quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Contraponto 3450 - Dilma agradecida se despede dos programas de TV

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30/09/2010

Dilma se despede


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Contraponto 3449 - Notícia que tem que ser publicada e lida!


A CGU e o caso Erenice:nada de ilegal foi comprovado


Terror do Nordeste
- 30 de setembro de 2010

A Controladoria-Geral da União (CGU) já concluiu quatro das nove auditorias que vem realizando em contratos, licitações, autorizações, pagamentos e outros atos administrativos que, segundo denúncias feitas nas últimas semanas por veículos de comunicação, seriam irregulares.

Notas Técnicas sobre as apurações já concluídas foram encaminhadas hoje pelo Ministro-Chefe da CGU, Jorge Hage, ao Presidente Lula, que havia determinado à CGU a apuração de todas as denúncias. Os demais casos continuam em apuração.

Confira a íntegra das notas técnicas sobre as apurações já concluídas.

Matra Mineração

Uma das auditorias já concluídas diz respeito a suposto beneficiamento à empresa Matra Mineração Ltda, do empresário José Roberto Camargo Campos, pelo Departamento Nacional de Produção Mineral, que em 2004 teria arquivado indevidamente 14 multas aplicadas à empresa. As multas, decorrentes de diversos processos, foram de fato anuladas em decorrência de erros apontados pela própria Procuradoria-Geral do órgão quanto aos seus respectivos valores, mas foram reaplicadas com os valores corretos e republicadas no Diário Oficial da União, edição de 20.08.2008.

Os débitos relativos tanto às multas quanto à Taxa Anual por Hectare
(TAH) em atraso, totalizando R$ 129,4 mil, foram parcelados após processos regulares e divididos em 60 parcelas, das quais foram pagas 25, restando ainda 35 não vencidas.

A CGU analisou ainda os processos de exploração mineral ativos que têm a Matra Mineração como detentora, constatando que os alvarás concedidos estão dentro do prazo de vigência, os processos estão devidamente constituídos pela documentação exigida no Código de Mineração e o pagamento da TAH foi feito nos prazos legais, não sendo objetos de autuação ou imposição de multas.

Compra do Tamiflu

Com relação à compra, pelo Ministério da Saúde, do Tamiflu, medicamento utilizado para o enfrentamento da pandemia da gripe H1N1, a CGU analisou oito processos de aquisição de cápsulas para uso final e de insumos para sua fabricação, concluindo que tudo ocorreu dentro da normalidade, sem quaisquer irregularidades, seja quanto às quantidades adquiridas, seja quanto ao preço, seja, ainda, quanto ao fornecedor, que, aliás, é o único fabricante mundial.

Sem possibilidade de disputa entre fornecedores, com preços previamente estabelecidos e internacionalmente divulgados pelo único laboratório fabricante, e adquirido nas quantidades recomendadas pela Organização Mundial de Saúde no âmbito de uma pandemia, não se vislumbrou qualquer espaço ou oportunidade para a alegada cobrança de propina no processo de aquisição desse medicamento, tal como denunciado por alguns órgãos da imprensa. Além disso, todo o processo de compra foi conduzido pelo Ministério da Saúde, sem qualquer participação de outras áreas do Governo.

Escritório de advocacia

Já foi concluída, também, a análise feita sobre a contratação, em agosto do ano passado, por R$ 80 mil, do escritório de advocacia Trajano & Silva Advogados, por inexigibilidade de licitação, pela Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE). As denúncias divulgadas na mídia davam conta de que a empresa teria como sócio Antonio Eudacy Alves Carvalho, irmão da consultora jurídica da EPE, Maria Euriza Alves de Carvalho.

A apuração feita pela CGU revelou que Antonio Eudacy somente passou a compor o quadro societário da Trajano & Silva em 19 de novembro de 2009, quando o contrato entre a empresa de advocacia e a EPE já havia terminado. Em consulta ao Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), verificou-se que Antonio Eudacy não manteve vínculo anterior com a empresa Trajano & Silva.

A auditoria mostrou que, embora o fundamento da contratação por inexigibilidade fosse equivocado, diante da inexistência de singularidade ou especialidade da ação judicial em discussão, a licitação podia ser realmente dispensada, pela emergência, em função da exigüidade do prazo para interposição do necessário recurso judicial contra a empresa Angélica Agroenergia Ltda, no curso de um leilão.

Quanto à pesquisa de mercado para fixação do preço do serviço, embora tenha sido feita somente com a Trajano & Silva e balizada em propostas anteriormente obtidas para execução de serviços na área de Direito Tributário, o que não guarda relação adequada com o objeto da contratação em tela, não se observou discrepância de valores em relação a contratação anterior, com objetivo semelhante, ficando o preço final pago dentro dos padrões usuais para esse tipo de serviço (R$ 25 mil). Além disso, houve regular comprovação da prestação do serviço pago.

A diferença entre o preço originalmente contratado (R$ 80 mil) e o valor efetivamente pago (R$ 25 mil) é explicada por ter havido desistência de uma das partes no curso da ação e, consequentemente, redução do serviço, hipótese em que, segundo o contrato, seria pago apenas aquilo que foi feito até então pelo escritório.

Isso não obstante, a CGU está recomendando à EPE maior cuidado e precisão no enquadramento das hipóteses de inexigibilidade de licitações e recomendando que a empresa fundamente suas futuras contratações com base em amplas pesquisas de preço.

EDRB, BNDES e Chesf

Com relação à empresa EDRB, que, segundo as denúncias, pleiteava financiamento junto ao BNDES e aval técnico da Chesf para implantação de um projeto de geração de energia heliotérmica no Nordeste, a CGU apurou inicialmente junto à Chesf que houve apenas uma reunião no escritório da Chesf, em São Paulo, no dia 2.12.09, entre o diretor de Engenharia e Construção da Chesf (José Ailton de Lima) e representantes da empresa EDBR (Aldo Wagner, Carlos Cavenaghi, Marcelo Mello e Runnei Quícoli). Na reunião, o dirigente da Chesf comunicou a decisão da companhia hidrelétrica pela inviabilidade do projeto. Não houve sequer a formalização de uma proposta, dando-se por encerrado o assunto.

O BNDES, por sua vez, atendendo solicitação da CGU, encaminhou cópia dos seguintes documentos: pedido de financiamento de cerca de R$ 3 bilhões protocolado pela EDRB em 26.02.2010; parecer da área técnica concluindo, em 24.03.2010, que o valor do investimento é bastante elevado diante do porte da empresa, que havia relevantes riscos envolvidos, inclusive tecnológicos, que as garantias não ofereciam segurança necessária para a operação, que o local do empreendimento ainda não fora definido, o que impedia seu licenciamento ambiental, e que não havia definição quanto à transmissão da energia gerada; ata da 257ª Reunião do Comitê de Enquadramento e Crédito, de 29/03/2010, deliberando pelo não acolhimento do pleito, assinada por 13 Superintendentes de áreas do Banco e pelo Coordenador do Comitê; carta de 29.03.2010, comunicando à empresa EDRB a decisão do Comitê de não atendimento da solicitação, por a mesma não estar de acordo com os critérios de enquadramento do Sistema BNDES; e, por fim, cópia do aviso de recebimento da carta pela EDRB.

Após analisar a documentação disponibilizada, a CGU concluiu que o pleito de financiamento teve o tratamento técnico previsto nas normas internas do BNDES e que o mesmo não foi aprovado por não atender aos requisitos exigidos pelos normativos internos daquela instituição financeira.

Ministério das Cidades e FUB

Já na análise dos processos relativos à contratação da Fundação Universidade de Brasília (FUB) pelo Ministério das Cidades (MCid), para a elaboração de planos diretores integrados de mobilidade urbana em áreas metropolitanas, a auditoria da CGU, embora ainda não esteja concluída, encontrou indícios de irregularidades relacionadas, sobretudo, à escolha da instituição para a realização dos serviços e ao pagamento de R$ 2,1 milhões por produto que aparentemente não atendeu à demanda estabelecida pelo MCid. Em vista disso, a CGU está notificando o MCid, para que se manifeste e esclareça se tomou as providências cabíveis. Depois disso, será concluído o relatório.

Quanto ao possível envolvimento de José Euricélio Alves de Carvalho nesses fatos, o que se tem até o momento é constatação de que ele foi assessor na Secretaria Nacional de Transportes e Mobilidade Urbana (Semob) do Ministério das Cidades, e contratado pela Editora UnB, em períodos próximos e seguidos, na época dos fatos.

Papel da auditoria

Vale lembrar que, como órgão de auditoria, cabe à CGU apurar a regularidade ou irregularidades dos contratos, licitações, pagamentos e quaisquer outros atos administrativos de gestão, verificando, entre outras coisas, eventuais direcionamentos de processos licitatórios, dispensas indevidas, prática de sobrepreço ou superfaturamento, reajustes contratuais injustificados, pagamentos por bens ou serviços não entregues etc.

