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terça-feira, 21 de junho de 2011

Contraponto 5589 - "RDC para toda obra. Empreiteiros, Sarney e a Folha choram"

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21/06/2011

RDC para toda obra.
Empreiteiros, Sarney e a Folha choram

Do Conversa Afiada - Publicado em 21/06/2011

Saiu no Valor, pág. A7:

“PDT tenta ampliar mudança na lei (o Regime Diferenciado de Contratações, RDC) para todas as licitações”

“Líder governista – Miro Teixeira, do PDT do Rio – diz que regime de contratações da Copa é um teste a ser estendido”.

“O Regime Diferenciado de Contratações não pode ficar restrito à construção de estádio. Tem que ser estendido para a saúde, educação, todo tipo de obra”, diz Miro.

“Ou vale para todas as obras, ou não vale para nenhuma”.

“Se o Governo não quiser ampliar, é porque considera o projeto ruim”, diz Miro.

Clique aqui para ver o que Miro disse recentemente sobre o eterno sigilo do Sarney e do Collor.

NAVALHA


Como se sabe, formou-se um trio poderoso de resistência ao RDC.

A Folha (*), Sarney, que defende o eterno sigilo, e as empreiteiras.

As empreiteiras defendem qualquer coisa, como se sabe.

Especialmente a preservação do cartel.

E o eterno sigilo, desde que só elas saibam o que está sob sigilo.

As empreiteiras são um mega-Daniel Dantas.

Elas estão depositadas em todos os escaninhos da administração pública.

No Legislativo – como diz este ansioso blogueiro, atrás de muito político há sempre o jatinho da empreiteira.

No Judiciário – clique aqui para ler “STJ toma decisão espantosa e decide que empreiteiros da Camargo Corrêa não podem ser, sequer, investigados, quanto mais presos”.

E no Executivo.

José Sarney, por exemplo.

Enquanto organizava a moratória da divida externa, Sarney quis nomear um empreiteiro, da Mendes Jr, Ministro das Relações Exteriores.

Me contou o empreiteiro, entre atônito e perplexo, no saguão do Palácio do Planalto.

Clique aqui para ler “RDC quer acabar com o cartel das empreiteiras”.

É muito simples, amigo navegante.

O Tribunal de Contas sempre saberá por quanto o Governo quer licitar a obra.

Concluída a licitação, os dados são públicos.

Mas, as empreiteiras não saberão, antes, quanto o Governo quer gastar.

Como é que o Zé Mané pede uma pinga no botequim do Gilmar ?

Ele diz quanto tem para pagar e o Gilmar, ao saber quanto o Zé Mané tem no bolso, diz por quanto vende a dose de pinga …

Ou o Zé Mané pergunta por quanto o Gilmar vende a dose de pinga ?

E se achar caro o Zé Mané vai para o botequim da outra esquina ?

A Folha e o Sarney querem que o Zé Mané diga ao Gilmar quanto tem no bolso.

E eles pensam que você, amigo navegante, é parvo.




Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Contraponto 5425 - "Sarney manda arquivar pedido de impeachment contra Gilmar"

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25/05/2011

Sarney manda arquivar pedido de impeachment contra Gilmar

Do Blog do Mello - 25/05/2011

O presidente do Senado Federal, José Sarney (PMDB), mandou arquivar o pedido de impeachment do ministro e ex-presidente do STF Gilmar Mendes.[Fonte]

Sarney seguiu parecer do coordenador de processos Judiciais, Alberto Caiscais, e do Advogado Geral do Senado, José Alexandre Lima Gazineo, que, traduzindo o juridiquês, acharam que não havia fundamento algum no pedido, porque foi baseado numa reportagem.

Não viram nada demais no ministro ficar hospedado na casa do advogado Sergio Bermudes, viajar com a esposa às custas de Sergio Bermudes, ter a esposa como funcionária do escritório de Sergio Bermudes em Brasília - tudo o que apontam revista e pedido de impeachment:

"Evidente o caráter especulativo de apontar uma amizade entre um Ministro do Supremo Tribunal Federal e um advogado como sendo, por si só, motivo para abertura de um processo político institucional com as graves conseqüências para a estabilidade e credibilidade das instituições, como o é o processo de impeachment" - diz o parecer.

