a Zona do Euro deveriam estar crescendo vigorosamente, não é verdade?

Se o problema é única e exclusivamente a taxa de juros, nominal ou real, os países que tem juros próximos de 0% deveriam crescer mais do que a China!

No entanto, não é assim que tem acontecido. E não tem acontecido porque, como foi dito antes, a variável taxa de juros é apenas uma entre tantas outras.

E deve ser analisada em conjunto com as demais variáveis.

Querer analisar a economia brasileira ou qualquer outra sem levar em conta aspectos fiscais, monetários, creditícios, salariais e cambiais, entre outros, de forma conjunta, é pura perda de tempo e ilusionismo retórico.

O maior problema do Brasil não é a política monetária, mas sim a restrição fiscal oriunda do exaurimento da política econômica anticíclica, verificado cabalmente no ano passado (déficit fiscal em plena vigência da política econômica anticíclica, déficit este que não tínhamos desde o ano de 1997).
Esse exaurimento, combinado com a queda brutal no valor das commodities é que está impactando sobremaneira o Brasil (e todos os emergentes).

Outro fator de restrição econômica importante era o câmbio, que vinha se desvalorizando desde janeiro de 2011, ainda que de forma insuficiente. A maior desvalorização neste ano, no médio prazo, é positiva.

Os benéficos efeitos da desvalorização cambial ajudarão a reforçar a posição industrial do país e a geração de empregos. Os efeitos virão com mais força a partir do ano que vem.

Superada a restrição fiscal, a inflação acima da meta e o câmbio, as perspectivas de médio prazo são boas para o Brasil.

A inflação voltará para a meta já a partir do ano que vem. O câmbio está solucionado e tomara que o real se desvalorize ainda mais.


A grande questão não equacionada a contento é a fiscal. Solucionando essa restrição a política monetária poderá ser bastante relaxada.
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Contraponto 17.601 - "Por que a Globo está atacando Lula com tanta fúria. Por Paulo Nogueira"

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31/08/2015


Por que a Globo está atacando Lula com tanta fúria. Por Paulo Nogueira


Vale tudo contra Lula



Paulo NogueiraValentemente, assim que os donos determinaram, os jornalistas da Globo pararam de falar no impeachment de Dilma.

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Um deles, Erick Bretas, tratou até de trocar a foto de perfil de seu Facebook. Ele tinha colocado a inscrição “gave over” (fim de jogo), por ocasião de uma manifestação anti-Dilma, para a qual conclamara seus seguidores.

Trocou-a, com a nova orientação patronal, por uma bandeira do Brasil.

Agora, com a mesma valentia com que recuaram instantaneamente, os editores, colunistas e comentaristas da Globo avançam, novamente sob ordens patronais, contra Lula.

Todas as mídias da Globo vêm sendo usadas para investir contra Lula, por conta, naturalmente, de 2018.

Tevê, jornal, rádio, internet – são os Marinhos e seus porta-vozes contra Lula.

A novidade aí parece ser a substituição da Veja pela Época na repercussão dos sábados à noite do Jornal Nacional.

Nem para isso mais a Veja serve. Nem para servir de alavanca para o Jornal Nacional. É uma agonia miserável e solitária a da revista dos Civitas.

Lula, em seus anos no Planalto, nada fez para enfrentar a concentração de mídia da Globo, algo que é um câncer para a sociedade pelo potencial de manipulação da opinião pública.

E agora paga o preço por isso.

Verdade que, acertadamente, ele decidiu não ficar “parado”. Pássaro parado, disse Lula, é mais fácil de ser abatido.

E então Lula decidiu reagir.

Pelo site do Instituto Lula, ele tem rebatido as agressões dos Marinhos, minuciosamente.

E tem anunciado processos quando se sente injustiçado – um passo fundamental para colocar alguma pressão nos caluniadores e, também, nos juízes complacentes.

Há um tributo involuntário no movimento anti-Lula da Globo. É um reconhecimento, oblíquo que seja, de sua força.

É assim que o quadro deve ser entendido.

Quem pode ser o anti-Lula em 2018? Aécio, Alckmin e Serra, os nomes do PSDB, seriam provavelmente destruídos ainda no primeiro turno.

