quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Contraponto 386 - Telegrama de Brizola Neto a Lula


30/09/2009

Telegrama a Lula

Tijolaço - terça-feira, 29 setembro, 2009 às 22:36

Divulgo, para conhecimento de todos, o telegrama que acabo de enviar ao presidente Lula. Penso que o gesto presidencial, acima de qualquer questão que se coloque em outro campo da política, deve ser reconhecido e não me constranjo em dizer que o fiz e faço de todo o coração. Mais que isso, de toda a convicção democrática que o amor ao povo brasileiros, aos seus direitos e à sua vontade - inclusive e sobretudo a eleitoral - nos inspira.

Eis o texto:

Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva,
Estou, sem qualquer vergonha de negá-lo, tomado de profunda emoção cívica ante o gesto Vossa Excelência, preservando o texto da nova Lei Eleitoral, estabelecendo o voto impresso simultâneo nas urnas eletrônicas, a partir de 2014.
Sei quantas forças ergueram-se contra esta garantia da verdade eleitoral. Orgulho-me seu ato de coragem e, sobretudo, de profissão de fé democrática. Creia que este sobrenome é fiel ao que sentiria e ao que diria, nesta hora aquele de quem o herdei.
Senhor Presidente, ouso falar não apenas nome de meu partido, não apenas no dos que lutaram anos por estas garantias, mas em nome todos os brasileiros que cultuam a democracia, a vontade popular e a verdade eleitoral.
Nenhuma palavra, porém, traduz, nesta hora, os sentimentos de orgulho, respeito e reconhecimento ao ato de Vossa Excelência.

Sinceramente,
Carlos Daudt Brizola, Deputado Brizola Neto

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PITACO DO ContrapontoPIG

Veja o Comentário de Paulo Henrique Amorim:

"Não adiantou a pressão sinistra de Nelson Jobim e o lobby dos amigos do senador Eduardo Azeredo: a partir de 2014 o Brasil vai poder recontar a eleição.
Brizola ganhou: agora tem o papelzinho.
Em tempo: Lula também vetou qualquer restrição ao debate eleitoral na internet. É livre."
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Contraponto 385 - "Veja" perdeu a vergonha de vez


30/09/2009

Veja: sem limites para o ridículo

Nassif - 29/09/2009 - 19:38

Por Reis

Atenção Nassif

Acabei de dar uma passada no site da “veja.com” e tem uma chamada grande pedindo o impeachment de Celso Amorim. Curioso que sou, cliquei e fui parar no blog.

Agora senta Nassif, ele acaba de pedir o impeachment do Lula também, a “veja” acaba de pedir o impeachment do Lula.

Nos seus devaneios ele manda um recado para o doutor Cezar Britto, dizendo que chegou a hora de agir.

Brada que é em defesa da Constituição do Brasil!

Perderam totalmente a noção do ridículo.

AmorimAmorim2

Contraponto 384 - Veja, o esgoto


30/09/2009

O "esgoto" trabalha

por Célvio Brasil Girão*

Com a intenção de atingir o deputado Ciro Gomes a revista Veja, a "última flor do fáscio", publicou reportagem depreciativa e suja sobre a cidade cearense de Sobral.

A "Princesa do Norte" como é carinhosamente chamada, é uma cidade da qual os cearenses tem imenso orgulho.

Berço de inúmeros cearenses ilustres - a exemplo de Ciro e Cid - e de gente trabalhadora, honesta e orgulhosa do seu torrão, merece, pela sua história e pelo seu povo,
o respeito e a simpatia de todos.

É lamentável que uma revista de circulação nacional exerça sua atividade política de forma abjeta, denegrindo de forma gratuita(?) um povo, uma cidade e um Estado.

Não é a toa que esta revista é considerada na comunidade esclarecida de leitores e na blogosfera progressista brasileira, como o esgoto do jornalismo do Brasil.

Ficam aqui os nossos protestos.

A propósito, não tenho a honra de ser sobralense.
E que me desculpem os equinos e asininos representados nas capas abaixo


Da Veja:

"The United States of Sobral"


É assim que os cearenses chamam a cidade de Cid Gomes, o ex-escoteiro socialista que implantou no sertão uma amostra do american way of life... Veja aqui no Esgoto , se quiser...



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Célvio Brasil Girão é editor deste Blog ContrapontoPig
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Contraponto 383 - Complô para matar Zelaya


30/09/2009


Nicarágua denuncia à ONU complô para matar Zelaya

Vermelho - 29 de Setembro de 2009 - 15h18

Existem planos para assassinar o presidente de Honduras, Manuel Zelaya, e é bom não ignorá-los, "pois mais tarde dirão que se suicidou", advertiu nesta terça-feira (29) o chanceler da Nicarágua, Samuel Santos. Em seu discurso na Assembléia Geral das Nações Unidas, o ministro disse que seu país decidiu não reconhecer "qualquer farsa eleitoral" em Honduras, convulsionada pelo golpe de 28 de junho.]
"Denunciamos desta tribuna o assassinato que se comete contra o povo hondurenho e assinalamos com toda clareza os planos para assassinar o presidente Zelaya. Escutem agora, pois mais tarde dirão que se suicidou", disse Santos.

Zelaya regressou a Tegucigalpa clandestinadmente, no dia 21, e buscou abrigo na embaixada brasileira. A Nicarágua, que faz fronteira com Honduras, é um dos alvos da propaganda dos golpistas contra Zelaya, que o acusa de ligações com o sandinismo nicaraguense.

Santos disse que, com o golpe, desejou-se "matar as esperanças e impulsos democráticos" do povo hondurenho, assim como "quiseram matar as esperanças deste processo solidário que é a Alba (Alternativa Bolivariana para a América Latina)".

O chanceler nicaraguense destacou que seu país se soma à posição assumida pela ministra hondurenha Patricia Rodas, que falou à Assembléia Geral na segunda-feira (28). Reconhecida pela ONU, a chanceler exigiu que o regime de Micheletti "se abstenha de qualquer ato que ponha em perigo a inviolabilidade da sede diplomática do Brasil".

Patricia usou seu celular para fazer chegar à ONU a palavra de Zelaya. Este pediu "uma posição firme contra a força e a barbárie".

Da redação, com agências
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Contraponto 382 - O desafio político do pré-sal


30/09/2009


O desafio político de transformar riqueza do Pré-sal em riqueza humana

Blog do Planalto - terça-feira, 29 de setembro de 2009 às 16:40

O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) reuniu-se hoje no auditório do Palácio Itamaraty, em Braília, para discutir os riscos e oportunidades que as reservas do Pré-sal trazem para o crescimento do Brasil. A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, abriu a reunião extraordinária fazendo uma contextualização do tema. Em seguida apresentou a proposta do governo para o setor e explicou os projetos de lei para a regulação das novas reservas enviadas recentemente pelo governo ao Congresso Nacional.

Para saber mais sobre os projetos, confira a cobertura do Blog do Planalto sobre o tema clicando aqui.

A ministra Dilma também destacou que a transferência desta riqueza natural, uma riqueza física, em riqueza social e humana implica em decisões políticas. Daí a importância do debate com os diversos setores da sociedade para garantir que todos entendam o que precisa ser feito e tomem suas posições levando em conta o que é melhor para o País.
Confira explicação da ministra Dilma:


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Contraponto 381 - Rio 2016: Lula vai a Copenhague


30/09/2009

Rio 2016 passa por Copenhague

Blog do Planalto - terça-feira, 29 de setembro de 2009 às 21:06

O presidente Lula viaja esta noite para Copenhague, na Dinamarca, onde comparecerá à cerimônia do Comitê Olímpico Internacional (COI) que escolherá a cidade-sede dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. É a primeira vez que a cidade brasileira chega à final da disputa – desta vez ao lado de Chicago (Estados Unidos), Madri (Espanha) e Tóquio (Japão).

Conheça aqui a página oficial da candidatura do Rio de Janeiro.

A ida do presidente Lula a Copenhague, segundo o porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach, faz parte do processo de engajamento do governo com a candidatura do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos de 2016. O processo, afirmou Baumbach, “foi marcado pela perfeita integração entre as ações do governo federal, do governo estadual e da prefeitura do Rio, além do significativo e crescente apoio popular, pontos altos da candidatura brasileira”.

Clique para ouvir Baumbach dar mais detalhes sobre a viagem de Lula a Copenhague:

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Contraponto 380 - Míriam tem "solução" para Honduras


30/09/2009


Na dureza dessa semana, Míriam propõe "eleições livres" em Honduras.