Não é só amizade não, senhores. Viagens ao exterior, hospedagem...

No pedido de impeachment, o advogado Alberto de Oliveira Piovesan não condenava Gilmar Mendes, mas pedia ao Senado e à OAB que examinassem as acusações e, caso confirmadas, que se votasse o impeachment de Gilmar Mendes:

Os fatos divulgados pela referida reportagem (documento nº 4, em anexo), são comprometedores. Revelam recebimento de benesses e outros fatos que põem em dúvida
a isenção, a parcialidade do julgador, configurando violação a dever funcional, e em consequência a incidência do item 5 do artigo 39 da Lei Federal 1079/1950.

(...) A referida reportagem informou, dentre outros fatos, que o Advogado Sergio Bermudes hospeda o Ministro Gilmar Ferreira Mendes quando este vem ao Rio de Janeiro, e que já hospedou-o em outras localidades, além de fornecer-lhe automóvel Mercedes Benz com motorista.

A citada reportagem informou também que o Ministro Gilmar Ferreira Mendes recebeu de presente, do mesmo Advogado Sergio Bermudes, uma viagem a Buenos Aires, Argentina, quando deixou a presidência do Supremo Tribunal Federal no ano passado (2010). E que o presente foi extensivo à mulher do Ministro, acompanhando-os o Advogado nessa viagem.

A citada reportagem informou ainda que o referido Advogado emprega e assalaria, acima do padrão, a mulher do Ministro. Evidente que no recesso do lar pode ela interferir junto ao marido a favor dos interesses do escritório onde trabalha,
e de cujo titular é amiga intima (sempre segundo a citada reportagem). É o canal de voz, direto e sem interferências, entre o Ministro e o Advogado.

Se comprovados estes fatos, notadamente a viagem de presente, ficará configurada violação de dever funcional, com consequente inabilitação para o cargo, eis que
vedado o recebimento de benefícios ao menos pelo Código de Ética da Magistratura, precisamente seu artigo 17.

Em tudo isso o Advogado Geral do Senado não viu uma justa causa para o pedido de impeachment:

"O conceito de justa causa aqui manejado, apropriado da seara do Direito Penal, convida a repelir denúncias que não logrem afirmar, com exatidão, a existência do fato criminoso ou ilegal atribuído ao denunciado, sua tipicidade evidente, além de não se apoiar em conjunto probatório ou indiciário minimamente convincente."

A mim me parece que o parágrafo "Se comprovados estes fatos, notadamente a viagem de presente, ficará configurada violação de dever funcional, com consequente inabilitação para o cargo, eis que vedado o recebimento de benefícios ao menos pelo Código de Ética da Magistratura, precisamente seu artigo 17" afirma existência de fato criminoso ou ilegal atribuído a Gilmar Mendes.

O advogado Piovesan listou ainda uma série de medidas que o Senado poderia tomar para provar ou não a existência de fato criminoso ou ilegal. Nada foi levado em consideração.

Piovesan terminava assim seu pedido de impeachment:

Confia o signatário desta petição que o Senado da República Federativa do Brasil cumprirá a lei, demonstrando a todos os brasileiros, e ao mundo, que o Brasil é uma República sólida e democrática, onde a Constituição e as leis são efetivamente cumpridas, alcançando tanto o humilde brasileiro do mais distante rincão, quanto o ocupante de elevado cargo público, todos sem privilégio de qualquer espécie.

Errou.

Quem acertou foi a mídia corporativa, todos os jornalões - Globo, Folha, Estadão - e mais a Veja, o "jornalismo independente" de Ali Kamel na Globo, que não deram uma linha sequer sobre o pedido de impeachment. Durante 13 dias mantiveram seus leitores e telespectadores sem saber de nada.