Imagine Lula debatendo com cada um deles.

Fora do PSDB, é um deserto ainda maior. De Marina a Bolsonaro, os potenciais adversários de Lula equivalem ao Vasco da Gama no Brasileirão.

Neste sentido, o boneco de Lula, o Lulão, surge mais como desespero da oposição do que como uma gesto criativo dos analfabetos políticos de movimentos como o Brasil Livre de Kim Kataguiri.

A Globo vem dando um destaque de superstar ao Lulão, como parte de sua operação de guerra.

E Lula tem respondido como jamais fez. No desmentido da capa da edição do final de semana da Época, ele citou um aporte milionário de 361 milhões de reais do BNDES na Globo, em 2001, no governo FHC.

Ali se revelou outra face dos sistemáticos assaltos da Globo ao dinheiro público: o caminho do BNDES. Não são apenas os 500 milhões de reais em média, ao ano, de propaganda federal. São também outros canais, como o BNDES.

Não é exagero dizer que a Globo, como a conhecemos (não como o jornaleco de província a que se resumiu por décadas) é fruto do dinheiro público.

Como Lula, caso volte à presidência em 2018, tratará a Globo?

É essa pergunta que atormenta os Marinhos, já suficientemente atordoados com o florescimento da internet em oposição à decadência da tevê.

E é isso que explica a heroica valentia patronal dos jornalistas da Globo.


(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).
Sobre o Autor
Paulo Nogueira. Jornalista, fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.
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Contraponto 17.600 - "Rodrigo Janot e Joaquim Barbosa dizem que não vai ter golpe"


31/08/2015


Rodrigo Janot e Joaquim Barbosa dizem que não vai ter golpe


Blog da Cidadania - 30/08/2015


janot barbosa



Eduardo Guimarães


Na terça-feira da semana passada repercutiu como uma bomba a notícia de que quatro dos sete ministros do TSE haviam aceitado a reabertura de ação do PSDB que quer simplesmente transformar em vencedor o candidato derrotado em segundo turno na eleição presidencial do ano passado. Naquele momento, ondas de euforia e desânimo espalharam-se pela internet.

De um lado, simpatizantes do governo desesperaram-se ao ver a reabertura da ação do PSDB como sinal de que o TSE simplesmente inverteria o resultado da eleição presidencial de 2014, como queria o perdedor daquela eleição. De outro, os que querem jogar 54 milhões de votos no lixo já deram a derrubada da presidente constitucional da República como favas contadas.

No dia seguinte, este Blog ofereceu ao distinto público uma visão menos maniqueísta da realidade; o jurista e constitucionalista de renome internacional Dalmo de Abreu Dallari, em entrevista exclusiva a esta página, desdenhou do potencial da ação tucana no TSE:

Dalmo Dallari – Eu acho que não há o mínimo risco [de derrubada do governo] porque [a ação do PSDB] não tem consistência jurídica. Antes de mais nada, essa decisão [do TSE] foi só para reabertura [do processo], não é decisão do Tribunal condenando, reconhecendo falhas, erros, ilegalidades. É só reabertura da discussão. Isso tudo vai muito longe e a presidente Dilma tem o direito de ser ouvida, inclusive de exigir a verificação de documentos, a busca de provas e, eventualmente, até oitiva de testemunhas. Derrubada da presidente pelo TSE é apenas uma fantasia política. Do ponto de vista jurídico está muito distante a possibilidade de que, a partir daí [da decisão do TSE de reabrir o processo], se afaste a presidente Dilma Rousseff. Se isso chegasse a acontecer, seria muito grave porque causaria perturbação política séria. Uma mudança total de governo – e uma mudança em condições excepcionais – teria consequências sobre o sistema de reparação de poderes, formação de maioria dos parlamentos. Seria realmente uma espécie de revolução política, um transtorno político muito grande. Mas por isso tudo eu acho que não há a mínima possibilidade de que tenha seguimento sério essa pretensão.

