sábado, 25 de dezembro de 2010

Contraponto 4298 - Assange teme por sua vida se for extraditado para os EUA

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25/12/2010


Assange teme por sua vida se for extraditado para os EUA


Carta Maior - Sábado, 25 de Dezembro de 2010

Segundo o fundador da Wikileaks, o procurador-geral dos EUA, Eric Holder, quer indiciá-lo como co-conspirador e está também pensando em acusá-lo de “pirataria informática” e “apoio ao terrorismo”. Para tanto, o governo Obama estaria tentando chegar a um acordo judicial com Bradley Manning, o oficial de inteligência de 23 anos que alegadamente teria fornecido centenas de milhares de documentos secretos do governo americano à Wikileaks.

Esquerda.net

Numa entrevista ao jornal britânico Guardian, em Ellingham Hall, na casa onde se encontra em prisão domiciliar, Julian Assange afirmou recear pela sua vida caso seja extraditado para os EUA.

Segundo o fundador da Wikileaks, o procurador-geral dos EUA, Eric Holder, quer indiciá-lo como co-conspirador e está também pensando em acusá-lo de “pirataria informática” e “apoio ao terrorismo”. Para tanto, o governo Obama estaria tentando chegar a um acordo judicial com Bradley Manning, o oficial de inteligência de 23 anos que alegadamente teria fornecido centenas de milhares de documentos secretos do governo americano à Wikileaks.

Caso a sua extradição se venha a confirmar, Assange acredita que existe uma grande hipótese de ser assassinado “ao estilo Jack Ruby” - homem que matou Lee Harvey Oswald antes que este pudesse ser julgado pelo assassinato do presidente americano John F. Kennedy, em 1963 - no sistema prisional dos EUA.

Julian Assange considera, contudo, que David Cameron e Nick Clegg estão numa posição mais forte do que o governo anterior para resistir a um pedido de extradição por parte dos Estados Unidos. A palavra final sobre o seu destino, caso seja acusado de espionagem, estará nas mãos do primeiro-ministro inglês.

“Legalmente, o Reino Unido tem o direito de não extradição em caso de crimes políticos. Espionagem é o caso clássico de crimes políticos. Fica ao critério do governo do Reino Unido a aplicação dessa exceção”, adiantou Assange. Para o fundador da Wikileaks, “É tudo uma questão de política. Podemos presumir que haverá uma tentativa de influenciar a opinião política do Reino Unido, e influenciar a sua percepção enquanto ator moral”.
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