Todos eles sabem que para que certas coisas aconteçam é preciso que haja silêncio. Fizeram a parte deles. Sarney a sua. Nós temos que fazer a nossa exigindo que Gilmar Mendes seja chamado às falas e se explique, como já fez com o presidente da República por causa de uma gravação, que tal como Conceição, ninguém sabe, ninguém viu.

Íntegra do pedido de impeachment de Gilmar Mendes está aqui
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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Contraponto 89 - Esfria a crise no Senado?

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Sai acordo entre PT e oposição pelo fim da crise


Articulação do pacto para encerrar conflito no Senado é comandada por Sérgio Guerra, Mercadante e Jucá.

Christiane Samarco, BRASÍLIA


O "ditadorzinho" do Ceará - "moderado e conciliador"

Estadão de Hoje - 12/09/2009

Sob ataque do grupo do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que é comandado pelo peemedebista Renan Calheiros (AL), a oposição fechou ontem um acordo com os líderes da base aliada do governo. Pelo acordo, a oposição encerrou a guerra dos discursos no plenário, o que devolve a Sarney as condições políticas para presidir a Casa.

O acordo prevê também que todas as questões jurídicas e disputas políticas em torno das representações contra Sarney e o líder dos tucanos, Arthur Virgílio (AM), ficam circunscritas ao Conselho de Ética. Não há mais espaço político para fazer acusações a Sarney no plenário - o que minava a autoridade do presidente da Casa. Quem for derrotado no Conselho de Ética também não vai recorrer ao plenário.

"Ninguém pode cobrar de ninguém um acordo de mérito, mas podemos definir um acerto de procedimento e encerrar tudo no Conselho de Ética, sem contaminar o plenário", disse o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), ao explicar o entendimento.

O sinal mais evidente de que a oposição depôs as armas e parou de acuar Sarney no plenário foi o tom dos discursos tucanos feitos ontem à tarde.

Tal como fora acertado no almoço da bancada do PSDB poucas horas antes, em seu gabinete, Tasso Jereissati (CE) subiu à tribuna e falou em tom moderado e conciliador. Tasso desculpou-se pelo bate-boca da semana passada, quando chamou Renan de "cangaceiro de terceira categoria" e ganhou de volta um "coronel de merda". O tucano afirmou ter certeza de que "aquele episódio foi superado" e o diálogo será recuperado. "Vou fazer o possível para que não se repita o que aconteceu."

Atento a cada palavra do tucano, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) lamentou. "O que me preocupa é que, diante da brutalidade, a paz é sinônimo de covardia." Tasso destacou, no entanto, que continuará sua luta contra o que chamou de "indignidade da existência de tropas de choque, de posições menores".

Sérgio Guerra (PE), presidente dos PSDB, disse que é preciso moderar palavras e evitar adjetivos. "Ou vamos todos afundar, no plural." Guerra declarou ainda que, se o clima beligerante prevalecer, não será candidato a mais nada, revelando a preocupação que tomou conta do Senado depois do embate da semana passada. "Tenho a certeza de que o povo não vota mais em nenhum de nós", afirmou, referindo-se ao termo geral de uma campanha do tipo "não vote em senador para o Senado".

ESFORÇO TÁTICO

Dois outros tucanos, Marisa Serrano (MS) e Virgílio, seguiram o tom conciliador de Tasso e Guerra. Virgílio classificou o discurso do colega cearense como um "pronunciamento ponderado, de alto nível e sem agressões". A tropa de choque governista ouviu atenta e também não provocou os parlamentares da oposição.

O DEM admitiu que os partidos fizeram "um esforço tático" para superar um nível de tensão que eles classificaram como "insuportável".

Do "acordão" de ontem sobrou apenas um ponto por concluir na negociação. Setores do PT e do PSDB ainda insistem na ideia de abrir pelo menos uma representação no Conselho de Ética contra Sarney. Para os líderes do PMDB, petistas e tucanos querem um instrumento para fazer "jogo de cena".