Não se deve desprezar uma voz como a do constitucionalista Dalmo Dallari, conhecedor como poucos de processos legais como os que se desenrolam no TSE. Desse modo, não foi com muita surpresa que este Blog viu a notícia veiculada na noite do último sábado, de que procurador-geral eleitoral, Rodrigo Janot, entendeu que não há indícios de irregularidades na contratação de uma gráfica – a VTPB Serviços Gráficos – pela campanha da presidente Dilma Rousseff no ano passado e, assim, determinou o arquivamento do pedido de apuração feito pelo ministro Gilmar Mendes.

O que surpreendeu foi o tom de Janot, quem tem sido duro com o PT na condução que tem feito da Operação Lava Jato ao lado do juiz Sergio Moro.

O Procurador Geral da República considerou que as contas de campanha de Dilma Rousseff já foram examinadas e aprovadas em dezembro do ano passado e o prazo para recursos se encerrou, o que, segundo ele, impede QUALQUER questionamento.  E também avaliou que “Não há indícios mínimos da prática de crimes que justifiquem a abertura de uma apuração”.

Ufa! Não é pouco.

Janot, de quebra, passou uma carraspana em Gilmar Mendes ao dizer que a Justiça Eleitoral e o Ministério Público não podem ser “inconvenientes”. E ainda fez uma ironia:

É em homenagem a Sua Excelência [Gilmar Mendes], portanto, que aduzimos outro fundamento para o arquivamento ora promovido: a inconveniência de serem, Justiça Eleitoral e Ministério Público Eleitoral, protagonistas – exagerados – do espetáculo da democracia, para os quais a Constituição trouxe, como atores principais, os candidatos e os eleitores.

Após algumas consultas rápidas a juristas, o Blog obteve uma interpretação dos resultados práticos da decisão do procurador-geral da República. A decisão dele fragiliza sobremaneira o processo contra Dilma no TSE e abre caminho para uma contestação de êxito mais do que provável no STF, caso a Corte eleitoral teime em dar prosseguimento a uma ação sem pé nem cabeça como a do PSDB.
Trocando em miúdos: não será por esse meio que os tucanos voltarão ao poder.

A reação da mídia tucana foi imediata, no sentido de insinuar que a decisão de Janot se deve à sua recondução à Procuradoria Geral da República pela presidente Dilma. Em uníssono, os grandes órgãos de imprensa fizeram tal insinuação. A Folha de São Paulo, por exemplo, escreveu isso em reportagem sobre a decisão de Janot quanto à investigação da campanha da presidente:

As críticas [de Janot a Gilmar Mendes] foram feitas na semana seguinte à indicação da presidente para sua recondução [de Janot] como procurador-geral e num momento em que a Justiça Eleitoral discute a abertura de ações que pedem a cassação dos mandatos de Dilma e seu vice, Michel Temer

Para essa insinuação absurda – afinal, Janot, ao lado de Sergio Moro, tem sido implacável com o PT – nada melhor do que buscarmos uma opinião acima de qualquer suspeita como a do carrasco-mor do PT no julgamento do mensalão, o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa.

No último sábado, durante congresso da BM&FBovespa que acontece em Campos do Jordão (SP), Barbosa, assim como Dallari, desdenhou da possibilidade de Dilma sofrer impeachment tanto via TSE quanto via Tribunal de Contas da União (TCU). Para o carrasco do PT, o TCU seria um “playground de políticos fracassados” que não teria “envergadura” para levar adiante um processo sério contra Dilma pelas “pedaladas fiscais”.

Quanto ao TSE, o ex-ministro do Supremo avalia que seria composto por diversos membros com “conflito de interesses” e que, por isso, tampouco teria “condições de levar a cabo um processo de cassação de Dilma por irregularidades no financiamento de campanha”.

Barbosa ainda fez uma avaliação que constitui uma ducha de água fria nos que almejam derrubar o governo. Para ele, para Dilma cair restaria apenas a possibilidade de a Operação Lava Jato encontrar provas “cabais” do envolvimento da presidente da República no “petrolão”.

Porém, para que essas provas sejam consideradas “cabais”, Barbosa lembra que o único que pode denunciar presidentes é o Procurador Geral da República, de modo que não basta que a Lava Jato diga que existe essa tal “prova cabal”; seria preciso que Janot também a considerasse assim e, como se sabe, ele já demonstrou que não vai embarcar em qualquer artimanha para tentar derrubar a presidente como a recentemente encetada por Gilmar Mendes.

