sábado, 31 de dezembro de 2011

Contraponto 7135 - "A Privataria Tucana em vídeo"


31/12/2011


A Privataria Tucana em vídeo

Contraponto 7136 - " Restrospectiva do Governo Dilma Rousseff"

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31/12/2011


Restrospectiva do Governo Dilma Rousseff

Do Com Texto Livre - 31/12/2011


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Contraponto 7134 - A notícia do ano

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31/12/2011


A notícia do ano

Veja o vídeo abaixo e entenda em 2 horas os últimos 20 anos
da história do Brasil.
Nas minha opinião este vídeo deve ser visto por todo brasileiro minimamente informado.

O livro Privatria Tucana, aponta claramente as ratazanas que dilapidaram parte do patrimônio do nosso País na era FHC.

Que a CPI a ser instalada em 2012 cumpra o seu papel e ajude a colocar estes pulhas nos seus devidos lugares: as cadeias





Contraponto 7133 - "Cenas que gostaríamos de ver em 2012"

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31/12/2011

Cenas que gostaríamos de ver em 2012

Contraponto 7132 - Charges on line do Bessinha

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31/12/2011

Charges do Bessinha (526 e 527)

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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Contraponto 7131 - Quem diria!

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30/12/2011

Contra crise, Merkel pede ajuda à América Latina


Do Brasil 247 - 30/12/2011

Para a chanceler alemã, o novo peso econômico e internacional dos latino-americanos trouxe responsabilidades e os países da região precisam se envolver mais na busca por soluções para a crise financeira mundial


Por Agência Estado

30 de Dezembro de 2011 às 18:32 Agência Estado

A América Latina precisa se tornar parte da solução para a crise econômica e financeira internacional, afirmou a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, em entrevista ao Grupo de Jornais das Américas.

“O novo peso econômico e internacional da América Latina também trouxe maiores responsabilidades. (A região) terá de se tornar mais envolvida na busca de soluções para questões cruciais para o futuro do mundo”, disse Merkel. “Isso inclui a atual crise de dívida”, acrescentou a chanceler.

Merkel disse que, para a Alemanha, isso significa uma maior coordenação com a América Latina e o desenvolvimento de iniciativas conjuntas.

À medida que as economias latino-americanas se fortalecerem e ganharem um espaço maior no cenário global, a Alemanha vai buscar reforçar seus laços com a região, afirmou Merkel, observando que dados recentes mostram que a Alemanha já está dando mais atenção à América Latina.

Embora as empresas alemãs sejam tradicionalmente fortes em engenharia mecânica, automobilística, eletrônicos e no setor químico e farmacêutico, elas estão se tornando grandes participantes nos setores de recursos naturais, energia, infraestrutura e tecnologia médica em toda a região, destacou Merkel.

A chanceler afirmou também que a Alemanha está muito interessada em avançar nos pactos comerciais da União Europeia com a América Latina e elogiou os recentes acordos de livre comércio selados entre EUA, Colômbia, Peru e América Central, que complementam os já existentes com o Chile e o México.

Além disso, recentemente a União Europeia e o Mercosul retomaram as negociações comerciais. “A Alemanha está muito interessada em que isso avance em um ritmo forte. Nós queremos um acordo ambicioso que nos permita reduzir grandemente as atuais barreiras comerciais.”

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Contraponto 7130 - "2011: o ano das bicadas no PSDB

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.30/12/2011
2011: o ano das bicadas no PSDB

Do Blog do Miro - 30/12/2011
Link
Altamiro Borges

Duas entrevistas recentes confirmam que 2011 foi um péssimo ano para o PSDB, o partido dos neoliberais tupiniquins. Apesar dos 43,7 milhões de votos obtidos por José Serra na eleição presidencial e da conquista de seis governos estaduais, a sigla atravessa uma grave crise interna, talvez a maior da sua história. As bicadas tucanas são cada vez mais sangrentas e o partido está à deriva!

FHC confessa a perda de rumo

Nesta semana, o governador do Paraná, Beto Richa, escancarou os problemas: “O melhor é o PSDB parar com essa bobagem de briga, de grupos disputando... O partido encolheu na última eleição. Se não tiverem juízo, a coisa tende a se agravar. Ou existe uma união, um desprendimento de todas as partes pensando no fortalecimento do partido, ou a situação tende a piorar”.

Dias antes, no início de dezembro, o chefão dos tucanos, o ex-presidente FHC, foi ainda mais sorumbático numa sabatina do UOL e da Folha: “Passou a ser um pouco repetitivo dizer que o PSDB não tem saída, que perdeu o rumo, e é verdade até certo ponto”. Para ele, o partido, que já sonhou deter a hegemonia no país por várias décadas, está sem programa, sem identidade própria.

Expressão do neoliberalismo

O PSDB surgiu no Brasil como expressão da avalanche mundial do neoliberalismo, do chamado “Consenso de Washington”, nos anos 1990. FHC foi eleito e reeleito no primeiro turno e aplicou o programa de desmonte do estado, da nação e do trabalho. Mas, aos poucos, as ilusões neoliberais foram se dissipando com o aumento do desemprego, a quebradeira da produção, a privataria.

A vitória de Lula em 2002 marcou o início da reversão da hegemonia neoliberal, com todas suas limitações. No ano passado, com a terceira derrota consecutiva num pleito presidencial, a crise dos tucanos se agravou. Fora do núcleo de poder, o oportunismo e o fisiologismo ficaram mais patentes. Um rápido apanhado evidencia as enormes dificuldades do PSDB no ano que termina.

Brigas internas e “arenização”

Logo no início do ano, uma das jovens promessas de uma legenda cada vez mais envelhecida, Gabriel Chalita, abandonou o ninho. Criticou a linha oposicionista dos tucanos e a total ausência de democracia interna. Culpou o presidenciável José Serra pela saída. “Senti que não havia mais espaço no PSDB para continuar o trabalho que eu estava desenvolvendo. Me senti perseguido por ele”.

Pouco depois, em março, a sigla sofreu forte baque no seu principal reduto, em São Paulo. Seis vereadores da capital deixaram o partido, criticando o maior rival de Serra, o governador Geraldo Alckmin, que perseguiria os antigos serristas. Num documento bastante duro, eles condenaram a “arenização do PSDB” e a guerra fratricida no interior da legenda:

A fuga para o PSD de Kassab

“Mais do que destruir a sua concepção original, o partido agora adota caminhos que antes abominava e considerava nocivos ao país. Perde a credibilidade como defensor da democracia – já que nem sequer consegue praticá-la dentro de casa – e do debate político, visto que sugere resolver divergências de seus parlamentares ‘a peixeiradas’”.

A fundação do PSD do prefeito Gilberto Kassab, um fiel aliado de Serra, foi a válvula de escape para vários tucanos descontentes. Sete deputados federais trocaram de ninho. A crise interna se exacerbou, sendo verbalizada inclusive por intelectuais orgânicos do PSDB e por vários articulistas da mídia, ex-entusiastas da “massa cheirosa tucana”.

Intelectuais se afastam e criticam

Em maio, Luiz Carlos Bresser-Pereira, um dos fundadores da sigla e intelectual de renome, deu adeus ao PSDB. Num texto incisivo, ele alegou que a sigla abandonou o seu projeto original, social-democrata, rumo à direita. “Nesses últimos dez anos, eu mudei, e o partido que ajudei a criar, o PSDB, também mudou. A mudança foi tão grande que chegou a hora de dizer adeus a esse partido”.

Na mesma época, outro intelectual influente nas hostes tucanas, Leôncio Martins Rodrigues, afirmou à Folha que “o PSDB corre o risco de virar uma legenda maldita”. Desgostoso, ele reclamou das intermináveis disputas internas. “Nunca houve uma crise assim tão forte... O PSDB está sem uma mensagem e não tem liderança. Ou melhor, tem liderança demais”.

Mídia lamenta “demolição do PSDB”

Prova maior da decepção entre a intelectualidade foi dada na semana passada por Marco Antônio Villa, o tucaninho travestido de historiador. Num texto jururu no Estadão, intitulado “Um ano para se esquecido”, ele decretou: “O partido inexiste como partido, no sentido moderno. O PSDB é um agrupamento, quase um ajuntamento. Não se sabe o que pensa sobre absolutamente nada”.

A crise é tão violenta que chegou até a mídia declaradamente tucana. Ela lamenta o desastre e faz apelos à unidade da direita. O Estadão, que declarou apoio aberto a Serra, chegou a publicar editorial criticando “a demolição do PSDB”, responsabilizando o governador Geraldo Alckmin pela destruição do “enfermiço partido no seu berço e reduto mais consolidado” – São Paulo.

Os “zumbis da oposição”

“As fraturas no PSDB paulista ocorrem na pior hora e no pior lugar. Elas são um entrave para o soerguimento do partido, em sua dimensão nacional... Os erros de Alckmin não só o enfraquecem no plano regional, como sufocam as aspirações tucanas na esfera nacional. Assim os brasileiros não terão uma alternativa viável ao projeto de poder do PT”, lamenta a oligárquica famiglia Civita.