Ontem, PT e PSDB ainda negociavam uma forma de fazer o PMDB aceitar a ideia de "abrir e matar um processo no Conselho de Ética contra Sarney". Os líderes peemedebistas viam na proposta um jeito de o PT, principalmente, fazer "discurso para a plateia" e dizer ao eleitorado que tentou investigar Sarney, mas não conseguiu.

Na reunião da bancada petista, no fim da manhã, o partido decidiu que seus senadores não precisam seguir uma orientação única, cada um vota no Conselho de Ética "de acordo com seus princípios". Decidiram, ainda, que o PT não vai patrocinar nenhum processo contra Sarney que envolva denúncias referentes a episódios ocorridos fora do Senado, como a Operação Boi Barrica, da Polícia Federal, que envolve o empresário Fernando Sarney - filho do senador -, e as irregularidades na Fundação José Sarney, em São Luís.

Admitiram, porém, avaliar se há argumentos jurídicos que sustentem uma representação no caso que alguns consideram mais grave - aquele em que Sarney arrumou emprego para Henrique Bernardes, o namorado de sua neta Maria Beatriz. O namorado ganhou o cargo por meio de um ato secreto. Mas, mesmo nesse caso, consultores jurídicos do PT já avisaram ao partido que, "nas escutas telefônicas legais feitas pela PF não aparece Sarney dizendo que vai editar um ato secreto para empregar o namorado da neta". Sarney poderá dizer que essa decisão coube a o ex-diretor-geral Agaciel Maia.

COLABOROU CAROL PIRES
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PITACO DO ContrapontoPIG

- Todos de volta a seus lugares porque a crise do Senado não “pegou”.
- Após a briga de cachorro grande, a raposa Sarney vai ter um pouco de paz.
- Os tucanos talvez consigam salvar o Arthur.
- A histeria de Tasso, passou.

- Os oportunistas Mercadante, Cristovam e outros já tomaram o “banho de luz” dos holofotes
globais e se aquietaram.

- O Agripino escondidinho estava, escondidinho ficou.
- E fica tudo “como d’antes no quartel de Abrantes”.
- E a próxima “crise”, será a da CPI da Petrobras?
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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Contraponto 65 - Quem é Alexandre Garcia?

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Alexandre Garcia e Sarney

Paulo Henrique Amorim /agosto/2009 9:00

Maluf explica
Alexandre: Maluf desde criancinha

. O Bom (?) Dia Brasil ofereceu a seus incautos espectadores uma preleção do Alexandre Garcia sobre a permanência de José Sarney no cargo de Presidente do Senado.

Apesar do pedido enfático de Elio Gaspari, ontem na Folha, que invocou os fantasmas golpistas de Pedro Aleixo e Afonso Arinos.

Sarney fica.

E Alexandre Garcia vai ter que engoli-lo ainda por muito tempo.

Desde que Sarney deixou a Arena e aderiu a Tancredo – e deu golpe mortal em Paulo Maluf – Alexandre Garcia tem que engolir Sarney.

Garcia era como se fosse o chefe da campanha de Paulo Maluf à Presidência.

Ele acumulava essa função com a de diretor da TV Manchete em Brasilia.

Maluf mandava na Manchete, através de Garcia.

E Maluf tentou comprar o noticiário da Manchete.

Isso: comprar o noticiário da Manchete – para Garcia administra-lo todo.

Maluf tinha o mesmo atributo de Ze Pedágio hoje: era outro paulista pronto para perder…

Desde que Maluf perdeu, Garcia tem um problema com Sarney.

Pelo jeito, vai continuar a ter por muito tempo.
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quinta-feira, 30 de julho de 2009

Contraponto 40 - Por que só Sarney? Por que só agora?

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No total, 37 senadores devem explicações à sociedade
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Por José Dirceu 30/07/2009 10:44
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As denúncias contra o presidente José Sarney...

As denúncias contra o presidente José Sarney (PMDB-AP) , pela lógica, só podem ser levadas adiante se todos os senadores responderem no Conselho de Ética do Senado ou na justiça pela acusações que também os atingem.

