domingo, 30 de novembro de 2014

Contraponto 15.476 - "Como e por que a esquerda tomou a América Latina"

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30/11/2014

Contraponto 15.475 - "Crônica do golpe: o cerco a Tóffoli e a tática do 'Tira bom, tira mau' "

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30/11/2014

Crônica do golpe: o cerco a Tóffoli e a tática do “Tira bom, tira mau”


toffoli

Na sexta-feira, o blogueiro da Veja Reinaldo Azevedo publicou um texto incomum. O atual guru da direita brasileira saiu em defesa do ministro do STF José Antonio Dias Tóffoli (!) por conta de matéria do Blog do repórter Fausto Macedo no portal do Estadão que relatou denúncia do Ministério Público contra o irmão mais velho daquele ministro.

Abaixo, trecho do post de Azevedo.


toffoli 1

Uau! Azevedo dizendo que “denúncia ainda não é condenação”? Daria para encher a Biblioteca da Alexandria tudo que o blogueiro da Veja escreveu condenando pessoas na mesma situação do irmão de Tóffoli. Um exemplo recente é o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.

É óbvio que o neo “garantismo” de Azevedo tem uma razão (cínica) de ser.

Não, eu não leio Reinaldo Azevedo – a menos que tenha um motivo que valha pena tão dura. E esse motivo que me levou a tal empreitada foi um fenômeno que não ocorre sempre no jornalismo: fonte importante procurar o jornalista em vez de ser procurada por ele.

A fonte (mais do que fidedigna) me procura para ironizar o texto de Azevedo:
Estão ‘seduzindo’ o Tóffoli por conta das contas de campanha no TSE

A sedução não começou agora; começou logo após a escandalosa “distribuição por sorteio” das contas de campanha de Dilma Rousseff no TSE, que colegas de blogosfera dizem que não teve nada demais por – com todo respeito – estarem desinformados.

Senão, vejamos: no dia 14 último, a jornalista Vera Magalhães, da Folha, publicou matéria dando conta de que duas prestações de conta da campanha de Dilma Rousseff caíram na mão de Gilmar Mendes por “sorteio”.

Confira, abaixo, a matéria
toffoli 2

O que aconteceu no TSE foi um fenômeno impressionante. Se foi coincidência, deveria entrar no Guinness Book. No mesmo dia, na mesma Corte, dois processos de Dilma foram entregues ao mesmo juiz – as contas da campanha de Dilma e as contas dos gastos do PT para a campanha de Dilma.
Os dois sorteios, ocorridos um após o outro, no mesmo dia, hora e local, deram Gilmar Mendes na cabeça. Coincidência é isso aí, o resto é fichinha.

Mais engraçado ainda é que dias antes Toffoli participou de um almoço em Brasília no qual brincou com uma possível fatalidade para Dilma, ou seja, as contas de campanha dela caírem nas mãos de Gilmar.

“Já pensou se isso acontece?”, provocou o ministro do STF.

Tóffoli, a partir daquele sorteio esquisito, passa a ser submetido à uma tática de investigação policial que Hollywood celebrizou: a tática do “Tira bom, tira mau”. Um é feroz, faz ameaças o tempo todo. O outro é bonzinho. Diz ao interrogado que seu colega está muito bravo é que não sabe se vai conseguir contê-lo.

Aquele que até há pouco era considerado por Reinaldo Azevedo como um títere do PT no STF, o que fez o ministro ser alvo de muita baixaria do blogueiro da Veja, começou a ser seduzido logo após esse episódio do sorteio das contas de campanha de Dilma.

Logo em seguida ao sorteio tabajara, Tóffoli foi convidado a participar do programa Jô Soares, onde defendeu a dita “PEC da Bengala”, que pretende tirar de Dilma Rousseff as nomeações de ministros do STF que ela poderá fazer até 2018.

Mas por que estão seduzindo Tóffoli se, mesmo que Gilmar Mendes rejeite as contas de campanha de Dilma, o processo será julgado por sete ministros do STF?

Explico: entre os sete ministros, três são vistos como “legalistas” e quatro são considerados como “partidários”.

Os ministros “legalistas” seriam Maria Thereza de Assis Moura [que relata as contas de Aécio Neves], Henrique Neves da Silva [que Dilma não reconduziu ao cargo após seu mandato vencer, mas que deve reconduzir] e Luciana Lóssio.

Três dos quatro ministros “partidários” são Gilmar Mendes e Luiz Fux (que dispensam apresentações) e João Otávio de Noronha (nomeado para o STJ pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e que é amigo do peito de Aécio Neves).

O sétimo membro “partidário” do TSE é José Antonio Dias Tóffoli, presidente daquela Corte. Inicialmente, era visto como “partidário” por ter trabalhado para o PT e ter sido advogado-geral da União de Lula.

O “novo” Toffoli seria o fiel da balança se uma eventual rejeição das contas de campanha de Dilma fosse julgada pelo plenário do TSE. Por conta disso, está sendo seduzido e ameaçado ao mesmo tempo.

Diante de Tóffoli está sendo colocada uma “escolha de Sofia”. Ele pode escolher entre o céu e o inferno, ou seja, entre não endossar uma artimanha qualquer de Gilmar para rejeitar (total ou parcialmente) as contas de campanha de Dilma e virar alvo da mídia ou endossar e virar um novo Joaquim Barbosa, sendo aplaudido em aeroportos e restaurantes chiques.

A boa notícia é que, segundo essa e outras fontes, as contas de campanha de Dilma apresentam uma higidez muito grande. Gilmar correrá um grande risco tentando distorcer alguma coisa.

Contudo, não vamos nos esquecer de que estamos no país do julgamento do mensalão, no qual ocorreram condenações sem provas e o qual um ministro do STF considerou “ponto fora da curva”.
Está provado que, em se tratando do PT e havendo maioria, o golpismo não se deixa constranger e rasga a camisa. Sem pudor.
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Contraponto 15.474 - "O valor de 'Morte e Vida Severina' na atualidade"

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30/11/2014

O valor de "Morte e Vida Severina" na atualidade

 