Outros jornais também dedicaram editoriais e artigos para chorar a decadência tucana. Um dos mais curiosos foi o texto sobre os “zumbis da oposição”, de Fernando de Barros e Silva. “É notável a vocação dos tucanos para destruir o próprio legado (a começar do que fizeram com FHC). Transmitem sucessivamente a idéia de que não há nada mais importante que suas brigas internas”.

Quem sobrará no ninho neoliberal?

“De maneira ainda mais determinada do que Serra havia feito com o seu grupo, Alckmin está dando aval ao estrangulamento do serrismo no partido. O ressentimento da turma de Pinda está em marcha... Emparedado por Aécio Neves no país e agora por Alckmin em São Paulo, Serra, de certa forma, já é um zumbi no PSDB”, lamentou o colunista anti-lulista da Folha.

E todo este tiroteio ocorreu antes da publicação, em 9 de dezembro, do livro “A privataria tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro. A obra desmascara as privatizações e falcatruas do partido e instiga ainda mais as divergências internas. Será que alguém sobreviverá às sangrentas bicadas tucanas? A conferir!
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Contraponto 7129 - "Alô Dr Gurgel...O PSDB pode usar o fundo partidário para defender Ricardo Sérgio, Gregório Preciado, Verônica Serra e José Serra?"

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30/12/2011

Alô Dr. Gurgel...O PSDB pode usar o fundo partidário para defender Ricardo Sérgio, Gregório Preciado, Verônica Serra e José Serra?

Do Amigos do Presidente Lula - 30/12/2011

Imaginem se o PP (Partido Popular) usasse dinheiro do fundo partidário para tomar as dores de seu deputado Paulo Maluf na justiça contra reportagens sobre propinas e lavagem de dinheiro em paraísos fiscais. No mínimo perderia o fundo partidário, cuja finalidade não é defender os interesses particulares de seus quadros quando se metem em falcatruas.

Pois é isso que o PSDB está fazendo, ao dizer que processará Amaury Ribeiro Júnior pelo livro "A Privataria Tucana".

Que sentido tem o PSDB ingressar na justiça como partido para defender Ricardo Sérgio de Oliveira, Gregório Preciado, Verônica Serra, e José Serra, usando os recursos do partido, financiado com dinheiro público?

Não se trata de um processo na justiça eleitoral (o que seria justificável). O caso é da alçada criminal e civil, o livro aponta corrupção pessoal dos envolvidos, a não ser que... o PSDB esteja admitindo que Ricardo Sérgio de Oliveira, Gregório Preciado, Verônica Serra, e José Serra agiram a serviço do próprio partido. Aí o PSDB e seus dirigentes terão que responder juntos pelos supostos crimes.

Do ponto de vista político, se o PSDB fosse um partido normal e sem rabo-preso, a decisão natural a tomar seria:
1) Exigir explicações sem enrolação e com documentação convincente de José Serra, para apresentar ao público;
2) Na falta de explicação convincente, deveria expulsar José Serra do partido, ou pelo menos afastá-lo enquanto não conseguir se explicar;
3) Se alguém tivesse que processar o autor do livro-reportagem seria os citados: José Serra, Verônica, Ricardo Sérgio e Preciado.

Mas o PSDB não é um partido normal e resolveu ir para o brejo afundar junto com José Serra.

Independente destas considerações políticas, o Procurador Geral da República, Dr. Gurgel, que também é Procurador Geral Eleitoral, deverá sair do silêncio, e tomar as providências legais cabíveis caso os Tucanos "privatizem" o dinheiro público do fundo partidário para defender os interesse privados dos rôlos de José Serra, sua filha e seus compadres.
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Contraponto 7128 - "Governo dos EUA rechaça declarações de Chávez sobre Cancer"

30/12/2011

Governo dos EUA rechaça declarações de Chávez sobre câncer

Do Brasil 247 - 30/12/2011

Governo dos EUA rechaça declaração de Chávez sobre câncer Foto: Miraflores Palace/REUTERS

Presidente venezuelano relacionou os casos da doença em cinco líderes latino-americanos, inclusive ele, a uma estratégia americana de "minar" esses representantes; Departamento de Estado dos EUA qualificou a declaração de "horrenda e censurável"

30 de Dezembro de 2011 às 10:52

Agência Brasil - O governo dos Estados Unidos rechaçou as declarações do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que relacionou os casos de câncer em cinco líderes latino-americanos, inclusive ele, a uma estratégia norte-americana de "minar" esses representantes. O Departamento de Estado dos EUA qualificou a declaração de “horrenda e censurável”

Anteontem (28) Chávez disse que era muito estranho que ele e seus colegas da Argentina (Cristina Kirchner), do Paraguai (Fernando Lugo), e do Brasil (Dilma Rousseff, além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva) tivessem sido diagnosticados com câncer recentemente.

Depois de prestar solidariedade à Cristina Kirchner, Chávez disse acreditar que há uma estratégica liderada por norte-americanos para minar os líderes latino-americanos. Durante seu programa de rádio, ele lembrou que há provas de que médicos dos Estados Unidos fizeram, nos anos de 1940 na Guatemala, experiências com os guatemaltecos sobre doenças sexualmente transmissíveis.

As experiências dos norte-americanos na Guatemala provocaram 83 mortes. O caso teve repercussão internacional e o governo dos Estados Unidos se desculpou pelo fato. "É muito difícil explicar, com base na lei das probabilidades, por exemplo, o que tem ocorrido com alguns de nós [líderes] na América Latina", disse Chávez que, em meados deste ano, retirou um abcesso na região pélvica durante cirurgia em Cuba.

Além de Chávez e Cristina Kirchner, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz quimioterapia para curar um câncer na laringe. A presidenta Dilma Rousseff e o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, foram submetidos a um tratamento para a cura de linfoma.

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Contraponto 7127 - "Venezuela e os novos desafios"

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30/12/2011
Venezuela e os novos desafios

Do Blog do Miro - 30/12/2011

Por Beto Almeida
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A semana que antecedeu o Natal em Caracas, permitiu observar aspectos importantes da cena política e social venezuelana, bem como compreender a dimensão dos desafios que a Revolução Bolivariana tem pela frente para seguir aprofundando um conjunto de medidas de sentido socialista.


Pois foi no período natalino, quando mais se pronuncia - e em grande parte em vão - a palavra solidariedade, que a Revolução Bolivariana se destaca por renovar a ajuda que, há oito anos, é destinada a comunidades pobres dos EUA, por intermédio da empresa estatal Citgo, subsidiária da PDVSA, a Petrobrás venezuelana. A cada inverno no hemisfério norte, que costuma ser rigoroso e causar mortes entre as famílias mais pobres, o governo Chávez doa um estoque de combustíveis para milhares cidadãos carentes de várias cidades dos EUA usarem em seu aquecimento doméstico.

Vale lembrar: recentemente as verbas oficiais utilizadas na compra destes insumos para proteção do frio foram cortadas pela insensibilidade do presidente Barack Obama. Isto, no mesmo ano em que os EUA multiplicaram seu orçamento bélico e quando sustentou, em conjunto com os endividados países da OTAN, 203 dias ininterruptos de demolidor bombardeio a Líbia. O que explica a nova alcunha do mandatário: Barack Obomba...Curioso foi notar que esta notícia foi publicada no jornal “El Nacional”, como a insinuar que seria absurdo Chávez preocupar-se com os pobres dos EUA. Registre-se: a tiragem deste jornal já alcançou 400 mil exemplares diários quando Chávez foi eleito, e agora, depois de 12 anos de editorialismo anti-chavista, e muito anti-jornalismo, a tiragem reduziu-se a 40 mil exemplares.

O reconhecimento da Cepal

Por falar em solidariedade prá valer, o período natalino coincidiu com a divulgação de Relatório da Cepal, intitulado “Panorama Social da América Latina 2011”, no qual se revela que, dentro de um quadro geral de redução da pobreza na região, é a Venezuela o país que registra a melhor distribuição de recursos orçamentários. Segundo a Cepal, no período compreendido entre 1990 e 2010 a taxa de pobreza na América Latina foi reduzida em 10 pontos percentuais, enquanto que na Venezuela, a redução da pobreza alcançou a cifra de 20 pontos percentuais considerando o período de 2002 a 2010.

Dados oficiais indicam ainda que a partir do início da Revolução Bolivariana até hoje, a Venezuela teve quase duplicada a sua taxa de investimento social, passando de 36 por cento em 1999, para 62 por cento na atualidade. Isto inclui vastos investimentos em educação que permitiram ao país ser reconhecido, pela UNESCO, como Território Livre do Analfabetismo. E também em saúde, pois hoje, a Venezuela já registra 90 por cento de abastecimento de água potável, sendo considerado, pela ONU, o país que melhor cumpre os Objetivos para Desenvolvimento do Milênio (ODM), na América Latina.