A partir daí, é acionada a área de Corregedoria da CGU, para abertura de processo administrativo, quando há indícios de condutas irregulares de gestores ou servidores federais. E, quando necessário, os relatórios de auditoria são enviados também à Polícia Federal, órgão incumbido da investigação criminal.

Neste caso, independentemente de haver ou não indícios de crime, a ordem do Governo é encaminhar todos os relatórios à Polícia Federal, para que ela disponha da totalidade das informações.

Assim, o Ministro Jorge Hage está encaminhando hoje mesmo ao Ministro Luiz Paulo Barreto, da Justiça, os resultados das apurações já concluídas e acima descritas.

Por outro lado, prossegue na CGU a apuração das denúncias de irregularidades nos contratos firmados entre a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e a empresa MTA, para o que estão sendo analisadas as licitações, dispensas e contratos firmados entre as duas empresas; no processo de renovação de concessão à MTA pela Anac, já tendo sido prestadas, pela presidência da agência, as informações sobre a renovação, que ora se encontram sob análise dos auditores da CGU; no processo de concessão à empresa Unicel pela Anatel, em fase de análise dos processos de expedição de outorga, já encaminhados pela agência à CGU; e nos contratos de patrocínios à empresa Corsini Racing pela Eletrobrás, cujas informações chegaram à CGU na data de ontem.


Sergio Lirio, CartaCapital
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Contraponto 3448 - Progama de despedida de Dilma

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30/09/2010

............... .Imperdível

Progama de despedida de Dilma




Dilma e Lula conversam sobre o Brasil no último programa na TV

"Votar na Dilma é votar em mim, com a certeza de um governo ainda melhor". (Lula)
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Contraponto 3447 - Tracking Vox Populi: Dilma 1º turno

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30/09/2010

No tracking Vox Populi: Dilma no 1º turno com 55% dos votos válidos

Rodrigo Rodrigues, iG São Paulo - 30/09/2010 17:22

Faltando apenas três dias para as eleições, o cenário da disputa presidencial permanece estável, dando à candidata do PT, Dilma Rousseff, 55% dos votos válidos no tracking Vox Populi/Band/iG. A conta, que exclui os votos nulos e em branco, mantém a perspectiva de uma vitória da petista ainda no primeiro 1°turno, segundo o Vox Populi. Se a eleição fosse hoje, o tucano José Serra teria 29% dos votos válidos e a candidata do PV, Marina Silva, 13%.

Para vencer no primeiro turno, a candidata do PT precisa obter 50% dos votos válidos mais um.
Quando é analisado o total de intenções de voto, Dilma continua com 49%, mesmo patamar registrado nos últimos cinco dias. O candidato do PSDB, José Serra, aparece na segunda colocação, mantendo 26% da preferência do eleitorado, mesmo índice registrado na medição de ontem.

Marina também continuou com 12% das intenções de voto na medição de hoje, mesmo patamar do dia anterior. Os outros candidatos, juntos, alcançaram 1% dos entrevistados pelo instituto. Ainda segundo o Vox Populi, 4% dos entrevistados pretendem votar em branco no próximo domingo e 8% se declaram indecisos.

No atual cenário, Dilma mantém dez pontos de vantagem em relação à soma de todos os adversários. O melhor cenário para a candidata petista é o Nordeste, onde ela tem 64% das preferências – contra 18% de Serra e 7% de Marina.

No Sudeste, onde Dilma chegou a ter 48% das intenções de voto há dez dias, o índice chega agora a 42%. Ela oscilou um ponto percentual positivo em relação a ontem, tirando um ponto da candidata do PV, Marina Silva, que oscilou de 16% para 15%.

O maior avanço de Dilma na comparação com a medição de ontem foi no Sul, onde ela passou de 46% para 49%, oscilando além da margem de erro. Nessa mesma região Serra passou de 36% para 32% e Marina se manteve com 6%.

O tracking Vox/Band/iG conta com 2.000 entrevistas, sendo que um quarto dessa amostra é renovada diariamente. A pesquisa é registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 27.428/10.
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Contraponto 3446 - Santayana analisa Marina.

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30/09/2010
Santayana analisa Marina.
Made in USA

Cameron e Al Gore adoram a Marina

O Conversa Afiada
republica texto de Mauro Santayna:

As duas faces da candidata

Mauro Santayana Jornal do Brasil

O SÚBITO INTERESSE, de alguns meios de comunicação e de setores empresariais poderosos, pela candidatura da senadora Marina Silva, recomenda aos nacionalistas brasileiros alguma prudência. A militante ecológica é apresentada ao país como a menina pobre, da floresta profunda, que só se alfabetizou aos 16 anos e fez brilhante carreira política. Tudo isso é verdade, mas é preciso saber o que pensa realmente a senadora do Brasil como um todo.

Convém lembrar que a senhora Silva (que hoje se vale do sobrenome comum para atacar Dilma Rousseff) esteve associada a entidades internacionais, e recebeu o apoio declarado de personalidades norte-americanas, como Al Gore e o cineasta James Cameron.

James Cameron, autor de um filme de forte simbolismo racista e colonialista, Avatar, intrometeu-se em assuntos nacionais e participou de encontro contra a construção da represa de Belo Monte. A respeitável trajetória humana da senadora pelo Acre não é bastante para faz er dela presidente da República. Seu comportamento político , ao longo dos últimos anos, suscita natural e fundada desconfiança dos brasileiros.

Seus admiradores estrangeiros pregam abertamente a intervenção na Amazônia, “para salvar o mundo”. Não são os ocupantes do vasto território que ameaçam o mundo. São as grandes potências, com os Estados Unidos de Gore em primeiro lugar, que, ao sustentar grandes e bem equipados exércitos, pretendem governar todos os povos da Terra. (Os grifos em verde negritado são do ContrapontoPIG)

Al Gore, que festejou a candidatura verde, é o mesmo que pronunciou, com todas as sílabas, uma frase reproduzida pela imprensa: “Ao contrário do que os brasileir os pensam, a Amazônia não é só deles, mas de todos nós”. Desaforo maior é difícil. Ninguém, de bom senso , quer destruir a Natureza, e será necessário preservar a vida em todo o planeta, não só na Amazônia.

A senadora Marina Silva tem sido interlocutora ativa das ONGs internacionais, tão zelosas em defender os índios da Amazônia e desdenhosamente desinteressadas em ajudar os nativos da região de Dourados, em Mato Grosso do Sul, dizimados pela doença, corrompidos pelo álcool e, não raras vezes, assassinados por sicários. Argumente-se, em favor da senadora, que o seu fervor quase apostólico na defesa dos povos da Floresta dificulta-lhe a visão política geral.

Mas seu apego a uma só bandeira, a da ecologia radical, e o fundamentalismo religioso protestante que professa, reduz em as perspectivas de sua candidatura. Com todos os seus méritos e virtudes, não é provável que entenda o Brasil em toda a sua complexidade, em toda a sua inquietude intelectual, em toda a sua maravilhosa diversidade regional. As conveniências da campanha eleitoral já a desviaram de alguns de seus compromissos juvenis.

Esse seu pragmatismo está merecendo a atenção do ex-presidente Fernando Henrique, que pretende um segundo turno com a aliança entre Serra e Marina. Como sempre ocorre com os palpites políticos do ex-presidente, essa declaração é prejudicial a Serra e, provavelmente, também a Marina. Ela, vista por muitos como inocente útil daqueles que nos querem roubar a Amazônia, é vista pelo ex-presidente como inocente útil da candidatura dos tucanos de São Paulo.

É possível desculpar a ingenuidade na vida comum, mas jamais aceitá-la quando se trata das razões de Estado. José Serra poderia ter tido outro desempenho eleitoral, se tivesse desouvido alguns de seus aliados, como Fernando Henrique, que lhe debitou a política de privatizações, e Cesar Maia, que lhe impôs o inconveniente e troglodita Indio da Costa como vice. O apego de Marina a uma só bandeira e o fundamentalismo religioso não a ajudam.

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PITACO DO ContrapontoPIG.

Os eleitores de ultima hora de Marina, ainda terão tempo para perceber que ela está sendo usada para tentar colocar Serra no 2º turno. Se não perceberam, não haverá problema: a vitória da Dilma já estará sacramentada às 17 horas do próximo dia 3 de outubro.

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Contraponto 3445 - Bala de prata sai pela culatra e volta contra Serra!