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 Por Marcus Filgueiras

A todos os nordestinos

João Cabral de Melo Neto descreveu a dor daquele que sai da sua terra como um ato de sobrevivência e não como uma opção de vida. A “vida severina” não é uma escolha.
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Ninguém escolhe nascer onde a terra é mais dura, mais seca. Ninguém escolhe nascer em uma família pobre, em lugar onde não há escola, hospital e onde falta comida e até água. Ninguém escolhe “morrer de velhice antes dos trinta”.
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Quando Severino, aquele que não tem outro nome pia, vai aproximando-se do Recife e encontra uma “terra doce para a vida e para os pés”, pensa consigo mesmo: “para quem lutou a braço contra a piçarra da Caatinga, será fácil amansar esta aqui, tão feminina.”
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Severino chega a perguntar-se quando avista o canavial verde: “Por onde andará a gente que tantas canas cultivam?” E ele mesmo se responde que “estão feriando”, pois nesta terra “tão doce, tão fácil e tão rica” não se precisa trabalhar “todas as horas do dia”. 
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Há muita diferença de infortúnio entre as pessoas. Não se pode duvidar.
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Lamento quando escuto que ajudar aos pobres é criar vagabundos. E mais triste fico quando alguém diz que o pobre que não consegue “subir na vida” é por preguiça, malemolência.  E que, portanto, ajudá-lo significa cultivar o ganho fácil. Não é verdade. Pobre é valente, digno e precisa é de oportunidade. Mas há quem negue essa evidência fundamentando-se na exceção.
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De qualquer forma, suspeito que negar tal evidência é uma forma de esconder o seguinte: está julgando o outro a partir do critério com o qual age, ou seja, quanto mais se tem, mais se quer ter e de modo mais rápido e fácil. Essa lógica se pode ver em qualquer manual básico de administração ou de empreendedores. Explico-me para não criar confusão.
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Nada contra usar a racionalidade e o conhecimento para trabalhar melhor, mais eficiente, mais rápido. Nada contra a “optimização dos processos produtivos”. Nada contra o aumento dos lucros das empresas.
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No entanto, o que não se pode fazer é achar que todos estejam nesta mesma situação. Não. Os que estão buscando “melhorar processos de produção” e incrementar os ganhos têm as necessidades básicas satisfeitas. A diferença é brutal para quem não tem. A diferença vai da dignidade à força.
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Os números do programa Bolsa-Família (BF) demonstraram que o pobre não agiu como aquele que quer ganhar sem fazer nada; que quer deixar o emprego para viver exclusivamente do auxílio, como muitos profetizaram.
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O lamentável é que uma organização internacional teve que fazer uma pesquisa independente no Brasil para que o mundo pudesse conhecer, estudar e, em notáveis casos, adotar o programa.
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Antes disso, os grandes jornais, que tinham por obrigação constitucional informar, preferiram reduzir o programa aos casos de fraudes que não o traduzem, simplesmente porque são as exceções.
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“Defender pobre?” Tem gente que apenas diz que está cansado dessa conversa de gente “politicamente correta” ou de “defensores de direitos humanos”. E ironizam: “então, levem um pobre para casa!” Mas há quem vá mais longe para tentar dar um ar messiânico e divino: “a Bíblia diz que sempre haverá pobres e ricos”.
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Pois bem, para os primeiros, é melhor não responder, pois o que apresentam não é sequer argumento. Para a ironia, o silêncio.
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Para os que usam a Bíblia, rogo que façam uma leitura coerente: se existem pobres e ricos – e é verdade – estendam a mão, portanto. Ajudem ao seu irmão. Toda ajuda será bem recebida. Pode-se doar desde carinho, atenção, tempo, oportunidade e até o pão concretamente.
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Talvez ainda alguém possa me perguntar: leitura coerente da Biblia? Coerente com o que, meu amigo? Sim, coerente com o amor do personagem principal deste livro tão especial: “(...) eu estava com fome, e me destes de comer; estava com sede e me destes de beber (...).” (Mateus, 25, 35-36).
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O Estado, como uma forma de manifestação organizada da sociedade, tem papel fundamental para criar condições para que todos tenham a mesma oportunidade. Quem nasceu na terra seca e mais dura deve ter preferência, porque o seu infortúnio foi maior.
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E, por favor, não venha com essa história chata de que isso é comunismo. A Declaração Liberal de Oxford, de 1967, é expressa ao defender que “o aumento da riqueza deveria destinar-se a promoção da igualdade de oportunidades (...)” (El liberalismo en el mundo de hoy, Fundación Friedrich Naumann, Bogotá, p. 12). Não se pode ser liberal somente na liberdade da acumulação, mas se deve sê-lo também para garantir as oportunidades iguais.
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Mas alguns ainda podem dizer: não se pode dar o peixe, tem que ensinar a pescar. O BF não ensina a pescar, porque “dá de mão beijada”. Então, pergunto: como ensinar a pescar àquele que sequer conta com uma vara para pescar, uma isca e forças para chegar até o rio? Ensinar a pescar pressupõe também abrir a maleta de primeiros socorros para resgatar o brasileiro da vida severina.
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Contraponto 15.473 - "Sem impostos e juros, o resto é economia, sim. Mas de palitos."


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30/11/2014

Sem impostos e juros, o resto é economia, sim. Mas de palitos.

Tijolaço - 30 de novembro de 2014 | 11:19 Autor: Fernando Brito 
palitos


Fernando Brito

Tenho para mim  que é quase remorso  a “babação” que nossa mídia tem em relação ao economista francês Thomas Piketty que, como escreveu brilhantemente Paulo Nogueira em seu Diário do Centro do Mundo, “estaria frito” se tivesse nascido no Brasil, “condenado às sombras, ao mais espesso anonimato” enquanto as luzes brilhariam para a Míriam Leitão e Carlos Alberto Sardemberg.

Até porque as “heresias” de Piketty ao afirmar que  a velocidade com que a  renda se concentra nas mãos de um pequeno grupo é maior do que as taxas de crescimento econômico dos países onde eles são as elites econômicas são – ou deveriam ser, sem demérito para sua obra de comprovação científica disso – algo próximo do óbvio.

É tão grande a hipocrisia dos “economistas e adjacências” que dominam a mídia brasileira que vira notícia cotidiana a história de “gastança” do Governo Federal como explicação para o “déficit” nas contas públicas e que a nova equipe econômica, como “campeã  da austeridade” virá, de tesoura em punho para cortar.

Vai cortar, claro, mas onde.

Hoje, em O Globo, o repórter Alexandre Rodrigues, com base em dados organizados pela Fundação Getúlio Vargas, relata algumas características do gasto público brasileiro que deveriam ser ditas em qualquer análise sobre as nossas despesas públicas.
 
Mas não são.

O primeiro deles é que o Governo só é capaz de alocar, por sua própria decisão, 10% dos recursos orçamentários: 90% deles são despesas obrigatórias por lei, as quais não se podem reduzir um tostão.

É como se um cidadão que ganhasse mil reais tivesse uma conta fixa de 900 e tudo o que pudesse decidir fosse como gastar os 100 reais excedentes.

E, destes 100 reais, quase 50  são gastos em saúde, educação e transporte público.

O segundo é que, do total, 40%, aproximadamente, são compostos de juros, encargos e serviço da dívida e transferências a Estados e Municípios, 27% à Previdência Social, sem contar outras despesas de natureza previdenciária (seguro desemprego e abono, 3%) ou  dos 3% de seguro social (beneficio a idosos, deficientes e Bolsa-Família).