Petróleo e solidariedade

Todos estes e outros programas sociais tiveram sustentação fundamental na enorme renda petroleira da PDVSA. Razão pela qual o Presidente Hugo Chávez já polemiza com os vários pré-candidatos conservadores para a eleição de outubro de 2012, pois pretendem ver a empresa estatal dedicada apenas à compra e venda de petróleo e seus derivados, abandonando a missão social-transformadora que lhe foi assegurada pela Revolução Bolivariana.

“A eleição de 2012 será entre Chávez e os ianques”, disse o presidente bolivariano, acusando os direitistas de serem “apenas a voz da burguesia nacional e estrangeira”. Ao analisar o discurso do campo conservador, pode-se perceber realmente a intenção de fazer a Venezuela retroceder à era da “Maldição do Petróleo”, expressão utilizada para caracterizar países que, por sua riqueza petroleira, são condenados à cobiça imperial e a esmagar seu próprio povo em torturantes misérias sociais.

Enfrentar a pobreza extrema

Ainda não se sabe qual será o candidato da oposição para disputar com Hugo Chávez. Sabe-se apenas que todos os que se apresentam hoje são favoráveis ao retorno a uma relação de dependência ante aos EUA, e à anulação dos programas de industrialização, bem como dos programas sociais, considerados apenas assistencialismo, no que são apoiados por parte de uma intelectualidade desorientada.

Tal como o conservadorismo brasileiro, a oposição a Chávez percebe os efeitos largamente estruturantes que os programas sociais, lá batizados de Missão, carregam. Conduzem a uma relação mais direta com o estado, elevando o grau de cidadania, propiciando que populações historicamente marginalizadas de tudo, dos serviços públicos, da cultura, do consumo necessário e também da participação política, sintam-se reconhecidos.

A Missão Amor Maior, destina-se a apoiar aos homens maiores de 65 anos e mulheres de 60 anos que vivem em famílias com renda inferior a um salário mínimo. Após cadastrados, passam a receber uma renda mínima, mesmo que jamais tenham recolhido qualquer contribuição ao estado antes. No caso de cidadãos estrangeiros, poderão ser atendidos, desde que comprovem moradia na Venezuela por no mínimo 10 anos. Vale lembrar que a Venezuela, com quase 30 milhões de habitantes, possui pelo menos 4 milhões de colombianos refugiados da guerra entre as Farc e o Exército e paramilitares. Mas os colombianos também recebem documentação, têm acesso igualitário aos serviços de saúde (são atendidos também por médicos cubanos), às creches e às políticas sociais como os Mercals, mercados itinerantes organizados pelo estado, com preços 30 por cento em média mais baixos que no comércio normal.

Sabe-se que até mesmo as elites conservadoras, disfarçadas, já fazem compras nos Mercals, um reconhecimento involuntário de sua eficiência, muito embora mantenham a crítica aos programas de Chávez. A conduta desta elite não surpreende pelo venenoso egoísmo e insensibilidade: quando noticiou-se a enfermidade de Chávez um manto de silencio e tristeza abateu-se sobre a população de Caracas. Minutos depois, apenas nos bairros ricos, ouviu-se foguetório e comemoração, o que indica a baixa estatura moral desta gente para pretender governar um país com a digna história e a potencialidade da Venezuela.

Planificar, planificar, planificar

Em reunião do gabinete de governo, televisionada ao vivo pelo Canal 8, Chávez insistia na necessidade uma planificação superior, mais ordenada, capaz de descobrir e atender as necessidades da população mais carente. Por isso, por meio de um programa chamado Missão Vivenda (Moradia), o estado está buscando saldar o déficit habitacional venezuelano, um país conhecido por imensas favelas narradas nas canções rebeldes de Ali Primera, sem água tratada, sem eletricidade, barracos construídos em locais inadequados. Como no Brasil.

Mas, a planificação estimulada por Chávez visa não apenas atender às famílias cadastradas na Missão Vivenda, que prioriza as 30 mil famílias desabrigadas pelas chuvas de dezembro de 2010, mas também organizar para que estas famílias possam encontrar emprego ou fazer um curso profissionalizante, com bolsas também fornecidas pelo estado. Isto tem que estar contido na planificação estatal. Seguir o pobre até o fim da linha, até sua inserção no sistema de trabalho ou de estudo.

Similaridades

Um outro programa, batizado de Missão Filhos da Venezuela, destina-se a atender a todas as famílias com renda inferior a um salário mínimo, com filhos com idade até 17 anos, e também aquelas famílias carentes com pessoas com alguma necessidade especial em sua casa. Há ainda a preocupação em atender as adolescentes grávidas o que provocou críticas da imprensa conservadora insinuando que tal missão vai estimular a gravidez precoce.

A resposta de Chávez pela tv, com sua comunicação clara e popular, não se fez esperar: “O que quer a oposição? Que abandonemos as adolescentes grávidas à sua própria sorte?“ A prioridade nesta planificação superior sublinhada por Chávez deve ser a construção de uma engrenagem que conecte os programas sociais a uma profissão e a um emprego, priorizando sobretudo a pobreza extrema.

Informação e cidadania

Há similaridades com o Programa Bolsa Escola e com Brasil Sem Miséria, agora complementado pelo Viver Sem Limite, que buscam a pobreza mais extrema que ainda não tinha sido alcançado pelos programas sociais anteriores. E com um olhar especial para as famílias com pessoas com necessidades especiais. Na Venezuela, as famílias serão visitadas por brigadistas, casa por casa. As TVs estatais, ao longo de sua transmissão, informam numa faixa na parte inferior da tela, em que lugar podem ser feitas as inscrições para cada um destes programas, em casa cidade, em cada bairro, em cada endereço...

Aqui, o Programa Voz do Brasil, que informa positivamente sobre quando recursos do MEC ou do Ministério da Previdência chegam aos municípios, poderia também ser utilizado de forma mais ampla para informar sobre os programas sociais do governo Dilma.

Enquanto os pré-candidatos oposicionistas a Chávez recebem amplo apoio dos centros informativos vinculados aos EUA - afinal, será quem dará a última palavra sobre quem será o candidato da direita, como ocorreu nas recentes eleições na Nicarágua e Guatemala - não surpreende que a agenda política da oposição já esteja traçada.

Prioridade número um, claro, derrotar Chávez. Depois, anular totalmente o papel da PDVSA como alavanca dos programas sociais da Revolução Bolivariana. Além disso, desmontar a política externa bolivariana, que prioriza a integração latino-americana, tendo como conquista mais recente o apoio à fundação da CELAC (Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos), que prepara o funeral da funesta e colonialista OEA.

Integração em marcha

Outros instrumentos, que estão sendo implementados pela política externa bolivariana, entre eles o Banco do Sul, a Alba e, mais recentemente, o Banco da Petrocaribe, também são alvo da sanha destruidora da direita. Tais instrumentos fortalecerão ainda mais operações econômicas e comerciais integracionistas, como, por exemplo, a constante nos vários acordos firmados entre Dilma Roussef e Hugo Chávez agora em dezembro, que prevê a compra, pela Venezuela, de 20 aeronaves da Embraer para fortalecer a Conviasa, estatal que recuperou a aviação civil venezuelana.

Aliás, exemplo que poderia estimular a criação, no Brasil, de uma empresa pública de aviação para explorar o enorme potencial de aviação regional, lacuna de difícil explicação num país com indústria aeronáutica do porte da Embraer. Vale lembrar, há 3 anos, a operação de compra de 150 aviões Tucanos da Embraer pela Venezuela, foi vetada pelos EUA, o que não teria ocorrido se a soberania brasileira sobre a empresa não tivesse sido destruída pela privataria tucana.

Ciência da tática

Revelando provavelmente intenções sinistras, um dos candidatos da direita contra Chávez, um jovem rico chamado Leopoldo López, atual prefeito de um município colado à cidade de Caracas, anunciou a contratação do ex-presidente colombiano, Álvaro Uribe, marcado pela organização do macabro para-militarismo, para assessorar os programas de segurança de sua prefeitura. Preocupante: com Uribe presidente, Colômbia e Venezuela romperam relações e estiveram a ponto de um conflito armado.

Com a ciência da tática, Hugo Chávez busca afastar a Colômbia da agenda belicista do Pentágono, desenvolvendo acordos com o presidente José Manuel Santos que complementam segmentos econômicos dos dois países - que um dia foram uma só pátria, na era Bolívar -, inclusive ampliando o comércio bilateral que leva setores industriais colombianos a ver na Venezuela um mercado em expansão, dado a elevação do poder aquisitivo dos venezuelanos.

Com esta tática, se enfraquecem os segmentos da oligarquia colombiana que apostam numa agenda bélica entre os dois países em sintonia com o Pentágono. A crise do capitalismo e, nos EUA em particular, favorece a visão de que a integração latino-americana, baseada na cooperação, exige outras políticas da Colômbia, como de certa forma pode ser lido face à vitória das forças progressistas nas eleições de Bogotá. O que tende a dar mais prazos históricos de consolidação da Revolução Bolivariana.