Terão que responder seja pelas nomeações - casos dos senadores Artur Virgílio (PSDB-AM) e Efraim Moraes (DEM-PB); seja pelo uso ilegal e indevido, o desvio de finalidade das verbas indenizatórias, caso do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE); seja pelo uso de passagens por parentes, caso do senador Pedro Simon (PMDB-RS); sejam os 37 senadores beneficiados por atos secretos.

A própria Mesa do Senado tem que responder pelos seus atos e de todos os seus membros nos últimos seis anos - principalmente os três primeiro-secretários que ocuparam o posto pelo DEM, Efraim Morais, Romeu Tuma (SP) e agora Heráclito Fortes (PI).

Por que não cobram também de Artur Virgílio e de Efraim?

Poupado pela imprensa que o apresenta como paladino da moralidade no Senado, o caso de Artur Virgílio é o mais grave. Ele deve responder como réu confesso por quatro ilícitos: nomeação de seu professor de jiu-jitsu; de toda uma família em seu gabinete - sendo que um dos integrantes desta era funcionário fantasma e estudava na Europa durante dois anos; pelo pagamento do tratamento de saúde de membro de sua família pelo Senado, uma despesa de R$ 700 mil; e pelo empréstimo ilegal de USS 10 mil que tomou junto a Agaciel Maia, ex-diretor-geral do Senado, para pagar despesas de seu cartão de crédito internacional em Paris.

Outro cujas "peripécias" são esquecidas pela imprensa é o Senador Efraim Morais. Se Sarney está sendo crucificado, Efraim também tem que responder - e como tem que explicar!

Ele deve esclarecimentos pelas licitações suspeitas que comandou na 1ª Secretaria do Senado; pelo aumento de seu patrimônio; pelo rombo de R$ 30 milhões que provocou com uma só concorrência aos cofres da Casa; pela contratação de 13 parentes, inclusive filha e genro, em seu gabinete; e pela nomeação de 52 cabos eleitorais pagos pelo Senado para fazerem política para ele na Paraíba e em Brasília.


PITACO DO ContrapontoPIG
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Chega de hipocrisia. Qualquer ser humano não abduzido pela mídia golpista e que tenha mais de 10 neurônios enxergará, à distância, a intenção de se criar o caos no Senado é a ingovernabilidade para o governo Lula. O que está em foco não é o Presidente do Senado, mas o controle do futuro do próprio País...
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quinta-feira, 23 de julho de 2009

Contraponto 28 - Por que só Sarney?

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Análise política
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Ou locupletemo-nos todos
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Escrito por Eduardo Guimarães em 23/07/2009às 20h35
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Você está indignado com José Sarney porque ele conseguiu um emprego no Senado para o namorado de sua neta? Ok, pode ficar indignado. O que se depreende do fato, claro, é que Sarney e sua família tratam cargos públicos como se fossem de sua propriedade.

O que você não tem direito de aceitar, porém, é que todos os outros homens públicos que usam a mesma prática, bem como a imprensa que só faz alarde desse tipo de caso quando lhe interessa, apontem o dedo única e exclusivamente para Sarney. Isso é hipocrisia do pior tipo.

No fim de março, por exemplo, descobriu-se que, tanto quanto o namorado da neta de Sarney, a filha do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Luciana Cardoso, recebia proventos do gabinete do senador pefelista Heráclito Fortes sem aparecer no Senado para trabalhar, e ainda recebendo mais de R$ 7 mil mensais por isso, fora os benefícios.

O assunto, porém, ficou nas páginas internas dos jornais por dois ou três dias e nem deu as caras na tevê. Pergunte-se por que...

Alguns expoentes da imprensa oposicionista tais como o colunista e blogueiro da Veja Reinaldo Azevedo, por exemplo, “explicaram” a situação da filha de FHC dizendo que não viam nada demais no caso, pois quando se trabalha em casa acabar-se-ia “trabalhando mais” do que no local de trabalho de fato.

