sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Contraponto 4343 - Lula-Dilma

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31/12/2010

2011 - Início dos tempos de Dilma Rousseff







2010-2011 - A transição




2003 - 2010 - O sucesso, a popularidade e o carisma de Lula



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Contraponto 4342 - Feliz 2011

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31/12/2010

Feliz 2011


O blogueiro do ContrapontoPIG e sua crescente família desejam a todos que as conquistas do Governo Lula se ampliem na era Dilma.
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Contraponto 4341 - Lula dá "cotovelada" no PIG

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31/12/2010

Lula diz que não perdeu nada por não ler jornais e revistas

Jornal O Povo (CE) 31/12/2010

No ano passado, Lula já havia dito que não lia notícias para evitar problemas no fígado. Para o presidente, a imprensa faz denúncias sem provas. Ele defendeu a existência de mecanismos de controle da mídia

Lula: responsabilidade para presidente, jornalista e dono de jornal (ANTÔNIO CRUZ/ABr)

Em entrevista à TV Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não perdeu nada por deixar de ler jornais e revistas durante seus dois mandatos. Ele voltou a afirmar que a leitura matinal dos jornais lhe dá azia. Em entrevista no ano passado à revista Piauí, Lula afirmou que não lia notícias para não ter problemas no fígado.

“Tomei a atitude de não ficar com a raiva que eles (imprensa) pensam que eu vou ficar (...). Pensam que eu vou ler, vou ficar com azia, disse ao (ministro da Comunicação), Franklin (Martins) ‘vou parar de lê-los, não vou ficar com azia. E não perdi nada”, disse o presidente à TV Brasil.

Lula disse que a mídia “exagera” e que faz denúncias muitas vezes sem provas. Por isso, afirmou, acha necessária a criação de mecanismos de controle da imprensa.

“Se for ver algumas manchetes dos jornais, esse governo não existiu (...). A imprensa se acha onipotente e que pode criticar todo mundo e eu não posso dizer que está errado (...). Responsabilidade vale para o presidente, jornalista e dono de jornal. Não posso dizer coisas sem ter que provar nada”, disse.

Lula reclamou das cobranças da imprensa pela demissão de ministros e diretores de estatais ligados a escândalos de corrupção. Disse que é preciso dar chance de defesa.

“Quando tem denúncia, querem que eu mande embora logo. Sou contra a pena de morte, tem que esperar se explicar. Como alguém aceitaria trabalhar comigo se eu demitisse na primeira denuncia? É um jeito humano de me comportar, não sou hipócrita. A pessoa que cometeu erro tem chance de se recuperar. Agora, quando implica em criar confusão...”, disse. (das agências de notícias)
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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Contraponto 4340 - "Petrobras bate três novos recordes de produção em dezembro"

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30/12/2010


Petrobras bate três novos recordes de produção em dezembro

Do Vermelho - 30 de Dezembro de 2010 - 15h37

Além do recorde mensal a empresa registrou mais um recorde diário. No dia 27 de dezembro a produção de petróleo chegou a 2 milhões 256 mil barris. Com esses resultados, a companhia fecha 2010 com um patamar de produção superior a 2 milhões de barris por dia, o que configura, também, um novo recorde anual.

Ao longo do mês de dezembro a Petrobras bateu sucessivos recordes diários de produção: no dia 4 foram extraídos, dos campos nacionais, 2.088.560 barris de petróleo diários; no dia 5 a produção foi de 2.117.321; em 13/12 chegou a 2.154.518 e no dia 24 atingiu 2.166.504 barris.

Esse desempenho decorreu, principalmente, da entrada em operação, ao longo de dezembro, de cinco novos poços na Bacia de Campos: CHT-9 e BFR-3, nos campos de Cachalote e Baleia Franca, ambos interligados ao FPSO-Capixaba; JUB-9 e JUB-14, que produzem interligados à plataforma P-57, instalada recentemente no campo de Jubarte; CRT-43, batizado provisoriamente de Carimbé, que é um poço produtor do pré-sal do campo de Caratinga, conectado à plataforma P-48.

Com a contribuição desses cinco poços foi possível acrescentar mais de 100 mil barris por dia à produção da Petrobras no Brasil. É importante destacar também o elevado nível de eficiência operacional alcançado no mês pelas plataformas de produção de todas as Unidades Operacionais.

O bom desempenho dos campos localizados em áreas maduras das regiões Norte, Nordeste e do Estado do Espírito Santo também contribuiu para os resultados recordes. Graças ao esforço de revitalização realizado pela Petrobras, estes campos, que vinham apresentando produção declinante, conseguiram manter médias diárias de produção em torno de 213 mil barris de petróleo, durante o ano de 2010.

Outro destaque foi a entrada em produção do poço SPS-55, que deu início recentemente ao Teste de Longa Duração da área de Guará, no pré-sal da Bacia de Santos, com utilização da plataforma Dynamic Producer.

Fonte: Correio do Estado
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Contraponto 4339 - " Reservas de Tupi superam projeções"

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30/12/2010

Reservas de Tupi superam projeções

Blog do Favre - 30/12/2010 - 11:00h

Petrobrás muda o nome da maior reserva brasileira para campo de ”Lula” e estima seu potencial, junto com o poço Iracema, em 8,3 bilhões de barris

Nicola Pamplona
– O Estado de S.Paulo

A Petrobrás se antecipou em dois dias e anunciou ontem a declaração de comercialidade dos projetos Tupi e Iracema, no pré-sal da Bacia de Santos, prevista para o dia 31. Em comunicado oficial, a companhia surpreendeu o mercado ao anunciar reservas recuperáveis de 8,3 bilhões de barris de petróleo e gás na concessão BM-S-11, onde estão os projetos – valor superior ao teto da projeção inicial, que falava em 5 a 8 bilhões de barris.

A Petrobrás informou também que vai trocar o nome da maior reserva brasileira de petróleo, de Tupi para Lula, em homenagem velada ao presidente da República – a legislação determina que os campos marítimos de petróleo sejam batizados com nomes de animais marinhos. Iracema ganhou o nome de outro molusco, Cernambi.

Qualidade. Segundo o documento, o campo de Lula tem reservas de 6,5 bilhões de barris e Cernambi, de 1,8 bilhão de barris. Inicialmente, a companhia acreditava que os dois projetos eram unidos, mas análises posteriores indicaram que trata-se de dois reservatórios diferentes. Cernambi tem petróleo de melhor qualidade do que a área de Lula, com 30 ° API (medida internacional de qualidade), contra 28° API deste último.

A divulgação se deu a dois dias do fim do prazo exploratório do bloco BM-S-11, o maior do pré-sal até o momento, arrematado pela estatal na 2ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP), em 1999. Com a declaração de comercialidade, o concessionário é obrigado a apresentar à agência um plano de desenvolvimento das reservas, com o detalhamento dos investimentos necessários para extrair petróleo e gás.

O volume de petróleo confirmado em Lula e Cernambi equivale a cerca de 60% das reservas atuais da estatal, que variam entre 12 e 14 bilhões de barris de petróleo e gás, dependendo do critério utilizado. Analistas acreditam, porém, que a estatal não vai incorporar todo esse volume novo em suas estatísticas de reservas provadas, que deve ser divulgada até o próximo dia 15.

“Alguma coisa deve entrar (no relatório de reservas), mas não creio que tudo”, disse o analista-chefe da corretora Banif, Oswaldo Telles. “Os volumes recuperáveis de Tupi e Iracema irão paulatinamente sendo incorporadas às reservas provadas ao longo dos próximos anos e respeitando uma série de critérios”, reforçou a analista Mônica Araújo, da corretora Ativa.

A divulgação do número exato surpreendeu os analistas, uma vez que a estatal não é obrigada a abrir os dados nesse momento, lembrou Telles. No mês passado, a BG, sócia do projeto, divulgou uma projeção de reservas em 8,9 bilhões de barris e foi desmentida pela estatal, em uma situação que gerou mal-estar entre as partes. Para a BG, a Petrobrás era conservadora em suas projeções. A portuguesa Galp é a terceira sócia no projeto.

O campo de Lula já produz petróleo, por meio de duas plataformas – a primeira, Cidade de São Vicente, faz um teste de longa duração; e a segunda, Cidade de Angra dos Reis, é o projeto piloto de produção. No ano que vem, a área deve receber uma terceira unidade.