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30/09/2010
- 17:05

Título de eleitor não é necessário para votar

Telefonema de Serra para Gilmar não adiantou

Do Nassif

Enviado por luisnassif, qui, 30/09/2010 - 17:05
Por Edson Joanni

Da Folha.com

Eleitor só precisa de um documento oficial com foto, decide STF

Folha.com

FELIPE SELIGMAN
LARISSA GUIMARÃES
DE BRASÍLIA

O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quinta-feira, por 8 votos a 2, que o eleitor só precisa levar um documento oficial com foto na hora da votação. A maioria dos ministros acatou ação do PT contrária à obrigatoriedade de dois documentos.

A preocupação do partido era com um grande número de abstenção na hora da votação, levando-se em conta que muitas pessoas não encontram o título eleitoral no dia das eleições.

A relatora do caso, ministra Ellen Gracie, encontrou uma solução para não declarar a norma inconstitucional, mas permitir que o eleitor vote apenas com um documento com foto, como identidade, carteira de motorista ou passaporte, por exemplo.
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Contraponto 3444 - "Maierovitch e o impeachment de Gilmar"

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30/09/2010
Maierovitch e o impeachment de Gilmar

Gilmar Dantas mostra as unhas

Do Nassif

Enviado por luisnassif, qui, 30/09/2010 - 12:2Gilmar Dantaws

Por Vieira

A idéia de ser processado o "impeachment" de Gilmar Mendes está lançada! É um deplorável atentado à dignidade da função jurisdicional em seu mais alto nível!

Do Terra Magazine

Nos corredores do Supremo, fala-se em impeachment de Gilmar Mendes

A matéria apresentada pelo Jornal Folha de S. Paulo, informando que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes interrompeu o julgamento do recurso apresentado pelo PT contra a exigência de dois documentos na hora de votar, causou perplexidade entre alguns ministros da Casa.

O barômetro em Brasília indica alta pressão. Já se fala, mas não se sabe se é o momento adequado, no impeachment do ministro Gilmar Mendes. É o que ecoa a "rádio corredor" do Supremo, caso seja comprovada a denúncia. A "rádio corredor" ecoa nos gabinetes e ministros frequentam os corredores.

O telefonema foi testemunhado pela reportagem da Folha de S.Paulo, que publicou relatos assinados por Mocayr Lopes Júnior e Catia Seabra.

O julgamento da ação proposta pelo PT transcorria sem nenhuma dificuldade de ordem técnica-processual. Em outras palavras, a matéria examinada pelos ministros não tinha complexidade jurídica, a gerar divergências. Sete ministros já tinham votado pelo acolhimento da pretensão apresentada, ou seja, ao eleitor, sem título eleitoral, bastava apresentar um documento oficial, com fotografia. A propósito, a ministra Ellen Gracie observou que a exigência da lei "só complica" o exercício do voto.

O que surpreendeu, causou estranheza, foi o pedido de vistas de Gilmar Mendes. Como regra, o pedido de vistas ocorre quando a matéria é de alta complexidade ou quando algum ministro apresenta argumento que surpreende, provocando a exigência de novo exame da questão para se mudar de posição ou se reforçar argumentos contrários.

Também causou estranheza um pedido de vista, de matéria não complexa, quando, pela proximidade das eleições, exigia-se urgência. Importante: não adianta só a decisão do Supremo. É preciso a repercussão da decisão pela imprensa, o que impõe urgência na solução do caso. Quanto antes for divulgadado, esclarecido, melhor.

O terceiro ponto: a votação era conduzida no sentido de que, em primeiro lugar, está o exercício da cidadania. A meta toda era, como se disse no julgamento, facilitar e não complicar o exercício da cidadania que vai ocorrer no próximo domingo, dia das eleições.

Um pedido de vista, a essa altura, numa questão simples, em que os sete ministros concluíram que a lei sobre a apresentação de dois documentos para votar veio para complicar, na realidade, dificultava o exercício de cidadania. O pedido de vistas numa questão que tem repercussão, é urgente e nada complexa, provocou mal-estar.

Os ministros não querem se manifestar sobre a notícia divulgada pela Folha, uma vez que, tanto José Serra quanto Gilmar Mendes negaram. Mas vários delas acham que a apuração do fato, dado como gravíssimo, se for verdadeiro, é muito simples. Basta quebrar o sigilo telefônico.

Pano rápido. O fato é grave porque coloca em jogo o direito de cidadania. Trata-se de um ministro do Supremo, que tem como obrigação a insenção. Serra e Mendes desmentiram. A denúncia precisa ser apurada pelo Ministério Público.

A única forma de se tirar um ministro do Supremo, já que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) não tem poder correcional sobre eles, é o impeachment. Ministros do Supremo só perdem o cargo por impeachment.

O único caminho, quando se trata de grave irregularidade, de crime perpetrado - e esse caso, se comprovado, pode ser caracterizado como crime -, é o impeachment. Na história nunca houve impeachment de ministro do STF. Já houve cassação pela ditadura militar, e cassação por motivo ideológico.


http://maierovitch.blog.terra.com.br/2010/09/30/nos-corredores-do-supremo-fala-se-em-impeachment-de-gilmar-mendes/
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Contraponto 3443 - Alguém se lembra?

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30/09/2010
Alguém se lembra?



Vagner de Farias
por e-mail

Alguém se lembra de um certo governador que, de tão democratico,
diante de manifestações sociais, como o MST na Bezerra de Menezes,em
vez de tentar negociar, simplesmente chamou a polícia e até o RABECÃO
para intimidar o movimento social, nunca tendo recebido alguém pra
conversar em seu gabinete os mesmos ou qualquer outro tipo de
movimento social?!

Alguém se lembra de um governador que de tão democrático, por ter a
maioria da assembléia legislativa, nunca deixou que fosse feita uma
CPI contra seu governo?!

Alguém se lembra da gestão de Byron Queiroz (braço direito de um
governador impobro) à frente do BNB?!

Alguém se lembra de um governador modernista, que se autodeterminou
moderno, mas do mesmo modo que não podemos atribuir aos “coronéis” a
idéia absoluta de “forças
do atraso”, também não se pode associar totalmente o Cambeba à
“modernidade plena”, uma vez que tem igualmente seus vícios, usando
ações e instituições públicas para benefícios particulares?!

Alguém se lembra de um governador tão democrático que, mesmo
governando o Ceará por três vezes, NUNCA FOI A UM DEBATE ELEITORAL NA
VIDA?!

Alguém se lembra de um certo governador que, com a propaganda, sempre
fez os cambebistas darem pulos de alegria, orgulhosos, de dados de
industrias e obras, mas desviam a conversa quando são lembrados da
hecatombe social cearense. O duro dia-a-dia do nosso povo contrasta
com os dados econômicos e a propaganda do “Governo das Mudanças”, pois
o modelo do Cambeba beneficiou principalmente os mais ricos, acirrando
as desigualdades sociais, reproduzindo-se o velho artifício de fazer o
bolo da riqueza crescer, sem reparti-lo, deixando a população com
alguns farelos e os mesmos
comensais de sempre se empanturraram de lucros?!

Alguém se lembra de um governador que tenha efetivamente diminuido em
seu governo a concentração de renda obscena no Ceará?!

Alguém se lembra de um certo governador tão correto que estimulou a
formação de cooperativas, burlando pois as leis trabalhistas, que teve
inclusive sérias denuncias na justiça trabalhista, mas que por mera
coinciências, por ser tão democratico, teve alguns membros da justiça
do trabalho afastados coincidentemente?!

Alguém se lembra de um governador tão preocupado com a educação que
instituiu o chamado TELENSINO em que a nobre função do professor,que
dava aula de matematica à história, era de ligar e desligar um
televisor?!

Alguém se lembra do tão democrático governador que tratou tão bem os
servidores de estado, não congelando seus salários e nem perseguindo
seus opositores sem remoções autoritárias?!

Alguém se lembra de tão ético um tal governador que, no ano de 1998,
privatizou-se
a Teleceará (comprada pelo grupo nacional Telemar/Oi, que, por
“coincidência”, apresenta
com um dos sócios Francisco Jereissati, irmão de um certo governador)
e a Coelce (que passou para um consórcio de chilenos, espanhóis e
portugueses)., tendo seus serviços qualidade reduzida e as tarifas
escandalosamente elevadas!?


Alguém se lembra que em um mandato de um certo governador Funcionários
competentes
foram demitidos e terceirizou-se a mão-de-obra, o que provocou
insatisfação nas classes médias, impossibilitadas de ascensão social
via máquina pública – que o
modelo neoliberal de tal governador desprestigiava?!

Alguém se lembra de um governador tão competentente que em seu governo
o BEC faliu novamente por algumas negociatas nunca devidamente
explicadas – foi federalizado (isto
é, passou para as mãos do governo federal) e, após uma acirrada luta
judicial, acabou igualmente privatizado em 2005, por pressão direta do
“grupo mudancista”, pois temia-se que a apuração dos escândalos do
Banco pudesse respingar em alguns empresários e políticos aliados do
Cambeba?!