A despesa pública está aumentando, sim, em algumas áreas, como reconhece a matéria de O Globo:
A fatia do Ministério da Educação no Orçamento cresceu de 3,8% para 5,25%, (entre 2001 e 2014) principalmente na função ensino profissional, com programas como o Pronatec.”

Ficou a mesma na Saúde, que precisa de mais, e saltou em Assistência Social: “aparece a alta do gasto em Assistência Social, que não tinha um ministério específico no governo FH. Em 2014, o Orçamento tinha R$ 68,7 bilhões para essa função, quase 4% do total, fatia três vezes maior do que a de 2001.”

E diminuiu em outras onde os dados, o reconhece até O Globo mostram que “é possível desmistificar o senso comum de que o gasto com salários é crescente no governo. Desde 2001, essa camada do Orçamento que engloba todos os órgãos públicos federais se mantém praticamente na mesma faixa. 

Já foi até um pouco maior. Em 2002, último ano do governo de Fernando Henrique Cardoso, o funcionalismo custava R$ 73,5 bilhões, em valores corrigidos pela inflação oficial do período, 15% do Orçamento”.

É preciso algum Piketty para tornar ridículas as nossas teses de “gastança” pública?

óbvio que se tem de onde cortar -sempre se tem e, na administração pública, sempre se deve fazê-lo – mas também é evidente que é  na ponta da arrecadação de um sistema tributário deformado – onde pobres pagam muito e ricos pagam pouco em impostos, e que está cheio de “furos” e manobras contábeis – e no elevado custo de nossa dívida pública que está a origem de nossas limitações de superavit em nossas contas públicas.

Como a questão dos juros está interditada pelo tabu de que, sem ela, a inflação dispara e os investidores não vêm, os cortes possíveis não vão à raiz do problema.

O desafio imediato a Joaquim Levy não é este, é o de fazer crescer a arrecadação, com atividade econômica e um programa de fortalecimento da fiscalização e uma operação “tapa-buracos” no que já existe e está mal cuidado.

O resto é economia de palitos.
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Contraponto 15.472 - "Democracia? Isso aqui é uma plutocracia!"

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30/11/2014

 

Democracia?
Isso aqui é uma plutocracia!


Ainda bem que o Supemo decidiu por 6 a 1 proibir grana das empresas em campanhas (quá, quá, !)​


Conversa Afiada - 30/11/2014




Na Fel-lha:

GABRIELA TERENZI e RAYANNE AZEVEDO DE SÃO PAULO


A campanha eleitoral deste ano, a mais cara da história da democracia brasileira, teve um custo total de quase R$ 5 bilhões, dos quais 60% foram gastos por candidatos de apenas três partidos.


As candidaturas do PT, PSDB e PMDB totalizaram despesas de R$ 2,9 bilhões, que se concentraram sobretudo em serviços de publicidade e produção de materiais impressos e dos programas do horário eleitoral.


A conclusão é de levantamento da Folha com base nas prestações finais de contas fornecidas pelas campanhas eleitorais ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).


A análise considerou as despesas de todos os candidatos, diretórios e comitês, tanto vencedores como derrotados, que concorreram para todos os cargos que tiveram disputa neste ano.


Com o valor total gasto na campanha, de R$ 4,92 bilhões, seria possível construir cerca de 76 mil moradias populares do programa Minha Casa, Minha Vida e quase quatro estádios similares ao Itaquerão, na zona leste da capital paulista

 

 

 






Navalha






O PT e o PSDB gastaram R$ 1 bilhão, cada.

O PMDB, R$ 800 milhões.

Os maiores financiadores foram:
- JBS, da Friboi, R$ 400 milhões;
- Odebrecht, R$ 111 milhões;
- Bradesco, R$ 100 milhões;
- Andrade Gutierrez, R$ 86 milhões;
- – OAS, R$ 80 milhões;
- Vale, R$ 78 milhões;
- e Queiroz Galvão, R$ 75 milhões.

Democracia ?

Isso aqui é uma plutocracia, o regime dos ricos.

Onde, segundo o Piketty, eles não pagam imposto, e usam o dinheiro para “adoçar” os políticos (que não lhes cobram imposto) …

(O que faz de errado a Friboi para gastar tanto dinheiro em eleição, se o Junior não foi, sequer, candidato a governador de Goiás ?)

O Brasil vai acabar como os Estados Unidos – em que os ricos controlam a eleição, com voto distrital e facultativo.

É isso o que eles querem.

Por isso, a Supremo, apesar dos 6 a 1, não consegue impedir ao financiamento de empresas às campanhas .

O que a Friboi terá em Mato Grosso ?, amigo navegante ?

Será que ela manda no mercado de Mato Grosso ?

Ou ela estimula a livre concorrência ?

Paulo Henrique Amorim
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Contraponto 15.471 - "Blairo faz defesa enfática do Bolsa Família "

Por Blairo Maggi, especial para o MídiaNews

Durante toda a campanha eleitoral, muito se falou sobre o Bolsa Família – programa do Governo Federal de distribuição de renda, que beneficia famílias com renda per capita inferior a R$ 70 mensais. Pude, então, perceber muitos preconceitos com relação ao tema.

Lá se vão 11 anos do Bolsa Família, que nesse período ajudou a retirar 36 milhões de pessoas da situação de pobreza. Somadas, a pobreza e a extrema pobreza caíram de 23,9% para 9,6% da população.

As famílias beneficiadas precisam dar algumas contrapartidas para fazerem parte do programa. Elas devem acompanhar o cartão de vacinação e o crescimento das crianças menores de 7 anos. As mulheres na faixa de 14 a 44 anos também devem fazer acompanhamento médico. Quando gestantes ou lactantes devem realizar o pré-natal e o acompanhamento de sua saúde e do bebê.

Na área de assistência social, crianças e adolescentes com até 15 anos, em risco, ou retiradas do trabalho infantil devem participar dos serviços de convivência e fortalecimento de vínculos, e obter frequência mínima de 85% da carga horária mensal.

No que diz respeito à educação, todas as crianças e adolescentes entre 6 e 15 anos devem estar matriculados e ter frequência escolar mínima de 85% da carga horária. Já os estudantes entre 16 e 17 anos devem ter frequência de, no mínimo, 75%.

O Bolsa Família mantém 16 milhões de crianças e adolescentes na escola e ajudou a diminuir o número de horas do trabalho doméstico entre crianças e adolescentes de 5 a 17 anos.

Não é verdade que o Bolsa Família está produzindo uma geração de vagabundos como muitos insistem dizer!

O Programa comprovadamente está produzindo exatamente o oposto: uma geração de estudantes com frequência escolar 10% maior do que a média nacional, uma população mais saudável e trabalhadores mais engajados.

Desde o início do programa, calcula-se que 1,7 milhão de famílias já deixaram de receber o Bolsa Família voluntariamente.