Só não falou "livres" de quem...


Do Blog FBI - Festival de Besteiras na Imprensa - 29 de Setembro de 2009

Na dureza dessa semana, Míriam propões "eleições livres" em Honduras. Só não falou "livres" de quem...
Ou seja, Míriam (Leitão) propõe a mesma coisa que o governo golpista, ainda chamado pelo Globo de "governo interino" e "governo de facto". O Globo parece não saber que pela reforma ortográfica esse "c" da palavra lusitana "facto" foi abolido.

Eu falei que a Míriam teria uma semana difícil. Não imaginava que ela iria se atolar e travar como fez ontem (só publicou três posts, com uma batelada de notícias na área de economia rolando no Brasil e no mundo).

A começar pelo título do post "Honduras baixa seu AI-5 e situação do Brasil se agrava". A continuar pelas propostas. Vejam só:

1. O presidente deposto Manuel Zelaya é um Cavalo de Tróia na embaixada, colocado por Hugo Chávez. O Brasil deveria pedir ajuda internacional para tirá-lo de lá, fechar a embaixada e ir embora do país.

2. É um erro desde o começo. O caminho seria uma eleição livre para que o próximo governo resolva problemas constitucionais e institucionais de Honduras. Mas o Brasil acabou entrando em uma briga de rua.

A quantidade de besteira por centímetro quadrado é impressionante!

A primeira: diante de uma situação de golpe, condenado pela comunidade internacional, o Brasil deve "enfiar a viola no saco, pedir para defecar e sair". Fala sério, Míriam!

A segunda, "eleição livre"? Conduzida por quem, por um governo golpista? Míriam, vc conhece algum exemplo histórico bem sucedido, bobinha?
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Contraponto 379 - Bessinha


30/09/2009

Sem necessidade de palavras


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Contraponto 378 - Amorim no Congresso: Honduras


30/09/2009


Amorim: Brasil negou avião para retorno de Zelaya a Honduras

Os amigos do Presidente por Helena™ . Terça-feira, Setembro 29, 2009

A comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) se reuniu nesta terça-feira, 29, para ouvir o chanceler Celso Amorim sobre o agravamento da crise política em Honduras. O chanceler informou que quando ainda estava em El Salvador, o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, pediu ao Brasil o empréstimo de um avião para que ele pudesse entrar em território hondurenho, de onde havia sido expulso por militares. O pedido foi feito por telefone e negado pelo próprio chanceler, conforme relato que ele fez há pouco à Comissão de Relações Exteriores do Senado.

"Vou contar aqui um fato que não foi tornado público. Foi pedido um avião brasileiro para que o presidente Zelaya voltasse, e nós negamos", contou o chanceler, negando a versão de que o Brasil teria procurado ser protagonista na busca de uma solução para a crise política em Honduras. "Nós não fomos jamais protagônicos neste caso", afirmou.

Amorim negou também que o Brasil tenha envolvimento com a operação de retorno do presidente deposto a Honduras. Em resposta ao senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que disse duvidar da não participação do Brasil no retorno de Zelaya, Celso Amorim disse: "Tenho 50 anos de vida pública. Se o senhor prefere acreditar na palavra de um golpista, não posso fazer nada."

Amorim relatou conversa que teve com Zelaya pelo telefone logo após o retorno a Honduras, na qual o presidente deposto teria se comprometido a tratar de seu retorno ao governo hondurenho de maneira "pacífica e por meio de diálogos". "Diria até que, apesar das reclamações, tivemos êxito, porque não teve nenhum ato de violência dos seguidores de Zelaya. Os atos que teria resultado em morte foram atos da repressão do governo golpista", disse o chanceler.

Amorim afirmou que a crise em Honduras é uma situação "difícil" para o Brasil, mas que o governo brasileiro "não tem muito o que fazer, a não ser aguardar o resultado de negociações com a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Organização das Nações Unidas (ONU)."

O chanceler também disse que a situação em Honduras é "única e singular nas relações internacionais". Isto porque, explicou o ministro, não se trata de um líder deposto que pediu asilo político, mas sim de um "presidente legítimo que foi deposto e que voltou ao seu país para retomar, com base em conversações, o poder".

Amorim defendeu a decisão do governo brasileiro, que tanto a Organização dos Estados Americanos (OEA) quanto a Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) criticaram o que classificaram de golpe contra Zelaya."Primeiro porque não me lembro de um governo de facto que tenha sido tão unanimemente condenado. Toda a comunidade americana, através da Organização dos Estados Americanos (OEA), e toda comunidade internacional, através da Organização das Nações Unidas (ONU) negaram reconhecimento ao golpe. É uma situação sui generis", disse.

"Nossa ação reconduz à retomada do diálogo, algo que não estava acontecendo", afirmou Amorim. "O fato de Zelaya estar hoje no país é um convite ao diálogo. Não sei o que teria acontecido caso o Brasil não o tivesse aceito (na embaixada). Ele teria sido preso, morto ou estaria em uma serra planejando uma revolução. Achamos que estamos contribuindo para o diálogo e nossa embaixada não está interferindo (em assuntos internos hondurenhos).

O governo de facto de Honduras decretou estado de sítio no país por 45 dias e ameaça expulsar diplomatas se Brasil não definir em 10 dias o status do presidente deposto, Manuel Zelaya, abrigado na embaixada brasileira na capital Tegucigalpa. Eduardo Azeredo disse à Agência Estado que é preciso evitar "o uso político da embaixada brasileira", e, para isso, o Brasil precisa "tomar decisões efetivas". "O Brasil está permitindo o uso da embaixada para fins políticos e isto não pode continuar", disse o senador.

Celso Amorim disse também que o Brasil está empenhado em resolver logo o problema diplomático em Honduras. Na avaliação do chanceler, a crise precisa ser superada antes das eleições previstas para 29 de novembro próximo. "Se não, vão acontecer eleições que serão questionadas se forem conduzidas pelo governo de facto", previu Amorim, referindo-se ao governo organizado pelos militares que depuseram Zelaya e empossaram Roberto Michelleti na presidência da República. "A comunidade internacional como um todo", concluiu o ministro brasileiro, "já informou a pelo menos dois candidatos que não reconheceria eleições conduzidas nessa situação."

O presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), criticou o uso político que Zelaya faz do abrigo que lhe foi concedido na embaixada, de onde convoca a população a fazer manifestações contra o governo militar. Azeredo disse que o Brasil não pode aceitar que sua embaixada seja cercada - como está - por forças militares, mas, ao mesmo tempo, não pode tolerar seu uso político.

Manuel Zelaya

Para o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), ainda que o presidente em exercício de Honduras, Roberto Micheletti, tenha feito um golpe e esteja coibindo a liberdade de expressão naquele país, não significa que o presidente deposto Manuel Zelaya tenha agido democraticamente ao querer forçar um terceiro mandato na presidência.

Na avaliação de Arthur Virgílio, Zelaya também tentou dar um golpe, talvez inspirado na conduta do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Zelaya, lembrou o senador, desrespeitou a Constituição de Honduras, que veda tentativas de reeleição.

Em resposta, Amorim negou a existência de "qualquer segmento da agenda política de Hugo Chávez" na questão hondurenha. Ele reafirmou a tese de que Zelaya foi vítima de um golpe militar repudiado por toda a comunidade internacional. "O que está em jogo é o destino na democracia na América Central. O fato é que o Brasil não escolheu o papel que está tendo neste contexto, mas também não fugiu dele depois da situação posta", afirmou Amorim.

Tanto Virgílio quanto José Agripino Maia (DEM-RN) defendem a tese de que o presidente deposto deveria se asilar no Brasil até que a crise política em Honduras seja resolvida. "Uma saída poderia ser a negociação de um salvo-conduto para ele (Manuel Zelaya) vir ao Brasil até que a situação se resolva", sugeriu Agripino.

Em resposta a Agripino e Virgílio, o chanceler brasileiro informou que Zelaya não pediu salvo-conduto ao Brasil e, por isso, o asilo ao presidente deposto de Honduras ainda não deve ser discutido. "Isso não nos foi pedido. Como não nos foi pedido, não estamos oferecendo", explicou.

O chanceler também afirmou que o governo brasileiro continuará a exortar o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, a reduzir o número de pessoas que o acompanham na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, onde está abrigado desde o dia 21. Amorim confirmou que, das 300 pessoas que entraram com Zelaya na embaixada, 60 permanecem na sede diplomática.