Mas a parte mais surpreendente da fala de Barbosa vem agora:

Impeachment é uma coisa muito séria que, se levado a cabo, a gente pode saber como começa, mas não sabe como termina. É um abalo sísmico nas instituições

O que poderia restar de esperança ao golpismo seria o Congresso – liderado por Eduardo Cunha e sua tropa de peemedebistas revoltosos – unir-se ao PSDB e a outras legendas de oposição e montar alguma farsa para cassar Dilma, mas o posicionamento firme do capital (bancos, grandes empresários) contra o golpe – por motivos próprios, pois teme derrocada imprevisível da economia – torna praticamente inviável as pretensões golpistas.

Tudo somado, pode-se dizer que o golpe nunca esteve mais distante, desde o início do ano. O que, obviamente, não significa que os golpistas irão desistir. Isso porque eles sabem muito bem que dizer que já venceram a eleição de 2018 é uma temeridade, pois o segundo mandato de Dilma mal começou e, assim, muita água ainda vai passar por debaixo dessa ponte.

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domingo, 30 de agosto de 2015

Contraponto 17.599 - "Ministra do TSE aponta caixa dois da Odebrecht na campanha de Aécio"

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30/08/2015 


Ministra do TSE aponta caixa dois da Odebrecht na campanha de Aécio


Blog da Helena — Rede Brasil Atual -  domingo, 30 de agosto de 2015


Veja bem meus queridos leitores. Aécio, entrou no STF, TSE e TRE, pedindo a cassação do mandato da presidente Dilma por supostas irregularidade de doação de campanha.Além disso, Aécio Neves deixou de declarar R$ 3,9 milhões em doações A demagogia do tucano fez que ele esquecesse que, a campanha dele não era assim tão legal, ou foi má fé?


Ministra do TSE lista 15  irregularidades detectadas nos documentos entregues à corte., entre outros itens, problema em doação da empreiteira Odebrecht, investigada na Lava Jato


A ministra Maria Thereza de Assis Moura, relatora do processo que examina a prestação de contas da campanha do senador  Aécio Neves (PSDB-MG)  candidato derrotado à Presidência da República no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), solicitou ao tucano informações sobre 15  irregularidades detectadas nos documentos entregues à corte.

Entre elas estão doações feitas pelas empreiteiras Odebrecht e Construbase que somam R$ 3,75 milhões.

De acordo com a assessoria técnica do tribunal, Aécio repassou para o PSDB uma doação de R$ 2 milhões da Odebrecht, mas não registrou a transferência na prestação de contas. A empresa é investigada na Operação Lava Jato e doou R$ 8 milhões à campanha de Aécio Neves

"O comitê financeiro nacional para presidente da República do PSDB registrou em sua prestação de contas o recebimento de doação de R$ 2 milhões, efetuada pelo candidato, no entanto, não há o registro da transferência na prestação de contas", afirma o relatório técnico da Justiça Eleitoral.

O TSE aponta também uma diferença entre o valor declarado pela campanha e o montante efetivamente doado pela construtora Construbase. Aécio Neves (PSDB) recebeu R$ 1,75 milhão, mas só declarou R$ 500 mil.

Infrações.

Além disso, de acordo com o tribunal, a campanha de Aécio Neves deixou de declarar R$ 3,9 milhões em doações estimáveis (na forma de serviços prestados) que só foram contabilizadas na prestação de contas retificadora.

Das 15 irregularidades detectadas pelo tribunal, pelo menos três foram consideradas infrações graves. Elas dizem respeito a doações recebidas antes das prestações de contas parciais e que só foram registradas nas prestações finais, somando mais de R$ 6 milhões.