Postado por Luis Favre
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Contraponto 4338 - Charge do Bessinha

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30/12/2010

Charge do Bessinha (261)


Contrapoto 4337 - "Lula diz que ultima "obra do impossível" foi eleger Dilma"

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30/12/2010

Lula diz que ultima "obra do impossível" foi eleger Dilma

Do Vermelho - 30 de Dezembro de 2010 - 16h08

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta quinta-feira (30), durante inauguração simultânea de obras em Brasília, que a última obra 'do impossível' realizada foi "eleger uma mulher presidente da Republica neste país", ao falar sobre a preparação do Brasil para receber as Olimpíadas e a Copa do Mundo, já no governo da presidente eleita, Dilma Rousseff.
"Estamos terminando o ano e entregando para a companheira Dilma um momento muito bom para a história do Brasil. A companheira Dilma vai fazer um extraordinário governo", afirmou.

Lula participou de inauguração de três obras por meio de teleconferência. São as obras da Usina de Foz de Chapecó, na divisa entre o Rio Grande do Sul com Santa Catarina, da agência da Previdência Social de Caetés (PE) e da terceira cascata de enriquecimento de urânio das indústrias nucleares do Brasil, em Resende (RJ).

Ele afirmou que as filas para conquistar a aposentadoria acabaram durante sua gestão. "Nós acabamos com as filas na Previdência. Fizemos uma campanha política que terminou ontem e ninguém mostrou filas. Ninguém mostrou porque ninguém quer mostrar uma sala bonita, com ar condicionado", afirmou.

Segundo o ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, o governo conseguiu fazer uma economia de R$ 750 milhões com a mudança na forma de pagamento dos beneficiados e levantamentos. "Conseguimos acabar com a fila, humanizar o atendimento correto e atencioso para o aposentado", disse.

O presidente também brincou com um agricultor da cidade de Caetês, em Pernambuco, onde ocorreu a inauguração da agência da Previdência Social. Através de um link montado em Brasília, Lula pediu para que o agricultor Cícero guardasse parte de sua aposentadoria recém-conquistada para que os dois possam dividir uma cerveja. "Não gaste tudo não, Cícero. Guarde um pouco porque você me deve uma cervejinha", brincou.

Ao falar sobre as inaugurações do setor energético, Lula disse que o Brasil venceu o debate sobre a "questão da energia limpa". "O Brasil tem autoridade moral e política porque ninguém tem a quantidade de energia limpa que o Brasil tem". Segundo ele, será mais importante "ensinar" outros países do que ouvir "palpites" sobre a produção energética.

Com informação das agências
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Contraponto 4336 - "Protógenes promete fazer mais contra a corrupção como deputado"

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30/12/2010


Protógenes promete fazer mais contra a corrupção como deputado

Do Vermelho - 30 de Dezembro de 2010 - 11h19

O deputado federal eleito pelo PCdoB de São Paulo, Protógenes Queiroz, ex-delegado da Polícia Federal, chega ao Parlamento com o propósito de continuar sua luta contra a corrupção. Ele acredita que “no nível técnico você tem limitações e no nível político é que tem as soluções dos problemas nacionais”.


Ele anuncia que vai apresentar projeto de lei anticorrupção, que consiste no fortalecimento das instituições públicas para trabalhar no sentido de fiscalizar, identificar e punir os corruptos, responsáveis por desvios de bilhões de recursos públicos.

Recursos públicos que, segundo ele ainda, deveriam ser empregados exatamente no trabalho de combate à corrupção, adiantando que defende a PEC 300 – uma das matérias polêmicas que aguarda votação na Câmara. A Proposta de Emenda à Constituição cria um piso salarial nacional para policiais e bombeiros.

“Como você justifica junto à população, que espera o controle da criminalidade, e à instituição policial, que tem por objetivo final proteger a população e não impor temor e violência, que não tem recursos, que (o aumento salarial) vai causar impacto na folha de pagamento, se nas mãos dos bandidos que desviaram dinheiro público tem milhões?” indaga, dando ele mesmo a resposta; “não venha falar que falta dinheiro, tem falta de controle.”

E, para buscar solução para o caso, ele trocou o cargo de delegado, como se notabilizou por inúmeras operações policiais que levaram à cadeia, corruptos conhecidos no País como o ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta; o deputado reeleito Paulo Maluf (PP-SP), cujo nome tornou-se sinônimo de “ladrão” e o banqueiro Daniel Dantas, dono do Banco Opportunity, pelo de deputado federal.

Mas, a exemplo dos demais companheiros de Partido, Protógenes diz que sua atuação no Parlamento não vai se resumir ao combate à corrupção. “Eu entendo que há demanda grande nas três áreas – segurança pública, saúde e educação. E fortalecer a soberania do País, as Forças Armadas”, avalia como outras áreas que precisam de sua atenção e atuação.

Indignação da população

Protógenes destaca que “há total indignação da população nos casos em que funcionei - de combate a corrupção -, como o caso de se encontrar nas mãos de banqueiro três bilhões de dólares suspeito de ser ilícito”. Para ele, “esses três bilhões deviam servir para reestruturar a segurança nacional, reestruturar as Forças Armadas, que precisam de seis bilhões para compra de equipamentos para fortalecer a nossa soberania.”

A lei anticorrupção, que vai propor na Câmara dos Deputados, é exatamente para controlar o dinheiro público e garantir que seja aplicado onde é devido. Ele explica que precisa fortalecer “inclusive a Controladoria Geral da União (CGU), que é um órgão importante, cumpre papel importante, que também precisa caminhar fortalecido nesse plano de restruturação do Estado.”

Ele enfatiza que sua atuação como parlamentar vai representar a continuidade ao trabalho de combate a corrupção e fortalecimento das instituições. “Eu estou no plano legislativo porque foi assim que a população assim exigiu e foi assim que se desenhou a estrutura do Estado fragilizado por não ter estrutura de absorver esse trabalho de combate à corrupção, com prerrogativas e garantias constitucionais para desenvolver esse trabalho”, afirma, criticando as limitações impostas ao seu trabalho de policial.

Reconhecimentos da sociedade

Por não ter estrutura para desenvolver seu trabalho de combate a corrupção, ele trocou o cargo de policial pelo o de legislador. “No nível técnico você tem limitações e no nível político é que tem as soluções dos problemas nacionais”, explica, acrescentando que “é uma continuidade do que hoje esse trabalho representou e representa para o país.”

Protógenes, que ganhou visibilidade na mídia a partir da Operação Satiagraha, recebe com satisfação e responsabilidade o reconhecimento da sociedade brasileira ao seu trabalho. “Eu caminho nas ruas, até em outros países, e sou reconhecido e recebido com gestos de gratidão e não gestos hostis. Isso representa avanço que a sociedade e o País tiveram. Até o efeito pedagógico para novas gerações está sendo benéfico. Isso está sendo uma grande contribuição, mas temos que fazer mais”, afirma.

E acredita que o trabalho dessa nova Câmara, que vai funcionar a partir de 1o de fevereiro, vai contar com muita vigilância e cobrança do cidadão e eleitor. “Cada vez mais há controle da sociedade sobre o parlamento brasileiro, haja vista a renovação de mais de 40%. Isso demonstra o poder da sociedade frente aos desafios. Porque renovou, porque os que aqui estavam não cumpriram o seu papel”, avalia.

De Brasília
Márcia Xavier
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Contraponto 4335 - "Ceará se desenvolve com água, siderúrgica, ferrovia e refinaria"

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30/12/2010


Ceará se desenvolve com água, siderúrgica, ferrovia e refinaria

Blog do Planalto - Quarta-feira, 29 de dezembro de 2010 às 14:48 (Última atualização: 29/12/2010 às 17:12:17)




Presidente Lula visita o local onde foi lançada pedra fundamental da refinaria Premium II da Petrobras no Porto de Pecém (CE). Foto: Ricardo Stuckert/

O que vem acontecendo no Ceará é emblemático do momento de desenvolvimento que vive o Nordeste atualmente. O estado tem pelo menos quatro grandes projetos em andamento que estão transformando a região: as obras da ferrovia Transnordestina, do canal do rio São Francisco, de uma siderúrgica e da refinaria Premium II no porto de Pecém, em Cacauia, que teve sua pedra fundamental lançada nesta quarta-feira (29/12) pelo presidente Lula. Sua visita ao estado neste momento, afirmou o presidente, é um gesto político que indica o compromisso do governo em investir no Ceará e promover seu desenvolvimento.