Em depoimento à Comissão de Relações Exteriores, no Senado, Amorim disse que as pessoas que acompanham Zelaya são amigos, aliados políticos, parentes, correligionários e jornalistas. "Este número (de 60) será diminuído ainda mais, até por funções humanas de convivência lá dentro da embaixada", disse Amorim. Acrescentou a redução está sendo feita aos poucos. "E continuaremos a exortar o presidente Zelaya para que esse número seja diminuído."(Agência Senado e Agência Brasil)

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PITACO DO ContrapontoPIG

É clara a posição da oposicionistas - Agripino (da Lina) Maia, Arthur (171) Virgílio e Eduardo (2,7 bi) Azeredo - a favor dos golpistas de Honduras.

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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Contraponto 377 - Mídia torce contra Lula


29/09/2009

O que é bom para o Lula, é ruim para o Brasil?


Carta Maior Blog do Emir 29/09/2009 às 05:42

A mídia mercantil (melhor do que privada) tem um critério: o que for bom para o Lula, deve ser propagado como ruim para o Brasil. A reunião de mandatários sulamericanos em Bariloche – que o povo brasileiro não pôde ver, salvo pela Telesul, e teve que aceitar as versões da mídia – foi julgada não na perspectiva de um acordo de paz para a região, mas na ótica de se o Lula saiu fortalecido ou não.

O golpe militar e a ditadura em Honduras (chamados de “governo de fato”, expressão similar à de “ditabranda”) são julgados na ótica não de se ação brasileira favorece o que a comunidade internacional unanimemente pede – o retorno do presidente eleito, Mel Zelaya -, mas de saber se o governo brasileiro e Lula se fortalecem ou não. Danem-se a democracia e o povo hondurenho.

A mesma atitude têm essa mídia comercial e venal diante da possibilidade do Brasil sediar as Olimpíadas. Primeiro, tentaram ridicularizar a proposta brasileira, a audácia destes terceiromundistas de concorrer com Tóquio, com Madri, com Chicago de Obama e Michelle. Depois passaram a centrar as matérias nas supostas irregularidades que se cometeriam com os recursos, quando viram – mesmo sem destacar nos seus noticiários – que o Rio tinha passado de azarão e um dos favoritos, graças à excelente apresentação da proposta e ao apoio total do governo. Agora se preparam para, caso o Rio de Janeiro não seja escolhido, anunciar que se gastou muito dinheiro, se viajou muito, para nada. Torcem por Chicago ou outra sede qualquer, que não o Rio, porque acreditam que seria uma vitória de Lula, não do Brasil.

São pequenos, mesquinhos, só vêem pela frente as eleições do ano que vem, quando tentarão ter de novo um governo com que voltarão a ter as relações promíscuas que sempre tiveram com os governos, especialmente com os 8 anos de FHC. Não existe o Brasil, só os interesses menores, de que fazem parte as 4 famílias – Frias, Marinho, Civitas, Mesquita – que pretendem falar em nome do povo brasileiro.

O povo brasileiro vive melhor com as políticas sociais do governo Lula? Danem-se as condições de vida do povo. Interessa a popularidade que isso dá ao governo Lula e as dificuldades que representa para uma eventual vitória da oposição. A imagem do Brasil no exterior nunca foi melhor? A mídia ranzinza e agourenta não reflete isso, porque representa também a extraordinária imagem de Lula pelo mundo afora, em contraposição à de FHC, e isto é bom para o Brasil, mas ruim para a oposição.

O que querem para o Brasil? Um Estado fraco, frágil diante das investidas do capital especulativo internacional, que provocou três crises no governo FHC? Um país sem defesa ou dependente do armamento norteamericano, como ocorreu sempre? Menos gastos sociais e menos impostos para ter menos políticas sociais e menos direitos do povo atendidos? Um povo sem auto estima, envergonhado de viver em um país que eles pintam como um país fracassado, com complexo de inferioridade diante das “potências”, que provocaram a maior crise econômica mundial em 80 anos, que é superada pelos países emergentes, enquanto eles seguem na recessão?

São expressões das elites brancas, ricas, de setores da classe média alta egoísta, que odeia o povo e o Brasil e odeia Lula por isso. Adoram quem se opõem a Lula – Heloísa Helena, Marina, Micheletti -, não importa o que digam e representem. Sua obsessão é derrotar Lula nas eleições de 2010. O resto, que se dane: o povo brasileiro, o país, a situação de vida da população pobre, da imagem do país no mundo, da economia e do desenvolvimento econômico do Brasil.

O que é bom para o Lula é ruim para eles e tentam fazer passar que é ruim para o Brasil. É ruim para eles, as minorias, os 5% de rejeição do governo, mas é muito bom para os 82% de apoio ao Lula.
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Contraponto 376 - Colunista da Globo encurralado


29/09/2009
Colunista da CBN leva surra no ar

Do Onipresente

Por Athos/Nassif 28/09/2009 às 17:04

CBN a rádio que apóia o golpe!

Por Athos

Na CBN, agora a pouco, o Sardenberg entrevistava um diplomata brasileiro de sobrenome Garcia. (Marco Aurélio Garcia)

Tomou uma surra sem tamanho. Foi até engraçado.

O diplomata desafiou seu entrevistador a citar um fato que ligasse Chávez a volta de Zelaia.

Sardemberg : e o avião do Chavez.?

Resposta: Mas ele voltou de carro. lol

Sardemberg:, mas houve um processo judiciário.

Resposta: No brasil de Jango também houve, aliás, o cargo da presidência estava vago quando os militares assumiram.

Sardemberg: Mas ele tentou mudar a constituição para se reeleger.

Resposta: O pleito estava marcado para a mesma data da eleição presidencial, portanto, Zelaya não poderia ser candidato.

e assim foi até o fim?

Postado por Oni Presente às 22:04:00

Padrão ALI KAMEL de Qualidade(?)
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Contraponto 375 - Lula: homenagens, títulos, prêmios


29/09/2009


Homenagens

Todos os diplomas do presidente

Lula mesmo cansa de repetir que chegou ao Planalto sem título algum, mas em menos de sete anos de mandato já acumula 263 condecorações, desde o prestigiado Príncipe de Astúrias ao inusitado Pinguim Imperador

Do Correio Brasiliense por Flávia Foreque - 20/07/2009


Foto Ricardo Stuckert/PR
Lula recebe o Príncipe de Astúrias:
entre os brasileiros, apenas ele e
FHC foram agraciados com a condecoração



Fotos: Monique Renne/CB/D.A Press, Carlos Silva/Esp. CB/D.A Press







Os títulos contam a história do sindicalista que governa o país. O primeiro e mais significativo, de torneiro mecânico pelo Sesi, de 1963. Depois, o de chefe do Executivo. Em seguida, os importantes Príncipe das Astúrias, de 2003, e da Ordem do Banho, em 2006







Entre as centenas de condecorações, há curiosidades. A primeira da fila é a de Criadores de Zebu, depois a do mérito industrial. As duas últimas da sequência foram dadas por países do norte africano, como a Líbia, governada pelo ditador Muammar Khadafi, e a Argélia

Em dezembro de 2002, o recém vitorioso das eleições Luiz Inácio Lula da Silva chorou e emocionou os presentes ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao ser diplomado presidente. Lembrou que em sua trajetória política foi acusado, muitas vezes, de não ter curso superior. “Ganho meu primeiro diploma, o diploma de presidente da República do meu país”, destacou, em discurso que se tornou célebre.

Oito anos mais tarde, quando deixar a Presidência, ele sairá do governo levando na mala títulos de dar inveja a qualquer PhD. Hoje, perto do sétimo ano de mandato, Lula já acumulou 263 diplomas de diversas origens.

“Quanto mais exposto ele está, mais as pessoas querem homenageá-lo”, explica Cláudio Soares Rocha, chefe da Diretoria de Documentação Histórica (DDH) da Presidência da República, que registra os diplomas, desde aqueles de participação em palestras até títulos da nobreza britânica. Um dos documentos de maior destaque é o Príncipe de Astúrias, prestigiado prêmio da nobreza europeia. Lula foi premiado por sua cooperação internacional, em 2003. “É um Nobel da Espanha”, compara Rocha. O documento é acompanhado de uma escultura do artista espanhol Miró, além da quantia de 50 mil euros. Entregue desde 1981, apenas Lula e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foram os brasileiros homenageados com o Príncipe de Astúrias.