Percebe-se, em Caracas, o fortalecimento da consciência solidária real. Não apenas natalina, passageira, retórica. Enquanto a Europa capitalista em crise assiste, estarrecida, a demolição dos direitos do Estado do Bem-Estar Social, a Venezuela bolivariana amplia direitos, reparte riqueza e prepara-se para ter uma nova Lei Orgânica do Trabalho. Exemplo disso é que grande parte das famílias desabrigadas pelas chuvas de dezembro passado foram acolhidas em Refúgios organizados e patrocinados por cada Ministério e cada empresa estatal.

Até mesmo a Telesur, que além de promover um jornalismo de integração, transformando a informação em ferramenta solidária entre os povos, organizou o seu Refúgio em um imóvel utilizado para depósito, sendo reformado e adaptado para abrigar 27 famílias flageladas. Ali elas encontram teto, comida, atendimento médico-odontológico e esperam, de modo decente, pela conclusão de 140 mil unidades residenciais que estão em fase de conclusão nos próximos dias. Neste programa habitacional, há uma importante cooperação com a Caixa Econômica Federal, parte dos acordos firmados entre Lula e Chávez e ampliados, recentemente, entre Dilma-Chávez.

Desafios

Lendo os jornais oposicionistas que circulam livremente em Caracas, nada disso se percebe. Não se tem notícia de um país que finalmente está utilizando a renda petroleira para industrializar-se, construindo infra-estrutura, com a participação do BNDES e empresas brasileiras, que operam na ampliação das várias linhas do moderno metrô caraquenho ou de teleféricos que atendem os bairros pobres nos morros, como San Agustín, assegurando um transporte decente para famílias carentes, tal como também no Complexo do Alemão. Indústria de automóveis e tratores iranianas, de caminhões e bicicletas chinesas, estão sendo implantadas. Um país que há 12 anos importava até alface de avião de Miami, já possui uma nova lei de terras e avança na construção de uma economia agrícola que nunca teve durante a maldição do petróleo. De importadora de fósforo a roupas, a Venezuela já exporta principalmente exemplos.

Mas, vale ressaltar, nada disso encontra-se nas páginas da imprensa conservadora. Mas, aos domingos, ao caminhar pelo centro de Caracas, já se nota uma cidade mais limpa, com uma coleta de lixo que funciona e com uma massa de caraquenhos que, ao sair do metrô e sentar num café ou num banco do Boulevar de Sabana Grande, recebe gratuitamente o jornal Ciudad Caracas (350 mil exemplares), em cujas páginas afloram os desafios bolivarianos: reduzir a abstenção eleitoral e assegurar, uma vez mais, pela via do voto popular e direto, que este processo transformador bolivariano, generoso e humanista, siga aprofundando-se. E com ele, a integração latino-americana baseada na cooperação e solidariedade entre os povos.

* Beto Almeida é membro da Junta Diretiva da Telesur
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Contraponto 7127 - "O ano do grande naufrágio da Europa"

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30/12/2011

O ano do grande naufrágio da Europa

O que vem pela frente são tempos obscuros, de medidas malvadas que já se fazem sentir. Conquistas sociais asseguradas durante décadas estão ruindo feito castelos de pó. Tecnocratas de coração de gelo e alma vendida assumiram a gestão de países como a Grécia e a Itália. Portugal tomou de vez o caminho do brejal e a economia britânica vive sua terceira recessão em dois anos. Talvez o retrato mais nítido desse processo de desmoronamento vivido pela Europa esteja na Espanha. O artigo é de Eric Nepomuceno.

Uma das grandes marcas do ano que termina veloz, voraz e sombrio, é a de uma Europa que naufraga aos sabores do apetite incansável do mercado financeiro. A prepotência imperial de uma Alemanha implacável somou-se aos ares napoleônicos de um francês insosso e furtivo para pôr ordem na casa, ao preço que for.

O que vem pela frente são tempos obscuros, de medidas malvadas que já se fazem sentir. Conquistas sociais asseguradas durante décadas estão ruindo feito castelos de pó. Tecnocratas de coração de gelo e alma vendida assumiram a gestão de países como a Grécia e a Itália. Portugal tomou de vez o caminho do brejal, e se a city de Londres, coração da especulação financeira do mundo, vai de vento em popa, a economia britânica vive sua terceira recessão em dois anos. Aliás, entre as fanfarras que celebraram, nesta reta final de 2011, o fato de o Brasil ter se tornado a sexta economia do mundo, superando a Grã Bretanha, restou lembrar que isso se deve mais a deméritos britânicos que a méritos nossos.

Talvez o retrato mais nítido desse processo de desmoronamento vivido pela Europa esteja na Espanha. Lá, um senhorito catolicão e galego assumiu o poder, depois de uma vitória eleitoral tão insólita quanto previsível, e estreou escancarando a porta de conquistas sociais que o país já não pode pagar, porque se pagar, não paga os bancos.

Não deixa de ser simbólico que no dia 20 de novembro – quando se registrava o 36º aniversário da morte de outro galego chamado Francisco Franco, o ditador mesquinho e perverso que sufocou o país em atraso e brutalidade ao longo de mais de três décadas – tenha sido eleito Mariano Rajoy. Uma figura esquiva, que concentrou o poder num círculo tão fechado que nem mesmo se sabe quem dentro dele faz o quê, e não mostra o que pensa ou o rumo que dará a um país que se desmilingüe.

De saída, Rajoy anunciou que irá reformar as legislações que asseguravam direitos à mulher e às minorias. A questão do aborto, que ele tratou de maneira melíflua durante a campanha eleitoral, agora foi escancarada: a chamada ‘Ley de Salud Sexual y Reproductiva’, aprovada durante a gestão do socialista José Luis Rodríguez Zapatero, será profundamente reformulada. Deixará, assim, de ser uma das mais avançadas da Europa, e voltará a ser o que era há décadas, num retrocesso espetacular.

Outra lei, que assegurava aos homossexuais o matrimônio civil (com todos os direitos de adoção de filhos, de pensão e aposentadoria, de divisão de patrimônio), e que também colocou a Espanha na vanguarda européia, irá pelos ares.

O pêndulo da história oscilou para a direita, e com força. Reformas conquistadas ao longo dos anos deixam espaço para os ditames do catolicismo mais recalcitrante. Pesquisas de opinião pública realizadas periodicamente, e que reiteram a aprovação da maioria dos espanhóis, e principalmente das espanholas, a essas conquistas foram ignoradas. Venceram as forças mais obscuras do conservadorismo.

Mariano Rajoy também começou urgentes negociações com as grandes centrais sindicais, para reformar a legislação trabalhista. Considerada uma das mais protetoras da Europa, será ‘flexibilizada’. Os trabalhadores conhecem bem essa palavra. Portanto, nenhuma surpresa: salários congelados, investimentos públicos cortados. Pela primeira vez desde que foi criado, em 1980, o salário mínimo não será reajustado pela inflação. Embora sejam poucos os trabalhadores espanhóis que recebam o salário mínimo (cerca de 135 mil), ele serve como referência para fixar os ajustes de todas as categorias. Daí a perda que afetará a todos.

A política que está sendo discutida entre centrais sindicais, patronais e o novo governo não deixa espaço para otimismo algum. O estímulo que vem do ministério do Trabalho está dirigido à criação de vagas temporárias, ou de tempo parcial, e também à transformação dos atuais contratos de trabalho com prazo fixo para outros, de prazo indefinido, que permitiriam a demissão sumária a qualquer momento.

O novo premiê espanhol deu a seus ministros um prazo restrito – exatos cinco dias – para dizer onde cortariam, em seus respectivos orçamentos, 16 bilhões e 500 milhões de euros. É o que o Estado deixará de gastar em 2012.

De qualquer ângulo que se observe a Espanha, é evidente que haverá um acúmulo de medidas drásticas que imporão, em seu conjunto, um pesado, pesadíssimo, sacrifício para a população. Já se anunciou que 2012 será um ano de recessão, e que não serão criados novos postos de trabalho. Ao contrário: o desemprego, que é o mais alto da Europa e já afeta a cinco milhões de espanhóis, deverá aumentar ainda mais.

Nada, porém, supera o significado da escolha do novo homem forte do governo. Para ocupar o ministério da Economia, Mariano Rajoy escolheu um conhecido funcionário do sistema financeiro internacional, Luis de Guindos. Ao ser convidado, ele ouviu de Rajoy uma síntese de qual será sua missão: determinar a política econômica, concretizar a reforma do sistema financeiro, enfrentar os mercados, reconquistar a confiança dos investidores.

Em seu currículo, se destaca uma seqüência de empregos vistosos no mercado financeiro – que, claro, o recebeu com sorrisos luminosos e braços escancarados.