O Programa Bolsa Família beneficiou no mês de outubro desse ano quase 14 milhões de famílias a um custo de pouco mais de 2 bilhões de reais. Aqui chegamos a um ponto crucial: quanto o Bolsa Família custa para o bolso do contribuinte? Eu respondo: pouco, muito pouco!

Ao contrário do que é dito popularmente, o Bolsa Família é um programa barato, representando apenas 0,5% do nosso Produto Interno Bruto (PIB). O dinheiro a fundo perdido que sai do bolso de cada cidadão é bem pouco, principalmente se pensarmos nos benefícios que isso traz para o País em termos de desigualdade social.

Se dividirmos o custo de R$ 24 bilhões gastos por ano com o Bolsa Família por 200 milhões de habitantes, significa um custo de aproximadamente R$ 120 por ano por pessoa. Ou se preferir, R$ 10 por mês.

Os impostos não são só sobre pessoa física. Existem impostos sobre pessoas jurídicas. Supondo que a arrecadação seja em média de dois para um, quer dizer que cada pessoa física contribuiria com pouco menos de R$7.

Mas o Estado tem também os títulos, os dividendos de estatais etc. Então, em média, colocando para o alto, cada brasileiro gastaria R$ 5 por mês com o programa. Temos que nos atentar ainda que a contribuição não é igualitária. Quem está no alto da pirâmide paga mais e quem estiver abaixo contribuirá com menos.

Outro cálculo ilustrativo seria dividirmos esse gasto de R$24 milhões anuais pagos pelo Bolsa Família, pelo número de contribuintes que declaram imposto de renda, aproximadamente 27 milhões de pessoas, o que nos faria chegar a um custo de R$ 888 por ano, ou R$ 74 por mês para cada contribuinte.

Volto a afirmar que é um programa barato se levarmos em conta todos os benefícios que traz.

Se é um programa de transferência direta de renda que traz tantos benefícios gastando apenas 0,5% do PIB, se não está formando uma geração acomodada, se políticos do mundo todo e pesquisadores das mais prestigiosas universidades querem conhecer essa política social, por que ainda temos uma grande parte da população que se opõe tão veemente ao Bolsa Família? (O destaque em verde negritado é do ContrapontoPIG)

Só posso acreditar ser por desinformação, pura e simplesmente!

O Bolsa Família é um modelo no cenário internacional, considerado o principal instrumento de transferência de renda do mundo pela ONU. Foi apontado em 2013 como a principal estratégia adotada pelo Brasil e que resultou na superação da fome, retirando o País do mapa da fome mundial.

Dentro do Brasil falta informação. Ou melhor, falta vontade por parte das pessoas de se informarem antes de criticar pelo simples prazer de criticar.

A população brasileira precisa ter consciência de suas próprias conquistas e o Bolsa Família é, sem sombra de dúvidas, uma grande conquista para diminuir a desigualdade social no Brasil.

BLAIRO BORGES MAGGI é senador da República por Mato Grosso.
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Contraponto 15.470 - "PIB: índice isolado e defasado, usado pela mídia para te enganar "

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30/11/2014




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Contraponto 15.469 - "Impunidade beneficia Rede Globo"


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30/11/2014

Impunidade beneficia Rede Globo

 


Ah, os documentos "sumiram" de dentro da Receita Federal quando estavam prontos para serem entregues no MPF.

E então a Globo ganhou tempo, muito tempo e, pasmem, a reconstituição do processo contou com a ajuda da própria Globo e aí ...

É tarefa dos internautas divulgar ao máximo o brilhante trabalho investigativo do Diário do Centro do Mundo.

CLIQUE AQUI e acesse a íntegra das duas reportagens do caso Globo.

Desde o dia 13 de agosto de 2014 a íntegra destes documentos "sumidos" estão disponíveis na internet.

Por que o MPF nada fez desde então para punir a Rede Globo?

Clique aqui e acesse a íntegra destes documentos.

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Contraponto 15.468 - “É justo alguém votar em Dilma porque recebe o Bolsa Família”: Thomas Piketty fala ao DCM"

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30/11/2014 

 

“É justo alguém votar em Dilma porque recebe o Bolsa Família”: Thomas Piketty fala ao DCM



Thomas Piketty


Pedro Zambarda de AraujoThomas Piketty fala inglês com um sotaque francês carregado. Bem humorado, o tom de leveza contrasta com os assuntos que aborda hoje e que estão bagunçando o mundo da macroeconomia, das finanças públicas, da política e das ciências sociais.
 
O economista lançou em agosto de 2013 “O Capital no Século XXI”, que começou a fazer barulho nos Estados Unidos em abril deste ano e agora chega ao Brasil.

O livro aborda o aumento da concentração de renda em muitos países, o que agrava a situação das desigualdades sociais. Piketty quer alertar, com sua análise, sobre a possibilidade de formação de oligopólios econômicos que existiam há 200 anos em nossos tempos, fortalecidos por uma falta de taxação de grandes fortunas.

 Você disse que Karl Marx é maior do que Jesus Cristo. Acha mesmo isso ou era brincadeira?
Eu disse isso (risos)? Acho que foi de brincadeira, para responder às perguntas. Temos inúmeros economistas inspiradores, incluindo Marx. Mas eu prefiro, sinceramente, não fazer um ranking deles.

Você disse que a última reforma tributária no Brasil foi em 1960. Nós, brasileiros, estamos muito lentos para cuidar de nossos impostos contra a desigualdade social?

Disse que a última grande alteração no Imposto de Renda brasileiro foi em 1960, mas ocorreram algumas mudanças tributárias desde então. Mas é verdade que vocês precisam de uma reforma ampla nos impostos pelo menos há 15 anos. Adaptações tributárias com taxas progressivas e proporcionais podem ser boas para a realidade de hoje, de um novo século.
Nos anos de Lula e Dilma, não foram realizadas mudanças neste sentido. Eu acho que isso prossegue como uma mudança importante e necessária ao Brasil. O sistema tributário brasileiro não é nada progressista, possui muita taxação indireta que poderia se converter em impostos diretos adequados às rendas. Vocês também têm uma taxação muito pequena na tributação sobre heranças e propriedades. Para fazer isso, uma reforma nos impostos é uma necessidade.

Qual é a sua opinião da economia sob os governos do PT?
Eu acho que o Partido dos Trabalhadores fez um ótimo governo do ponto de vista social, mas poderia fazer mais. E sinceramente não entendo o pessimismo econômico de algumas pessoas com mais um governo de Dilma. Criticam os eleitores mais pobres por terem votado após receber benefícios estatais. Eu acho justo votar em Dilma Rousseff por receber o Bolsa Família e não vejo, sinceramente, nenhum problema nisso, assim como outras pessoas preferem outros candidatos. Mas parece algo das pessoas aqui de São Paulo, enquanto outras regiões, como o norte e o nordeste, pensam de maneira diferente.