A família real da Inglaterra também prestou homenagem ao ex-metalúrgico. Há três anos, Lula recebeu o título de Cavaleiro honorário da Grã-cruz da ilustre ordem do banho. Conta a lenda que os cavaleiros medievais, no retorno das batalhas, faziam uma pausa estratégica na cidade de Bath (“banho”, em inglês) antes de se apresentarem ao rei e serem condecorados por ele.

Apesar do reconhecimento internacional, os prêmios nacionais são os mais numerosos. E dos mais diversos tipos: desde título de doutor honoris causa até certificado de participação em palestra. E a concorrência para dar um título ao presidente parece ser grande. Em 2004, Lula recebeu diploma de “sócio benemérito” da Associação do Boi caprichoso, uma das agremiações do Festival Folclórico de Parintins, realizado anualmente no Amazonas. Sem perder tempo, o adversário Boi Garantido entregou no mesmo dia ao petista título idêntico. Presente em solenidades ao lado do marido, a primeira-dama também é homenageada em viagens do presidente. Quando Lula visitou a base brasileira na Antártida, em fevereiro do ano passado, foi agraciado com o título de Pinguim Imperador. Dona Marisa, que integrava a comitiva presidencial, recebeu por sua vez o título de Pinguim Adélia.

Antes da posse

Quando referiu-se ao “primeiro diploma” no emocionado discurso do TSE, Lula usou uma licença poética, provavelmente. Ele já acumulava 73 diplomas, em sua maioria nacionais. Boa parte confirmava a participação do ex-metalúrgico em palestras ou concedia título de cidadão honorário. Mas o mais significativo deles foi entregue a Lula em 1963, quando o futuro sindicalista recebeu certificado da escola Senai pela conclusão do curso de torneiro mecânico. O documento foi o único a ser restaurado pela equipe de documentação histórica. A estrutura do papel foi reintegrada e o papel foi higienizado.



"Quanto mais exposto ele está, mais as pessoas querem homenageá-lo”
Cláudio Soares Rocha, chefe da Diretoria de Documentação Histórica (DDH)


“Intensivão” em oito anos

O presidente Lula recebeu condecorações nacionais e internacionais, desde homenagem do papa a diploma de conselheiro do Corinthians.

2003 – 63

2004 – 32

2005 – 33

2006 – 33

2007 – 37

2008 – 36

2009 – 29

Total: 263










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PITACO DO ContrapontoPIG

O metalúrgico foi longe.

Imaginem se o Lula fosse um sociólogo, daqueles que mandam esquecer o que escreveram...

Imaginem, também, se o Lula fosse, pelo menos, um engenheiro ou economista mesmo com curso superior incompleto...
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Contraponto 374 - O Pré-Sal e você


29/09/2009

O que o petróleo do Pré-Sal tem a ver com você

Carta Maior - 27/09/2009

O Brasil pode fazer um novo fundo igual à soma do FAT e do FGTS, mais 20 trens-bala, mais uma Harvard tropical, mais corrigir e manter aposentadorias do INSS, e mesmo assim isso somaria apenas 14% de uma projeção rasteira dos recursos do pré-sal. Isso totalizaria, por alto, 730 bilhões de dólares. Saiba por que tanta gente quer por a mão nessa riqueza e por que há tanta agitação, no Congresso Nacional, sobre esse assunto. O artigo é de Castagna Maia. Leia aqui no CartaMaior
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Contraponto 373 - Pernambuco pesquisa controle da AIDS


29/09/200
Pesquisa de estudiosos da UFPE traz avanço no controle do vírus da Aids

Do JC Online Com informações da Rádio Jornal. Publicado em 28.09.2009, às 14h58

Sérgio Crovella e Luiz Cláudio Arraes estão entusiasmados com os resultados

Foto: Guga Matos/JC Imagem

O controle do vírus da aids avançou mais nesta segunda-feira (28). Os estudiosos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Sérgio Crovella e Luiz Cláudio Arraes, apresentaram as descobertas de uma pesquisa, que se iniciou em 2001, voltada para o desenvolvimento de uma imunovacina para a aids.

Os pesquisadores fizeram um estudo do genoma de 18 pacientes portadores da doença e identificaram dois genes que produzem uma proteína que ajuda o organismo a combater o vírus HIV. A descoberta representa um avanço na comunidade científica que pesquisa a cura da aids.

Essa foi a primeira vez que estudiosos se interessaram pelo genoma do paciente infectado. "Os outros estudos sempre focalizam atenção sobre a tipologia do vírus, os parâmetros laboratoriais de construção da vacina e ninguém olhou para o genoma do hospedeiro", diz Sérgio Crovella. O trabalho já foi publicado nas maiores revistas científicas internacionais. Na segunda fase da pesquisa que vai contar com a Universidade de São Paulo e do Rio de Janeiro, a expectativa é chegar perto dos 100% da redução da carga viral nos 18 pacientes em análise.
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Contraponto 372 - Mais um !


29/09/2009
O mundo fora do aquário da mídia

Do Blog do Nassif.
Por Alberto Porém Jr.- 28/09/2009 - 20:43

Olha o prêmio fresquinho para o Lula!
Lula receberá Prêmio Chatham House 2009 no dia 5 de novembro

Por Alberto Porém Jr.- 28/09/2009 - 20:43

LONDRES, Reino Unido — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai receber o prestigioso Prêmio Chatham House 2009 por sua contribuição à “estabilidade e integração na América Latina e por seu papel na resolução de crises regionais”, informou o centro de estudos britânico.

Lula receberá o prêmio em uma cerimônia prevista na capital britânica no próximo dia 5 de novembro, segundo o centro, que recompensa anualmente a figura política que fez “a contribuição mais significativa para a melhoria das relações internacionais no ano anterior”.

O diretor do centro, Robin Niblett, explicou que Lula foi eleito por suas “excepcionais qualidade de líder nacional, regional e internacional” e que o prêmio reconhece seus “êxitos pessoais e a influência crescente que conseguiu para o Brasil”.

A Chatham House afirma ainda que, no âmbito internacional, se destacam o “fortalecimento das relações cordiais entre o Brasil e o resto das Américas, e outros países em todo o mundo”.

Na esfera subcontinental, Lula foi reconhecido por ser uma “figura-chave na estabilidade e integração na América Latina e por desempenhar um papel destacado na resolução de crises regionais”, e no âmbito local por “sua contribuição para a redução da pobreza no Brasil”.

Lula superou outros finalistas selecionados pelos membros da Chatham House, como o ministro das Relações Exteriores, o príncipe Saud Al Faisal, e a presidente da Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf, em votação aberta.

(AFP)
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Contraponto 371 - Azeredo blindado


29/09/2009
A blindagem dos jornalões a um tucano

Zé Dirceu - 28/09/2009 16:49

Eduardo Azeredo

A Promotoria do Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) acusou o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) de ter se beneficiado, quando governador (1995-1998), de um esquema de fraudes em licitações que teria causado um prejuízo de R$ 2,7 bilhões ao Estado, dinheiro que, segundo a denúncia, foi desviado para sua campanha à reeleição em 1998.

Na ação, o MP-MG pede o bloqueio dos bens de Azeredo e que ele restitua esse dinheiro aos cofres públicos. A notícia - reconheça-se, com certo destaque - só foi publicada pela Folha de S.Paulo de hoje.

Nos demais jornalões, nenhuma palavra. Nem no Estado de Minas, de Belo Horizonte, nem no Correio Braziliense - este, jornal tradicionalmente alinhado com os tucanos. Tampouco no jornal dos Marinhos, O Globo, que tanto prima por escrachar esse tipo de notícia, desde que seja contra o governo...
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Contraponto 370 - Infâmia da mídia


29/09/2009

Infâmia: a mídia sabe levantar, mas não sabe reparar

Zé Dirceu - 28/09/2009 18:14

Franklin MartinsFoto Antônio Cruz/ABr

Uma infâmia - não tenho outro qualificativo - o que a imprensa, jornalões e demais veículos da grande mídia fizeram nos últimos tempos contra o administrador de empresas Victor de Souza Martins, diretor da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e irmão do ministro da Comunicação Social, Franklin Martins.

Vitor foi acusado de usar seu cargo na ANP para aumentar a parcela de royalties paga a prefeituras que contratavam a Análise Consultoria, empresa dele e de sua mulher. Na agência, Vitor e outros dois diretores são responsáveis por definir se um município deve ou não receber royalties do petróleo (compensação que as empresas produtoras pagam à União, aos Estados e municípios).

Vitor negou a acusação e afirmou que a Análise não assinou contrato com nenhuma prefeitura ou empresa desde que ele tomou posse na ANP, em 20 de maio de 2005. Mas tudo foi denunciado num clima de escândalo, com o fato aparecendo superdimensionado na grande imprensa.