Diante disso, a rebenta de FHC pediu “demissão” do emprego no qual não trabalhava, e foi só. O caso ficou por ali, ao menos na imprensa, o que suscita várias questões:

Por que, com o namorado da neta de Sarney, está sendo feito todo esse auê na imprensa se com caso até pior da filha de FHC (porque ela não aparecia para trabalhar) não aconteceu o mesmo? Aliás, por que Sarney está pagando sozinho pelo que atinge quase todo o Senado e os partidos de oposição e governistas?

Repito a questão: por que grandes jornais, tevês, rádios e blogueiros (Noblat, Josias, Esgoto etc) ligados a essa mídia aliada do PSDB e do PFL vêm dedicando 80% dos espaços que controlam a desancar Sarney se quando se descobriu fato tão grave quanto sobre a filha de FHC eles todos mal noticiaram o assunto?
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E quando o PSDB, o PFL e a imprensa associam Sarney a Lula por este se revoltar contra o massacre seletivo àquele, será que partidos e meios de comunicação oposicionistas acham que conseguirão com isso abalar agora a popularidade do presidente apesar de que ataques muito piores a ele nos últimos 6 anos só fizeram sua popularidade subir?
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Claro que não. O objetivo é derrubar Sarney e pôr o tucano Marconi Perillo no lugar dele para travar os projetos do governo no Senado, pois a Presidência da Casa tem esse poder. Daí, entraríamos no ano eleitoral de 2010 com o governo sem conseguir aprovar mais nada no Congresso, pois tudo que a Câmara baixa votar tem que ser ratificado pela Câmara alta.
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Se não fosse assim, o noticiário falaria de todo nepotismo, de todos os desvios de que acusam Sarney, mas frisando que começam pelo presidente do Senado e se estendem a este, àquele e aquele senadores, citando um a um, o partido de cada um e ressaltando que, indiferentemente de partido político, região do país, ideologia etc., ninguém tem moral para criticar ninguém.
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Mas não, o noticiário faz crer que a derrubada de Sarney terá o condão de pôr as coisas nos seus devidos lugares. Enquanto isso, essa mesma imprensa não cobra investigação do caso da filha de FHC, um dos mais críticos em relação a Sarney, fazendo coro com seu partido e com a imprensa.
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Para atingir esse objetivo, a coalizão formada por PSDB, PFL, Grupo Folha, Grupo Estado, Editora Abril, Organizações Globo, Rede Bandeirantes, TV Gazeta e todos os outros jornais, rádios e tevês afiliadas que gravitam em torno dos veículos nominados tratam de promover uma guerra psicológica contra a família Sarney.
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O objetivo é abalar moralmente inclusive os membros mais frágeis dessa família para que pressionem o patriarca para que desista e eles sejam todos deixados em paz, pois a família deve estar no limite da exaustão mental, o que pode explicar, inclusive, a esposa do presidente do Senado, dona Marli, ter rolado de uma escada e fraturado a clavícula em cinco lugares nesta quinta-feira.
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A neta de Sarney cuja voz aparece nas gravações divulgadas na quarta-feira é obviamente bastante jovem e provavelmente deve estar desmoralizada junto aos amigos, colegas de escola, vizinhos etc. É quase possível vê-la aos prantos junto da avó e do pai (este também alvo dos ataques) por ter participado de uma prática comum a tantos pares do avô que, apesar de terem usado tais expedientes, agora o acusam “indignados”.
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A mesma guerra psicológica e hipócrita já foi desencadeada contra outros políticos acusados exclusivamente por práticas que, na verdade, são comuns a grande parte de seus acusadores na classe política, os quais, por integrarem os partidos aliados à imprensa que denuncia, são sempre poupados.
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É uma guerra política. Se Lula ceder seu governo acabou, no que depender do Legislativo. Só poderá governar com o que não depender daquele Poder. O Congresso barrará todas as iniciativas da Câmara, onde o governo federal tem maioria.