“Política não é feita apenas de realizações, política também é feita de gestos. E eu precisava fazer esse gesto de voltar ao Ceará para poder assumir com o governador Cid, o companheiro Gabrielli [presidente da Petrobrás], com o povo do Ceará, e com o povo do Brasil, o compromisso final de que o Ceará finalmente terá a tão sonhada refinaria que tanta gente prometeu e que não conseguiram fazer.”

Além da refinaria a ser construída no Ceará, o Brasil ganhará outras quatro, lembrou o presidente: em Pernambuco, Maranhão, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro. Duas delas, disse, são por conta da descoberta do petróleo do pré-sal, mas o conjunto de refinarias servirá para tornar o Brasil exportador não apenas de óleo cru mas também de produtos com maior valor agregado, o que poderá gerar mais divisas ao País. E pensar que há sete anos a diretoria da Petrobras dizia que o Brasil não precisava de mais refinarias… “Engoliram a língua, porque vou fazer cinco!”.

O presidente disse durante seu discurso que pediu ao presidente da empresa que fizesse um detalhado calendário com a etapa de cada momento da obra, para deixar nas mesas da presidente eleita Dilma Rousseff, da minitra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e também da diretoria do Ibama para que “todo mundo acompanhasse cada passo”.

Ouça aqui a íntegra do discurso do presidente na cerimônia:

Para ler a transcrição do discurso, clique aqui.

Após o evento, Lula conversou com os jornalistas presentes e disse que pretende continuar contribuindo para a política brasileira sem precisar ser candidato a cargo político algum. Segundo ele, a partir do dia 1 de janeiro, trabalhará para que a futura presidente, Dilma Rousseff, “tenha a mesma sorte que ele”e para que ela estabeleça a mesma relação de confiança e amizade com o povo.

O presidente afirmou ainda que não há porque pensar nas eleições de 2014 pois o momento agora é de a futura presidente governar e trabalhar para continuar a melhorar a vida do povo brasileiro. Como já afirmou em ocasiões anteriores, o presidente lembrou que vai continuar viajando o País “porque ainda há muito o que se fazer” e que seu compromisso com o Brasil permanece.

“O que interessa agora é 2011. A Dilma foi eleita para governar; eu deixo a Presidência para me calar. Vou dar o exemplo de como se comporta um ex-presidente.”

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Contraponto 4334 - "Minha Casa, Minha Vida supera meta de 1 milhão de casas contratadas e cala críticos"

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30/12/2010

Minha Casa, Minha Vida supera meta de 1 milhão de casas contratadas e cala críticos

Blog do Planalto - Quarta-feira, 29 de dezembro de 2010 às 20:50 (Última atualização: 29/12/2010 às 20:12:23)

Muitos duvidaram que o governo conseguisse contratar, até o final deste ano, um milhão de casas dentro do programa Minha Casa, Minha Vida. Não só conseguiu como ultrapassou a meta, chegando a 1 milhão e 3 mil casas, conforme anunciou nesta quarta-feira (29/12) a presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Maria Fernanda Ramos Coelho, durante cerimônia realizada em Salvador (BA). O presidente Lula, em sua última viagem antes de entregar a faixa presidencial à presidente eleita Dilma Rousseff, neste sábado (1/1) em Brasília (DF), comemorou os números e pediu humildade aos críticos da imprensa que duvidaram nas últimas semanas que isso não aconteceria:

“Possivelmente algumas pessoas estavam acostumados com um tipo de governo que ficava sentado com a bunda da cadeira e que nao se importava de chamar os seus companheiros para cobrar as coisas que tinham que cobrar.

(…) E nós fizemos, para dizer àqueles que duvidavam que nunca mais ousem duvidar da capacidade de construção de casas dos trabalhadores brasileiros, da CEF e do governo brasileiro, que está determinado a resolver um problema de déficit habitacional crônico neste País. Então aqueles que escreveram esta semana que a gente não ia entregar 1 milhão de casas, por favor, peçam desculpas e reescrevam a matéria de vocês. Falem que nós fizemos mais do que a gente imaginava, não é feio pedir desculpas. Feio é persistir no erro e na ignorância de alguns que ousaram não acreditar que nós seríamos capazes.”

O presidente lembrou quantas vezes se reuniu com a presidente eleita, então minista da Casa Civil, Dilma Rousseff, a presidente da Caixa e a coordenadora do PAC, Miriam Belchior (futura ministra do Planejamento), para cobrar resultados, sendo muitas vezes duro com os interlocutores. Mas a pressão deu tão certo que a contratação de novas unidades habitacionais já começou a entrar pelo programa da presidente Dilma, disse Lula, aproveitando também para parabenizar o governador Jaques Wagner (Bahia) porque seu estado foi o que mais contratou no País.

Ouça aqui a íntegra do discurso do presidente:

A exemplo do que fez no Ceará, o presidente também conversou com jornalistas após o evento em Salvador, quando comentou a nova pesquisa divulgada hoje sobre sua popularidade, que atingiu 87% de aprovação – um recorde mundial, ultrapassando os números obtidos pela ex-presidente chilena Michelle Bachelet (84%) e o ex-presidente uruguaio Tabaré Vasquez (80%):

“A minha alegria é muito grande. Estou mais alegre do que quando eu tomei posse. Quando eu tomei posse eu estava nervoso e estava apreensivo se eu iria tomar conta do recado. Hoje estou tranquilo, porque demos conta do recado e o povo brasileiro compreendeu tudo o que nós fizemos neste país. Saio feliz, de alma limpa, de cabeça erguida.”

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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Contraponto 4333 - "Popularidade de Lula é recorde mundial, diz CNT/Sensus"

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29/12/2010


Popularidade de Lula é recorde mundial, diz CNT/Sensus



Lula X FHC

Amigos doPresidente - por Helena™ -quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A popularidade do Presidente Lula que encerra oito anos de governo com 87% de aprovação, é a maior do mundo, afirmou nesta quarta-feira (29) o presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Clésio Andrade.

Segundo Andrade, Lula está à frente da ex-presidente chilena Michelle Bachelet, que tinha 84% de aprovação quando deixou o governo, e do ex-mandatário uruguaio Tabaré Vázquez, que teve 80% ao final do mandato.

O presidente da CNT também comparou o desemprenho de Lula com líderes mundiais históricos, entre os quais o primeiro presidente negro da África do Sul, Nelson Mandela, que teve 82% de aprovação, o ex-presidente dos EUA, Franklin Delano Roosevelt, com 66%, e o francês Charles De Gaulle, 55%.

Fernando Henrique Cardoso (PSDB), antecessor de Lula, tinha 26% de aprovação após dois mandatos, segundo levantamento da CNT/Sensus de 2001.
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Contraponto 4332 - "Isenção, essa desvalida"

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29/12/2010

JORNALISMO & CREDIBILIDADE

Isenção, essa desvalida

Do Observatório da Imprensa - 29/12/2010

Por Washington Araújo em 28/12/2010

A novidade veio dar à praia/ Na qualidade rara de sereia/ Metade o busto de uma deusa maia/ Metade um grande rabo de baleia/ A novidade era o máximo/ Do paradoxo escondido na areia/ Alguns a desejar seus beijos de deusa/ Outros a desejar seu rabo pra ceia. [A novidade (Gilberto Gil/ João Barone/ Herbert Viana/ Bi Ribeiro)]

Um presidente da República tem muitas coisas a fazer no exercício de seu mandato. Dentre estas, há que ter tempo para falar com a população que o elegeu. No caso atual do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em fim de mandato, com avaliação positiva extrapolando em muito o histórico de índices coletados em pesquisas de opinião pública – variando entre 80-86% de ótimo/bom – essa mediação ocorre não apenas da forma tradicional – a que é mediada pela grande imprensa –, mas também pelo estilo peculiaríssimo do presidente que, longe de se ater à pauta nascida no eixo Rio-São Paulo, desponta onde ele estiver, pois é ele próprio quem faz soar o diapasão e leva ao noticiário o que entende ser de interesse da maioria da população.

Coletivas de imprensa com o presidente nos trazem a certeza de que veremos os rostos daqueles que se especializaram em dar vazão, ao longo dos anos, a todo tipo de avaliação negativa de seu governo. São esses rostos que emolduram colunas de jornais e revistas, que conduzem a voz de comentaristas que se consideram sempre mais sábios que o próprio presidente quando o assunto é governar o país e que, a bem da verdade, insistem em se considerar sempre mais inteligentes e perspicazes que o resto do nosso contingente populacional. Como diria minha caçula Lara (12): "São os que estão sempre `se achando´."