A campanha foi liderada pelos principais telejornais da Rede Globo e pelo jornal dos Marinhos, O Globo. Agora descobre-se que foi tudo forjado e o agente aposentado da Polícia Federal (PF), Wilson Ferreira Pinna, lotado na ANP e apontado como autor do dossiê contra Vítor, exonerado.

A mídia, entretanto, a começar pelos veículos das Organizações Globo, ignorou solenemente o fato. O Estadão deu uma pequena nota, a Folha de S.Paulo uma maior, mas recheada de incorreções que um dos diretores da ANP, Haroldo Lima, corrige hoje em carta ao jornal e a Rede Globo, o jornalão da família, inclusive, nenhuma linha.

É o caso de se perguntar: como fica o ultraje a Vítor de Souza Martins? Quem responde pela honra e imagem dele, arranhadas? Quem está por trás dessa trama? A oposição, que tanta corda deu à denúncia - só a esta, nada ao esclarecimento - sabia que era uma montagem? E as Organizações Globo, que estimularam, como ficam?

Será que temos uma central de dossiês falsos e de denúncias, articulada entre a imprensa, delegados, promotores e juízes ? Para onde caminha o país com tanto denuncismo e a perseguição sem limites que a imprensa conservadora move e que cresce a cada dia, na medida em que fica impune?
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Contraponto 369 - Um abraço para Lula


29/09/2009
Michelleti: ‘Um abraço, Lula!’
Blog Cidadania.
por Eduardo Guimarães às 20h09

Nesta segunda-feira, assisti pela Telesur coletiva de imprensa concedida pelo presidente golpista de Honduras, Roberto Michelleti, e por membros de seu gabinete de governo. A postura dos golpistas deu pistas importantes.

Perguntado sobre o que pretende fazer ao fim do prazo de dez dias que seu “governo” concedeu ao Brasil para definir o “status” de Manuel Zelaya, o golpista Michelleti se mostrou bem mais conciliador do que suas últimas ações deixaram ver.

Um dos aspectos da entrevista que chamou mais a atenção foi a disposição dos golpistas de se exporem a saraivada de perguntas incômodas que fazia Michelleti e seus gorilas mostrarem evidente desconforto.

Conciliador, Michelleti disse que manda “um abraço” a “Lula da Silva”, disse que o “respeita” e ao nosso país, pregou “diálogo” e garantiu que não pensa em mandar invadir a embaixada brasileira ao fim do prazo de dez dias dado ao Brasil.

Também disse que fechou e censurou veículos de imprensa opositores “em nome da liberdade de imprensa”, porque eles estariam promovendo “desordens e tumultos”.

A explicação para toda essa doçura é bem simples. Navegando por sites, blogs noticiosos e por perfis do Twitter da América Latina, tomei conhecimento de duas notícias importantes.

A primeira notícia é a de que cresce no exército hondurenho o contingente disposto a se rebelar contra os golpistas. O movimento de descontentamento vem da sociedade em todas as classes sociais, igualmente afetadas pela crise em variadas medidas.

A segunda notícia é a de que um coronel do exército hondurenho declarou que seu país não está preparado para resistir a uma intervenção dos capacetes azuis da ONU, o que pode acabar acontecendo se persistir a escalada dos golpistas.

Outro fato importante foi o reconhecimento de Michelleti durante a coletiva de imprensa de que não há clima para a realização de eleições, apesar de ter enrolado e não respondido se elas serão suspensas ou adiadas.

A impressão que tive foi a de que a coragem dos golpistas é muito maior contra os hondurenhos pobres que eles têm prendido, espancado, torturado e assassinado. Diante de embate em igualdade de condições, fugirão como ratos assustados.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Contraponto 368 - Dilma pro que der e vier


28/09/2009


"Estou pronta pro que der e vier", afirma Dilma
após anúncio de cura do câncer

Do UOL Notícias Claudia Andrade - 28/09/2009 - 17h26

Em Brasília

Após o anúncio médico de que está curada do câncer linfático, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, afirmou nesta segunda-feira (28) que está com sua energia de volta e que está pronta "para o que der e vier". "Eu me sinto muito feliz hoje até porque a sensação que eu tenho é de muita energia, foi uma coisa que me aconteceu que pode acontecer com qualquer brasileiro ou brasileira e que faz a gente dar mais valor à vida", afirmou após a cerimônia de posse do novo ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, em Brasília.

"Recuperei a minha energia, está na cara que eu recuperei", disse. "Estou pronta para o que der e vier, não sei para o quê, mas para o que der e vier", afirmou ao ser questionada se estava pronta para começar sua campanha como pré-candidata petista à sucessão presidencial.

"Os médicos disseram que estou completamente liberada, eles disseram para mim: você tem condições totais de exercer todas as atividades que exercia antes."


Dilma agradeceu à equipe médica pelo tratamento e à população pelas orações que vinha recebendo. A ministra lembrou do vice-presidente da República, José Alencar, que luta contra um câncer há 12 anos. "Eu tenho o exemplo de uma pessoa excepcional que é o Zé Alencar. Ele deu um exemplo a todos nós de coragem, determinação e combate à dor e à doença. Ele me apoiou e me deu respaldo até por ser uma pessoa mais experiente", afirmou.

Boletim médico
Na manhã desta segunda, o Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, divulgou boletim médico em que anuncia a cura da ministra.

Leia abaixo a íntegra:

Nota à Imprensa - Ministra-Chefe da Casa Civil Dilma Roussef - 11h38

A Ministra-Chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, esteve no Hospital Sírio-Libanês, no dia 24 de setembro de 2009, quando se submeteu a diversos exames para avaliação de seu estado de saúde, após completar tratamento quimio e radioterápico para um Linfoma Não-Hodgkin, detectado precocemente (Estadio IA).

A avaliação foi coordenada pela Dra. Yana Novis e pelos Drs. Paulo Hoff e Roberto Kalil Filho. Após exaustivos testes, foi constatado que o tratamento atingiu o resultado esperado e que a Ministra Dilma Roussef encontra-se livre de qualquer evidência de linfoma, com estado geral de saúde excelente, podendo retornar a sua rotina normal.

Dr. Antonio Carlos de Onofre de Lira (Diretor Técnico Hospitalar)
Dr. Riad Younes (Diretor Clínico)

Contraponto 367 - Lula também no Independent

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28/09/2009
Independent : Brasil de Lula mais forte, mais alto


Do Blog Amigos do Presidente

Por: Hugh O’Shaughnessy - Jornal Britânico Independent - Sunday, 27 September 2009

Com o título "A ascensão e a ascensão do Brasil: mais rápido, mais forte, mais alto", o "Independent" publicou duas páginas, do correspondente Hugh O'Shaughnessy, apontando o favoritismo para os Jogos de 2016. Diz que na sexta "o voto pode ser um marco na jornada do Brasil para deixar de ser o eterno país do futuro". Cita a popularidade, de Lula o G20, a resistência ao "impostor" de Honduras etc.Leia a tradução

Deus pode não ser brasileiro, como muitos dos moradores do Rio de Janeiro orgulhosamente garantem, mas o Todo Poderoso parece mexer as suas asas influentes na direção da Cidade Maravilhosa, a Marvellous City do Atlântico Sul, no momento em que a cidade joga tudo para sediar as Olimpíadas de 2016. Suas três rivais, Tóquio, Madrid e Chicago, parecem perder força enquanto chega O Dia em cinco dias. No dia 2 de outubro a cidade vencedora será anunciada em Copenhague, assistida por um bilhão de telespectadores em todo o mundo.

Na terça-feira, em Brasília, senadores aprovaram legislação para garantir tudo o que se requer para uma proposta vencedora — de financiamento a regulamentos para evitar que donos de hotéis cobrem acima do preço pelas diárias.

O New York Times parece ter desistido da Cidade da Ventania [Chicago] às margens do Lago Superior, na quarta-feira, sugerindo que o presidente brasileiro, Luís Inácio da Silva, que todos chamam de Lula, tinha o trabalho mais fácil do mundo para garantir o prêmio. Lula, o ex-metalúrgico e líder sindicalista que anos atrás perdeu um dedo em uma prensa hidráulica, confessou que tinha a vantagem. Ele será acompanhado em Copenhague pela sua esposa, Marisa, enquanto Michelle Obama estará lá sem o marido. “Será dois contra um”, disse Lula com prazer disfarçado.