Tanto no caso dos R$ 3,9 milhões declarados apenas na prestação retificadora quanto no das três infrações graves, o tribunal quer saber por que a campanha de Aécio não contabilizou a entrada das receitas nos prazos estipulados pela legislação eleitoral. O senador tucano, presidente nacional do PSDB, foi derrotado pela presidente Dilma Rousseff no 2.° turno da disputa presidencial em 2014.Com informações do Estadão

Vale registrar que, nenhum meio de comunicação, sem ser o Estadão, deu a notícia.... A Folha, jornal de assessoria de Aécio, nem tocou no assunto. Também não foi manchete Aécio Neves, denunciado pelo doleiro Alberto Yousseff como beneficiário de um esquema de propina em Furnas


Leia também: Delator reafirma 'tabelinha' entre empreiteira e PSDB em Furnas

São fartas as evidências e provas sobre a corrupção acerca da Lista de Furnas e o PSDB. Mas autoridades e mídia ainda mantêm o silêncio e a blindagem a Aécio.
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Contraponto 17.598 - "Globo ataca Lula, criminaliza suas ações, vive na Guerra Fria e inferniza o Brasil"

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30/08/2015


Globo ataca Lula, criminaliza suas ações, vive na Guerra Fria e inferniza o Brasil



Palavra Livre - 30/08/2015


Por  Davis  Sena  Filho


Luiz Inácio Lula da Silva, a maior personalidade política da América Latina e a liderança mais popular e reconhecida em âmbito mundial é aqui, no Brasil, tratado como criminoso por grupos empresariais, a exemplo das Organizações(?) Globo, que desde a década de 1920 inferniza a rotina política, econômica e social do povo brasileiro, bem como o atrasa em seu desenvolvimento e luta contra sua emancipação, cujo propósito fundamental é não permitir a plena cidadania da maioria da população deste País.

Useira e vezeira em cometer ilegalidades políticas e criar crises ou superdimensioná-las, a família Marinho não se faz de rogada e, para ter seus interesses empresariais e políticos concretizados, ataca violentamente qualquer pessoa que seja considerada sua inimiga, e por causa disto tal adversário tem de ser destruído, desqualificado, incriminado, desconstruído e humilhado.

Muitos políticos e empresários, no decorrer do tempo, cederam e abaixaram a cabeça, o que não é o caso de Lula, porque este político de caráter moral ilibado e ideologicamente socialista e trabalhista não foi cooptado pela casa grande, ou seja, pelo status quo. De forma alguma, como não o foram Getúlio Vargas, João Goulart, Leonel Brizola, Luís Carlos Prestes e tantos outros, que não sucumbiram ao canto de sereia da direita brasileira, uma das mais perversas e violentas do mundo, de essência escravocrata e princípios sectários e elitistas.

Lula vai ser atacado e desrespeitado violentamente pelos magnatas bilionários das Organizações (nome sugestivo) Globo, um truste midiático poderoso, a serviço dos interesses internacionais e que não bate prego em estopa, porque, na verdade, esses empresários são mancomunados com a plutocracia, que domina os meios de produção, em todos seus matizes e segmentos, principalmente no que tange a apoiar e se aliar aos bancos internacionais, às grandes petroleiras e aos grandes grupos comerciais, em todas suas diversificações, no sentido de abrir e conquistar os mercados internos dos países pobres e em desenvolvimento, notadamente aqueles, como o Brasil, que possuem legislações que protegem seus mercados e seus produtos.

Não é à toa que tais organizações(?) dos Marinho defendem, sistematicamente, a mudança de modelo do Pré-Sal, bem como a abertura do mercado para as construtoras internacionais, como evidenciou em seus editoriais, após os diretores, executivos e presidentes de empreiteiras brasileiras serem envolvidos e punidos pela Justiça por causa da Operação Lava Jato, controlada por um juiz de primeira instância, Sérgio Moro, que ganha salários pornográficos de R$ 77 mil, além de atuar e agir de forma seletiva e imprudente, pois política.

Atos e ações de tal magistrado que fazem milhões de brasileiros, que não votaram no PSDB, a desconfiar seriamente de um Judiciário que faz politica, tem lado, preferências, cor ideológica, além de vazar inquéritos, documentos e filmagens, ao invés de se orientar e se ater aos autos dos processos, bem como ter o silêncio como sua profissão de fé. Mas, o que esperar de juízes, promotores e delegados que se comportam como astros e estrelas que iluminam seus sapatos, que trilham por caminhos que não se sabe onde vão dar, a não ser ao vazamento criminoso e anticonstitucional de informações, que deveriam estar em segredo de justiça, porque muitos dos acusados não tiveram suas culpabilidades comprovadas, além de não terem sido julgados e, quiçá, condenados.