Nas coletivas, logo os identificamos pela voz. Aparecem com muita regularidade em emissoras de rádio e de televisão, quase sempre ferozes, como aquele guarda que torce para que o motorista não veja o sinal de trânsito e assim possa lhe aplicar, com redobrada satisfação, pesada multa. São editoriais que carregam nos adjetivos que agridem e que se sustentam em insinuações quase sempre além do tom jornalístico.

Debate desfocado

A verdade é que nossos comentaristas de política e economia são incansáveis no ofício de aconselhar o presidente da República sobre todo e qualquer assunto: desde a nomeação de alguém para o Supremo Tribunal Federal até sua maneira de passear... com as emas nos jardins do Alvorada. Com a passagem do tempo, tornaram-se, mesmo sem se dar conta, especialistas em encontrar diariamente, ao menos, sete erros nas atitudes, falas e ações dessa personalíssima figura que teve seu nome escolhido pela expressa maioria da população brasileira. É pena que não se deem conta do papel ridículo que quase diariamente desempenham ante milhares (ou milhões?) de leitores, ouvintes e telespectadores, que desperdiçam nacos de tempo se inteirando de suas opiniões. Opiniões que, diante das seguidas pesquisas feitas pelo Vox Populi, Ibope e Datafolha, parecem estar sempre na contramão do sentimento popular quando o assunto é a avaliação do governo ou da pessoa do presidente.

O fato é que o presidente da República soube ocupar todo o espaço midiático que lhe era oferecido e outro espaço talvez de maior tamanho, aquele que conquistou com seu carisma, ar bonachão, frases de efeito, metáforas ao gosto popular e indiscutível pendor para transformar meros atos de governo em eventos quase sempre adequados aos holofotes dos meios de comunicação. O presidente Lula fez isso sem qualquer afetação porque soube ser senhor absoluto de suas relações com a imprensa. Por mais que nossa grande imprensa tentasse – uma e mil vezes – cobri-lo de ridículo, ele sempre conseguiu se desvencilhar das muitas armadilhas e, não raras vezes, aprisionou seus pretensos juízes da liberdade de expressão em figuras menores do nosso jornalismo.

É fato também que o presidente Lula poucas vezes deixou de revidar quando se sentiu atacado pela imprensa e, ao contrário do que se esperava, soube expressar de forma cabal seu descontentamento e raiva no rastro de outras fortes emoções. O presidente tampouco deixou se intimidar com acusações de que semeava ódio à imprensa e ameaçava a liberdade de expressão. Porque sempre considerou este debate inoportuno e desfocado, "coisa de quem adora misturar alhos com bugalhos".

Atentado ao figurino

Dentro de poucos dias, Luiz Inácio Lula da Silva deixará de ser presidente mas seu estilo inconfundível como presidente continuará ainda por muito tempo no imaginário da nação. Qualquer comentário seu dificilmente deixará de repercutir por haver deixado de ser presidente da República. E, como já está ocorrendo, comentaristas e analistas de política continuarão dando a Lula o peso midiático que ele conquistou. Ao fazer isso, jornalistas apenas confirmam que os gestos, as falas e até os gostos de Lula impactam a audiência que termina sendo parte preponderante da sociedade, alcançando a base da pirâmide e também seu cume.

É certo que, assim como a noite segue o dia, a grande imprensa passará boa parte de seu tempo criando intrigas entre a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula. Qualquer vírgula fora do lugar na relação dos dois poderá assumir o tamanho de pico da Neblina. Qualquer discordância entre os dois assumirá ares de consumada traição por parte da criatura que até bem pouco tempo era jejuna de eleições e que recebeu nas urnas votação consagradora para se tornar a primeira mulher a assumir a suprema magistratura no Brasil.

A partir do primeiro dia de 2011, tudo leva a crer que teremos um Lula mais falante – se é que isto é possível –, um cidadão mais livre para dizer o que pensa – se é que isto também possível – e sem o queixume de sempre de nossos colegas da imprensa de que "o presidente voltou a se portar de forma incompatível com o cargo de presidente". O patrulhamento agora mudará de eixo. Não importa como o futuro ex-presidente falar ou agir, será sempre atentado violento ao figurino que a imprensa criou para enquadrá-lo – agora fora do centro do poder político nacional. Será a forma como a grande imprensa encontrará para jogar mais luz sobre seu sempre prendado antecessor Fernando Henrique Cardoso.

Sabedoria popular

Criticar é próprio do jornalismo. Melhor, é próprio do bom jornalismo. Jornalismo acrítico não é jornalismo, é simulacro, é qualquer outra coisa – menos jornalismo. Mas há que saber criticar. Sim, criticar não é apenas escrever desaforos na certeza de que não terá resposta à altura (o agredido nunca consegue condições equânimes para responder na medida ao ataque desferido), nem significa tão somente vociferar contra toda e qualquer política pública. Criticar exige responsabilidade e algumas outras virtudes que, por ausentes nos últimos tempos, parecem soterradas em velhos manuais de redação, não obstante estes circularem a cada ano em edição novinha em folha. Criticar não é apenas abrir a caixa de ferramentas onde guardamos toda espécie de juízo de valor. Criticar exige de quem o faz buscar a sempre fugidia isenção, aquela quase etérea imparcialidade de quem sabe separar o que é fato e o que é notícia do que é suposição ou apenas atende a reclames de natureza político-ideológica.

Um dos problemas do jornalismo é a enorme distância entre a teoria e a sua prática. Tem a ver com a forma com que nos relacionamos com isenção e imparcialidade na abordagem de um tema ou de um simples fato. Ora, é certo que não vai se conseguir isenção completa na abordagem de um tema, principalmente aqueles de natureza política, de Estado, de governo. É óbvio que será algo de todo inatingível. O mesmo posso assegurar quanto à busca da imparcialidade: tirem o cavalinho da chuva porque ninguém consegue tornar indivisível a mistura de política com imparcialidade. Mas tem que se buscar ao menos um pouco de isenção, de saber ver os diversos aspectos envolvidos, de estar receptivo ao contraditório.

Um pouco de isenção é possível, sim. E quanto menos isento é o jornalista, menos credibilidade desfruta junto à sociedade. É verdade também que para determinados jornalistas isenção é palavra tão desconhecida quanto seu equivalente russo, osvobozhdenie. Porque isenção é algo que se recusa a passar por nosso filtro ideológico e moral. E não precisamos explicar a uma pessoa porque gostamos tanto do vermelho e mostramos desapreço pelo marrom que ela, sem qualquer esforço nosso, no momento certo, saberá de nossas preferências. Sejam cores, sejam partidos políticos, sejam autores prediletos, sejam cidades ou mesmo alimentos e seus temperos, tudo passa por gostos pessoais. Por isso, o senso comum consagrou máximas e expressões como "Cada cabeça, uma sentença", "Cada um tem o nariz que tem", "O que seria do amarelo se todos gostassem apenas do azul?"

Cidadania e a pluralidade

O mesmo acontece com o jornalismo. Lendo apenas uma coluna de Merval Pereira, sabemos logo onde ele quer chegar. Escutando um só comentário de Lucia Hippolito, descobrimos pela entonação da voz, pelo muxoxo, pelo esgar, pelo arremedo de tosse, pelo pigarro destoante, que ideia ela realmente luta por repercutir. Lendo não mais que uma linha de alguns comentaristas de Veja, sempre tão prolíficos em girar em torno de si mesmos, parece que já lemos centenas de seus textos, seja pela repetição ilimitada de frases, seja pela contundência, no mais das vezes absolutamente deslocadas.

Existem outros ainda que nem mesmo precisam enunciar a primeira palavra para sabermos a construção que virá em seguida, de forma acabada, bem amarrada, mesmo que sem nexo com a realidade. Refiro-me ao jornalista William Waack e ao dublê de cineasta e comentarista Arnaldo Jabor. São jornalistas que imprimem aos fatos elevada carga de opinião, quase sempre extremada, e que nos levam a decidir por emoções igualmente extremadas: amamos ou odiamos. O mesmo acontece com os editoriais da revista Veja e da revista CartaCapital. Se formos atentos, saberemos, logo de início, para onde correm tantas palavras em desabalada profusão.

De qualquer forma, o pior tipo de jornalismo é aquele que sufoca e que considera normal – normalíssimo, até – falsear os fatos. E que assim age de forma deliberada, pensada. É aquele jornalismo que, longe de informar, deseja atuar como luz da consciência alheia, apresentando a notícia apenas pelo ângulo que lhe apetece ou que vem confirmar sua sapiência do assunto. Temos infinidade de exemplos desse tipo de jornalismo porque este encontrou no Brasil campo propício para se alastrar. Prolifera como erva daninha ou, para usar uma expressão que gosto muito, "transborda como plantação de cogumelo".