A votação do próximo mês poderia ser um marco na jornada do Brasil para deixar de ser o eterno país do futuro — para o qual o futuro nunca chega — e para se tornar um indisputável poder mundial, com uma presença permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas e o dinheiro para alimentar, educar e cuidar de sua população de quase 200 milhões.

Lula, que quando criança suplementava o orçamento da mãe vendendo amendoim em torno do porto de Santos, aproveita de sua nova eminência, de sua liberdade para culpar a atual crise financeira “nos banqueiros de olhos azuis” e do respeito adquirido. O pânico dos banqueiros e o alarme da mídia na City de Londres e em Wall Street nos meses que antecederam sua maciça vitória eleitoral em 2002 são coisas do passado.

Hoje o Brasil é um dos BRICs, junto com a Rússia, a Índia e a China e é admirado por banqueiros e economistas. E não apenas o presidente Obama o chama o líder mais popular do mundo mas, depois de um período em que a corrupção governamental parecia a caminho de derrubá-lo, Lula tem uma taxa de aprovação com os eleitores de cerca de 80%.

Não mais um caso clássico de país em luta contra a hiperinflação, o Brasil olha adiante para um tsunami de riquezas que vai tomar conta da Petrobras, a altamente bem sucedida empresa de petróleo controlada publicamente, que atingirá produção total nos enormes campos de águas profundas. Lula faz planos para usar esse novo dinheiro para corrigir abusos que resultaram do golpe militar de 1964, apoiado pelo Ocidente, e dos anos subsequentes de repressão selvagem e tortura, que derrubaram os padrões de vida do próprio Lula e de outros milhões de pobres brasileiros. O Brasil também é um grande exportador de comida — o que é confortável num momento em que a fome cerca vários lugares.

As últimas semanas demonstraram que Lula está sacando da riqueza futura para ter mais influência internacional hoje. O primeiro chefe de estado a falar no debate da Assembléia Geral das Nações Unidas na quarta-feira, ele entrou na frente do discurso de 90 minutos do coronel Gaddafi, que chateou todos os presentes.

Lula aproveitou a oportunidade para atacar as idéias dos poderes ocidentais durante a crise financeira internacional. “O que desabou foram conceitos sociais, políticos e econômicos aceitos como inquestionáveis”, ele disse, num forte golpe a políticos e banqueiros que se opunham à regulamentação governamental. Os esforços de Lula ajudaram a esmagar o Grupo dos Oito dos países ricos, que será substituído pelo Grupo dos 20, que inclui países em desenvolvimento que se encontraram na quinta-feira em Pittsburgh para reformar as finanças mundiais.

Na Assembléia Geral Lula também pediu ação contra o golpe em Honduras, onde a embaixada brasileira dá abrigo a Manuel Zelaya, o presidente legítimo derrubado em 28 de junho por um impostor com apoio militar. Lula está pedindo ao Conselho de Segurança ação contra o crescentemente bárbaro novo regime, com ameaça do emprego de toda a força da lei internacional, particularmente se o regime continuar a deixar diplomatas brasileiros e seus hóspedes sem energia, água e comida.

A ação brasileira, apoiada de perto pelo governo venezuelano, pegou Washington de surpresa, expondo uma divisão clara entre Obama, que quer ação decidida para restaurar Zelaya, e uma vacilante Hillary Clinton, cujos assessores direitistas tem outras ideias.

Lula é, também, um dos líderes do bloco da União Sul-Americana de Nações. A Unasur resiste à militarização da América do Sul que muitos acreditam que vai acontecer se a Colômbia, um aliado próximo dos Estados Unidos, permitir que o Pentágono estabeleça sete novas bases em suas terras; elas permitiriam que os Estados Unidos despachassem caças para qualquer parte do continente com exceção da Patagônia. Como precaução, Lula está comprando armas da França e da Rússia.

Em suas tentativas de acelerar a unidade latino-americana, Lula tem corrido riscos políticos em casa, enfrentando empresas de energia elétrica poderosas. Para cimentar as relações com seu vizinho pobre, o Paraguai, Lula prometeu um novo acordo para o uso da energia da gigantesca hidrelétrica de Itaipu, que supostamente deveria ser usada igualmente pelos dois países mas que de fato vai quase toda para o Brasil.Ainda assim, se o Rio vencer na sexta-feira, Lula voltará à tarefa de dar esperança aos despossuídos da cidade — para garantir que as primeiras Olimpíadas na América do Sul ocorram pacificamente.

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PITACO DO Contraponto PIG

Jornais e revistas importantes de diversas partes do mundo como El País, Le Monde, Newsweek, The Independent e outros destacam as atividades de Lula na ONU, no G-20, na Cúpula América do Sul-África e na condução do Brasil na crise mundial, mostrando o sucesso do seu governo e a realidade de sua liderança.
O PIG (a grande imprensa golpista brasileira): Globo, Estadão, Folha de São Paulo, Veja e outros, "desconhecem" o assunto, calando, mentindo, manipulando e escondendo.
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Contraponto 366 - América do Sul - África


28/09/2009


América do Sul e África têm que ter sua própria bússola


Foto oficial de encerramento da II Cúpula América do Sul-África.
Foto: Ricardo Stuckert/PR

Blog do Planalto - domingo, 27 de setembro de 2009 às 18:01

Países sulamericanos e africanos precisam procurar novos mecanismos e novas formas de relações para superar problemas comuns e não ficarem dependentes apenas “da bússola dos chamados países desenvolvidos”, afirmou o presidente Lula em seu discurso na II Cúpula América do Sul-África (ASA), que foi realizada neste fim de semana em Isla Margarita, na Venezuela. Após participar de cerimônia de assinatura do ato que constitui o Banco do Sul com presidentes sulamericanos presentes à Cúpula, Lula afirmou que a diversificação de suas relações evitou que os países da América do Sul e da África sofressem tanto com a crise econômica.

Eu queria que vocês saíssem daqui com a certeza de que o século 21 pode ser o século da África e pode ser o século da América Latina e da América do Sul. Basta que a gente tenha clareza de que nós dependemos muito mais das nossas decisões do que dos sonhos, das ajudas externas que muitas vezes passamos todo o século 20 esperando e estamos esperando no século 21.

Vocês percebem claramente que na época da crise todos os países ricos que defendiam o livre comércio foram os primeiros a se fechar no protecionismo. Os países africanos são testemunha da tentativa enorme que nós fizemos para negociar a Rodada de Doha, sobretudo, pensando em abrir um mercado agrícola europeu para os países africanos e não conseguimos. E não sei se vamos conseguir abrir para que os países da África que produzem pouca coisa, tenham, no mínimo, acesso a um mercado dos países ricos, para não continuarem recebendo as ajudas em alimentos subsidiados dos países ricos.

Leia aqui a íntegra do discurso do presidente Lula na II Cúpula América do Sul-África. Para ouvir o discurso, clique abaixo:

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Contraponto 365 - Globo e histórias de manipulação


28/09/2009

P
iada de segunda


Os amigos do Presidente por Helena™ . Segunda-feira, Setembro 28, 2009

O Presidente Lula afirmou há alguns dias à coluna de Mônica Bergamo que candidatos com pouco tempo de TV têm poucas chances eleitorais. "A não ser que aconteça como em 1989, quando a TV Globo apoiou o Collor", disse Lula. Questionado por Mônica sobre a fala do Presidente, o jornalista Ali Kamel ator pornô, diretor da Central Globo de Jornalismo, afirma que "a TV Globo, em seu noticiário, jamais apoiou candidato algum, nem jamais vai apoiar".

Ali Kamel faz considerações também sobre a edição do debate do segundo turno de 1989, em que a emissora foi acusada de favorecer Fernando Collor. Segundo ele, a TV Globo, naquela ocasião, "cometeu um erro, sem má-fé" e que esse erro, teria sido admitido pela emissora diversas vezes, inclusive em livro ("JN, 35 Anos, A Notícia Faz História").Ainda segundo Ali Kamel, esse erro, porém, não teve influência na eleição

Kamel mentiu

Parece brincadeira, mas não é. O chefe dos inventores da enganação televisa no Brasil, o chefe dos aspirantes a ladrões da eleição fluminense de 1982, o chefe dos manipuladores do debate de 1989 nos alerta contra os perigosos da Globo em 201O,já que para ele tudo que aconteceu na eleição Collor x Lula foi normal.

Esse sujeito é mal intencionado mesmo. Quer repetir essas desculpas para ver se ele mesmo acredita nelas. Acho que por aí já podemos ter uma base do porque o jornalismo nas grandes mídias está desacreditado. Simplesmente porque são péssimos profissionais e pessoas de má índole, que seguem a cartilha da desonestidade para manterem seus belos cargos.