Um desses empregos chama a atenção: Luis de Guindos foi o presidente regional, para Espanha e Portugal, do banco Lehman Brothers. Sim, aquele mesmo que faliu ruidosamente nos Estados Unidos e contribuiu de maneira determinante para toda essa crise que vem sacudindo o mundo desde 2008.

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Quer dizer: de causar desastres, ele deve entender. E entender muito.

Pobre Espanha.

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Contraponto 7126 - "CPI pretende provar propinas e ligá-las a privatizações"



Eduardo Guimarães

As primeiras menções que a grande imprensa vem fazendo à ressurreição do escândalo das privatizações da era Fernando Henrique Cardoso, ressurreição essa desencadeada pelo livro A Privataria Tucana, têm sido no sentido de desqualificar e minimizar as denúncias. A desqualificação se dá em relação ao autor da obra, como todos sabem, mas pouco tem sido dito sobre a minimização do que ela denuncia.

A imprensa minimiza as denúncias dizendo que não estabelecem ligação entre a surpreendente movimentação internacional de pequenas fortunas por parentes e assessores do ex-ministro, ex-prefeito e ex-governador José Serra e o processo de privatizações empreendido pelo governo federal do PSDB (1995-2002). Além disso, esses órgãos de imprensa acusam as denúncias de ser “requentadas” por já terem sido divulgadas por eles mesmos.

É surpreendente como às vezes é difícil enxergar as coisas com clareza. Notem que em nenhum momento esses órgãos de imprensa questionaram as denúncias ou negaram que alguma afirmação contida no livro seja verdadeira. E não fizeram isso simplesmente porque o livro comprova que filha, genro, primo e tesoureiro de campanha de Serra, pelo menos, envolveram-se em movimentações financeiras das quais ninguém sabe a origem e que, essas sim, constituem fatos novos.

As relações perigosas do ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil e ex-tesoureiro de campanha de Fernando Henrique Cardoso e José Serra, Ricardo Sergio de Oliveira, com o empresário Carlos Jereissati, irmão do tucano Tasso Jereissati, bem como as offshores, os doleiros, o duto formado pelo MTB Bank e o Banestado, toda aquela rede suspeita e sua movimentação criminosa foram alvos da CPI do Banestado, em 2003. Todavia, nunca foram vistas provas tão sérias de que Verônica Serra enriqueceu muito, rapidamente e ainda muito jovem.

Alguém com a capacidade de Verônica de ganhar dinheiro (antes dos trinta anos) partindo só do trabalho assalariado deveria ser uma das pessoas mais famosas e comentadas do mundo. Modesta, porém, a filha de Serra sempre foi avessa a holofotes quando deveria ser motivo de orgulho para o pai e estudada como expoente da genialidade brasileira. Ainda assim, Justiça e imprensa jamais tiveram efetiva curiosidade sobre esse prodígio do mundo dos negócios.

Já sobre o livro da privataria não comprovar que os milhões de dólares que pingaram nas contas de parentes e amigos de Serra têm ligação com as privatizações, de fato a obra não comprova. Até porque, se comprovasse não haveria o que investigar. O inquérito seria concluído rapidamente e os envolvidos seriam condenados pela Justiça sem maiores discussões.

Parte da oposição lembra que já houve uma CPI das privatizações e que por isso seria ocioso criar outra. De fato, uma CPI com esse objeto foi criada em janeiro de 2006, ano de sucessão presidencial, como forma de coibir o ímpeto da oposição nas CPIs dos Correios e dos Bingos. Com a criação de uma Comissão para investigar as privatizações tucanas, todas essas CPIs acabaram em pizza e todos os envolvidos foram alegremente disputar as eleições daquele ano.

A CPI das privatizações mal chegou a funcionar. Não foram convocados os principais cabeças do processo, denúncias sobre pagamento de propinas não foram investigadas e o próprio preço pelo qual as empresas foram vendidas não foi devidamente questionado, até porque dizia-se que fazê-lo criaria temor nos mercados de que o Brasil viesse a promover “quebra de contratos”, ou seja, que viesse a retomar as empresas vendidas a preço vil.

Eis, então, o potencial explosivo da CPI da Privataria que pode vir a ser instalada já no alvorecer de 2012. Em primeiro lugar, esses parentes e amigos de Serra certamente terão que explicar a origem dos incontáveis milhões de dólares que pingaram em suas contas. Conseguirão – ou ao menos conseguiriam – explicar alguma coisa?

Até hoje não surgiu uma única explicação para o enriquecimento súbito dos parentes e amigos de Serra além da genialidade empresarial dessas pessoas. A CPI, portanto, terá, obrigatoriamente, que convocar Verônica Serra, Carlos Jereissati, Ricardo Sérgio de Oliveira, Gregório Marin Preciado, José Serra e até Fernando Henrique Cardoso, entre outros. Mas quem terá que dar mais explicações serão pai e filha.

Por que a filha de Serra teve que abrir offshore nas Ilhas Virgens?

É aceitável que a filha de um político tão importante tenha tido milhões de dólares trafegando por instituições financeiras acusadas de lavar dinheiro de terroristas e traficantes?

Que salários o fundo de investimentos americano International Real Returns (IRR) pagava à genial filha do tucano para ela aumentar tanto e tão rapidamente seu patrimônio?

Está certo a filha de um ministro de Estado receber bolsa de estudos em Harvard – ou em qualquer outra parte – de empresários que tinham interesses no governo a que esse ministro servia?

Essas são apenas algumas das questões que o livro da privataria levanta e que desmontam a aura de santidade que a imprensa criou em torno de Serra ao ignorar questionamentos a ele que jamais foram ignorados em relação a Lula e aos seus filhos, por exemplo.

Se explicações muito convincentes não surgirem sobre o enriquecimento do entorno social e familiar de Serra, haverá que descobrir se ele mesmo não foi o beneficiário dessas fortunas sem origem. Estará caracterizado, assim, que essas pessoas e o próprio tucano beneficiaram-se de algum esquema ilegal. Então algum espírito de porco perguntará: que esquema?

O único esquema disponível para especulações será aquele que o livro diz ter permeado o programa de privatizações do governo FHC. É nesse momento que se chegará à conclusão de que se propina houve, alguém pagou. Investigando de onde veio esse dinheiro todo que irrigou as contas dos parentes e amigos de Serra, então, poder-se-á chegar a empresários que compraram o patrimônio público privatizado.

Se até hoje não se conseguiu provar que os preços pelos quais as empresas foram vendidas eram preços aviltados, diante da comprovação de que quem comprou pagou propinas a quem conduziu o processo não restará nada além de concluir que são falsos ou distorcidos os argumentos que “explicam” os baixos preços de uma Vale ou de um Sistema Telebrás.

A pergunta de um trilhão de dólares, portanto, é a seguinte: se as empresas foram vendidas por preços aviltados e se houve roubo de patrimônio público, o que acontecerá com elas? Serão retomadas? Os compradores terão que pagar a diferença? Ou dirão que o negócio não deveria ter sido feito, sim, mas já que foi feito não haverá mais o que fazer? E se as empresas forem retomadas, os “mercados” internacionais aceitarão tal “quebra de contrato”?

Viu, leitor, como será difícil instalar essa CPI?

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Contraponto 7125 - "Sobre os casos de câncer, Chávez toca fogo na fervura"

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30/12/2011


Sobre os casos de câncer, Chávez toca fogo na fervura

Do Viomundo - 29 de dezembro de 2011 às 18:26

Hoje às 09h35 – Atualizada hoje às 09h36

Chávez diz estranhar o fato de cinco líderes latinos sofrerem de câncer

Agência Brasil, no Jornal do Brasil

Brasília – Depois de prestar solidariedade à presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, que iniciará um tratamento de combate a um câncer de tireoide, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse estranhar o fato de cinco chefes de Estado da América Latina estarem sofrendo do mesmo mal: tumor maligno. Para Chávez, há uma estratégia liderada por norte-americanos para minar os líderes latino-americanos.

Durante seu programa de rádio, Chávez lembrou que há provas de que médicos dos Estados Unidos fizeram, nos anos de 1940, na Guatemala, experiências com cidadãos guatemaltecos sobre doenças sexualmente transmissíveis que levaram 83 pessoas à morte. O caso teve repercussão internacional e o governo dos Estados Unidos se desculpou pelo fato.

“É muito difícil explicar, com base na lei das probabilidades, por exemplo, o que tem ocorrido com alguns de nós [líderes] na América Latina”, disse Chávez, que também está em tratamento médico para combater um câncer. Em meados deste ano, ele retirou um abscesso na região pélvica durante cirurgia em Cuba.

Além de Chávez e Cristina Kirchner, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz quimioterapia para curar um câncer na laringe. A presidenta Dilma Rousseff e o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, foram submetidos a um tratamento para a cura de linfoma.

“Fidel [Castro, ex-presidente de Cuba] sempre me disse: ‘Chávez tenha cuidado, essa gente desenvolveu tecnologia, atenção ao que te dão para comer e cuidado com uma pequena agulha que te injetem e não se sabe o porquê’”, disse o venezuelano.