Basta analisar distraidamente a seção Cartas dos Leitores para ver, com raras e importantes exceções (e a Folha de S.Paulo sai bem nessa foto) que a seleção das cartas prima pelo jacobinismo explícito e desbragado. São cartas autoreferentes, autoelogiosas, autolaudatórias. Não seria muito melhor contratar um ou dois estagiários para escrever tais textos adulatórios? Nos blogues da internet é a mesma coisa: figurinhas carimbadas que cobrem política nacional são useiras e vezeiras no uso sistemático da tesoura que poda comentários minimamente contrários à sua opinião. É como se esses blogueiros, alguns com coluna fixa nos grandes jornais do Rio e de São Paulo, dissessem repetidamente: "Se vocês desejam ser elogiados tratem logo de criar seus próprios espaços. Façam como eu, que criei o meu espaço e aqui só publico o que quero, o que gosto, o que encontra ressonância em meu pensamento". Arrisco-me a prever que não tarda a chegar o tempo em que os excessos praticados por um jornalismo majoritariamente opinativo será sucedido por outro jornalismo, bem mais comprometido com a cidadania e com a pluralidade de pensamento.

Feliz 2011 para todos os que ousam desejar da novidade nada menos que "seus beijos de deusa" ou que se contentariam em "desejar seu rabo pra ceia".
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Contraponto 4331 - "Lula e Cid lançam pedra fundamental da Refinaria no Ceará"


29/12/2010

Lula e Cid lançam pedra fundamental da Refinaria no Ceará

US$ 11 bilhões, 90 mil empregos e funcionamento só em 2017

Diário do Nordeste
- 29/12/2010 - 12:43

A Petrobras lançou, nesta quarta-feira (29), a pedra fundamental para a implantação da Refinaria Premium II no Porto do Pecém com investimento de US$ 11 bilhões.

A cerimônia de lançamento contou com as presenças do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado do governador do Ceará, Cid Gomes, e do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo.

Gabrielli segue na Petrobras e mais 6,9 mil casas no CE

Na ocasião, Lula agradeceu aos cearenses, inumerou ações no Estado, assinou Ordem de Serviço para a construção de 6.986 casas para o Ceará e anunciou que Sérgio Gabrielli continuará à frente da Petrobras.

Refinaria deverá operar a partir de 2017

A unidade deverá produzir diesel com baixo teor de enxofre, querosene de aviação, nafta, gás de cozinha e bunker (combustível de navio). A refinaria deverá operar a partir de 2017, com produção de 300 mil barris/dia.

90 mil empregos serão gerados

Para implantação do projeto, que integra o PAC, há previsão da geração de 90 mil postos de trabalho diretos, indiretos e por efeito renda.

A Petrobras assinou com a empresa americana UOP, tradicional fornecedora de tecnologia na área de refino de petróleo, contrato para elaboração dos projetos básicos e de pré-detalhamento da Refinaria Premium II para a produção de derivados para os mercados nacional e internacional.

Inauguração de açude é adiada

Lula também deveria inaugurar nesta quarta-feira (29), por videoconferência, a barragem Taquara, construída em Cariré, no Norte cearense, pelo Departamento Nacional de Obras Contras as Secas (Dnocs). No entanto, por problemas técnicos, a inauguração foi adiada, ficando para a presidente eleita Dilma Rousseff, a responsabilidade do ato.

O reservatório, com capacidade para armazenar 290 milhões de metros cúbicos de água, começa a operar assim que acumular a cota mínima necessária: 20 milhões de metros cúbicos.

A nova barragem fica no município de Cariré. O açude Taquara é o 64º do Ceará e aumenta para 327 o número de grandes reservatórios construídos no Nordeste.

Depois de 2 anos de obras, o Taquara está pronto para receber água. Assim que começar a operar, o açude vai beneficiar diretamente 26 mil pessoas. Tecnicamente vai perenizar o Jaibaras, principal afluente do rio Acaraú.

O Taquara também vai cumprir papel social, garantindo aos sertanejos a matéria-prima do desenvolvimento.
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Contraponto 4330 - "2010: ano dos blogs sujos e do Sujinho; ano da bolinha, da Dilma e da nova direita"

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29/12/2010

2010: ano dos blogs sujos e do Sujinho; ano da bolinha, da Dilma e da nova direita

Do Escrivinhador -publicada quarta-feira, 29/12/2010 às 01:34 e atualizada quarta-feira, 29/12/2010 às 01:32

por Rodrigo Vianna

Esse foi dos anos mais duros – e mais ricos – na minha vida de jornalista, blogueiro e cidadão.

Fui a Johannesburgo, no meio de 2010, cobrir a Copa do Mundo. Adorei ver de perto a engrenagem do futebol – essa mega empresa mundial. E adorei, sobretudo, conhecer a África – ainda que de forma limitada, com as lentes embaçadas pelo espetáculo da bola.

Muitas lembranças boas ficaram.

Uma tarde de rugby no Soweto – o bairro negro tomado pelos torcedores brancos! Negros abriram suas casas para os brancos – muitos nunca tinham pisado ali. Cena inusual. Emoção verdadeira.

Depois, a boa conversa com a bailarina que, durante o apartheid, dava aula de dança para negros e brancos, desafiando o regime racista. Detalhe: a bailarina era judia, ouvira do pai o que significava viver em guetos. Resistiu com a dança.

A visita ao Cabo da Boa Esperança, ou Cabo das Tormentas. As histórias de navegantes portugueses sempre me emocionam. Mar bravio, terrível. Paisagem maravilhosa. E a Cidade do Cabo tão linda. Quero voltar pra lá em breve.

Foram 50 dias longe de casa. E antes disso o ano já tinha sido cheio. De coisas boas. E de alguns sustos na vida familiar (já superados).

No primeiro semestre, fundamos o Centro de Estudos Barão de Itararé. Idéia do Altamiro Borges. Quando ele me ligou, no fim de 2009, com o convite para que eu entrasse na diretoria do Barão, cheguei a desdenhar: “Mas, Miro, pra que outra entidade na área de comunicação?” Ele me convenceu. E o Barão já fez muito. Foi no lançamento do instituto que surgiu a idéia de organizar um Encontro Nacional de Blogueiros. Idéia do Azenha – que viu esse movimento florescer nos Estados Unidos. E nós botamos em prática aqui no Brasil.

Foi uma delícia organizar o encontro. Primeiro, pelas reuniões. Todas elas no glorioso “Sujinho”, o bar-restaurante paulistano. Serra deve ter ficado sabendo, por isso resolveu chamar (acusar?) os blogueiros de ”sujos”. Assumimos o apelido, como uma medalha!

Mas o melhor foi ver o evento acontecer em São Paulo, no mês de agosto. 300 e tantos blogueiros de 19 estados. Uma trabalheira organizar isso tudo. Mas uma delícia conhecer tanta gente boa.

Logo depois,a pauleira da eleição. A mais suja da história: e aí a culpa não foi nossa. Era bola cantada. O embate entre Serra e Aécio já fora sujíssimo (todo mundo conhece os bastidores: dossiês, ameaças, “pó parar, governador” etc e tal). Quando Dilma disparou nas pesquisas, em agosto, era só esperar. Serra não decepcionou quem conhecia a fama dele – desde os anos 80. Foi uma campanha tensa, a mexer com os nervos e o estômago de qualquer um.

Tive a o orgulho e a felicidade de participar das batalhas – ajudando a desmontar farsas, e a iluminar um pouco o caminho: a bolinha de papel, o aborto, a gráfica dos panfletos…

Naquele sábado em que os panfletos foram encontrados em São Paulo, passei a madrugada com mais dois companheiros internéticos fuçando arquivos e documentos que ajudaram a descobrir a verdade: a gráfica pertencia à irmã de um dos coordenadores de campanha de Serra. Foi furo nosso, da blogosfera, e o Escrevinhador deu a história em primeira mão!

Tenho orgulho também de ter dito, três semanas antes do primeiro turno, que a bala de prata não era uma só. Mas uma sequência de balas. Dilma – que se preparara pra responder aos ataques sobre o passado de guerrilheira – não percebera o trabalho sujo feito nas igrejas, nos púlpitos, no boca a boca que disseminou o medo e o ódio religioso. Aqui no blog, gastei o verbo falando sobre isso. É a força da internet. Leitores de várias partes do país me avisavam: olha, a coisa está feia nas igrejas. Simplesmente registrei e dei o alerta. Mas a campanha de Dilma só acordou na última semana do primeiro turno, quando o estrago já estava feito.