O que um segundo mandato de Dilma Rousseff pode fazer de diferente?
Pode fazer uma reforma tributária com impostos progressivos, taxando os mais ricos. O governo também pode buscar uma transparência maior do ponto de vista da renda e da distribuição de riqueza. É uma boa maneira de responder à onda de críticas sobre corrupção e falta de informações. Tenho uma simpatia pelo PT, mas ele pode trabalhar de uma maneira melhor.

 Existe um preconceito sobre os impostos para os mais ricos? Os integrantes do chamado 1% do extrato social utilizam a grande mídia para impor sua opinião internacionalmente?
Sim, isso existe e é um problema. Quando você tem uma porção de desigualdades, eles [os ricos] utilizam sua influência através da mídia, principalmente através dos veículos financiados de forma privada, que são guiados pelo dinheiro, e isso se tornou grande sobretudo nos Estados Unidos. No entanto, mesmo com isso, acredito que as forças democráticas se tornaram mais fortes e é um fato que, dentro da história da desigualdade, a taxação descrita pelo meu livro provocará um embate de movimentos de massa pacíficos para o futuro.

Você tem mais simpatia por governos à esquerda?
Depende. Depende de qual tipo de esquerda e de qual tipo de direita.

Me dê um exemplo da França, sua terra natal.
Na França nós temos uma direita que está se tornando extrema, e está ganhando espaço. Disso eu não gosto. O ex-presidente [Nicolas] Sarkozy está muito próximo de [Marine] Le Pen e eles estão querendo prejudicar os direitos de trabalhadores. Por outro lado, uma esquerda stalinista não é interessante. Para mim não é uma guerra entre dois lados, porque isso muda a cada país e a cada período de tempo.

Considerando a situação europeia, qual sua opinião sobre o capitalismo da Escandinávia, com forte presença do governo e forte investimento em educação? Isso pode inspirar o Brasil ou nós precisamos de um modelo econômico próprio?

Acho que não é possível apenas pegar a Escandinávia e levar a um país tão diferente quanto o Brasil. Há coisas a aprender com as nações nórdicas, como Finlândia, Suécia e outras da mesma região. Se você compara países europeus diferentes, os mais desenvolvidos e competitivos possuem altas taxas de impostos. Suécia e Dinamarca possuem 50% da renda de seus PIBs com coleta de impostos. Enquanto isso, os países mais pobres da Europa, como Bulgária e Romênia têm apenas 20% do PIB comprometido com tributos.
Quando as pessoas me falam que deveríamos ter impostos menores para nos tornarmos mais ricos, penso que a Bulgária e a Romênia deveriam ser mais ricas do que a Suécia. Os impostos podem ser bons se você investí-los bem, no uso de serviços públicos eficientes e em infraestrutura.
Há muito o que aprender com essa experiência dos escandinavos, especialmente se você tem um governo eficiente. Um Estado maior é bom se ele for efetivo. A França poderia aprender muito com isso, porque ainda somos muito desorganizados em nossos gastos públicos. No entanto, a Dinamarca e a Suécia possuem um modelo difícil de se adaptar em um capitalismo financeiro global, pois se tratam de países menores. Se você quer combater uma crise econômica mundial, não é suficiente utilizar apenas o modelo escandinavo.
Governos federativos grandes como os Estados Unidos e o Brasil, com milhões de pessoas, possuem um sistema financeiro e bancário mais complexo, difícil de ser regulado como é na Dinamarca. Isso funciona para 10 milhões de população, mas para 200 milhões de brasileiros o trabalho é mais difícil.
Estamos tentando fazer isso na Zona do Euro, mas não obtivemos resultados satisfatórios até o momento. Para conquistar o progresso, precisamos criar mais organizações democráticas e representativas transnacionalmente e de forma política. Como temos barreiras físicas e linguísticas, existe um grande desafio à frente. Estamos tentando criar novos modelos. E acho que todo mundo deveria estar criando novos modelos.

Você acredita que economistas da esquerda ganharam força com a crise mundial de 2008?
Eu acho que é mais complicado do que isso. Em alguns aspectos, a crise gerou questionamentos sobre a regulação do mercado financeiro, que é um argumento de esquerda. Mas, em outros, o papel do governo foi posto em dúvida pela direita na Europa com o aumento das dívidas públicas. Foi de fato uma crise muito diferente de 1929, com efeitos diferentes. Acredito que a reação dos governos em 2008 foi mais rápida, porque no passado eles eram menores.
O Brasil, que tem uma força estatal maior, se saiu bem, comparado com anos anteriores da chamada “Grande Depressão”. Mesmo assim, é mais complicado regular o mercado hoje e isso não significa necessariamente aumentar o tamanho do governo. É mais efetivo mudar o sistema de taxação, reduzir os impostos para algumas pessoas e aumentar para outras que possam pagá-los. A transparência governamental é fundamental no processo, sem necessariamente aumentar a arrecadação. Por todos esses motivos, hoje a situação é mais complexa.

É por essa situação complicada que existe uma grande crítica ao estado de bem-estar social europeu?
Sim, e num certo aspecto eu acho justo criticar o tamanho do governo nos países europeus. Quando você tem cerca de 15% até 20% da receita do PIB, você precisa se perguntar sobre como utilizar esses recursos de uma maneira mais eficiente. Como eu posso reformar os impostos para torná-lo simples e transparente? Isso é totalmente legitimo e pode ser usado para melhorar o bem-estar social sem desmontá-lo.
O governo precisa se tornar funcional, sobretudo para servir bem à sociedade. E a esquerda não precisa ser tão defensiva neste aspecto, porque reformar o Estado não significa diminuí-lo. A esquerda europeia tende a achar que as críticas querem acabar com o governo. Algumas pessoas de fato querem se desfazer do Estado, mas a reforma dos impostos pode ser adaptativa.

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. Escritor, jornalista e blogueiro. Atualmente escreve sobre tecnologia e games no site TechTudo. Teve passagem pelo site da revista EXAME. Formado em jornalismo pela Cásper Líbero, estuda filosofia na FFLCH-USP.
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sábado, 29 de novembro de 2014

Contraponto 15.467 - "Nassif: PF quer encontrar improbidade para incriminar Dilma"

Contraponto 15.466 - "Aécio está ‘mudo e calado’ porque recebeu R$ 35,7 mi de empresas da Lava Jato, diz PT

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 29/11/2014

 

Aécio está ‘mudo e calado’ porque recebeu R$ 35,7 mi de empresas da Lava Jato, diz PT 

 

Blog do Esmael - 29 nov 2014 - 08:46 
 
aecio-mente

O candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (MG), arrecadou R$ 222,92 milhões em doações na última campanha eleitoral. Desse total, R$ 35,77 milhões, pouco mais de 16%, saíram de empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, no âmbito das denúncias de corrupção e pagamento de propinas que envolvem a Petrobrás.