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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Contraponto 7124 - " A sinuca de bico do PSDB no caso da 'Privataria' "

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.29/12/2011

Autor:

O livro "A Privataria Tucana" tem tucana no nome. Mas investiga especificamente o chamado "esquema Serra".

As acusações são individualizadas e se referem objetivamente a Serra. Amaury o acusa diretamente de corrupção. Se inocente, caberia a Serra buscar a reparação na Justiça. Não o fará porque um eventual processo certamente esmiuçaria sua atuação desde a Secretaria do Planejamento de Franco Montoro, passando pelo relatório Bierrenbach, pelo caso Banespa e pelas privatizações, além de enveredar pelos negócios da filha no mundo offshore. Só faltava a Serra, a esta altura do campeonato, uma ordem judicial para abrir as contas da filha nas Ilhas Virgens.

Se autor da ação, o PSDB pouparia Serra da exceção da verdade. Mas de qual acusação o PSDB pretenderá se defender? Provavelmente do fato de Amaury Ribeiro Jr ter imputado a todo o partido os atos obscuros de Serra.

O PSDB poderá alegar que em nenhum momento as provas apontam para uma ação orquestrada de partido. Se for por aí, será uma tática esperta, porém falsa. Espera-se que o juiz reconheça que não há provas de ação de partido nas maracutaias denunciadas. Depois, dá-se ampla cobertura à sentença, como se fosse condenação do conteúdo do livro como um todo.

Ocorre que, se a lógica da ação for por aí, o PSDB trará para si o cálice do qual Serra foge qual o diabo da cruz. Aí se entrará de cabeça na politização do episódio - o álibi ao qual Serra tem se agarrado como bóia - , no questionamento não das propinas supostamente pagas, mas de todo processo de privatização. O partido entregará de bandeja sua bandeira e, principalmente, sua única referência política; FHC.

O mais lógico seria PSDB e velha mídia "realizarem o prejuízo" - como se diz no mercado do ato de vender ações que estão dando prejuízo sabendo que, quanto mais o tempo passar, maior será o prejuízo incorrido.

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Contraponto 7123 - Bessinha sugere novo símbolo para o PSDB

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.29/12/2011
Charge on line do Bessinha


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Contraponto 7122 - "Novas regras da Minha Casa, Minha Vida preveem unidades para idosos e passoas com deficiência"

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29/12/2011

Novas regras da Minha Casa, Minha Vida preveem unidades para idosos e passoas com deficiência

Do Blog do Planalto - Terça-feira, 27 de dezembro de 2011 às 16:40 (Última atualização: 28/12/2011 às 10:46:05)

Minha Casa Minha Vida 2 pretende contratar 2 milhões de moradias. Foto: Divulgação/MCidades

Portaria do Ministério das Cidades publicada hoje (27) no Diário Oficial da União traz novas regras de priorização e seleção de beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida. Uma das principais mudanças é a indicação de percentual mínimo das unidades habitacionais para idosos e pessoas com deficiências e suas famílias.

A portaria prevê que 3% das unidades habitacionais de cada empreendimento sejam reservadas a idosos. O mesmo percentual deve ser destinado a pessoas com deficiências ou suas famílias, “na ausência de percentual superior fixado em legislação municipal ou estadual”. As unidades reservadas que não forem ocupadas por falta de candidato idoso ou pessoa com deficiência serão destinadas aos demais participantes.

O novo texto retira ainda exigência de que os candidatos tenham renda familiar mensal bruta de até R$ 1.395,00. A seleção será feita entre os inscritos nos cadastros habitacionais do Distrito Federal, estados e municípios. Determina, também, que “a indicação dos candidatos será realizada, preferencialmente, pelo Distrito Federal ou município onde será executado o empreendimento”. O estado poderá promover a indicação quando for o responsável pelas contrapartidas aportadas ou nos casos em que o município não possua cadastro habitacional consolidado.

A portaria entra em vigor a partir de hoje.

Prazo para municípios com até 50 mil habitantes enviarem propostas

Os municípios com até 50 mil habitantes têm até a próxima sexta-feira (30) para enviar propostas para participar do Minha Casa, Minha Vida, por meio do site do Ministério das Cidades. No total, serão ofertadas 110 mil unidades habitacionais em todo o país, metade do estabelecido em lei até 2014.

As prefeituras poderão apresentar duas propostas, com até 50 unidades habitacionais cada. Os governos estaduais também podem participar da seleção com uma proposta para municípios com menos de 20 mil habitantes e duas para municípios entre 20 e 50 mil habitantes.

O resultado da seleção será publicado em 27 de janeiro de 2012, sendo selecionadas 43.976 moradias na região Nordeste, 29.304 no Sudeste, 14.942 no Sul, 11.404 no Norte e 10.374 no Centro-Oeste.

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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Contraponto 7121 - "William Waac, da TV Globo, aplica conto do vigário no telespectador"

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28/12/2011


William Waac, da TV Globo, aplica conto do vigário no telespectador

Do Amigos do Presidente Lula - 27/12/2011

Clique nas imagens para ampliar
Dados do FMI: http://goo.gl/C6RVL

Definitivamente, os pais que quiserem dar uma boa educação para os filhos devem orientá-los para ficarem longe dos telejornais da TV Globo, pois além do péssimo jornalismo, faz mal até para o aprendizado na escola. As crianças e jovens que assistem aprendem errado fatos da História do Brasil.

O Brasil cresceu mais rápido do que os países ricos e se tornou a 6ª economia do mundo, ultrapassando o Reino Unido (Inglaterra + Escócia + Irlanda do Norte + País de Gales, juntos).

Isso aconteceu, incontestavelmente, no governo Lula e no governo Dilma, segundo dados do próprio FMI.

Só no dia 26/12/2011, dez dias depois de nosso blog noticiar, o Jornal da Globo resolveu dar a notícia. Ancorado pelo informante da embaixada estadunidense (segundo o wikileaks), Mr. Bill Waack (William Waack) quis contrabandear o FHC para dentro desta história, dizendo que "...desde os anos 1990, com a implantação do Plano Real e o controle da inflação, isso já era previsto...".

Uma ova! Isso é querer aplicar o conto do vigário no telespectador. É um estelionato noticioso. É falsear a história. O Brasil é o "país do futuro" há décadas, mas desde que FHC quebrou o Brasil de vez para se reeleger em 1998, ninguém apostava que iria ultrapassar o Reino Unido tão cedo, como em 2011. Havia previsões lá para 2030, quando criaram a sigla BRICS em 2001.

O que a TV Globo fez é como dizer que a seleção brasileira de Felipão foi campeã do mundo em 2002 graças ao técnico Lazaroni (que perdeu a copa de 1990 na segunda fase).

Vamos recontar essa história, restabelecendo a verdade dos fatos, para impedir que as crianças e os jovens aprendam coisas erradas da história do Brasil por culpa da partidarização da TV Globo.

O Plano Real foi o entreguismo ao consenso de Washington, sob uma reforma monetária, nem tão boa assim, pois o mérito de fato foi estabilizar a inflação, mas em contrapartida implantou-se de vez uma dependência da ditadura dos bancos privados e do capital estrangeiro, que saquearam as riquezas nacionais e suor dos trabalhadores durante a roubalheira da Privataria Tucana, seja através da venda de patrimônio público, seja através da especulação com a dívida pública.

Além de promover o entreguismo, sucateou o Brasil, entregando todas as nossas riquezas e planejamento para a "mão invisível do mercado", que levou à coisas absurdas como o apagão elétrico de meses de racionamento, e entregou o próprio mercado interno para exploração pura e simples por estrangeiros sem compromisso de gerar empregos e riquezas aqui.

Crescimento econômico consistente só veio a acontecer de novo no governo Lula, com investimentos estatais, tais como na Petrobrás e na infra-estrutura, com política industrial, com o consequente aumento do emprego. Outra causa desse crescimento foi a distribuição de renda e inclusão social, além da expansão do crédito, expandindo o mercado interno.

Em 1994, Itamar Franco (o verdadeiro comandante do Plano Real) entregou o país na 7ª posição (segundo o FMI). É verdade que a moeda brasileira (o Real) sobrevalorizado, valendo mais do que o dólar estadunidense, inflava um pouco o PIB (Produto Interno Bruto) computado em dólar, a ponto de colocar o Brasil à frente da China. Mas mesmo se a moeda não estivesse com um valor artificialmente forçado é provável que o país fosse a 8ª ou 9ª economia naquela época.

FHC recebeu o país nessas circuntâncias favoráveis, e não soube aproveitar a oportunidade. Em seus 8 anos de desgoverno demo-tucano, o Brasil só desceu ladeira abaixo, sendo ultrapassado não só pela China (o que era esperado e natural), mas também por países como México, Espanha, Coreia do Sul, Canadá e Índia. Há estudos em que o PIB da Austrália e da Holanda superou o brasileiro em algum trimestre, durante o governo demo-tucano.