Aí veio o segundo turno. Horrível. Mas com momentos hilários – como a tentativa de Serra de virar um Lacerda. Em vez de tiro no pé, levou bolinha de papel na cabeça. De todo jeito, foi tiro no pé.

A vitória de Dilma foi importante. Histórica. Todos os grandes jornais alinhados com o adversário, a Globo com o adversário… E Dilma ganhou. Derrotou Serra, derrotou a direita religiosa. Mas derrotou também Ali Kamel, Otavinho e o bando tresloucado de colunistas de “Veja”, “Estadão” e adjacências.

O que não deve nublar a verdade: o PT tentou ganhar sem fazer política. Tentou ganhar no embalo da popularidade de Lula. Quem politizou a eleição de 2010 foi Serra. Pela direita. Obrigando (?!) Dilma a buscar apoio da militância no segundo turno.

O Brasil conheceu uma nova direita. Parte da velha classe média tem medo e raiva – e a velha imprensa espelha esse setor. Mas a nova classe média – gestada na era Lula – nasceu já conservadora. A médio prazo, a equação pode não fechar para a esquerda. Isso ficou claro na campanha dominada por aborto, bispos, padres, pastores e reuniões com milicos de pijama.

O PT mostrou-se uma máquina eleitoral: cada vez mais afastado do “voto de opinião” e das antigas bases. Elegeu bancada forte, com apoio do prestígio de Lula. Mas abriu mão de sustentar valores de esquerda. Essa omissão (ou opção) pode custar caro mais tarde. Mas esse é tema para outros textos…

Novembro ainda foi mês cheio de emoções: a entrevista de Lula aos blogueiros foi histórica. Um marco que muitos não entenderam. “O Globo” entendeu, e desceu o sarrafo, passou recibo com chamada em primeira página. Algo se moveu na comunicação.

Tive a alegria, também, de ver uma série de reportagens sobre sítios clandestinos de tortura ser premiada pelo Movimento de Direitos Humanos, de Porto Alegre. Foi trabalho árduo: começou antes da Copa, e enquanto eu estava na África correndo atrás do Dunga uma equipe grande da TV Record seguia apurando e produzindo -com destaque para Luiz Malavolta e Tony Chastinet.

No mesmo ano, o trabalho na TV me deu a alegria de ir à Copa e de recontar um pedaço perdido da história da ditadura. Nada mal. Sem falar em mais uma meia dúzia de séries de reportagens especiais e de entrevistas (na “Record News”) das quais – quase sempre – só tenho motivos para orgulho.

2010 foi também o ano em que passei a escrever para a revista “Caros Amigos”. Estreei a coluna “Tacape” no mês em que meu ídolo -o doutor Sócrates – era capa da revista. E o mais curioso: o “colega de página” era Fidel Castro. Que responsa!

Cheguei a dezembro quase sem gás. Tirei uma semanade férias no Uruguai. Visitei as ruas, os cafés e as livrarias de Montevidéu, conheci praias lindas e travei de novo contato com a prosa e a poesia de Mario Benedetti. Um respiro, ao lado de minha mulher.

Quando voltei ao Brasil, havia se instalado um pandemônio na blogosfera. Tiroteio geral. Mais desgaste… A crise passou, felizmente. Mas o ano não terminou.

Descanso agora em São Paulo - a cidade está estranhamente vazia, uma delícia. Mas, no dia 30, pego o avião pra cobrir a posse de Dilma e a despedida de Lula – para a Record. De lá, pretendo atualizar o blog com as impressões do dia primeiro de janeiro. A era Lula acabou. Acabou? tenho dúvidas…

Obrigado a todos os leitores que fizeram o Escrevinhador explodir de audiência em 2010. Especialmente em outubro – quando passamos de 1 milhão de “páginas vistas” e batemos em 600 mil visitantes. O blog saiu do ar duas vezes: uma por ataque de hackers; a outra por execesso de tráfego!

Obrigado aos que me ajudam a fazer o blog, especialmente ao Leandro Guedes e à Juliana Sada – além dos colunistas e amigos mais próximos.

2010 foi intenso. Só comparável a 1989, quando eu ainda era um estudante e militante nas ruas – sem internet, com mais esperanças e também com mais ilusões. Daquela vez, senti o gosto da derrota. Dessa vez, sinto-me vitorioso – como tantos brasileiros. Mas sem ilusões. O que talvez seja uma vantagem.

Até 2011. É logo ali!

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Contraponto 4329 - "Governo lança novo documento de identidade civil dos brasileiros"


29/12/2010


Governo lança novo documento de identidade civil dos brasileiros

Do Vermelho - 29 de Dezembro de 2010 - 15h03

Será lançado nesta quinta-feira (30), em Brasília, o Registro de Identidade Civil (RIC), o novo documento de identidade dos brasileiros. Trata-se de um dos mais modernos documentos de identificação do mundo, que deve substituir o atual RG.
O novo documento conta com diversos mecanismos de segurança, além de um chip, onde estarão armazenadas as impressões digitais do titular e informações como sexo, nacionalidade, data de nascimento, foto, filiação, naturalidade, assinatura, órgão emissor, local de expedição, data de expedição, data de validade do cartão e dados referentes a outros documentos, como título de eleitor, CPF etc.

O lançamento acontece no o Palácio da Justiça, e contará com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; do ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto; do diretor do Instituto Nacional de Identificação, Marcos Elias de Araújo, e do diretor-presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação, Renato da Silveira Martini, entre outras autoridades.

Contraponto 4328 - Charge on line do Bessinha

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29/12/2010

Charge do Bessinha (260)

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Contraponto 4327 - "Petrobras lança pedra fundamental para construção de refinaria no Ceará"

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29/12/2010


Petrobras lança pedra fundamental para construção de refinaria no Ceará

Jornal O Povo (CE) - 29.12.2010| 07:40

A solenidade contará com a presença do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado do governador do Ceará, Cid Gomes, e do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo


A Petrobras lança na manhã desta quarta-feira, 29, a pedra fundamental para a implantação da Refinaria Premium 2, que integra os projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no Ceará.

A solenidade contará com a presença do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado do governador do Ceará, Cid Gomes, e do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo.

Segundo nota divulgada pela Petrobras, a Universidade Federal do Ceará foi contratada para realizar o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto ao Meio Ambiente, já em andamento.

A Refinaria Premium 2 deverá produzir diesel com baixo teor de enxofre, querosene de aviação, nafta, gás de cozinha e bunker (combustível de navio). A refinaria deverá operar a partir de 2017, com produção de 300 mil barris/dia.

Para a implantação do projeto, há previsão da geração de 90 mil postos de trabalho. O empreendimento deverá ser instalado no Complexo Industrial do Porto de Pecém, no município de Caucaia.

A Petrobras já assinou com a empresa americana UOP, fornecedora de tecnologia na área de refino de petróleo, contrato para elaboração dos projetos básicos e de pré-detalhamento das refinarias Premium 1 - a ser construída no Maranhão - e da Premium 2.

As duas unidades produzirão derivados para os mercados nacional e internacional. Na nota a empresa informa, ainda, que estão em estudo processos de refino iguais, “proporcionando uma redução de custos de projeto e de instalação, além de diminuir os prazos de execução dos projetos”.


Agência Brasil
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4326 - "Entrevista, refinaria e terminal no Porto de Pecém (Fortaleza) e inauguração de unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida em Salvador"

Quarta-feira, 29 de dezembro de 2010 às 8:00

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29/12/ 2010

Entrevista, refinaria e terminal no Porto de Pecém (Fortaleza) e inauguração de unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida em Salvador

Blog do Planalto - Quarta-feira, 29 de dezembro de 2010 às 8:00

O presidente Lula concede entrevista à TV Cidade, de Fortaleza (emissora Record no Ceará), às 8h30 desta quarta-feira (29/12) – uma hora a menos em relação ao horário de Brasília (DF) – e depois participa, às 10h30, de cerimônia de lançamento de pedra fundamental para a instalação da Refinaria Premium II e terminal no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, no Complexo Industrial e Portuário de Pecém, no km 10 da rodovia CE 422, em Caucaia (CE).