Os dados foram obtidos com base nas prestações de contas eleitorais das campanhas, divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em sua página na internet.

O levantamento feito pela Agência PT de Notícias mostra também que, somado o valor doado ao candidato à Presidência com as doações ao diretório nacional do PSDB (R$ 174,29 milhões) e ao comitê nacional financeiro para presidente do partido, no valor de R$ 201,25 milhões, o caixa partidário reuniu R$ 598,47 milhões. Ou seja, mais de meio bilhão de reais.

No primeiro levantamento feito pela reportagem, há uma semana, com base nos dados parciais de início de setembro divulgados pelo TSE, Aécio Neves registrava apenas R$ 4 milhões em doações das construtoras Odebrecht e OAS.

Na prestação de contas final, outros quase R$ 31,8 milhões foram incorporados à arrecadação do candidato tucano. O atual levantamento registra doações também das associadas Queiroz Galvão, UTC e Andrade Gutierrez.

Todas integram o “clube vip” do esquema de corrupção – como os próprios denunciados se referiam, em grampos autorizados pela justiça, ao grupo de empreiteiras que detém o controle das obras da estatal por meio de formação de um cartel.

O esquema foi denunciado pelo ex-diretor Costa após fechar acordo de delação premiada com a Justiça Federal do Paraná.

via pt.org.br
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Contraponto 15.465 - "Dilma será Republicana no Supremo ?"

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29/11/2014

Dilma será
Republicana no Supremo ?

No Supremo, tucano é criança, indigena ou tem Alzheimer …​


Conversa Afiada - 29/11/2014



A provisória absolvição do esquecido Procurador De Grandis, aquele esqueceu os documentos do transalão tucano na gaveta por três poucos anos, chama a atenção para a grave responsabilidade que está diante da Presidenta que foi eleita pelas forças progressistas.

Essas forças progressistas podem ser responsáveis – através dela, a Presidenta – pela indicação de SEIS Ministros do Supremo.

Na composição atual – pela qual ela e Lula são responsáveis, em boa parte … – tucano não vai em cana.

Foi o que se viu com essa inacreditável absolvição (provisória) do jovem e promissor (num Governo tucano) Procurador de São Paulo.

O Supremo continua a ser o habitat de criminosos pretos, pobres, p… e, sobretudo, PETISTAS.

Tucano não passa nem perto !

No Brasil, nessa santa aliança de STF, PF, MP e PiG – agora reforçada pela imparcial Vara do Moro – tucano é criança, indígena ou doente de Alzheimer – tucano é inimputável.

Eles podem cometer o crime que quiserem, porque, na hora agá, haverá, sempre, um HC Canguru !

Não precisa mais ser nem no recesso !

É nas atividades normais, rotineiras, à luz do dia !

Por exemplo, o Dr Moro poderia notificar o Ministro Gilmar para explicar por que isentou a Petrobras de licitações, o que evitaria a Lava Jato – e a corrupção !

Mas, sabe como é, isso foi feito no Governo (?) do FHC e ajudava a adocicar o apetite dos que iam comprar – em fatias – a Petrobrax !

O Ministro Fux, imparcialíssimo !, poderia votar o RE 680967, que legitimará, inevitavelmente, cedo ou tarde, a Operação Satiagraha.

(O que, claro, na biografia dele, Fux, e do colega Gilmar se inscreverá …)

O sereno Ministro Barroso, que autorizou José Dirceu a passar o Natal com a mãe tem a grave responsabilidade de votar o RE que legitima a Operação Castelo de Areia, na qual se afundaram os Monarcas do PSDB de São Paulo !

As forças progressistas que elegeram a Dilma – e elegerão seu sucessor, para desespero dos Golpistas ! – estão de olho nos SEIS novos ministros do Supremo.

Espera-se que ela seja tão Republicana quanto foi o o Príncipe da Privataria, Fernando Henrique Cardoso.

Esse que anda por aí a dizer que a Dilma é “quase-ilegitima”.

Alem de quebrar o Brasil três vezes e JAMAIS cumprir a meta de inflação, Cardoso fez escolhas republicanissímas para o Supremo.

A sua mais notável herança é Gilmar.

Mandou para lá Nelson Johnbim, que boicotava a politica externa brasileira, em convescotes com o Embaixador americano.

E a suave Ellen Gracie, de lábios delgados, autora de  uma jurisprudência que entrará para os anais da Magistratura Ocidental: “Daniel Dantas não é Daniel Dantas, mas Daniel Dantas “!

Uma jenia !

É assim o Republicanismo tucano !

Como são os presidentes americanos: presidente Democrata manda Democrata para o Supremo; presidente Republicano manda Republicano.

Seja Republicana, Presidenta !

As forças progressistas também cansam …


Paulo Henrique Amorim

Em tempo:
esse Bessinha …


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PITACO DO ContrapontoPIG

Dilma devia lavar as mãos na indicação dos próximos ministros do supremo.

E deixar que o Genoino e o Dirceu fizesse as indicações....


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Contraponto 15.464 - "Kotscho: Dilma matou discurso da oposição "


247 - O jornalista Ricardo Kotscho, avalia que a nova equipe econômica da presidente Dilma Rousseff, capitaneada por Joaquim Levy, cumpriu uma missão também na política: matou o discurso da oposiçã 

Leia, abaixo, o artigo publicado no Balaio do Kotscho: Dilma fez o que devia e deixa oposições sem discurso
 
Por Ricardo Kotscho


O que eles queriam, afinal?

Que Dilma deixasse tudo como está e nomeasse um companheiro revolucionário ou um burocrata anódino para comandar a economia no seu segundo governo?

As primeiras críticas feitas pelas oposições ao seu governo, à direita e à esquerda, antes mesmo do anúncio oficial, mostram que a presidente Dilma Rousseff estava certíssima ao montar sua nova equipe econômica com Joaquim Levy, na Fazenda, Nelson Barbosa, no Planejamento, e mantendo Alexandre Tombini no Banco Central.

Já que é impossível agradar a todos ao mesmo tempo, ainda mais num momento tão convulsionado da vida nacional, a presidente fez o que devia: acima de rótulos ou de siglas, nomeou três profissionais de competência reconhecida, com o objetivo central de restabelecer um clima de confiança, tanto entre investidores, aqui dentro e lá fora, como na sociedade dividida pela campanha eleitoral.

A primeira entrevista coletiva do novo trio econômico, que ainda não tem data para tomar posse, me passou uma sensação de tranquilidade, de saber o que estão falando e o que pretendem fazer para que o país volte a crescer sem atropelos, sem soluções mágicas, sem pacotes, sem sustos.