Essa é a razão para só estarem acusando Sarney por práticas que envolvem praticamente todos os seus pares, independentemente se de partido do governo ou da oposição. E aí cabe a cada cidadão decidir se é isso o que quer para o país, que seu governo fique manietado até 2011 num mundo que atravessa a pior crise econômica dos últimos 80 anos.
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Vale lembrar que, se o governo não puder funcionar normalmente, o prejuízo será da população, sobretudo da população mais pobre, mas com efeitos nefastos em todas as classes sociais.
O que fazer, então? Deixar tudo como está para Sarney?
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Bem, por mim, podem malhá-lo feito Judas, contanto que façam o mesmo com cada um dos que têm o mesmo tipo de supostos passivos “éticos” pesando contra si, a começar pela filha do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
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Ou, então, locupletemo-nos todos.
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PITACO DO ContrapontoPIG
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Não é esquisita esta repentina e seletiva fúria contra Sarney, se ele é o mesmo há quase cinco décadas?
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Não é estranho que no tempo em que, beneficiada por ele, a mídia o tratava como a um semi-deus Presidente?
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Não é estranhável que só agora que a candidatura Serra parece não ter a consistência que se pensava a oposição e seus corruptos e canalhas - em nada melhor do que Sarney – começam a se eriçar desesperadamente?
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Chega de hipocrisia. Qualquer ser humano não abduzido pela mídia golpista e que tenha mais de 10 neurônios enxergará, à distância, a intenção de se criar o caos no Senado e a ingovernabilidade para o governo Lula. O que está em disputa não é a Presidência do Senado, mas o controle do futuro do próprio País...


sábado, 18 de julho de 2009

Contraponto 20 - A vergonha do senador Pedro Simon

Publicado no blog do Luís Nassif em 14/julho/2009

Diógenes e o Simon, o Catão
Por Adriano

Nassif, essa é do site RS URGENTE aqui do RS, editado por Marco Weissheimer, sobre Política, Economia, Cultura & Outras Amenidades

”A vergonha do senador Pedro Simon
Jul 14th, 2009 by Marco Aurélio Weissheimer.

Cena 1: Brasília: O presidente do Senado, José Sarney (PMDB), é alvo de uma série de denúncias. O Ministério Público Federal abre um processo para investigar o uso de dinheiro público pela Fundação José Sarney. Vários senadores pedem o afastamento de Sarney, entre eles o gaúcho Pedro Simon, companheiro de partido de Sarney. Enfático, Simon declara:

Perdemos toda a credibilidade. O presidente Sarney tem de ter a grandeza de renunciar à presidência do Senado. Tenho vergonha. Estou pensando em ir para casa.

Cena 2: Porto Alegre: O governo Yeda Crusius (PSDB) é alvo de uma série de denúncias. O Ministério Público Federal, além de outras instituições, investiga o envolvimento de integrantes do governo em crimes como desvio de dinheiro público e fraude em licitações. A oposição defende a instalação de uma CPI na Assembléia para investigar as denúncias. O senador Pedro Simon é contra. Diz que a investigação do Ministério Público já é suficiente, argumento que deixa na gaveta no caso das denúncias no Senado.

Cena 3: Porto Alegre e Brasília: O secretário geral do PMDB gaúcho, presidente da Fundação Ulysses Guimarães e deputado federal Eliseu Padilha, é alvo de uma série de denúncias envolvendo desvio de recursos públicos e fraudes em licitações. Está sendo investigado pelo Ministério Público Federal e outras instituições. O senador Pedro Simon não pede o afastamento de Padilha de cargo algum. O senador Pedro Simon, aliás, não fala qualquer coisa sobre as denúncias contra Padilha.

O senador Simon está com vergonha e pensa em voltar para Porto Alegre. Aqui ele poderá viver sem vergonha, orgulhoso de seus aliados e do governo que apóia e ajuda a sustentar no Estado.”

Precisa dizer mais ? Eu também estou envergonhado.

Enviado por: luisnassif

Comentário ContrapontoPIG:
Pedro Simon perdeu a vergonha na cara. Fazer “vista grossa” para o que acontece no Rio Grande do Sul? Quem precisa renunciar ao Senado é ele.