O PIB caiu por culpa direta das decisões e escolhas do governo demo-tucano, pouco tendo a ver com conjunturas desfavoráveis.

Quando a Privataria Tucana entregou a Telebras e a Embratel para espanhóis, portugueses e mexicanos, foi o PIB daqueles países que cresceram.

Quando a Petrobrás encomendava plataformas em Singapura e outros países, era o PIB de lá que crescia.

Quando o populismo cambial era usado para reeleger FHC, até coca-cola em lata era importada do México e dos EUA, e era o PIB de lá que crescia, enquanto aqui afundava e gerava desemprego.

Em 2002, FHC entregou o país à Lula rebaixado para a 13ª economia do mundo.

Lula recebeu a herança maldita de FHC, na 13ª posição, quebrado, e entregou para Dilma em 2010 na 7ª posição, com uma economia saneada e sólida, ultrapassando de novo México, Espanha, Coreia do Sul, Canadá, Índia e, pela primeira vez na história, ultrapassou a Itália.

Agora Dilma recebeu a herança bendita de Lula, e também está sabendo conduzir o país, levando-o para a inédita posição de 6ª economia do mundo, em plena crise internacional.
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Contraponto 7120 - "Minha Casa: a revolução que os tucanos ainda não viram"

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28/12/2011

Minha Casa: a revolução que os tucanos ainda não viram


Do Conversa Afiada - Publicado em 28/12/2011


Saiu no Blog do Planalto a noticia sobre a inclusão de idosos e pessoas com deficiência no programa Minha Casa Minha Vida:


http://blog.planalto.gov.br/novas-regras-do-minha-casa-minha-vida-preveem-unidades-para-idosos-e-pessoas-com-deficiencia/

O jornal Brasil Econômico publica nesta quarta-feira o caderno especial “Desenvolvimento Social”, dedicado ao programa Minha Casa Minha Vida – Aqui para ir ao site

Lançado em 2009, o programa terá R$ 12 bilhões em subsídios este ano.

Já contratou 1 milhão 400 mil unidades habitacionais.

Já entregou 521 mil.

Está para entregar 884 mil.

Das unidades contratadas, 542 mil foram para famílias com renda até R$ 1.600, a chamada “faixa 1”.

Nessa faixa estão 21% do total dos desembolsos do programa.

O objetivo é construir 3 milhões de unidades até 2014.

Na fase 2 do programa, as casas tem que ter azulejos em todas as paredes da cozinha e do banheiro, piso cerâmico em todos os cômodos e energia solar para aquecimento da água.

Nas casas, a área construída passou de 35 metros para 39,6 metros quadrados.

No caso de apartamentos, de foi de 42 para 45,5 metros quadrados.

O maior obstáculo ao programa não é dinheiro.

Até porque o Banco do Brasil vai entrar firme no financiamento habitacional, inclusive com o Banco Postal.

O maior obstáculo é conseguir terreno para construir imóveis para a faixa 1 nas grandes cidades.

Segundo a Secretaria Nacional de Habitação do Ministerio das Cidades, Inês Magalhaes, a Presidenta Dilma Rousseff cobra muito, “principalmente a contratação na classe mais baixa de renda”.

NAVALHA

O PiG (*), sempre mais atento, já teve uma leve ideia do alcance politico do Minha Casa.

Por isso, volta e meia, diz que o Programa encalhou, não cumpre o que promete, não saiu do papel, só tem roubalheira, que as casas desabam, falta água na pia da cozinha etc etc etc

Os tucanos ainda não chegaram lá.

E ainda vão demorar a chegar, até que se destruam na batalha de morte entre Cerra e Aécio, incentivada pelo Privataria Tucana.

Ao tem muita importância, porque, afinal, o PiG É a VERDADEIRA Oposição.

Mas, um dia, eles vão se dar conta da profundidade da questão.

Primeiro, o efeito indutor da construção civil na economia.

Quando a construção civil vai tudo vai.

Segundo, o efeito político da transformação do locatário em proprietário.

Do favelado em morador de uma casa digna.

O proprietário que vai deixar o imóvel de herança, usá-lo para comprar um maior, ou dar de garantia na abertura de um negócio, torna-se um sócio do sistema.

Não quer ver a canoa virar.

E quer regras fixas, estáveis, porque assumiu compromisso de 30 anos para pagar.

Na China, a transformação de locatários em proprietários teve um efeito político central, na reforma de Deng Xiao Ping.

Isso não significa necessariamente que o novo proprietário vá votar com o Governo.

Não.

Significa até que ele vai ficar mais conservador.

Um agente da estabilidade politica e econômica.

Ele entra para a classe média proprietária e pode, até, ser recrutado pelo neofascismo, como aconteceu na Italia de Berlusconi.

Mas, o jogo começou, no Brasil, a favor da dupla Nunca Dantes – Dilma.

Para a Oposição – quer dizer, o PiG – entrar nesse eleitor … vai ter que rebolar.

É uma pena que a Dilma faça tanto e a gente não saiba, como aconteceu com tudo o que fez em 2011 – Aqui para ler

Mas, isso é um problema entre ela e o Bernardo.

O que se tenta dizer, aqui, apenas, é que o Minha Casa é o maior programa de investimento em casa popular do mundo.

Faz uma dessas revoluções silenciosas do Brasil de Nunca Dantes e Dilma, e a oposição não percebe.

Quando perceber, 2014 já passou.

Também, não é para menos.

O Amaury tirou o Norte do PSDB.


Paulo Henrique Amorim

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Contraponto 7119 - " 'Estranho José Serra não entrar na justiça', diz Emediato"


“Estranho José Serra não entrar na justiça”, diz proprietário de editora

Jornalista e Proprietário da Geração Editorial, responsável pela publicação do livro “A Privataria Tucana”, diz ver com estranheza o fato do PSDB ter prometido entrar na justiça contra o autor da publicação, Amaury Ribeiro Júnior.

“Os denunciados no livro são o senhor José Serra, a filha dele Verônica Serra, o genro dele, o primo dele e outras pessoas. Não é o PSDB. É muito estranho que um partido ingresse na justiça contra o livro e uma editora, sendo que o partido, em si não é citado”, argumentou. “Estranhamente, o senhor José Serra não está entrando na justiça”, complementou.

http://www.portal730.com.br/noticias/politica/24835-estranho-jose-serra-nao-entrar-na-justica-diz-proprietario-de-editora-que-publicou-livro.html

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Contraponto 7118 - "Governo Dilma - Drible nas Crises"

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.28/12/2011

Governo Dilma - Drible nas Crises

Da Carta Capital - 28/12/2011


Marcos Coimbra

O ano de 2011 foi bom para o governo. Mas poderia ter sido melhor. Para a oposição, trouxe principalmente más notícias.




Ministros em queda e cena europeia exigem esforço extra de Dilma Rousseff para manter o prumo. Foto: Nikolay Doychinov/AFP

Quando começou o ano, o maior desafio que Dilma Rousseff tinha pela frente era assumir o lugar de Lula e não deixar que a maioria da população, que o aprovava enfaticamente, sentisse saudade. Ficasse com a sensação de haver perdido algo que prezava.

Isso, ela conseguiu e não foi um feito desprezível.

Se Lula tivesse terminado o mandato com perto de 90% de aprovação popular “apenas” pelas realizações objetivas de sua administração, a tarefa de Dilma já seria grande. Mas ele era também um presidente querido. O País sentia por ele afeição, seja pela história de vida, seja por sua capacidade de estabelecer uma comunicação calorosa com o cidadão comum. Para qualquer político, por mais experiente e habilidoso que fosse, seria um problema suceder alguém como Lula. Imagine-se para ela.

No exterior, Dilma é considerada uma importante liderança, que assumiu com naturalidade o papel de porta-voz de um Brasil com mais protagonismo. Dentro do País, seu trabalho à frente da Presidência é aprovado por cerca de 80% dos brasileiros. Quatro em cada cinco estão satisfeitos com o que ela faz. Os que reprovam o governo representam algo perto de 10%, um cidadão em cada dez.

Dilma chega ao fim de 2011 com muito que comemorar.

Resistiu ao desgaste de uma série de problemas que começaram em junho, com a demissão do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, e continuaram durante todo o segundo semestre. Seis ministros acabaram substituídos, quase todos por suspeita de irregularidades, algumas graves, outras menores. Em nenhum episódio foi vista como conivente ou tolerante. Atravessou-os como a maior interessada no seu esclarecimento, como quem queria aproveitar cada um para aprofundar a “faxina” na administração federal.

Enfrentou uma campanha para fazer da corrupção um tema capaz de mobilizar a opinião pública contra o governo. Não faltaram patrocinadores, das grandes corporações da mídia a algumas associações empresariais e grupos de pressão da direita. Fazia tempo que não se via tanta gente, nos principais veículos de comunicação, batendo, ao mesmo tempo, na mesma tecla.