Quem pode ser contra o que disse Joaquim Levy, o chefe da nova equipe, que trabalhou na gestão econômica de Fernando Henrique Cardoso e foi Secretário do Tesouro no primeiro governo Lula, destacando-se tanto nas funções públicas como na iniciativa privada? Veja suas primeiras declarações:
"Temos a convicção de que a redução das incertezas em relação às ações do setor público sempre é ingrediente importante para a tomada de risco pelas empresas, trabalhadores e famílias brasileiras, especialmente as decisões de aumento de investimento (...) Essa confiança é a mola para cada um de nós nos aprimorarmos e o país crescer".

"A gente vai ver no dia a dia como a autonomia no cargo ocorre. Mas evidentemente quando uma equipe é escolhida é porque há confiança. Não tenho indicação nenhuma em contrário. O equilíbrio da economia é feito para garantir o avanço na área social que nós alcançamos".

"O Ministério da Fazenda reafirma o compromisso com a transparência de suas ações e manifesta o fortalecimento da comunicação de seus objetivos e prioridades e a comunicação de dados tempestivos, abrangentes e detalhados que possam ser avaliados por toda a sociedade, incluindo os agentes econômicos".

"Nossa prioridade tem que ser o aumento da taxa de poupança. Aumentando sua poupança, especificamente o primário, o governo contribuirá para que os outros agentes de mercado e as famílias sigam o mesmo".

É importante registrar que, antes de conceder esta entrevista, Joaquim Levy e seus dois colegas de equipe almoçaram com a presidente Dilma Rousseff e com ela acertaram os ponteiros. Quem já joga num confronto entre os novos ministros e deles com a presidente da República, como os "analistas independentes" do apocalipse, que sempre aparecem nestas horas para dar fundamento "científico" aos colunistas do pensamento único do Instituto Millenium, podem ir tirando o cavalinho da chuva.

Quem define política de governo e dá as ordens é quem senta na cadeira de presidente no terceiro andar do Palácio do Planalto, não os eventuais ocupantes de ministérios, aliás, por ela escolhidos. Se Dilma nomeou estes três é porque confia neles e não tem esta besteira de que daqui a dois anos, feito o ajuste fiscal com um "saco de maldades", vai trocar a equipe e voltar a ser tudo como era antes. Isso é papo de quem continua jogando no quanto pior melhor e não aceita o resultado das urnas, achando que nada neste governo pode dar certo, para ver se fatura algum na especulação financeira.

O fato é que Dilma deixou sem discurso esta turma do contra e setores do PT e da base aliada inconformados com a ousadia da presidente em dar um cavalo de pau na economia para colocar o navio novamente no rumo certo. Por falar nisso, o economista Joaquim Levy também é engenheiro naval e sua primeira missão, certamente, será consertar os rombos no casco.

Mais do que das palavras e intenções, gostei da cara boa dos três, gente comum capaz de sorrir mesmo em horas graves, falando coisas que a gente entende, sem querer mascarar as dificuldades, mas também sem nos tirar o ânimo para enfrenta-las. Por isso, fiquei mais otimista ao olhar para 2015, na contramão dos profetas do fim do mundo.

Kátia Abreu, não

Se Dilma Rousseff provou que estava certa na indicação de Levy, Barbosa e Trombini, o mesmo não se pode dizer da anunciada nomeação de Kátia Abreu para o Ministério da Agricultura. Tem coisa que pode e tem coisa que não pode. Kátia Abreu não pode, pelo conjunto da obra pregressa. Seria o mesmo, por exemplo, que nomear Paulo Maluf para o Ministério das Cidades ou lhe entregar as chaves do Banco do Brasil.

Parceira de Ronaldo Caiado e seus coronéis na famigerada União Democrática Ruralista (UDR) dos tempos da ditadura militar, que de democrática nada tinha, Kátia Abreu sempre esteve lutando do lado exatamente oposto aos que, no PT e fora dele, defendem como razão de viver a reforma agrária, a proteção do meio ambiente, a agricultura familiar, a demarcação das terras indígenas e dos quilombolas.

A política também é feita de símbolos _ e Kátia Abreu, hoje presidente da Confederação Nacional da Agricultura, simboliza o que há de mais reacionário, intolerante e autoritário neste importante setor da vida nacional. Não é possível que Dilma não encontre outro representante do agronegócio para ocupar este ministério. Alguém com o perfil de Roberto Rodrigues, por exemplo, um líder realmente democrático e capaz em seu ofício, que fez campanha para José Serra, em 2002, foi ministro da Agricultura de Lula, a partir de 2003, e agora apoiou Aécio Neves. Não tem problema. Como dizia o velho amigo José Alencar, vice de Lula, um sábio sem diploma, o importante não é a cor do gato, mas que ele seja capaz de caçar o rato.

Governo tem que procurar escolher os mais competentes e mais representativos em cada área, sem se preocupar com críticas de adversários nem muxoxos de aliados. Pode até descobrir depois que errou, mas não pode já começar errando. Ainda está em tempo de Dilma pensar melhor neste assunto.

Vida que segue.
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Contraponto 15.463 - "PT pede mudanças a Dilma para 2° mandato "

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29/11/2014

 
ENCONTRO NACIONAL 

PT pede mudanças a Dilma para 2° mandato


Petistas quer que presidente da República, reeleita em disputa acirrada, "entenda o recado das urnas". Realizado em Fortaleza, reunião da cúpula da sigla também abordou a corrupção que envolve filiados e abala a Petrobras 


Jornal O Povo - 29/11/2014 


FOTO FÁBIO LIMA
Ato político reuniu na Capital do Ceará a presidente da República (d), dirigentes nacionais, ocupantes de cargos eletivos e militância


Reunida em Fortaleza, ontem e neste sábado, para fazer um balanço das eleições, a cúpula nacional do PT elaborou um documento em que pede mudanças no segundo mandato da presidente reeleita Dilma Rousseff.

O partido pede que Dilma “entenda o recado das urnas”, para que possa avançar nas mudanças: “Para afastar manobras golpistas e assegurar à presidenta Dilma um segundo mandato ainda melhor que o primeiro, é preciso entender o recado das urnas: o povo quer mudanças e confia que nosso governo deve fazê-las, pois foi com Lula e Dilma que as mudanças se iniciaram”.

O texto faz acenos a sindicatos e movimentos sociais (fala em redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, fim do fator previdenciário, reforma agrária e revisão da Lei da Anistia) para “compensar” a escolha da nova equipe econômica, considerada “liberal”. O futuro ministro Joaquim Levy foi alvo de críticas de alguns setores do PT durante a reunião.

Os dirigentes prometem divulgar, hoje, uma resolução dedicada ao tema corrupção, separada das questões políticas. Os documentos serão submetidos ao Diretório Nacional, ao final do encontro.