Alguém se lembra de um governador que de tão centralizador, inibiu o
aparecimento de novos quadros dentro das hostes de seu partido,
impedindo o surgimento de novas lideranças, tanto que no pleito de
2002 para governador lançaram como
candidato ao governo Lúcio Alcântara, e em 2006, Marcos Cals, antigos
partidários dos coronéis que em outra época criticava?!

Alguém se lembra de um Governador que, de tão preocupado com a
população rural, teve uma insiginificante reforma agrária em seu
governo, mas o grande agro-negócio foi
extremamente previligiada?!

Alguém se lembra de um governador, que passou para a história como o
político que mais tempo comandou o Ceará (20 anos), superando,
inclusive, os famigerados Accioly (ué, cadê a democracia de
alternância de poder?!)

ENFIM, QUE APESAR DE O CEARÁ TER CRESCIDO ECONOMICAMENTE NOS ULTIMOS
ANOS, OS NÍVEIS DE MISÉRIA E CONCENTRAÇÃO DE RENDA TENHAM PERMANECIDO
QUASE INTOCÁVEIS?!


Tomara que domingo, o povo lembre disso nas urnas!!!!.
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Contraponto 3442 - A "Folha" apodrece

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30/09/2010


"Consultor" da Folha acusa jornal de distorcer declarações

Rubnei Quícoli (dir.), o ex-presidiário
que a Folha de S. Paulo adotou como "consultor"


Vermelho - 29 de Setembro de 2010 - 15h51

"Consultor" da Folha acusa jornal de distorcer declarações
A credibilidade da Folha de S.Paulo cada vez afunda mais. Agora até o ex-presidiário que virou "consultor" do jornal para assuntos de escândalos e eleições acusa a Folha de distorcer declarações para prejudicar a campanha da presidenciável Dilma Rousseff. (todos os grifos em verde negritado são do ContrapontoPIG)

Depois do depoimento na Superintendência da Polícia Federal de São Paulo, nesta terça-feira (28), o consultor Rubnei Quícoli divulgou uma nota pública para esclarecer as diferentes versões sobre sua oitiva na mídia. "Não houve recuo de informação sobre a posição da propina pedida", informa.

Quícoli, que tem duas condenações e já esteve preso, acusou, sem provas, o filho da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, Israel, de cobrar propina para prestar consultoria num pedido de financiamento do BNDES para a construção de uma usina de energia solar no Nordeste. O empréstimo de quase R$ 4 bilhões nunca chegou a ser negociado com o BNDES, apenas foi entregue na portaria do Banco. Obviamente, foi negado.

A Folha de S. Paulo atribuiu a Quícoli a informação de que faria parte do "acerto" uma suposta propina de R$ 5 milhões para ajudar na campanha petista. Era mentira. Segundo o próprio consultor, "em momento algum em nenhuma das entrevistas eu disse que o pedido desta propina era para o Partido dos Trabalhadores", diz Quícoli. "Em momento algum eu disse que o dinheiro seria para a candidatura de Dilma", acrescenta.

Mais adiante na entrevista coletiva, quando questionado se a então ministra Erenice sabia das transações que supostamente ocorreriam na Casa Civil, Quícoli voltou a afirmar: Tudo o que foi enviado para a imprensa foi o que foi declarado à Polícia Federal. Nada mais. Nunca posicionei uma informação dessa. A única informação que eu coloquei foi que o Marco Antonio me pediu esse valor para poder acertar alguma coisa entre eles lá. Eu nunca disse que esse dinheiro era para PT, para a campanha da Dilma. Isso daí nunca foi relacionado. Essas perguntas muitas vezes relacionadas para favorecer uma parte ou outra não tem cabimento. Os documentos foram expostos para toda a mídia", disse.

Quícoli negou até mesmo que um dia tenha conhecido os filhos de Erenice, Saulo e Israel Guerra. "Fiquei surpreso que o papel dele veio à tona agora, pela mídia agora. Não por mim. Eu não sabia quem era Israel, quem era Saulo", disse.

Material para a campanha de Serra

Apresentando sinais de pertubação mental, Quícoli garante que só voltará a Brasília "para dois eventos: a posse do presidente José Serra e a assinatura do empreendimento da usina solar". O ex-presidiário, que entre outros delitos foi preso por posse de dinheiro falso, diz que gravou depoimento para a campanha de José Serra. "Gravei para Serra como gravaria para a campanha da Dilma, vivemos em um País livre, onde há tanta liberdade que alguns jornalistas distorcem a verdade", afirmou. O publicitário Luiz Gonzalez, marqueteiro da campanha de Serra, afirmou ao jornal O Globo que "a princípio" não deverá usar o material na campanha eleitoral. Quícoli também admitiu já ter sido filiado ao PSDB.

Até agora, nenhuma das acusações feitas pelo "consultor" da Folha foram comprovadas.

Da redação,
com agências
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Contraponto 3441 - "Datafolha começa ajustar sua curva ao Vox Populi"

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30/09/2010


Datafolha começa ajustar sua curva ao Vox Populi


Amigos do Presidente - por Zé Augusto - quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Começa ficar difícil malhar os números quando é 5ª feira e as urnas serão abertas no domingo.

O Datafolha de hoje (pesquisado nos dias 28 e 29) já mostrou Dilma subindo 1 ponto, e Serra e Marina caindo 1 (nos votos válidos), em relação à pesquisa de 2ª feira.

A Folha, diz que Dilma "parou de cair". Se ler o texto diz que ela "se recuperou" em vários segmentos:

... Dilma chegou a se recuperar no Sul, entre os eleitores de 35 a 59 anos e entre os que ganham entre dois e cinco salários mínimos (R$ 1.020 e R$ 2.550) --faixa em que tinha perdido mais votos no levantamento anterior.

A petista também oscilou positivamente, dentro da margem de erro, em vários estratos da população, como entre eleitores com ensino fundamental e do Sudeste.
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Contraponto 3440 - Golpe em marcha: Gilmar Dantas faz a sua parte

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30/09/2010
Gilmar dá um “HC” ao jenio

Gilmar, sempre Gilmar!

Conversa Afiada * Publicado em 29/09/2010

Saiu no G1: STF suspende análise de exigência de dois documentos para votar

Gilmar Mendes pediu vista quando já havia maioria pelo fim da exigência. Obrigatoriedade de apresentação de título de eleitor foi contestada pelo PT.

Débora Santos Do G1, em Brasília

O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu o julgamento de ação sobre a obrigatoriedade de apresentação de dois documentos para votar no dia da eleição devido a um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes. Ele disse que pretende levar o processo novamente ao plenário nesta quinta-feira (30).

A obrigatoriedade era contestada pelo PT. A suspensão do julgamento aconteceu quando já havia maioria pela derrubada da exigência. O placar era de 7 a 0.
(…)

Navalha

Gilmar Dantas (*) volta a desmoralizar o Supremo Tribunal Federal.

A eleição é daqui a quatro dias.

O placar está 7 a 0, ou seja, o Supremo Tribunal Federal considera que não é necessário levar nenhum documento além do título de eleitor.

Gilmar Dantas pede vistas e pode impedir que haja uma decisão até a hora de votar.

É óbvio que quanto mais obstáculos se criarem ao exercício do voto, pior para a Dilma, que se beneficia de uma votação maciça de eleitores com nível insuficiente de instrução.

A ideia de levar dois documentos foi um tiro no pé, porque pode turvar a livre expressão do eleitor.

O Supremo acaba de se submeter a um papel lamentável que foi eximir-se de decidir sobre a Ficha Limpa.

Agora, desqualifica-se, de novo, ao permitir uma peripécia eleitoreira de um de seus Ministros.

A decisão de Gilmar Dantas pode ser interpretada como uma penúltima tentativa de levar a eleição para o segundo turno.

A passagem de Gilmar Dantas pelo Supremo será sempre lembrada pelos dois HCs “Canguru” que em 48 horas tirou o passador de bola apanhado no ato de passar bola, Daniel Dantas, do PF Hilton.

Hoje Gilmar Dantas se superou.

Viva o Brasil !

Ou melhor: viva Honduras !

Paulo Henrique Amorim

Contraponto 3439 - "A eleição vista de alto-mar"

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30/09/2010
A eleição vista de alto-mar

O Brasil deixou de ser uma sardinha – se é que foi um dia. Olhando para a política externa brasileira, dá para comparar nosso amável e complicado país a um... golfinho! Os golfinhos são seres coletivos – ao contrário dos tubarões. Nadam em equipe, defendem-se e pescam em grupo.

Flávio Aguiar*

A política brasileira tem muito a ver com peixes.