Eis que uma parte da população brasileira age dessa forma irresponsável e criminosa, a imitar as más ações e as péssimas condutas dos magnatas bilionários de imprensa ao inflar um boneco gigante com o presidente Lula a lembrar um presidiário, sem, no entanto, o líder trabalhista não ter incorrido em crimes, não responder a processos e não ser acusado nos tribunais brasileiros de quaisquer malfeitos ou ilegalidades.

Quem comete crime contra a honra, pois difama, calunia e injuria, são os responsáveis por colocar o boneco infamante nas ruas e considerar que é “normal” e “justo” afrontar com virulência um cidadão que foi presidente da República, sem observar se este cometeu crimes ou não. Cidadãos de perfis conservadores, eleitores de partidos de direita, que apresentam como proposta o modelo neoliberal para a economia, que foi derrotado na América Latina e que afundou os países deste continente em dívidas, porque levou suas economias à bancarrota, além de aumentar exponencialmente a miséria em quase todos os países, inclusive os europeus e os Estados Unidos, que desde 2008 lutam para superar a crise econômica e o desemprego. 

O neoliberalismo é excludente para os povos de diferentes nações, pois privilegia apenas os bolsos dos ricos. Este é o problema e a verdade das derrotas eleitorais da direita e de grupos radicais e reacionários como as Organizações(?) Globo, que se colocam na linha de frente do combate político e agridem, sem parar, o ex-presidente Lula. E por quê? Porque Lula representa a continuidade do desenvolvimento brasileiro de caráter nacionalista. Ponto. Não interessa a esses empresários riquíssimos e moralmente apátridas que o Brasil efetive projetos nacionais e de inclusão social, além de uma diplomacia independente e não alinhada aos Estados Unidos e aos grandes países europeus.

Programas e projetos desenvolvimentistas do Governo Federal, como os dos setores de energia, nuclear, espacial, construção civil, químico, petrolífero, banda larga, agropecuário, naval, dentre muitos outros nunca avançaram tanto, como ocorreu nos governos dos presidentes trabalhistas, Lula e Dilma, que deram uma outra dinâmica ao País, ao investir pesadamente na economia interna e conquistar novos parceiros comerciais, a exemplo dos países africanos, sul-americanos, latino-americanos, oriente médio, asiáticos e europeus, notadamente os da região leste da Europa.

Esta magnífica colcha de retalhos diplomática é obra inigualável do presidente Lula e de seu competente chanceler, Celso Amorim. Nem o grande estadista Getúlio Vargas, que também efetivou uma diplomacia arrojada, ao ponto de industrializar o Brasil, que deixou de ser rural, realizou uma diplomacia tão ampla e independente, o que levou o nosso País a ser, pela primeira vez em termos mundiais, importante protagonista, de língua portuguesa, e um dos criadores dos Brics, do G-20, da diplomacia Sul-Sul, da Unasul, além de fortalecer o Mercosul.

Com o Partido dos Trabalhadores no poder foram defenestradas e eliminadas as pretensões da Alca, dominada pelo governo dos Estados Unidos e defendida no Brasil pelos políticos do PSDB e do DEM — o pior partido do mundo. Sempre os tucanos e os demos, a nadarem contra a maré e a traírem os interesses legítimos do Brasil e de seu povo. A direita tupiniquim, subserviente e colonizada, queria a mexicanização da maior economia da América Latina. 

Agora a família alienígena e apátrida dos Marinho coloca a presidenta Dilma Rousseff um pouco para escanteio, mas sem deixar de desqualificá-la, e mira suas baterias sórdidas a um alvo maior, porque a mandatária está no seu último mandato, e Lula é o virtual candidato do PT à Presidência da República. E se tem alguma coisa que este grupo midiático, cúmplice, agente do golpe de 1964 e aliado, inconteste, da ditadura militar tem pavor é de presidentes trabalhistas no poder. Desde 1930...