Tentou mas não conseguiu

Em 2006, a Globo constrangeu o Lula mostrando acintosamente, o tempo todo, a cadeira vazia com seu nome no debate. O Lula estava no seu direito de não ir. Assim como o Fernando Henrique não foi ao debate contra Lula em 1998, mas a Globo não fez a mesma coisa com ele. Por que ? Com certeza, a Globo levou esta eleição para o 2º turno.

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PITACO DO ContrapontoPIG

Sobre o assunto, veja neste blog os tapes dos posts:
Contraponto 356 : "Homenagem" deste blog aos 40 anos do JN (1)
Contraponto 357 : "Homenagem" deste blog aos 40 anos do JN (2)
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Contraponto 364 - Imprensa Brasileira: de facto ou interina


28/09/2009

Imprensa brasileira: De facto ou interina?


Empenhada em afirmar que o governo brasileiro teria agido de maneira irresponsável ao conceder abrigo ao presidente deposto, a mídia corporativa repete um velho procedimento. Tenta armar uma subversão monstruosa: a autoria e a responsabilidade do golpe são transferidas aos que a ele se opõem.

Gilson Caroni Filho*

Desde 28 de junho, quando o presidente Manuel Zelaya foi deposto por um golpe militar liderado por Roberto Micheletti, a grande imprensa brasileira, através de seus articulistas mais conhecidos e dedicados editorialistas, voltou a apresentar, como é comum a aparelhos privados de hegemonia, seu vasto arsenal de produção e redefinição de significados. Desta vez, a novidade foi o deslocamento semântico do real sentido do que vem a ser golpe de Estado. Em Honduras, segundo a narrativa jornalística, não há golpistas, mas "governo interino" ou "de facto", pouco importando que a ação militar tenha sido condenada pela União Européia e governos latino-americanos representados pela Organização dos Estados Americanos (OEA)

Como já tive oportunidade de destacar em outra oportunidade "há algo profundo no jogo das palavras". Ainda mais quando, quem as maneja, tem, por dever de ofício, que relatar o que cobre com precisão e clareza. Fica evidente que razão cínica e ética ambíguas são irmãs siamesas. E no jornalismo brasileiro, mudam as gerações, mas as tragédias continuam e o imaginário dos aquários insiste em se engalfinhar contra as evidências factuais.

Agora, empenhada em afirmar que o governo brasileiro teria agido de maneira irresponsável ao conceder abrigo ao presidente deposto, a mídia corporativa repete um velho procedimento. Tenta armar, na produção noticiosa, uma subversão monstruosa: a autoria e a responsabilidade do golpe são transferidas aos que a ele se opõem, de modo que os golpistas, posando de impolutos democratas, ainda encontrem razões e argumentos para desmoralizar, reprimir e, se possível, eliminar seus oponentes. Para a empreitada foram convocados até diplomatas aposentados, saudosos de uma subalternidade quase colonial.

Uma característica saliente do discurso editorial, e de forma alguma sem importância, é o tom mordaz de quem que se propõe a dizer "verdades" a leitores e/ou telespectadores não apenas iludidos, mas idealizados como obtusos. O trecho abaixo, extraído da revista Veja ( edição 2132, de 30/09/2009) é exemplar. Trata-se da reportagem “O pesadelo é nosso", assinada pelos jornalistas Otávio Cabral e Duda Teixeira.

"Com as eleições marcadas para o próximo dia 29 de novembro, o governo interino que derrubou Zelaya se preparava para reconduzir o país à normalidade democrática. O candidato ligado a Manuel Zelaya aparecia até bem colocado nas pesquisas de intenção de voto. Seria uma saída rápida e democrática para um golpe, coisa inédita na América Latina. Seria. Agora o desfecho da crise é imprevisível. O mais lógico seria deixar o retornado sob os cuidados dos amigos brasileiros até depois das eleições, que, se legítimas, convenceriam a comunidade internacional das intenções democráticas dos golpistas"

Não procurem lógica no texto. Muito menos o uso político do mito da objetividade jornalística. O panfletarismo é prepotente e assumidamente faccioso para se preocupar com detalhes. Falar em “intenções democráticas dos golpistas" não expressa dificuldade de ordem racional, mas uma formidável comédia de erros e imposturas orquestradas por setores decisivos de uma direita inconformada com uma política externa exitosa.

Não se trata apenas da insistência da grande mídia brasileira em “manter um viés anti-Lula, fazendo uma cobertura parcial e tendenciosa sobre os acontecimentos que envolvem o fato", como afirmou o deputado José Genoíno. A operação em curso vai bem além desse propósito. O que ela busca ocultar são os resultados da reunião do G-20, em Pittsburgh, com a abertura para a reorganização das instituições financeiras internacionais e maiores direitos para os países emergentes. O êxito diplomático deve ser substituído por uma "trapalhada ideológica que não faz jus à tradição pragmática do Itamaraty”.

É exatamente isso o que confessa o articulista Clóvis Rossi, em sua coluna de sexta-feira, 25 de setembro, na Folha de S. Paulo.

"Escrevendo textos no lobby do Hotel Sheraton, em que Luiz Inácio Lula da Silva está hospedado em Pittsburgh, sou agradavelmente interrompido por Gilberto Scofield, o competente correspondente de "O Globo" em Washington: Cara, Honduras conseguiu eclipsar completamente o G20 nos jornais brasileiros. Só recebo cobranças sobre Honduras".

Essa desenvoltura de militantes eufóricos só reforça o que se sabe da grande imprensa. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, mas os modelos-teimosos- permanecem como farsa de um jornalismo que não se sabe ao certo se é “de facto" ou interino. Os acontecimentos de Tegucigalpa são contagiantes

*Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Jornal do Brasil
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Contraponto 363 - Terra transmite TV Brasil ao vivo na internet


28/09/2009

Terra transmite TV Brasil ao vivo na internet

Luis Carlos Azenha - Atualizado e Publicado em 27 de setembro de 2009 às 23:21

Para os leitores que perderam a revista África por não terem acesso à emissora na internet, uma boa notícia: ela pode ser captada através da Terra TV, aqui.

Para os leitores que não conseguem sintonizar a TV Brasil em suas cidades, um link explicativo, aqui.

A reprise do primeiro episódio da revista Nova África será segunda-feira, às 20 horas.

Portanto, toda sexta-feira, 10 da noite, tem episódio inédito.

Na segunda seguinte, a reprise, às 8 da noite.
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Contraponto 362 - "Ultimas barreiras do racismo brasileiro"


28/09/2009
Últimas barreiras do racismo brasileiro

Ué, cadê o FHC ? Cadê os brancos de olhos azuis ?

Navalha Conversa Afiada. Paulo Henrique Amorim - 27/09/2009

O “cosmopolitismo” é uma das últimas barreiras do racismo brasileiro contra o presidente Lula. Faz parte da ideologia da elite branca (e separatista, no caso da elite de São Paulo), o dogma de que o “cosmopolitismo”, o “saber apresentar-se aos estrangeiros”, “freqüentar a Metrópole”, isso é monopólio da elite.

Só os tucanos sabem francês.O Farol de Alexandria materializou o preconceito racial de forma exemplar.

Ele se dizia ter “um pé na cozinha”, mas, na verdade, tinha um pé na cozinha do Pedro Moreira Salles.

O Itamaraty era território reservado à elite branca.

Fazer sucesso no exterior, só eles.

Fernando Henrique reproduzia nos salões europeus o que se ouvia por onde Pedro II passava: o país não presta, mas o Imperador é ótimo (*).

Quando Obama disse que Lula é “o cara”, “this is my man !”, o PiG (**) menosprezou, porque Obama é negro e, provavelmente, não é americano, como suspeita a extrema-direita americana.

O PiG (**) odeia o Obama.

O que acontece agora, porém, é demais.

Não basta o sucesso dentro do Brasil.

A vingança da marolinha, a redução da pobreza – clique aqui para ler como a urubóloga Miriam Leitão quase desfalece .

Ainda por cima, o sucesso na “metrópole”.

Veja bem, amigo navegante: o mundo passará a debater as questões econômicas numa assembléia de que o Brasil faz parte, o G-20.

O PiG (**) escondeu a notícia ( o Conversa Afiada, não).

E além de esconder, como o Estadão de hoje, na pág. B13, faz questão de ressaltar que o G-20 não vai dar em nada …

Sem falar no Clovis Rossi, da Folha (***), o “cosmopolita” do sótão – o “cosmopolita” do porão é a Eliane Catanhêde.