Às 13h10 viaja para Salvador (BA), onde participará às 15h30 (também uma hora a menos em relação ao horário de Brasília) da cerimônia de inauguração simultânea de unidades habitacionais em 18 estados, assinatura de contratos com os 27 estados para a construção de unidades habitacionais e anúncio dos resultados nacionais do programa Minha Casa, Minha Vida. O evento será realizado no Residencial Bairro Novo 1 e 2, no km 3,4 da rodovia BA 536 (Estrada Cia Aeroporto)

A volta para Brasília está marcada para as 17h30, com chegada prevista à Base Aérea de Brasília às 20h10. Às 20h30, tem encontro com o ministro Guido Mantega (Fazenda).

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Contraponto 4325 - "País chega ao pleno emprego e os países ricos demitem "

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29/12/2010

País chega ao pleno emprego e os países ricos demitem

Daniel Wainstein/Valor
Luiza Rodrigues: “É bem mais fácil encontrar emprego hoje que nos últimos 20 anos, quando não só o crescimento econômico era menor, como a qualificação era pior”


Blog do Favre - 28/12/2010 - 13:26h

VALOR

O desemprego nas seis principais capitais do país atingiu a taxa mínima histórica de 5,7% no mês passado, mas pode fechar o ano abaixo dos 5% – não só caracterizando um recorde, mas também sinalizando que o país vive em pleno emprego.

Segundo estudos de especialistas no assunto, taxas de desemprego igual ou abaixo de 5% representam uma situação em que, de maneira geral, o trabalhador que sai em busca de um emprego acaba encontrando vaga em algum setor. De acordo com as estimativas da economista Luiza Rodrigues, especialista em mercado de trabalho do Santander, a taxa de desemprego fechará o ano em 4,9%, nível que aprofundará a distância do Brasil em relação a um grupo superior a 20 países, entre desenvolvidos e emergentes.

“Já somos a nação que mais derrubou sua taxa de desemprego entre o pré-crise, no primeiro semestre de 2008, e o pós-crise, no primeiro semestre de 2010. Mas nos distanciamos ainda mais neste segundo semestre”, diz Luiza. A comparação mais simbólica ocorre entre Brasil e Estados Unidos. Enquanto os americanos viram sua taxa de desemprego média saltar de 5,2% entre janeiro e junho de 2008, antes da crise mundial, para 9,7%, em igual período de 2010, o desemprego brasileiro caiu de 8,2% para 7,3%, na mesma comparação.

“De fato, é realmente bem mais fácil encontrar emprego hoje do que nos últimos 20 anos, quando não só o crescimento econômico era menor, como a qualificação era pior”, diz Luiza, para quem a qualificação da mão de obra, um dos possíveis gargalos no horizonte brasileiro nesta década, deve ser visto em perspectiva. “Já tivemos momentos, no passado, em que havia emprego, mas não existiam profissionais à altura. Hoje, temos um número maior de pessoas que terminaram o ensino médio e mesmo o superior, o que facilita a incorporação em setores como comércio, serviços e construção civil”, avalia a economista, que faz referência justamente aos segmentos que mais demandaram trabalhadores na recuperação econômica do pós-crise.

A taxa de 5% ou menos, que deve ser atingida neste mês, no entanto, deve se tornar piso. “A taxa de desemprego continuará em patamares baixos, em torno de 6,5% a 7%, nos próximos dois ou três anos, mas não no ritmo que observamos em 2010, que foi um ano atípico sob qualquer ponto de vista”, avalia Luiza.

Num primeiro momento, a simples desaceleração no ritmo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deve frear o ímpeto das empresas por contratação de trabalhadores. O PIB deve passar dos quase 8% de crescimento em 2010 para patamares próximos a 4,5% no ano que vem, segundo estimativas do governo. A desaceleração ocorrerá não apenas porque a recuperação do pós-crise terminou – o PIB de 2009 caiu 0,6% -, mas porque o Banco Central deve iniciar um ciclo de elevação de juros para combater a inflação, que deve fechar o ano em torno de 6% – acima, portanto, da meta de 4,5% perseguida pelo Banco Central. (JV)

Postado por Luis Favre

Contraponto 4324 - "Maierovitch: A falsa comunicação de crime feita por Gilmar Mendes encerra 2010"

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29/12/2010

Maierovitch: A falsa comunicação de crime feita por Gilmar Mendes encerra 2010

Do Viomundo 28 de dezembro de 2010 às 16:50

Inquérito da Polícia Federal conclui que o ministro do Supremo Tribunal Federal não teve seu telefone grampeado durante a operação Satiagraha, ao contrário do que ele próprio denunciara.

por Wálter Maierovitch, em CartaCapital

1. Todos lembram da indignação do ministro Gilmar Mendes no papel de vítima de ilegal escuta telefônica, que tinha como pano de fundo a Operação Satiagraha.

Gilmar Mendes parecia possuído da ira de Cristo quando expulsou os vendilhões do templo. A fundamental diferença é que a ira de Mendes não tinha nada de santa.

Ao contrário, estava sustentada numa farsa. Ou melhor, num grampo que não houve, conforme acaba de concluir a Polícia Federal, em longa e apurada investigação.

2. À época e levianamente ( o ministro fez afirmações sem estar na posse da prova materialidade, isto é, da existência do grampo), Mendes sustentou, – do alto do cargo de presidente do Supremo Tribunal Federal–, ter sido “grampeada” uma conversa sua com o senador Demóstenes Torres.

Mais ainda, o ministro Mendes e o senador da República, procurados revista Veja confirmaram o teor da conversa telefônica, ou melhor, aquilo fora tratado e que só os dois pensavam saber.

3. Numa prova de fraqueza e posto de lado o sentimento de Justiça, o presidente Lula acalmou o ministro e presidente Gilmar Mendes. Ofertou-lhe e foi aceita a pedida cabeça do honrado delegado Paulo Lacerda, então diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Em outras palavras e para usar uma expressão popular, o competente e correto delegado Paulo Lacerda acabou jogado ao mar por Lula. E restou “exilado”, –pelos bons serviços quando esteve à frente da Polícia Federal (primeiro mandato de Lula)–, na embaixada do Brasil em Lisboa. Pelo que me contou o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, o delegado Lacerda, no momento, está no Brasil. Apenas para o Natal e passagem de ano com a família.

Conforme sustentado à época, — e Lula acreditou apesar da negativa de Paulo Lacerda–, a gravação da conversa foi feita por agente não identificado da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). E o ministro Nelson Jobim emprestou triste colaboração no episódio, a reforçar a tese de interceptação e gravação. Mendes e Jobim exigiram a demissão de Paulo Lacerda.

“Vivemos num estado policialesco”, repetiu o ministro Gilmar Mendes milhares de vezes e dizendo-se preocupado com o desrespeito aos pilares constitucionais de sustentação ao Estado de Direito.

O banqueiro Daniel Dantas, por seus defensores, aproveitou o “clima” e, como Gilmar e o senador Torres, vestiu panos de vítima de abusos e perseguições ilegais, com a participação da Abin em apoio às investigações do delegado Protógenes Queiroz.

Parênteses : Dantas é um homem muito sensível. Está a processar e exigir indenização pecuniária do portal Terra por “ironias” violadoras do seu patrimônio ético-moral. Lógico, todas ironias escritas por mim (Walter Fanganiello Maierovitch), no blog Sem Fronteiras.

4. O grampo sem áudio serviu de pretexto para o estardalhaço protagonizado pelo ministro Gilmar Mendes.

Um estardalhaço sem causa, pois, para a Polícia Federal, nunca houve o grampo descrito nas acusações de Mendes e em face de matéria publicada revista Veja. A revista, até agora, não apresentou o áudio, que é a prova da existência material do crime de interceptação ilegal.

Gilmar Mendes, – com a precipitação e por cobrar providências –, esqueceu o disposto no artigo 340 do Código Penal Brasileiro, em dispositivo que é também contemplado no Código Penal da Alemanha, onde Mendes se especializou: art.340: “ Provocar a ação da autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou contravenção que sabe não se ter verificado”.

Trata-se de crime previsto em capítulo do Código Penal com a seguinte rubrica “Dos Crimes Contra a Administração da Justiça”.

Com efeito. Uma pergunta que não quer calar: será que um magistrado pode provocar a ação da autoridade sem prova mínima da existência de um crime ? Cadê o áudio que foi dado como existente ?

A conclusão do inquérito policial será encaminhada ao ministério Público, que deverá analisar a conduta de Mendes, à luz do artigo 340 do Código Penal.

Sua precipitação, dolosa ou não, não será apreciada pelo Conselho Nacional de Justiça, dado como órgão corregedor e fiscalizador da Magistratura.