Lá por volta de 195... e poucos, Getúlio declarou num de seus discursos melhores e mais inflamados: “enganam-se os que pensam que o povo nos reconduziu ao poder para comer sardinhas. Vamos comer tubarões”. Ou algo assim, estou citando de memória frase que anotei mais de 50 anos atrás.

Depois, guardei essa frase que um amigo meu, engenheiro naval, me contou, na seguinte história:

“Conversando com um oficial da marinha sobre as opções do Brasil, há 30 anos, quanto à construção de navios de toda a sorte, ele me observou que tínhamos de escolher entre produzir não só navios, mas um parque industrial próprio para isso, e depender das potências então existentes (eram tempos da guerra fria). É uma escolha: ser rabo de tubarão ou cabeça de sardinha”.

Hoje só resta um tubarão na geopolítica. Com algumas orcas (baleias assassinas) e tubarinhos ao redor. Mas tem gente – as oposições – que continua afincada na idéia de que devemos ser rabo de tubarão. Talvez barbatana, porque no rabo a gente participa do leme, e isso é demais para aquela gente. Preferimos – eles, na verdade – só usufruir as algas que as correntes nos trazem aos bigodes, para eles, é claro, não para a maioria do povo. Este que vá pescar sardinhas.

Por outro lado, o Brasil deixou de ser uma sardinha – se é que foi um dia. Olhando para a política externa brasileira, dá para comparar nosso amável e complicado país a um... golfinho!

Os golfinhos são seres coletivos – ao contrário dos tubarões. Defendem-se, pescam, em grupo. Os tubarões não os atacam – porque uns cinco golfinhos juntos conseguem dar cabo de um tubarão, ou pelo menos mandá-lo para longe, senão para as profundas. Além do mais, os golfinhos nadam em equipe, deveriam ganhar a medalha de ouro da olimpíada de nado coletivo natural, se isso houvesse. Mal comparando (com óbvia vantagem para os golfinhos, mas sem desmerece-la) é isso que a nossa diplomacia tem feito, faz muito tempo e também nos últimos anos, na orquestra sinfônica de Lula sob a batuta de Amorim.

E é isso que as nossas oposições não agüentam. Por isso hoje pensam que são orquídeas, tão belas, nas árvores do nosso Brasil, quando não passam de caranguejos (nada contra os caranguejos naturais!!!), que só andam para trás e pensam que o espelho retrovisor é o pára-brisa. Ou vai ver que têm, eles sim, cabeça de sardinha. E das enlatadas, ao molho do império de plantão.

*Flávio Aguiar é correspondente internacional da Carta Maior em Berlim.
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Contraponto 3438 - Charge on line do Bessinha

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30/09/2010

Charge do Bessinha

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Contraponto 3437 - "Eleição deve se definir no primeiro turno"

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30/09/2010

Eleição deve se definir no primeiro turno

Direto da Redação - Publicado em 29/09/2010

Mair Pena Neto*

As pesquisas eleitorais recentes mostram que Dilma Rousseff caiu um pouco, Marina Silva subiu um pouco e José Serra ficou estável. Se as eleições fossem hoje, Dilma venceria no primeiro turno, cenário que se desenhou após o início da propaganda eleitoral, quando ficou claro para quem ainda tinha dúvidas que ela é a candidata apoiada pelo presidente Lula e comprometida em levar seu projeto adiante.

Serra ainda tentou tirar uma casquinha da popularidade de Lula, chegando a colocar uma imagem do presidente em seu programa, enquanto renegava Fernando Henrique Cardoso, de quem foi ministro, mas a estratégia falhou. Assim como falharam todas as estratégias da campanha tucana, que jamais revelou sua proposta, e ficou centrada na suposta capacidade de realização de seu candidato, o que nunca se confirmou em suas passagens pelo executivo paulista, como gosta de proclamar.

A pesquisa CNI/Ibope acaba de apontar que 93% afirmaram que Dilma é a candidata de Lula, e 1% disseram que o escolhido do presidente é Serra. Nenhum entrevistado considerou Marina a candidata de Lula. O resultado confirma que Serra tentou se passar como o sucessor escolhido por Lula, uma atitude de desonestidade política à toda prova.

Mas voltando às pesquisas, tudo se encaminha para uma vitória de Dilma no primeiro turno. Desde que se estabeleceu na liderança da disputa, Dilma se estabilizou na faixa dos 50%, Serra na faixa dos 20%, e Marina entre os 10%. As oscilações sempre ficaram na margem de erro das pesquisas, e Marina parece ter conseguido uma melhora nessa reta final, não se sabe se por seus próprios méritos, por uma transferência de votos dos desiludidos com Serra ou por um movimento artificial insuflado pelos interessados em levar a eleição ao segundo turno.

A maioria dos institutos mostra Dilma com boa vantagem sobre os demais candidatos e vencendo a eleição no dia 3 de outubro. A exceção é o Datafolha, mas este instituto está com sua credibilidade seriamente afetada nesta eleição. Primeiro, tentou sustentar uma liderança de Serra, quando os demais institutos já mostravam Dilma abrindo vantagem, e depois precisou fazer manobras para explicar como a candidata do governo tinha conseguido ficar tão à frente. Enquanto os gráficos de alguns institutos mostravam um desenho em "x", com Serra caindo e Dilma subindo, o gráfico do Datafolha se manteve por um bom tempo num emaranhado de altos e baixos que só ele viu.

O Datafolha jogou Dilma para baixo essa semana, em pesquisa feita em um único dia e com um campo bem menor que o habitual, mas seus números não foram acompanhados pelo Ibope e pelo Vox Populi, que mantiveram Dilma exatamente onde estava. O Ibope lhe atribuiu 50% das intenções de voto, e o Vox Populi, 49%. Para forçar a idéia de um segundo turno, o Datafolha manipulou até os percentuais de votos válidos, reduzindo as frações de Dilma e elevando as de Serra ao contrário do que estabelecem as regras de arredondamento.

O acompanhamento das pesquisas na eleição desse ano ganhou uma importante ferramenta que foi o tracking diário feito pelo Vox Populi, em parceria com a Bandeirantes e o IG. Desde o dia primeiro de setembro, o Vox vem atualizando uma amostra de 2.000 entrevistas, com um quarto dela se renovando diariamente. Ao fim de quatro dias, a base é totalmente renovada. Esse tipo de pesquisa procura antecipar possíveis tendências, e o que ela revelou em 28 dias foi que não houve nenhuma mudança significativa no cenário. No dia 1º de setembro, Dilma tinha 51% das intenções de voto, e no dia 28 estava com 49%. Como a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, ela passou o mês que antecede as eleições absolutamente estável, apesar de todo o bombardeiro que a imprensa lhe destinou. Serra tinha 25% no primeiro dia de setembro e chegou ao dia 28 exatamente com o mesmo percentual. Só Marina registrou um crescimento acima da margem de erro, saindo de 9% para 12% no período.

O tracking do Vox Populi funciona como um antídoto a pirotecnias de institutos que tentam adulterar o resultado das eleições. E revela que apesar do esforço midiático de tentar minar a candidatura de Dilma e de manifestos sem sentido contra um cerceamento à imprensa, que age com total liberdade, inclusive a de caluniar, a campanha parece seguir seu curso natural e respeitar a vontade da população. Até o dia 3 de outubro a distância é muito pequena para Dilma perder oito milhões de votos, como estimou o presidente do Vox Populi, Marcos Coimbra, serem necessários para levar a eleição ao segundo turno.

É claro que ainda resta a sempre perigosa última edição do Jornal Nacional e outras possibilidades de manipulações midiáticas de última hora, mas assim como aconteceu no segundo turno de 2006, a população parece vacinada contra esse tipo de escândalo e não se deixa mais enganar facilmente.

*Mair Pena Neto. Jornalista carioca. Trabalhou em O Globo, Jornal do Brasil, Agência Estado e Agência Reuters. No JB foi editor de política e repórter especial de economia.
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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Contraponto 3436 - STF: Venceu o bom senso

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29/09/2010
STF vai garantir o direito de voto para todos

Tijolaço - 29/09/2010

Nenhuma lei pode se sobrepor à soberania popular e esta se exerce pelo voto livre e universal de cada cidadão e cidadã. Se a lei, por defeito do processo legislativo – do qual eu não me excluo como congressista- criou um obstáculo que pode inviabilizar esse exercício essencial deste poder do eleitor, o remédio correto e constitucional é a sua anulação ou adequação pela corte suprema do país.

Parabéns à maioria dos ministros do STF que, independente de qualquer outra questão, afastaram o perigo de que um cidadão ou cidadã brasileira ser impedido de votar simplesmente, creiam, porque perdeu ou esqueceu o título de eleitor ou um documento de identidade.

