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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Contraponto 574 - Oposição abandona CPI da Petrobras


29/10/2009

Prevendo derrotas, oposição abandona CPI da Petrobras

Portal Vermelho - 28 de Outubro de 2009 - 19h27

A oposição retirou-se da reunião desta quarta-feira (28) da Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras. A debandada ocorre em função da análise dos oposicionistas de que dificilmente conseguirão influenciar na condução da CPI. A oposição esperava usar a CPI como palco de disputa política para desgastar o governo.
A versão oficial dos oposicionistas é que se tratou de um "protesto" ao comportamento da base do governo. A oposição prometeu não participar da comissão até que seja convocada uma reunião administrativa.

No começo da reunião, marcada para ouvir o depoimento do gerente-executivo de serviços da Área de Exploração e Produção da Petrobras, Erardo Gomes Barbosa Filho, os senadores tucanos Sérgio Guerra (PE) e Álvaro Dias (PR) saíram da audiência. Em seguida, foi a vez do senador Antônio Carlos Magalhães Junior (DEM-BA).

“Eles estão passando o trator de forma impiedosa em cima da gente”, reclamou ACM Junior. “Enquanto não for realizada uma reunião administrativa não vamos mais participar”, completou o democrata. Ele disse que a oposição pretende apresentar novos requerimentos de convocação e discutir os rumos da CPI na reunião.

Os governistas têm ampla maioria na comissão, além dos dois cargos de comando (presidência e relatoria). Com isso, conseguem aprovar ou derrubar os requerimentos propostos pela oposição.

O presidente da CPI, senador João Pedro (PT-AM), negou que a comissão esteja favorecendo a Petrobras. “Não há combinação [com a Petrobras]. O [José Sergio] Gabrielli é presidente da Petrobras e o João Pedro é o presidente da CPI”, afirmou o petista.

A líder do governo no Congresso, senadora Ideli Salvatti (PT-SC), ponderou que a oposição ajudou a aprovar o cronograma de trabalho proposto pelo líder do governo no Senado e relator da comissão, Romero Jucá (PMDB-RR). “O cronograma, aprovado por unanimidade, estabelece como será desenvolvido o trabalho da comissão”, disse Ideli.

Para amenizar os ânimos da oposição, o presidente da CPI marcou para a próxima terça-feira (3), um dia depois do feriado do Dia de Finados, uma reunião administrativa. Ele também marcou audiência com o presidente da Petrobras para o dia 10 de novembro.

Fonte: Agência Brasil
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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Contraponto 323 - Assessoria do Estadão na CPI


24/09/2009


Leitora do blog “flagra” jornalista do Estadão assessorando
senador
tucano na CPI


Os amigos do Presidente Por: Helena™ . Quarta-feira, Setembro 23, 2009

Não faz muito tempo, eu contei para vocês aqui no blog, uma conversa do senador ACM Júnior (DEM) quando explicou que a oposição contava com a "colaboração da imprensa", para fazer novas denúncias da Petrobras e que sem isso "fica difícil surgir mais informações contra a estatal". "Botamos fé na imprensa", comentou ele.

Tudo indica que a convocação do senador deu resultado.Para dar folego a CPI da Petrobrax do PSDB, a imprensa resolver assessorar o senador Álvaro Dias (PSDB)

Pelo menos é isso que denuncia, Aura Gomes, leitora do blog. Leia:

“Em visita ao Senado para assuntos profissionais, aproveitei para assistir à sessão de ontem da CPI da Petrobras.

Foi impressionante a forma ostensiva com que os representantes do PIG assessoravam os parlamentares da oposição, especialmente Alvaro Dias, o mais agressivo.

O jornalista Leandro Colon, do Estadão, pesquisava no seu notebook, redigia perguntas, passava bilhetinhos e coxixava no ouvido de Álvaro Dias o tempo todo. Parecia mais um assessor parlamentar do que um repórter.

Para quem estava lá, ficou claro o conluio entre o PIG e a oposição para usar uma CPI praticamente perdida para fabricar ataques midiáticos à Petrobras.

Deve ser uma reação desesperada da mídia oligárquica à choradeira da oposição, na semana passada, dizendo que contava com a imprensa para gerar denúncias na CPI”.Aura Gomes

Para quem não sabe, Nesta terça-feira (22/9) foi realizada a sessão da CPI da Petrobras que tratou do tema patrocínios. Os senadores ouviram o gerente Executivo da Comunicação Institucional da Petrobras, Wilson Santarosa, a gerente de patrocínios da Comunicação, Eliane Sarmento Costa e o gerente de Responsabilidade Social da Comunicação, Luis Fernando Nery. Você quer saber qual foi a matéria assinada por Lenadro Colon hoje no jornal? Está aqui, leia.
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domingo, 30 de agosto de 2009

Contraponto 173 - Serra e pré-sal, segundo PHA

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Serra vai dar o golpe do pré-sal para entregar aos amigos do FHC


Paulo Henrique Amorim 30/agosto/2009 16:54

O Serra não falha: é golpista e entreguista

Saiu no Vermelho, de Bernardo Joffily:

Planos antidemocráticos de Serra para o pré-sal?
Segundo afirma o colunista Kennedy Alencar, na Folha de S.Paulo deste domingo (30), “o governador José Serra tem dito em conversas reservadas que as regras propostas por Lula [para o petróleo do pré-sal] poderão ser modificadas pelo próximo presidente da República”. Ou seja, por ele, Serra, que imaginaria até que as regras “poderiam ser alteradas por medida provisória”. Pergunta: e onde fica a democracia?