Que estava em Pittsburgh e não percebeu a passagem do bastão do G-8 para o G-20…

Agora, o Zelaya

A ONU, a OEA, a Europa, todo mundo apóia Zelaya e a atitude do Brasil é exemplar – e central.

É o resultado do peso que a diplomacia do Governo Lula passou a desempenhar.

Os ressentidos, aqueles que construíram a “diplomacia da dependência”, que falava francês no foyer e lá dentro, na coxia, pedia dinheiro emprestado ao FMI, essa diplomacia dos Lampreia, dos Barbosa, dos Azambuja agora vai para os jornais desacatar o Brasil.

É o racismo.

Eles são a vitrine do racismo.

São a Rue du Faubourg Saint-Honoré do racismo de Higienópolis.

Racismo que se manifesta de formas variadas.

Mas, é um só: o racismo contra o nordestino e contra o pobre.

Contra o operário metalúrgico que vai despejar o Fernando Henrique Cardoso na mesma gaveta em que a História depositou o Presidente Eurico Gaspar Dutra.

Outro entreguista que a elite adorava …
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Contraponto 361 - A miopia da mídia


28/09/2009
Quando a mídia perde o pulso do país

por Luiz Carlos Azenha| Publicado em 27 de setembro de 2009 às 14:36
Atualizado em 27 de setembro de 2009 às 14:53

Fazendo uma observação grosso modo da mídia brasileira, com algumas notáveis exceções aqui e ali, noto que ela perdeu o pulso do próprio país que deveria retratar.

Nos últimos meses o Brasil confirmou a descoberta do pré-sal, fez uma opção preferencial pela França* e, como integrante do G-20, passou a integrar o grupo de nações que terá forte influência nas regras econômicas internacionais.

O Brasil acaba de concretizar o Banco do Sul em parceria com a Venezuela e a Argentina, com capital que poderá atingir 20 bilhões de dólares; e se move com assertividade no caso da crise de Honduras, com respaldo da grande maioria dos integrantes da ONU e de organismos internacionais.

Qual é a reação a esse novo protagonismo brasileiro?

Uma capa da revista Veja enfatizando o quanto somos fracos, uma cobertura grotesca da TV Globo condenando a postura do governo brasileiro em Honduras e manifestações diversas do colunismo sugerindo que o Brasil se perdeu no caminho, quando todos os fatos indicam na direção contrária: o Brasil encontrou um caminho. Pode não ser o melhor. Pode exigir retificações. Pode dar errado.

Mas os princípios são claros: o Brasil passa a exercer politicamente o papel que lhe cabe como resultado da própria expansão econômica de interesses brasileiros além-fronteiras. A projeção do Brasil obviamente se fará sentir inicialmente nos espaços geopolíticos mais próximos: América Latina e África.

Daí a crescente articulação brasileira nos fóruns internacionais como o Mercosul, o Unasul, o Banco do Sul, o BRIC, o IBAS (Índia, Brasil, África do Sul) e a ASA (América do Sul-África).

* Quando a França resolveu manter-se à margem da estrutura militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), nos anos 60, o fez por considerações geopolíticas, garantindo para si uma margem de manobra muito superior à que teria se submetida ao comando militar dos Estados Unidos numa conjuntura de guerra fria. A França optou por manter suas armas nucleares fora do controle da OTAN. É esse o debate que eu gostaria de ler sobre a opção preferencial brasileira pelos franceses, nesse momento. Trata-se da mesma estratégia de aliança condicional com os Estados Unidos? Em vez disso, no entanto, somos bombardeados por análises pedestres que parecem produzidas como material de campanha para o ano que vem.

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PITACO DO ContrapontoPIG

Os grifos em verde são do editor do Blog ContrapontoPIG.
O PIG só vê: Honduras, Honduras, Honduras... e faz uma cobertura manipulada e vergonhosa da situação naquele País.
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Contraponto 360 - Lula rejeita ultimato


28/09/2009


Lula rejeita ultimato de Honduras sobre status de Zelaya

Claudia Jardim enviada especial da BBC Brasil a Porlamar, Venezuela

Soldados hondurenhos cercam área da embaixada brasileira em Tegucigalpa

Embaixada brasileira em Tegucigalpa
permanece cercada por policiais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste domingo que não aceita ultimato de governo "golpista" e que o Brasil não negocia com quem "usurpou o poder", em resposta ao prazo de 10 dias dado pelo governo interino de Honduras para que o Brasil defina o status do presidente deposto Manuel Zelaya.

Zelaya está refugiado na embaixada brasileira na capital hondurenha, Tegucigalpa, desde segunda-feira.

"O governo brasileiro não acata ultimato de golpista, e nem o reconheço como governo", afirmou o presidente em entrevista coletiva concedida em Isla Margarita, na Venezuela, onde participou da 2ª Cúpula América do Sul-África.

"A palavra correta é golpista. Usurpador de poder. Essa é a palavra correta, e o governo brasileiro não negocia com ele."

Zelaya foi deposto e expulso de Honduras em 28 de junho. Na última segunda-feira, ele retornou ao país sem a autorização do governo interino, que cobra a sua prisão, e se refugiou na embaixada brasileira em Tegucigalpa.

Lula disse ainda que o Brasil "tem dentro da sua embaixada um presidente legitimamente eleito pelo voto popular do povo de Honduras". O governo interino de Honduras, comandado por Roberto Micheletti, não é reconhecido pela comunidade internacional.

Em um comunicado de sua chancelaria neste domingo, o governo interino havia dito que se o prazo de 10 dias não for atendido será obrigado "a tomar medidas adicionais, conforme o direito internacional".

"Nenhum país pode tolerar que uma embaixada estrangeira seja utilizada como base de comando para gerar violência e romper a tranquilidade, como o senhor Zelaya tem feito desde sua entrada em território nacional", afirma o comunicado.

"Ofensiva final"

O governo interino acusa o presidente deposto de "usar a embaixada para instigar a violência e a insurreição contra o povo hondurenho e seu governo constitucional".

Em um comunicado lido em uma rádio local, Zelaya chamou seus seguidores para se reunir em uma "ofensiva final" em Tegucigalpa para pressionar por sua restituição.

Lula disse que o ministro brasileiro de Relações Exteriores, Celso Amorim, telefonou ao presidente deposto, pedindo que ele deixasse de usar a sede da diplomacia brasileira para atividades políticas.

"Se o Zelaya extrapolar, vamos chamá-lo e dizer que não é politicamente correto utilizar a embaixada brasileira para ficar fazendo incitação a qualquer coisa além do espaço democrático que nós estamos dando para ele", disse Lula.

Além de Zelaya, cerca de 60 de seus seguidores também estão abrigados na embaixada, que permanece cercada por policiais.

No sábado, milhares de apoiadores de Zelaya voltaram às ruas em um protesto para marcar os 90 dias da deposição do presidente e exigir seu retorno ao poder.

Eleições

Lula disse que a saída para a crise em Honduras depende das Nações Unidas e da Organização dos Estados Americanos (OEA), "que exigiram a restituição imediata e incondicional de Zelaya à Presidência".

"Quem tem que negociar é a OEA, que já tomou decisões, é o Conselho de Segurança das Nações Unidas, que já tomou decisões", afirmou.

O presidente disse ainda que o governo brasileiro acatará qualquer pedido feito por esses organismos em relação à crise política em Honduras.

Na noite de sábado, os chefes de Estado que participam da cúpula na Venezuela aprovaram uma resolução na qual exigem o fim das ações de intimidação à embaixada do Brasil em Honduras e pedem a restituição de Zelaya como saída para solucionar a crise no país.

Neste domingo, Lula voltou a afirmar que a saída para a crise é a restituição de Zelaya à Presidência e a realização de eleições.

"Seria muito mais fácil resolver tudo isso se o Micheletti pedir desculpas, for embora, permitir que o presidente eleito volte, convocar eleições. Porque o povo de Honduras vivia em paz até então", afirmou.

Lula disse que, caso contrário, a crise permanecerá, porque nenhum país reconhecerá a legitimidade do presidente que for eleito em um pleito organizado pelo governo interino.

As eleições gerais em Honduras estão marcadas para 29 de novembro. Dos seis candidatos presidenciais inscritos, quatro se mantêm na disputa. Os outros dois, representantes da esquerda, afirmam que não participarão do pleito se a ordem constitucional não for restituída com o regresso de Zelaya ao poder.
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