Os mesários, a grande maioria de funcionários públicos experientes, tem todos os recursos necessários para cotejar nome, filiação, inscrição eleitoral e a própria assinatura – que vem impressa nas folhas de votação – e estabelecer a identidade correta do eleitor. Em caso de dúvida fundada, ele tem o poder de pedir a verificação deste documento.

Já disse aqui que algum “espertinho” fraudador pode até, por hipótese, votar duas vezes, uma por si e outra no lugar de alguém que saiba estar impedido de comparecer por morte, doença ou viagem. É verdade, mas o que representarão 10, 20 ou até 100 destes tipos em um universo de milhões de eleitores, pois se tratam de eleições estaduais e de um pleito nacional.

Grave, mesmo, seria vermos dezenas ou até centenas de milhares de brasileiros que, por não portarem o título naquele momento, fossem impedidos de votar.

Venceu a interpretação de que o voto é sagrado e universal e não pode ser ameaçado por uma exigência burocrática exagerada.

PS: O placar no STF já estava 7 a 0 a favor do fim da exigência de dois documentos para votar, quando o ministro Gilmar Mendes pediu vistas e adiou a decisão que já está numericamente assegurada. O ministro prometeu levar o processo novamente ao plenário amanhã.
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Contraponto 3435 - Sair às ruas para derrotar a direita no primeiro turno!

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29/09/2010


Editorial do Portal Vermelho
Sair às ruas para derrotar a direita no primeiro turno!

Dilma e o povo

Vermelho - 29 de Setembro de 2010 - 12h45

Toda disputa eleitoral é uma luta entre propostas de desenvolvimento e formas de governar diferentes, opondo distintos setores da sociedade. Uns, como a direita tucana e seus aliados, governam para o capital especulativo, privatista e improdutivo, aliado ao imperialismo. Contra eles está a ampla coligação das forças democráticas, progressistas e patrióticas que, com Dilma Rousseff, vai continuar governando para avançar as mudanças, consolidar a soberania nacional, acelerar o desenvolvimento, valorizar o trabalho e distribuir renda.

São propostas antagônicas e a luta entre elas é intensa. Na reta de chegada da eleição presidencial, o confronto vai se acentuar, com a direita tentando levar a eleição para o segundo turno para tornar sua derrota menos humilhante e avassaladora.

Contra ela, o campo reunido em torno de Dilma Rousseff precisa derrotar a direita logo de cara, no dia 3 de outubro, para chegar à Presidência ainda mais fortalecido pela aprovação popular manifestada nas urnas.

As armas nessa luta são desiguais. A direita controla um instrumento poderoso: os jornalões e parte significativa do noticiário da tevê. Os brasileiros precisam se precaver contra as mentiras que poderão ser divulgadas amplamente nestes poucos dias que nos separam da votação. A direita, com escasso apoio popular, nunca teve escrúpulos e já há notícias de uma onda de boatos mentirosos contra a candidata Dilma Rousseff. É o desespero de quem vê sua pretensão de voltar ao Palácio do Planalto afogada na onda progressista que varre o país e vai levar Dilma para o lugar hoje ocupado pelo presidente Lula.

Neste jogo sujo, Dilma - com razão - pede calma e chama a militância para sair às ruas e disputar voto a voto. Esta é a grande arma contra a direita, sua mídia conservadora e sua usina de boatos. A força do povo é ele próprio em ação contra os poderosos que querem travar o processo de mudanças democráticas e progressistas iniciado pelo presidente Lula em 2003, e que vai continuar com Dilma Rousseff.

Sair às ruas em defesa de Dilma significa demonstrar abertamente a opção pelo avanço e, ao mesmo tempo, convencer aqueles que ainda não se decidiram, e tambem os que se iludem com o discurso sedutor da direita, a mudar de lado e escolher a candidata cujo programa é o único que apresenta a defesa dos interesses populares e nacionais.

Sair às ruas em defesa de Dilma significa demonstrar a disposição de derrotar, definitivamente, a direita conservadora, privatista e neoliberal, dando-lhe novamente a lição do repúdio popular e da rejeição à volta de uma experiência que, durante os oito anos em que estiveram no poder com Fernando Henrique Cardoso, humilhou a nação, travou o desenvolvimento e empobreceu o povo.

Sair às ruas em defesa de Dilma significa demonstrar a vontade de, fechadas as urnas, começar a definir o novo governo democrático e progressista. E de eleger a nova presidenta numa situação inédita e muito favorável com maioria na Câmara dos Deputados e no Senado a fim de agilizar as mudanças que o povo exige e o país precisa.

É preciso derrotar a direita já no primeiro turno. Só os brasileiros têm força e condição para barrar a volta do conservadorismo neoliberal e impor-lhe uma derrota histórica.
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Contraponto 3434 - "FHC e a avaliação do primeiro turno"

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29/09/2010

FHC e a avaliação do primeiro turno

FHC e Jean de La Fontaine

Do Nassif
Enviado por luisnassif, qua, 29/09/2010 - 15:12

Por Edson Joanni
FHC: o pote de mágoa que nunca se esvazia

Da Folha.com

Se ganhar no 1º turno, Dilma terá pouco ganho político, diz FHC

Folha de São Paulo

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) avalia que uma eventual vitória da petista Dilma Rousseff já no primeiro turno da eleição presidencial pode não lhe trazer os ganhos políticos que normalmente vêm com um resultado desse tipo.

Para FHC, isso se daria porque a eleição de Dilma no próximo domingo seria mais uma vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do que dela mesma. Além disso, argumentou, o escândalo envolvendo Erenice Guerra, que era secretária-executiva da Casa Civil quando Dilma era ministra da pasta, também cobrará seu preço.

O ex-presidente fez questão de ressaltar, porém, que acredita que a eleição terá um segundo turno entre Dilma e o candidato de seu partido, José Serra.

"Em condições normais, a vitória no primeiro turno dá muita força política ao novo presidente e torna seu apoio político no Congresso mais fácil", disse FHC.

"No caso da Dilma é um pouco diferente, pois os votos não são dela, mas do Lula. Não sei se a vitória compensará o desgaste ocorrido com os últimos escândalos, especialmente o da Erenice, tão próxima dela", acrescentou.

Segundo as pesquisas de intenção de voto, existe a possibilidade de Dilma liquidar a eleição presidencial já no domingo.

O ex-presidente admitiu, no entanto, que o quadro projetado por ele para o caso de uma hipotética vitória da petista no primeiro turno pode mudar dependendo do desempenho dela à frente do governo.

"Tudo dependerá de Dilma exibir qualidades de negociadora que até hoje não demonstrou. Veremos."

Eleito presidente em 1994 e reeleito quatro anos depois, FHC venceu as duas eleições no primeiro turno. Ambas as vezes tendo Lula como principal oponente.
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Contraponto 3433 - "Até o Globope desmoraliza o Datafalha: Dilma no primeiro turno"

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29/09/2010

Até o Globope desmoraliza o Datafalha: Dilma no primeiro turno

Conversa Afiada - 29/09/2010

Zé Serra em busca do Otavinho

O Datafalha tem pernas curtas.

Saiu no G1:

Pesquisa Ibope aponta Dilma com 50% e Serra com 27%
Levantamento foi encomendado pela Confederação Nacional da Indústria.
Marina Silva aparece com 13%. Margem de erro é de 2 pontos percentuais.

Robson Bonin Do G1, em Brasília

Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (29) em Brasília mostra a candidata do PT, Dilma Rousseff, com 50% das intenções de voto e o candidato do PSDB, José Serra, com 27% na corrida eleitoral pela Presidência da República. Marina Silva (PV) tem 13%, segundo o levantamento, encomendado ao instituto pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Brancos ou nulos são 4%. Não souberam ou não responderam, 4%. Os demais candidatos juntos somaram 1% das intenções de voto. O cenário com os votos válidos da pesquisa será divulgado em instantes.

Espontânea

O cenário divulgado pelo Ibope diz respeito à resposta estimulada, quando os entrevistados são confrontados com uma lista de candidatos. Já na pesquisa espontânea, quando os entrevistados respondem sem a ajuda da relação de candidatos, Dilma tem 44%, Serra 21% e Marina, 10%. Votos brancos ou nulos somam 5% e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não disputa a eleição ainda aparece com 1% das intenções de voto.

Cenário reduzido

No cenário reduzido, quando os entrevistados são confrontados com a relação dos três candidatos mais bem posicionados nas pesquisas, Dilma tem 51%, Serra aparece com 27% e Marina soma 13%. Brancos e nulos são 4% e os que não responderam ou não sabem em quem votar, 5%.