Por Bernardo Joffily

Kennedy Alencar parece não se dar conta – ou pelo menos não passa recibo – da truculência da hipótese que descreveu. Se não, vejamos.

Lula pretende propor projetos de lei: três, talvez quatro, sobre o marco regulatório do petróleo do pré-sal. Eles tramitarão no Congresso. Serão debatidos na sociedade – que é tudo que o presidente quer, pois é o tipo de debate conveniente a quem pretende eleger o(a) sucessor(a).

Já Serra (Kennedy apresenta o tucano como “líder em todas as pesquisas sobre a sucessão presidencial de outubro de 2010″), diz, segundo o jornalista, “que, aprovadas as regras propostas por Lula, elas poderiam ser alteradas por medida provisória pelo futuro presidente. Não há decisão tomada, mas Serra cogita mudar as regras, caso seja eleito.”

“O governador paulista – prossegue Kennedy – tem simpatia pelo modelo atual”.

Que Serra tenha simpatias, é um direito. “É legítimo debater”, escreve Kennedy. Mas um debate democraticamente submetido à sociedade, à cidadania e ao Parlamento, pode, depois de convertido em leis, ser revogado por uma simples canetada do – autopresumido – “próximo presidente da República”?

“É um debate legítimo”, repete Kennedy. “O atual governo e o PSDB deveriam expor claramente quais são suas ideias sobre a forma de explorar o pré-sal. O debate está apenas começando do ponto de vista público. Os projetos de Lula vão sair do Palácio do Planalto para chegar ao Congresso Nacional. É uma riqueza imensa que está em jogo. É bom que cada ator político de peso revele suas verdadeiras intenções.”

Tudo bem, é sensato esse raciocínio de Kennedy. Mas não “é bom” nem democrático que um dos atores cogite de tratorar o resultado do debate legítimo caso venha a empunhar a caneta capaz de assinar medidas provisórias.

Compreende-se e desculpa-se que Serra, como presidenciável da oposição, to rça o nariz para o fato do pré-sal ter sido descoberto e estar tendo seus parâmetros de exploração no governo Lula. Afinal, lembra Kennedy, “é uma riqueza imensa”.

Mas a hora de Serra expor o que defende para o pré-sal é agora, a partir desta segunda-feira, 31 de agosto, ou, se tiver pressa, no jantar com Lula esta noite no Palácio da Alvorada. De qualquer modo, é junto com a sociedade e o Legislativo. Não depois que o debate tiver se concluído. E nunca a canetaços de medida provisória – um recurso que em tese estaria à disposição de Lula, mas que este descartou por respeito à necessidade de discutir da forma mais ampla, democrática e exaustiva possível o que a nação deve fazer com a “riqueza imensa” do pré-sal.

Navalha - Conversa Afiada

É a quintessência do Putin brasileiro.

Dar um Golpe, com medida provisória.

E manter as regras de hoje.

Ou seja, não mexer no regime de concessão.

Ou seja, entregar o pré- sal aos que contratam o Fernando Henrique a US$ 50 mil por palestra (fora o jatinho).

Não podia ser mais claro.

O PSDB fez a CPI da Petrobrás para meter a mão no pré-sal.

Por que o Zé Pedágio não sai na rua para debater esse projeto: assim, cara-a-cara ?

Por que ele se esconde atrás do off do PiG (*) ?
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terça-feira, 11 de agosto de 2009

Contraponto 84 - Manipulação testemunhada


Tudo o que você quis saber. Sem qualquer garantia


por Luiz Carlos Azenha | Publicado em 11 de agosto de 2009 às 11:21 /
atualizado em 11 de agosto de 2009 às 18:08

O Luiz Freire me faz uma cobrança:

luiz freire (11/08/2009 - 10:28)


Azenha, muito interessante, mas e o caso da secretária da Receita ? E o discurso de ontem do caçador de marajás ? E a CPI da Petrobras ? E o caso do Sérgio Guerra ? E o Paulo Duque versus Arthur Virgílio ? E o Lula defendendo Dilma ? E a candidatura da Marina ?

Confesso que esses assuntos me dão um tremendo cansaço. A maior parte deles, pelo menos. Eu me julgo impedido de tecer considerações a respeito como se eu fosse um expert. Em primeiro lugar por ter perdido o hábito de ler jornais. Eu me informo sobre o mundo na internet. Prefiro ler os comentaristas de vários sites do que os colunistas previsíveis.