As ilações, “denúncias” e acusações veiculadas pelo O Globo, Época e Jornal Nacional são um acinte e desrespeito à inteligência e à sensatez alheia. Mesquinhos e medíocres, os jornalistas desses verdadeiros partidos panfletários de direita e de oposição fazem o jogo sujo de seus patrões, sem ao menos avaliar a bagunça que podem causar à política brasileira, que se encontra em crise, porque o PSDB ainda não desceu do palanque após dez meses do fim das eleições, vencidas por Dilma Rousseff, bem como a família Marinho e suas primas ainda estão inconformadas e continuam encolerizadas por não mais influenciar quanto às políticas públicas, os programas de governo e os investimentos determinados e definidos por quem ganha as eleições, no caso Lula e Dilma — do Partido dos Trabalhadores.

Depois de O Globo e Época tentarem escandalizar a simples compra de apartamento por parte da esposa de Lula, dona Marisa Letícia, bem como criminalizar as palestras do líder petista, agora a revista Época, panfleto incendiário e ordinário, que no passado usou os serviços do bicheiro e presidiário Carlinhos Cachoeira para desestabilizar os governos Federal e do Distrito Federal, resolve, por intermédio da edição de ontem do Jornal (anti)Nacional dedicar seis minutos virulentos contra o ex-presidente Lula. O motivo da agressão foi o Porto de Mariel, em Cuba. A Odebrecht, empresa que é dez vezes maior que as Organizações(?) Globo, é a responsável pela construção da obra.

A questão principal da reportagem repleta de patifarias, distorções, meias-verdades e mentiras do Jornal Nacional é que Lula fez gestões para que o porto fosse construído. O JN se baseou para fazer a matéria mequetrefe e rastaquera na revista Época, que neste momento está a ser processada pelo petista, que respondeu por meio do Instituto Lula que "Os jornalistas da Época deveriam saber que todos os grandes países disputam mercados internacionais para suas exportações. E que não fosse o firme empenho do governo brasileiro, para o qual o ex-presidente Lula contribuiu, talvez o estratégico porto de Mariel fosse construído por uma empresa chinesa, ou os cubanos estivessem assistindo novelas mexicanas".

E complementou: "Neste momento histórico, em que EUA e Cuba reatam relações e o embargo econômico americano está prestes a acabar, a revista Época {e o Jornal Nacional} volta no tempo a evocar velhos fantasmas da Guerra Fria e títulos de livros de espionagem". É verdade. A direita brasileira e os porta-vozes da casa grande escravagista são extremamente ideológicos e, indubitavelmente, queriam um Brasil pequeno, a servir a poucos e ser um País meramente exportador de matéria prima. Depois a burguesia provinciana, amante do retrocesso, de alma reacionária e atrasadíssima socialmente passaria suas férias no exterior, e pronto. A vida seria muito melhor, um deleite para essa gente politicamente e historicamente subalterna ao establishment mundial, sem escrúpulo e que odeia o Brasil. .

Nada é aleatório quando se trata dos magnatas bilionários, os donos da Globo, de passado e presente golpistas e ideologicamente direitistas, que não aceitam os resultados eleitorais, pois inconformados que estão porque mandatários trabalhistas administram o Brasil há 13 anos, com competência maior do que a deles e de seus candidatos tucanos e aliados, que venderam irresponsavelmente o patrimônio do País, ao tempo que quebraram o Brasil três vezes, porque foram ao FMI três vezes, além de deixarem as nossas reservas internacionais em frangalhos.

A quem interessar, as Organizações(?) Globo, inclusive, não respeitam seus "princípios" jornalísticos tão amplamente divulgados. Nunca vi escorpiões com princípios. Quem tem um pingo de discernimento e sobriedade sabe disso. E dou um exemplo. No passado, demitiram um dos empregados mais influentes das organizações(?) — o Ricardo Boechat. Em 2001, o jornalista foi acusado de estar envolvido em grampo, segundo matéria da Veja — a Última Flor do Fascio. Boechat foi gravado a conversar com Paulo Marinho, ex-assessor do empresário Nelson Tanure, atual proprietário do jornal do Brasil online.

O diálogo gravado era sobre uma disputa empresarial com o pessoal do Daniel Dantas. A "reportagem" de Veja acabou com a carreira de Boechat no O Globo. Sua conduta foi criticada duramente pelo "imortal" Merval Pereira, tucano e conspirador de carteirinha, que até hoje nada diz sobre a conduta de Eumano Silva, editor da revista Época, publicação que supostamente se envolveu com o esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira, como o fez a Veja, por intermédio de seu editor Policarpo Jr.