Segundo turno

Em um eventual segundo turno entre Dilma e Serra, a candidata do PT teria 55% contra 32% do tucano. Brancos e nulos somariam 7%. Já em uma disputa de segundo turno envolvendo Dilma e Marina, a petista teria 56% contra 29% da candidata do PV. Brancos e nulos seriam 8%. No cenário entre Serra e Marina, o candidato tucano teria 43% contra 35% de Marina e os votos nulos ou brancos somariam 12%.

Rejeição
O Ibope também interrogou os entrevistados sobre a probabilidade de voto no dia 3 de outubro. Os que disseram que não votariam em Dilma somaram 27%. Já os que não votariam em Serra ficaram em 34% e Marina, 28%. Os entrevistados que disseram votar “com certeza” em Dilma totalizaram 48% contra 24% de Serra e 13% de Marina. Os entrevistados que afirmaram que “poderiam” votar em Dilma somaram 19%, Serra 35% e Marina, 45%.

Conhecimento

A candidata do PT é “bem conhecida” por 22% dos entrevistados enquanto Serra aparece com grau de conhecimento de 25% e Marina, 11%. Os que disseram conhecer Dilma “mais ou menos” somam 36% contra 39% de Serra e 27% de Marina. A petista é conhecida “só de nome” por 16% e nenhum dos entrevistados respondeu não conhecer Dilma. O candidato do PSDB é conhecido só de nome por 11% e todos os entrevistados disseram conhecê-lo. Marina aparece com 29% e 3% ainda disseram não conhecer a candidata do PV.

Apoio de Lula

Somaram 47% os entrevistados que disseram votar em um candidato apoiado pelo presidente Lula contra 8% que disseram ter preferência por candidato de oposição ao presidente. Os que não irão levar em conta o apoio de Lula para decidir o voto somaram 41%. Não souberam ou não responderam totalizaram 4%.

O Ibope também perguntou aos entrevistados sobre qual candidato teria o apoio do presidente Lula. 93% apontaram Dilma com a candidata de Lula, 1% apontaram Serra e nenhum entrevistado considerou Marina a candidata do presidente. Os que não souberam ou não responderam foram 6%.

Entre os dias 25 e 27 de setembro, o Ibope entrevistou 3.010 eleitores em 191 municípios e a margem de erro do levantamento é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Em junho, quando a CNI divulgou o primeiro levantamento, a candidata do PT apareceu com 38% e Serra somou 32%. Marina tinha 7% das intenções de voto.

Em comparação com a última pesquisa CNI/Ibope, divulgada em junho, no começo da propaganda eleitoral na TV e no rádio, Dilma subiu 12% e Marina 6%. Serra foi o único a registrar queda 5%. Para o diretor operacional da CNI, Rafael Lucchesi, a propaganda eleitoral influenciou no resultado: “O melhor aproveitamento do tempo de TV e dos programas justifica essa queda de Serra e a subida de Dilma e Marina.”
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Contraponto 3432 - "Crime sem Castigo"

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29/09/2010
Crime sem Castigo
Doladodela - 29/09/2010

Marco Aurélio Mello*

Quando um grupo se une para maquinar, distorcer, manipular e induzir, com o propósito de modificar a realidade em curso, temos uma conspiração. Conspirar tem a finalidade de prejudicar uma ou mais pessoas ou instituições, seja no presente, ou no futuro, a partir de ações muitas delas sendo tramadas secretamente, à sombra e à revelia da lei.

Não há limites quanto ao número de pessoas que podem participar das ações e, em muitos casos, não é necessário sequer comprovar a existência de um plano formal.

Em vários países conspirar é crime, principalmente contra o governo. Não no Brasil. A lei brasileira não tipifica o crime de conspiração, mas há entre os legisladores uma analogia: a formação de quadrilha (prevista no artigo 288 do Código Penal Brasileiro). Tudo isso para dizer que atentar contra o Governo, a Democracia e o Estado Democratico de Direito de forma orquestrada e absolutamente irresponsável é crime, ainda que de dífícil enquadramento.

Aceitar que uma conspiração seja levada a cabo por grupos de comunicação, que assumem abertamente o papel da oposição, ainda que argumentem estar no exercício da ampla liberdade de imprensa é algo perigoso. Ao aceitar o agente conspirador como parte do processo, abre-se um precedente: o da reciprocidade. Se conspirar contra determinado grupo é permitido, o revide pode se dar usando-se expediente análogo.

A conspiração está na raiz de todo golpe de Estado, seja a serviço dos conservadores ou dos revolucionários.

*Marco Aurélio Mello. Vinhedo, São Paulo, Brazil. Jornalista pela Metodista de SBC. Aluno convidado do curso de Comunicação de Massa e Sociedade Moderna da Universidade de La Crosse, Wisconsin, USA. Bolsista do 1º Curso de formação de Governantes da Fundação Escola de Governo. Desde 1987 já trabalhou em imprensa especializada, sindical, produtora de TV e TV aberta (Editor do JN - Globo). Atualmente é editor especial do Jornal da Record.

Contraponto 3431 - Pra que dar refresco aos inimigos?

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29/09/2010

Não dê refresco aos inimigos

Nas fotos acima uma mistura fétida de políticos de direita e jornalistas do PIG

Liquide a fatura no dia 3 de outubro.

Dilma 13 - Confirma
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Contraponto 3430 - "Boato religioso tenta desestabilizar Dilma"

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29/09/2010
R7: Boato religioso tenta desestabilizar Dilma

Viomundo
- 28 de setembro de 2010

Boatos tentam desestabilizar reta final da campanha de Dilma

Rumor atribui à petista a frase “nem mesmo Cristo me tira essa vitória”

Do R7

Uma falsa declaração atribuída à candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, circula na internet com o fim de desestabilizar a candidatura da petista nesta reta final da campanha, a cinco dias da eleição. De acordo com e-mails e mensagens repassadas pela web, Dilma, que lidera a disputa de acordo com todos os institutos de pesquisas, teria dito: “nem mesmo Cristo me tira essa vitória. As pesquisas comprovam o que eu estou dizendo, vou ganhar no primeiro turno”.

A declaração, no entanto, nunca existiu, de acordo com a equipe de campanha de Dilma, e se deve ao “jogo baixo” utilizado pelos seus adversários durante a campanha.

Segundo o coordenador de comunicação da campanha da petista e candidato a deputado estadual por São Paulo, Rui Falcão, ela nunca deu esta declaração.

- É uma calúnia. Dilma respeita todas as religiões e jamais usaria o nome de Cristo em vão. Ainda mais com esse tom de arrogância, que não é do temperamento dela, muito menos de soberba com os eleitores.

Diferentemente da declaração atribuída a ela, a candidata do PT tem dito, sempre que questionada, que pesquisa não ganha eleição e a definição só ocorre no dia 3 de outubro, quando os eleitores forem às urnas.

Em campanha em Curitiba (PR), em julho, a candidata negou qualquer “salto alto”.

- Ninguém pode subir no salto alto e sair por aí achando que já ganhou. Até o dia 3 de outubro, muita água vai rolar debaixo da ponte.

A declaração foi repetida em evento de campanha em Mauá, na grande São Paulo, no dia 21 de agosto.

- Eleição a gente não ganha com pesquisa. Eleição a gente ganha respeitando o voto do povo brasileiro. Peço para vocês muita atenção, muito empenho e muita garra, porque, de hoje até o dia 3, nós vamos disputar cada voto.
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Contraponto 3429 - “Para ter segundo turno, Dilma teria de perder 8 milhões de votos em seis dias”

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29/09/2010


Marcos Coimbra: “Para ter segundo turno, Dilma teria de perder 8 milhões de votos em seis dias”


Blog do Saraiva - terça-feira, 28 de setembro de 2010

Marcos Coimbra

Uma pequena entrevista por email, do presidente do Instituto Vox Populi, Marcos Coimbra, ao Poder Online:

Marina Silva está crescendo sobre votos de Dilma Rousseff?

– Não dá para dizer. Dilma cresceu tanto após o início do horário gratuito da propaganda eleitoral que roubou votos dos outros dois. Agora, esses votos estão, ao que parece, voltando para eles.

Quantos votos, de fato, Dilma precisa perder para que haja segundo turno?

– Nos dados de nosso tracking (corroborados por vários outros que temos de pesquisas desenvolvidas em paralelo), a vantagem dela para a soma dos outros estava em 12 pontos percentuais ontem. Se 6 pontos passassem dela para os outros, a eleição empataria e o prognóstico de vitória no primeiro turno seria impossível. Como cada ponto equivale a mais ou menos 1,35 milhão de eleitores, isso seria igual a 8 milhoes de eleitores (sem raciocinar com abstenções).

Marina Silva pode ultrapassar José Serra?

– É muito pouco provável, no conjunto do país. Possível em alguns lugares, como a região Norte e o DF. Talvez se consolide no Rio, onde ela já está na frente.

Qual o quadro que o senhor acha mais provável?