A proposta de resolução afirma que esta eleição “foi a mais difícil já disputada”. Diz ainda que o PT foi alvo de “um vendaval” de acusações. “O partido tem que retomar sua capacidade de fazer política cotidiana, sua independência frente ao Estado e ser muito mais pró-ativo no enfrentamento das acusações de corrupção, em especial no ambiente dos próximos meses, em que setores da direita vão continuar premiando delatores”, diz o texto.

A abordagem resumida pelo presidente da sigla, Rui Falcão atenua a versão original apresentada pelo secretário-geral do PT, Geraldo Magela, que tinha quatro parágrafos. Ele dizia que “um dos mais importantes compromissos da nossa presidenta e de nosso partido foi o combate sem tréguas à corrupção”.

Mas lamentava: “Saímos da situação de partido que mais tinha compromisso com o combate à corrupção para sermos o mais identificado com a corrupção, o que é injusto e inadequado”.

A reforma política e a regulação da mídia aparecem como as principais bandeiras do PT nos próximos anos. Segundo petistas, Dilma prometeu uma consulta pública para discutir a democratização dos meios de comunicação no segundo semestre de 2015. (da Folhapress)

Saiba mais

Tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto fez um discurso em sua defesa durante a reunião do diretório nacional do partido, em Fortaleza (CE), e disse que todas as contribuições que recebeu para a legenda são legais.

“Nunca fiz nada de errado”, afirmou, diante da plateia de dirigentes petistas.

Vaccari foi citado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa como um dos operadores do esquema de desvio de recursos da estatal investigado pela Operação Lava Jato.

Após a fala do tesoureiro, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, fez um breve discurso favorável ao companheiro de partido. Ele afirmou que “a maior defesa de Vaccari é a sua vida”.

O dirigente petista pediu palmas em solidariedade ao tesoureiro e foi atendido pelo presentes.

Vaccari tem dito a aliados que é vítima de “injustiça” por ter seu nome citado nas investigações.

Nos bastidores, petistas reclamam do que chamam de “instrumentalização” da Polícia Federal. Eles dizem que há delegados querendo “pegar o PT a qualquer custo”.

O tesoureiro afirmou ainda que a quebra de seu sigilo aprovada pela CPI no Congresso que investiga a Petrobras é uma “ação midiática”. .
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Contraponto 15.462 - "Novo ministro decepciona neoliberais; Santander anuncia R$ 25 bi para infra-estrutura "


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Por Miguel do Rosário

Novo ministro da Fazenda decepcionou neoliberais ao anunciar meta suave de superávit primário para o ano que vem, e enfatizar que não haverá agressão aos programas sociais, ao emprego e à renda.

E mostra que as diretrizes fundamentais da economia continuam em mãos da presidenta Dilma.


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Meta de superávit primário em 2015 será 1,2% do PIB, diz Joaquim Levy

Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas

A meta de superávit primário – economia para pagar os juros da dívida pública – corresponderá a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB – soma das riquezas produzidas no país) no próximo ano. O anúncio foi feito há pouco pelo futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

O superávit primário é a economia de recursos para pagar os juros da dívida pública e permite a redução do endividamento do governo no médio e no longo prazos. Segundo o futuro ministro, em 2016 e 2017, o setor público se comprometerá com uma meta de esforço fiscal de pelo menos 2% do PIB.

Segundo Levy, o superávit primário de ao menos 2% é necessário para assegurar a continuidade da redução da dívida líquida do setor público em relação ao PIB. Levy, no entanto, reconheceu que é impossível alcançar esse nível de esforço fiscal no próximo ano.

“Em 2015, a melhora do superávit primário alcançada não deve permitir chegar ao valor de 2% do PIB. Deve-se trabalhar com meta de 1,2%, na forma das estatísticas do Banco Central. Para 2016 e 2017, a meta não será menor que 2% do PIB”, explicou.

O futuro ministro comprometeu-se a ser transparente na divulgação dos dados das contas públicas. Segundo ele, o acesso pleno às informações facilita a tomada de riscos pelas famílias, pelos consumidores e pelos empresários, principalmente nas decisões de investimento.

“Alcançar essas metas [de superávit primário] é fundamental para ampliar confiança na economia brasileira. Isso permite ao país consolidar o crescimento econômico e melhorar as conquistas sociais realizadas ao longo dos últimos 20 anos”, explicou.

Por causa da queda da arrecadação e do aumento dos gastos, o governo anunciou que a meta de superávit primário, no próximo ano, corresponderá a R$ 10,1 bilhões, em vez da meta original de R$ 80,7 bilhões. A redução do esforço fiscal ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional.

O anúncio da nova equipe econômica foi feito nesta tarde pelo ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Thomas Traumann, no Palácio do Planalto. Em nota oficial, a presidenta Dilma Rousseff agradeceu a dedicação dos atuais ministros, que permanecem em seus cargos até que os novos indicados formem suas equipes. Além de Levy, Nelson Barbosa, que assume o Planejamento, e Alexandre Tombini, que permanece no Banco Central, conversaram com a imprensa.


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Outra notícia boa, que desmoraliza totalmente o discurso apocalíptico da mídia. Já informei, em posts anteriores, que o investimento externo direto cresceu em 2014.

Agora, o Santander promete 10 bilhões de dólares, ou seja, mais de 25 bilhões de reais, em crédito para obras de infra-estrutura no Brasil.

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No blog do Planalto.

Após encontro com Dilma, presidenta do Santander anuncia crédito de US$ 10 bi para infraestrutura

Quinta-feira, 27 de novembro de 2014 às 18:21

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Presidenta Dilma Rousseff recebe a presidenta do Grupo Santander, Ana Botín, e o presidente do Banco Santander Brasil, Jesús Zabalza. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A presidenta Dilma Rousseff recebeu a presidenta mundial do Grupo Santander, Ana Botín, nesta quinta-feira (27) no Palácio do Planalto. Durante a conversa, a presidenta do banco espanhol reafirmou o compromisso com o desenvolvimento do Brasil e anunciou a disponibilização de US$ 10 bilhões de crédito para empresas investirem em infraestrutura.

“Brasil é estratégico para o Grupo Santander. Somente este ano já investimos mais de R$ 4 bilhões e continuaremos investir, pois temos plena confiança no desenvolvimento do País”, afirmou Ana.

Há cerca de um ano, o ex-presidente do grupo, Emílio Botín, anunciou o aporte de US$ 10 bilhões em apoio ao Programa de Desenvolvimento de Infraestrutura. Segundo o Santander, esta verba foi totalmente utilizada. Por isso, a confiança na economia brasileira persiste, principalmente no papel das pequenas e médias empresas. O banco quer assessorar essas empresas em seu dia a dia e na administração de seus negócios.

“As pequenas e médias empresas são fundamentais para o desenvolvimento social e econômico do País, devido ao seu papel de grande geradoras de emprego e renda. Por isso queremos estar cada vez mais próximos delas”, ressalta.

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