Nenhum ministro do STF está sujeito ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), como se nota, um órgão capenga no que toca a ser considerado como de controle externo da Magistratura (menos o STF).

Viva o Brasil.


* Walter Maierovitch é jurista e professor, foi desembargador no TJ-SP
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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Contraponto 4323 - "Nordeste é a nova fronteira do desenvolvimento brasileiro"

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28/12/2010

Nordeste é a nova fronteira do desenvolvimento brasileiro

Blog do Planalto - Terça-feira, 28 de dezembro de 2010 às 19:01

A Fiat não instalou sua nova fábrica brasileira em Pernambuco porque o presidente Lula é de lá ou porque o governador Eduardo Campos tem olhos azuis. A empresa sabe que o Nordeste está se desenvolvendo a passos largos e é a nova fronteira do País a ser desbravada, por isso não perdeu tempo, afirmou o presidente Lula durante cerimônia de lançamento da pedra fundamental da fábrica no Complexo Industrial de Suape, em Pernambuco. O Nordeste que antes só aparecia nas estatísticas por seus problemas de analfabetismo, desnutrição e mortalidade infantil, agora forma cada vez mais doutores, qualifica profissionalmente sua juventude por meio das escolas técnicas e vê a geração de emprego e renda crescer com a instalação da indústria naval e petroquímica nos estados da região. E assim o País fica mais justo e equilibrado, afirmou o presidente:

“Não era possível o Brasil continuar dividido entre o País miserável exportador de desempregado para o restante do País e o Brasil que recebia quase tudo. Este País tem que ser mais igual, dando oportunidade a todas regiões. (…) O Nordeste precisa de mais indústrias e mais empregos, porque nós temos que recuperar as décadas perdidas. Eu não esqueço a razão pela qual eu saí da minha Caetés no dia 13 de dezembro de 1952. A causa chamava-se fome. E nós não queremos que isso aconteça mais com o Nordeste. Nós queremos que nordestino vá a SP a turismo, como o paulista vem para cá a turismo.”

O presidente reafirmou a sua disposição de trabalhar até o último dia de sua gestão, e assim continuar viajando pelo Brasil, inaugurando obras e dando início a grandes projetos. Muita gente tem estranhado e até criticado esse ritmo, observou Lula, mas talvez porque estejam acostumados a antigos hábitos de presidentes que diminuiam o ritmo no último ano de governo, ou que deixavam de trabalhar na parte da manhã ou na parte da tarde nos últimos meses. Mas Lula afirmou que tem motivos de sobra para trabalhar até o dia 31 de dezembro:

“(…) nem todos os presidentes da República tiveram o gostoso prazer de inaugurar a quantidade de obras que eu tenho para inaugurar. Nem todos. E nós estamos neste momento colhendo um pouco daquilo que plantamos em momentos dificeis.”

Ouça aqui a íntegra do presidente em Pernambuco:

O presidente aproveitou o evento para defender a democratização na distribuição de verbas publicitárias a veículos de comunicação promovida pelo seu governo nos últimos oito anos. Veja o vídeo:


Lula lembrou sua trajetória até chegar à Presidência e disse que se sentiu obrigado a mudar o patamar de governança no País, porque tinha que provar que um trabalhar de origem humilde tinha todas as condições de governar, tão bem ou melhor do que os presidentes anteriores. “Porque eu nao queria provar a mim mesmo, eu queria provar aos trabalhadores e as pessoas mais humildes deste País”, afirmou o presidente.

“Foi essa necessidade de provar que me fez trabalhar mais do que de hábito se trabalhava neste País. Acreditar mais do que se acreditar, depositar confiança no povo mais do que se depositava. Acreditar na parceria, no trabalho entre os entes federados.”

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Por que a mídia não se autoavalia?

Carta Maior - Terça-Feira, 28 de Dezembro de 2010

Ainda não será ao final deste ano de 2010 que a grande mídia fará uma avaliação pública de si mesma. Mas, com certeza, esta omissão grave já não passa despercebida para um número cada vez maior de brasileiros.

Venício Lima*

Publicado originalmente no Observatório da Imprensa

Final de ano é tempo de balanços e previsões. Pessoais e institucionais. É momento de parar e refletir sobre o que se fez, identificar erros e acertos, corrigir o que pode ser melhorado, reavaliar caminhos e objetivos, planejar o futuro.

A grande mídia faz avaliações públicas e previsões de e para tudo: de todos os setores do governo, da iniciativa privada, das ONGs, da política, de todas as artes, esportes, religiões, do clima, das tendências... Por óbvio, a grande mídia faz avaliações e previsões internas, como em todas as empresas privadas comerciais que precisam dar conta a acionistas de metas e resultados.

O que a grande mídia não faz são avaliações públicas de si mesma, de seu próprio desempenho, de sua parcialidade, de seus preconceitos, de suas tendências, de suas omissões, de suas escolhas, de seu papel na democracia. O que a grande mídia omite é a avaliação de si mesma como um serviço que, apesar de explorado pela iniciativa privada, não perde sua natureza de serviço público.

Por que será que a mídia, apesar da indiscutível posição de centralidade que ocupa nas sociedades contemporâneas, não pauta o debate sobre seu papel como faz permanentemente em relação a todas as outras instituições na sociedade?

Adaptação do panem et circenses

A explicação da grande mídia será sempre aquela que atribui ao mercado o papel de seu único e supremo avaliador. A grande mídia dirá que é permanentemente avaliada por seus consumidores/leitores/ouvintes/telespectadores e que seu sucesso ou fracasso comercial significa o cumprimento ou não de sua missão e o atendimento ou não das necessidades de seu "público". Se o jornal é comprado por X consumidores é porque satisfaz a eles. E essa é a melhor avaliação que pode existir. Essa é uma das versões da conhecida "teoria do controle remoto": se o consumidor não gosta do que vê, ele pode trocar de canal ou desligar o aparelho de TV.

Como já argumentei em outra oportunidade [ver "Donos da mídia – A falácia dos argumentos"], a "teoria do controle remoto" ignora como se formam, se desenvolvem e se consolidam os hábitos culturais, incluindo aqui o hábito de assistir determinados canais e/ou programas de TV ou de ler determinadas revistas e/ou jornais. Este é um fascinante campo da complexa "sociologia do gosto". Quando se atribui, sem mais, ao mercado o papel de supremo avaliador, reduz-se toda a problemática da comunicação de massa a uma única dimensão – do "consumo" individual – e ignora-se a complexa questão da formação social do gosto e do papel determinante que a própria mídia nela desempenha.

Além disso, o argumento pressupõe um mercado de mídia democratizado, onde estariam representadas a pluralidade e a diversidade da sociedade, o que, por óbvio, não existe. Ignora ainda o fato elementar de que não se pode gostar ou deixar de gostar daquilo que não se conhece ou cujas chances de se conhecer são extremamente reduzidas.

No fundo, trata-se de uma adaptação contemporânea [sem as problematizações levantadas por historiadores como Renata Garraffoni] do panem et circenses romano. Naturalmente, o sacrifício de cristãos, entregues às feras em espetáculos públicos, não torna a prática dos imperadores romanos correta. Dito de outra forma, nem tudo que agrada a parcela importante da população é automaticamente ético e correto.

Omissão grave

A transparência que a grande mídia corretamente cobra de outras instituições – públicas e privadas –, ela não pratica em relação a si mesma. Permanecemos em 2010 sendo um país democrático onde sequer existe um cadastro geral com acesso público dos concessionários do serviço de radiodifusão.

A transparência pública aplicada aos grupos dominantes da grande mídia certamente revelaria redes de interesses e compromissos – nem sempre legítimos – dos mais variados tipos, locais e globais. No que se refere à radiodifusão, por exemplo, revelaria os absurdos do "coronelismo eletrônico" enraizado em diferentes esferas do poder público; a propriedade cruzada como prática garantidora de oligopólios e monopólios; a exclusão de muitos e a liberdade de poucos apresentada e defendida em nome dos valores universais da liberdade de expressão e da liberdade de imprensa.

Ainda não será ao final deste ano de 2010 que a grande mídia fará uma avaliação pública de si mesma. Mas, com certeza, esta omissão grave já não passa despercebida para um número cada vez maior de brasileiros.

Venício A. de Lima é professor titular de Ciência Política e Comunicação da UnB (aposentado) e autor, dentre outros, de Liberdade de Expressão vs. Liberdade de Imprensa – Direito à Comunicação e Democracia, Publisher, 2010.
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