Vitória de Dilma no primeiro turno.
Postado por APOSENTADO INVOCADO 1 às 21:01
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Contraponto 3428 - Charge on line do Bessinha

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29/09/2010

Charge do Besinha (193)

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Contraponto 3427 - "Opções, perguntas e respostas"

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29/09/2010
Opções, perguntas e respostas

Carta Maior - Terça-Feira, 28 de Setembro de 2010

Por pouco os grandes jornais, um a um, tanto em ordem unida quanto em ordem alfabética não espancaram de vez os fatos do dia para ceder lugar à "manchete das manchetes", aquela que vale 1 milhão de euros dando conta que o mundo está acabando e que sua destruição principiava por Brasília.

Washington Araújo*
Artigo publicado originalmente no Observatório da Imprensa

Todo mundo sabe exatamente como começa uma briga e poucos sabem como esta termina. É o caso do artificial debate sobre liberdade de imprensa no Brasil. As sombras, o simulacro, o medo neurótico de vir a perder regalias para uns, direitos para outros, levam a situação a um acirramento de ânimos que, embora cuidadosamente feito em proveta, parece destinado a envenenar as relações governo-imprensa. A última semana foi a semana dos fatos bêbados, dos fatos não-exatamente-fatos, do irracional ocupando o espaço do racional.

Teve início na quinta-feira (23/9) com a entrevista do presidente Lula ao portal Terra. Discorreu sobre muitos assuntos e, no meio desses falou o que até mesmo a secura do ar em Brasília não impede que se perceba: a imprensa deveria assumir que tem candidato nestas eleições. O presidente não revelou nenhum segredo de segurança nacional, não matraqueou qualquer PAC-3 para os assuntos ditos midiáticos, não aventou qualquer plano para empastelar jornais e revistas, calar emissoras de tevê e coisas maquiavélicas do gênero. Lula apenas sugeriu que a imprensa "deveria assumir categoricamente" que tem candidato e partido, deixando de "vender uma neutralidade disfarçada".

E por pouco os grandes jornais, um a um, tanto em ordem unida quanto em ordem alfabética não espancaram de vez os fatos do dia para ceder lugar à "manchete das manchetes", aquela que vale 1 milhão de euros dando conta que o mundo está acabando e que sua destruição principiava por Brasília. E, então, num passe de mágica, aconteceu o até então impensável: um dos grandes jornais brasileiros decidiu seguir à risca o conselho presidencial. O jornal Estado de S.Paulo em sua edição de 25/9/2010 publicou o editorial "Mal a evitar" para dizer duas coisas: (1) que o jornal apóia José Serra para presidente da República e (2) que o jornal deplora que Lula e seu entorno escolham "os piores meios para atingir seu fim precípuo: manter-se no poder. Para isso vale tudo: alianças espúrias, corrupção dos agentes políticos, tráfico de influência, mistificação e, inclusive, o solapamento das instituições sobre as quais repousa a democracia - a começar pelo Congresso". E como ninguém chega a juízos de valor tão contundentes como estes do dia para a noite, fica desde logo claro que tal primado é nutrido pelo jornal paulista há pelo menos oito anos.

Reflexos eleitorais
Restam responder ao chamamento do presidente os jornais Folha de S.Paulo e O Globo e as revistas semanais de informação Veja, IstoÉ e Época. E, isto feito, os leitores saberão de antemão qual o perfil político-partidário dos veículos que saciam suas mentes e seus corações com grande quantidade de opiniões, informações, fatos e o filtro ideológico que utilizam para cumprir sua função de comunicação.

E não há nada de mais nisso, ao contrário, é prática corrente na vistosa imprensa estadunidense declarar seu apoio àqueles que almejam exercer a presidência de seu país. Na Europa alguns países também agem assim. Mas, no Brasil, é sempre esse jogo de claro-escuro a semear desconfianças mútuas, aquelas que saem dos veículos de comunicação, aquelas que procedem dos governos democraticamente estabelecidos. E não precisava ser assim.

Chama a atenção à última pesquisa sobre a eleição presidencial encomendado pela Folha e pela Rede Globo realizada pelo Instituto Datafolha – empresa do Grupo Folha – entre os dias 21 e 22 de setembro de 2010. Os resultados alcançados serviram como freio de arrumação (?) dos números: Dilma Rousseff (49%), Serra (28%), Marina Silva (13%). Quanto aos votos válidos ficou assim: Dilma Rousseff (54%), Serra (31%), Marina Silva (14%). A novidade foi que a distância entre a primeira colocada e os demais concorrentes à presidência encurtou em 5, 6 pontos porcentuais.

Mas, afinal, como o Datafolha chegou a esses números? Não preciso de bola de cristal para responder. Acredito que parte preponderante do resultado tem muito que ver com a intenção do Datafolha de medir os reflexos eleitorais do caso Erenice Guerra. E, para alcançar este intento, o Datafolha adicionou as seguintes perguntas ao levantamento:

– Você tomou conhecimento da saída da ex-ministra-chefe da Casa Civil Erenice Guerra do governo? Se sim, está bem informado, mais ou menos ou mal informado sobre esse caso?

– A ex-ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, pediu demissão após as denúncias de que seu filho teria beneficiado empresas junto ao governo pedindo comissão. Você acredita que o filho de Erenice Guerra beneficiava as empresas junto ao governo pedindo comissão?

– E, na sua opinião, Erenice Guerra sabia ou não que seu filho beneficiava empresas junto ao governo pedindo comissão?

– E o presidente Lula sabia ou não que o filho Erenice Guerra beneficiava empresas junto ao governo pedindo comissão?

– E a candidata Dilma Rousseff, sabia ou não que o filho Erenice Guerra beneficiava empresas junto ao governo pedindo comissão?

Obrigação de mão dupla
Pausa para reflexão. Se é lícito e corriqueiro incluir perguntas que levam a certo direcionamento das respostas dos pesquisados, não seria oportuno que ainda antes do dia 3 de outubro o instituto considerasse incluir novas perguntas como as que elenco abaixo? São elas:

– Você tomou conhecimento da fala do presidente Lula dizendo que a grande imprensa deveria "deveria assumir categoricamente" que tem candidato e partido, deixando de "vender uma neutralidade disfarçada"?

– Você acredita que o presidente da República tem o direito de cobrar que os jornais e revistas declarem sua posição política diante das eleições do próximo dia 3 de outubro?

– Você concorda com o presidente, de que os grandes meios de comunicação do país estão alinhados com uma das candidaturas à presidência da República? Se sim, com qual delas?

– Você deixaria de assinar ou de comprar exemplar de um jornal ou revista se soubesse de antemão que este jornal ou revista apóia claramente um ou outro candidato à presidência da República?

As coisas que pareciam simples, muito simples, foram rápida e irreversivelmente assumindo contornos do famoso teorema de Fermat, aquele problema que desafiou gerações de matemáticos por cerca de 350 anos e que influenciou, praticamente, toda a Matemática. É que em apenas uma semana por pouco São Paulo não mudou seu eixo para Caracas: intelectuais nas escadarias do Largo de São Francisco clamaram por liberdade de imprensa e buscaram colar no governo atual a pecha do autoritarismo e do fascismo; jornalistas e líderes de movimentos sociais clamaram, um dia depois, na sede do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, por maior responsabilidade por parte dos meios de comunicação e defenderam a necessidade de regulamentação do Artigo 221 da nossa Constituição Federal.

Enquanto isso, no Clube Militar do Rio de Janeiro – sede de tantos encontros em que se tramaram golpes contra nossa frágil democracia nos anos 1950, 1960... 1970 e 1980 – a seleta audiência armada, em sua maioria militares de pijama, parecia sequiosa por ouvir na quinta-feira (23/9) conferências contra os ataques à liberdade de expressão no Brasil. Conferencistas convidados pelos militares? Merval Pereira (O Globo) e do colunista Reinaldo Azevedo (Veja). Nesse diapasão não ficaria muito admirado se me dissessem que as profecias maias sobre 2012 retrocederam no tempo e agora deverão se tornar realidade no primeiro dia de 2011...

Transparência na esfera pública é bom se for bom para todos. Exigir transparência deveria ser visto como exigência de mão dupla: é saudável para os governantes e é igualmente saudável para os que destes cobram diuturnamente transparência. Nem o governo deve engabelar os governados nem a imprensa deve engabelar os leitores, ouvintes, telespectadores. Buscar a verdade onde quer que ela esteja é obrigação de uns e de outros.

*Washington Araújo é jornalista e escritor. Mestre em Comunicação pelaUNB, tem livros sobre mídia, direitos humanos e ética publicados no Brasil,Argentina, Espanha, México. Tem o blog http://www.cidadaodomundo.orgEmail - wlaraujo9@gmail.com
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