A verdade é que Cachoeira subsidiava informações à Época (Globo) e à Veja (Abril), porque o bicheiro exercia a função de pauteiro “informal” dessas duas publicações de péssima qualidade editorial, pelo motivo de serem autoras de um verdadeiro e autêntico jornalismo de esgoto. Agora, vamos à pergunta que não quer calar: a moral, os bons costumes e o combate à corrupção dessas velhas mídias são seletivas? Respondo: são! Só não vê quem não quer.

Quem não quer ver são as pessoas que concordam com a moral, os valores e os princípios da família Marinho e de seus empregados de confiança. Lula iniciou sua via crucis quando anunciou, em Minas Gerais, sua intenção de concorrer à Presidência do Brasil. Definitivamente, o líder trabalhista virou alvo. Porém, ele está correto em deixar claros e evidentes seus propósitos políticos e eleitorais.

Afinal, Lula era alvo quando estava quieto. Mais do que isto. O petista foi alvo da direita, e de forma cruel e impiedosa, até quando foi vítima de câncer. Já que o atacam por qualquer motivo, melhor é ser alvo dos conservadores com motivos. É isto mesmo: quem está na chuva é para se molhar. Nada melhor do que entrar no ringue e também poder bater. Oficialmente... 

PS: Alguém tem de avisar à família Marinho que a Guerra Fria acabou. Depois os esquerdistas são os dinossauros. Que o digam as passeatas em prol do golpe militar dos coxinhas paneleiros de barrigas cheias. É isso aí.

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Contraponto 17.597 - "Janot dá uma aula de democracia a Gilmar Mendes"

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30/08/2015

Janot dá uma aula de democracia a Gilmar Mendes

Tijolaço - 30/08/2015

giljanot


Por 

A Folha revelou ontem   o texto do parecer da Procuradoria Geral da República em resposta a um dos “pedidos de investigação” feitos pelo Ministro Gilmar Mendes, na sua faina de encontrar, nas contas da campanha de Dilma Rousseff, alguma situação que alimente sua pretensão de anular o resultado das eleições.

Além das considerações sobre os fatos apontados por Mendes ( que, diz ele,  ” não apresentam consistência suficiente para autorizar, com justa causa, a adoção das sempre gravosas providências investigativas criminais”), Rodrigo Janot, com as honras de estilo, dá uma lição de respeito ao processo eleitoral que deve ter deixado o tucano de toga a bufar.

Os trechos do parecer pelo arquivamento do pedido de Gilmar Mendes reproduzidos na Folha não perdem a força pelo uso das luvas de pelica da linguagem jurídica:

” (outro) fundamento para o arquivamento ora promovido: a inconveniência de serem, Justiça Eleitoral e Ministério Público Eleitoral, protagonistas —exagerados— do espetáculo da democracia, para os quais a Constituição trouxe, como atores principais, os candidatos e os eleitores”
“Não interessa à sociedade que as controvérsias sobre a eleição se perpetuem: os eleitos devem poder usufruir das prerrogativas de seus cargos e do ônus que lhes sobrevêm, os derrotados devem conhecer sua situação e se preparar para o próximo pleito”, afirmou.
“A questão de fundo é que a pacificação social e estabilização das relações jurídicas é um das funções mais importantes de todo o Poder Judiciário, assumindo contornos de maior expressão na Justiça Eleitoral, que lida com a escolha de representantes para mandatos temporários”

Em resumo, Janot ensina a Gilmar Mendes que não há um “terceiro turno” judicial das eleições, onde, em lugar de mais de cem milhões de brasileiros, alguns altos magistrados julgam quem deve ou não ocupar a Presidência.

Quem acompanha a trajetória de Gilmar Mendes tem certeza que que, na primeira oportunidade, o “sereníssimo” magistrado terá outra reação “daquelas”.

Daquelas que vão nos deixar perplexos entra os significados de “coisa julgada” e de “coisa julgando”.
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Contraponto 17.596 - "Enquanto Lula volta a voar, a Globo volta a bater"