Reagiu com competência ao agravamento da crise internacional ao adotar políticas destinadas a manter o consumo interno e aproveitar as oportunidades para impulsionar o crescimento da economia brasileira.


Subindo à tribuna para críticas ao governo Dilma, ao PT e elogios ao ex-presidente, o senador mineiro tenta o posto de 'farol' para os opositores. Da Redação. Foto: Geraldo Magelo/Ag. Senado


A maioria da população esperava que Dilma fizesse um governo de continuidade. Mais da metade votou nela por isso e muitos de seus não eleitores desejavam o mesmo. Não foi, aliás, por outra razão que seu adversário no segundo turno procurou se caracterizar como igualmente comprometido com a preservação do que Lula tinha feito. Enquanto manteve sua campanha em nível racional, Serra bem que tentou assumir o papel. Quem não se lembra dele dizendo que era o “Zé que vai continuar a obra de Lula”?

Prosseguir o trabalho de Lula tinha diversos significados: não interromper políticas claramente vinculadas a ele (como o Bolsa Família, o Prouni, o Minha Casa Minha Vida), insistir em uma política econômica comprometida com a elevação do consumo, continuar o esforço em prol da expansão do emprego e da renda. Se a expectativa era essa, Dilma a atendeu: chegamos ao fim de 2011 do modo como a população, no essencial, queria.

Em relação à economia, as pessoas se sentem razoavelmente tranquilas. De forma geral, acreditam que o nível do emprego será preservado e esperam que as condições da vida familiar melhorem nos próximos meses. A maioria sabe que existe uma crise internacional e se inquieta com ela, e teme a inflação. Mas tende a concordar com o que diz a mídia internacional, que estamos em condições mais favoráveis do que quase todo o mundo para enfrentá-la.

Quem olha as pesquisas de opinião espanta-se com o quase desaparecimento do desemprego como preocupação nacional. Hoje, é significativo apenas em regiões muito pobres, e tende a se tornar o quarto ou quinto no ranking dos problemas do País.

Enquanto permanecem preocupadas com a saúde e a precariedade da infraestrutura de transportes, os principais desafios dos governos, da União aos estados e municípios, as pessoas se interessam cada vez mais pela educação de qualidade. E na maioria tendem a dizer que o acesso a ela melhorou com Lula.

O que é realmente importante na avaliação de um governo?

Ilustração

Se o País vai fundamentalmente bem, se o desemprego cai, a educação cresce, existe um programa habitacional de grande escala, a população carente tem acesso a programas de complementação de renda, se as pessoas estão confiantes em relação ao futuro, qual é a surpresa de termos um governo aprovado? Qual o mistério do governo Dilma ser um dos mais bem avaliados do continente?

Há quem se espante com a falta de “indignados” em nossa paisagem política. Sua inexistência é lamentada por alguns, desde os que supõem que o Brasil teria uma espécie de obrigação de tê-los, pois estão na moda nos países desenvolvidos, aos que gostariam que enchessem as praças para enfraquecer o governo.

Mundo afora, “indignação” rima com o sentimento de que o governo não responde à população, se coloca contra ela. É esse o combustível que levou tanta gente aos protestos em diversos países. E é o que não temos no Brasil. Salvo as exceções de praxe, a sociedade brasileira não se sente alijada do governo Dilma, não se percebe em antagonismo a ele, não vê a presidenta como inimiga. “Indignar-se” contra quem, se ela é aliada?

Para a maioria, se Dilma tivesse se limitado a continuar o que herdou de Lula já estaria bom. Mas não seria justo dizer que o governo só fez isso. Apesar dos problemas do ano, algumas inovações foram ensaiadas. Na área social, com um aprofundamento do Bolsa Família por meio do Brasil sem Miséria. Na política econômica, com uma nova política industrial. Recebida com má vontade por alguns setores, ela tem se mostrado correta, exatamente onde tinha sido mais condenada, na indústria automobilística. Ao que parece, terá sucesso na atração de novos investimentos de larga escala.

O ano de 2011 não foi bom para as oposições. A eleição de 2010 havia sido negativa. As vitórias nas disputas esta-duais, onde basicamente mantiveram (ou reconquistaram) alguns governos, não compensaram a terceira derrota para o PT na presidencial, a perda de espaço na Câmara e a redução das bancadas no Senado. Sua presença na política nacional diminuiu e elas se estadualizaram.

O mau desempenho continuou a provocar consequências ao longo do ano. A mais nítida é o tamanho que alcançou o PSD, criado por Gilberto Kassab com o intuito principal de acomodar a parcela serrista do DEM, mas que cresceu muito além disso. Tornou-se um desaguadouro para diversos tipos de políticos, em especial os que queriam se aproximar do governo federal. Com isso, de 109 deputados que, juntos, PSDB, DEM e PPS haviam elegido, os três foram a 87. Sua participação na Câmara caiu de 21% para 17%. Somados, ficaram do tamanho que sozinho o PT tem.

No PSDB, esse enfraquecimento foi acompanhado por conflitos internos cada vez mais explícitos. O aecismo venceu o confronto com o que restava da ala ligada a Serra pelo controle da máquina partidária, mas a briga não terminou e vai longe.

Menor e dividido, o PSDB confunde-se na procura de um discurso. Ora se imagina pronto para expressar o “Brasil pós-Lula”, ora acha que precisa viver em permanente homenagem às “realizações do governo Fernando Henrique”. Não sabe se vai adiante ou se volta atrás 20 anos.

Talvez apenas para consumo externo, suas lideranças dizem crer que sofreram três derrotas para Lula por não haver feito a devida valorização da “herança de FHC”. Que o erro teria sido não lhe dar o merecido destaque.

A premissa é equivocada. Ao contrário do que pensam, a população conhece e tem uma avaliação da “herança de FHC”. Dela inteira e não apenas das partes “boas”, como o real, a responsabilidade fiscal, alguns aspectos da política de saúde e de educação. Ela pôs tudo na balança, os acertos e os erros, o lado bom e o mau de Fernando Henrique Cardoso, o que lembrava do Brasil que éramos, e fez o julgamento negativo que conhecemos.

Serra e Alckmin sabiam disso e não foi por outra razão que suas campanhas deixaram de lado a rememoração dos governos de FHC (especialmente do segundo). É difícil imaginar que os tucanos sustentem a tese até 2014. Mas, se a levarem mesmo a sério, teriam uma dúvida a menos: o candidato a presidente do PSDB seria óbvio. Se a intenção é reescrever o passado, para valorizar a herança de Fernando Henrique, ninguém melhor que o próprio para fazê-lo. Por que precisariam de um preposto?

O ano de 2012 será de eleições municipais. O que tende a ser positivo para o governo federal (e os governadores). O motivo é que o interesse e a atenção da população muda de foco e passa a se concentrar na cidade e seus problemas. Em vez de se preocupar com o que fazem presidente e governador, o assunto principal passa a ser o prefeito.

De FHC para cá, a consequência é que os presidentes sempre melhoraram de avaliação nos anos de eleição municipal. Em 1995, ele terminou com 41% de avaliações positivas, e chegou ao fim de 1996 com 47%. No segundo mandato, o mesmo se repetiu, apesar do patamar mais baixo: teve 16%, em dezembro de 1999, e foi a 24%, um ano depois.

No primeiro mandato de Lula, a melhora entre o fim do primeiro e do segundo ano, quando aconteceu a eleição municipal, foi parecida com a que seu antecessor havia experimentado: as avaliações positivas subiram discretamente, de 42% para 45%. Mas ficou como nunca evidente no segundo mandato: Lula tinha 50%, no fim de 2007, e foi a estratosféricos 70%, um ano depois.

As discussões entre os candidatos a prefeito costumam poupar o presidente, pela boa razão de que nenhum quer se mostrar incapaz de dialogar com ele. Preferem se apresentar como tendo “trânsito”- em Brasília, a fim de trazer benefícios para suas cidades, eles raramente hostilizam quem está no Planalto.

Isso se acentua quando o presidente é popular e conta com a simpatia do eleitorado local. Como aconteceu com Lula- em 2008. Ao ver seus índices de aprovação, os candidatos de todos os partidos, inclusive os de oposição, evitaram qualquer crítica ou confrontação com o presidente. O que vimos, ao contrário, na maioria das cidades, foi uma concorrência para escolher o mais lulista.

O resultado foi que Lula começou o ano bem e terminou com recordes. Houve uma espécie de “círculo virtuoso”, em que a boa avaliação de hoje impulsionava a de amanhã, pois inibia o questionamento. Será que o mesmo vai acontecer com Dilma? Ou ela será a primeira exceção ao que parece ser uma regra de nosso sistema político?

Com uma aprovação superior à de todos seus antecessores em momento semelhante, não há por que esperar que 2012 seja diferente para ela. Se 2011 foi um bom ano para o governo, 2012 tem tudo para ser melhor.

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