Já fiz três grandes coberturas de política em minha vida profissional. No início dos anos 80, pela TV Bauru, cobri as eleições municipais em que o MDB deu uma sova na Arena (ou foi o PMDB batendo o PDS?). Demos ampla cobertura aos adversários do regime militar. Foi bom.

Mais tarde, já na TV Manchete, cobri a vitória de Jânio Quadros sobre Fernando Henrique Cardoso, na disputa pela prefeitura de São Paulo. Jânio, que entrevistei várias vezes na casa dele, reclamava que era perseguido pela mídia. Reclamava especialmente do tratamento dado a ele pela TV Globo. As pesquisas eleitorais do Datafolha davam vitória de FHC. Inclusive no dia da eleição. Já a rádio Jovem Pan se mobilizou em defesa de Jânio. Fez uma pesquisa não científica, entrevistando gente na rua, que dava a ele a vantagem.

No dia da eleição fui para a redação da Folha, transmitir ao vivo. O boca-de-urna do Datafolha deu vitória de FHC. E eu lá, sustentando os resultados do jornal. Até que um diretor da TV Manchete me ligou: "Azenha, dá que o Jânio vai vencer. Ele está na frente nas apurações". Cheguei a entrevistar ao vivo o diretor do Datafolha, que se justificou: "A apuração começou pelas urnas em que Jânio tem vantagem. FHC vai vencer". Que barriga! Jânio Quadros venceu e deu a primeira entrevista como prefeito eleitoà TV Manchete, no estúdio.

Finalmente, em 2005/2006 cobri as eleições presidenciais pela TV Globo. Uma experiência amarga. Primeiro a Globo, de acordo com o editor de Economia Marco Aurélio Mello, do Jornal Nacional, ordenou que ele "tirasse o pé" das boas notícias da economia, que favoreciam o governo Lula.

(Veja o post do blog do Marco Aurélio logo após o do Azenha, aqui neste post do ContrapontoPIG)

Depois o JN passou a repercutir, todos os sábados, as capas de Veja, muitas das quais absolutamente fantasiosas. Depois a emissora recheou seus programas, inclusive de entretenimento, com entrevistas marotas, que favoreciam as teses de Geraldo Alckmin. Finalmente, passou a favorecer abertamente candidatos tucanos -- especialmente José Serra, candidato a governador de São Paulo.

O modelo era simples: acobertamento descarado de todo e qualquer escândalo tucano -- eu mesmo tive uma reportagem sobre a máfia das ambulâncias arquivada, pois dizia que 80% das ambulâncias superfaturadas tinham sido entregues durante a gestão de Serra no Ministério da Saúde -- e propagação turbinada de todo e qualquer escândalo envolvendo petistas. Omissão das palavras "Serra", "FHC" e "PSDB" em textos comprometedores e inserção de "PT" ou "petista" sempre que isso pudesse ser feito de forma comprometedora.

Assim, em resposta ao Luiz Freire, digo que o modelo que está sendo utilizado agora é praticamente o mesmo. Com variações:

-- A Globo, pelo que sei, parece um pouquinho mais cuidadosa. Para não ser acusada de omissão, dá as notícias, cuidando para que elas não sejam apresentadas de forma a comprometer Serra. Trabalha mais na propaganda positiva. Por exemplo, disseminando informações sobre a lei antifumo em São Paulo como se fosse a maior realização administrativa do planeta.

-- O Globo está completamente enlouquecido. Mente e distorce de uma forma tão descarada que, sinceramente, não sei mais quem eles pretendem enganar, além da meia dúzia de leitores do Leblon e de Ipanema que os leva a sério.

-- A Folha é a grande surpresa da temporada, com "reportagens" impensáveis como a da ficha falsa da Dilma. Acho que os filhos do Frias querem honrar a memória do pai, que via no Serra um futuro presidente. E há, obviamente, bons negócios a serem feitos, num período de crise dos jornais.

-- A vantagem do Estadão é que o jornal sempre foi reaça. Deu agora de gritar "censura". Parece criança mimada esperneando.

Ou seja, nada de muito novo no front. É um repeteco turbinado de 2006.

Suas outras perguntas:

-- Secretária demitida da Receita -- É um disse-me-disse. Tentativa de juntar Sarney, Petrobras e Dilma num pacote só. Como escândalo, não tem futuro.

-- Caçador de marajás -- Fernando Collor deveria dar uma entrevista coletiva narrando todos os acordos que fez com a mídia antes, durante e depois do período em que ocupou o Planalto. Seria uma leitura interessante.

-- Sérgio Guerra -- Factóide tosco que a Folha usa para parecer isenta. Importância zero.

-- Paulo Duque vs. Arthur Virgílio -- É do jogo político. Como escrevi aqui, a mídia tenta vender o jogo político pré-eleitoral como campanha contra a corrupção, para tentar enquadrar José Serra no papel de impoluto e Dilma como aliada de corruptos. Mas o PMDB é mil vezes mais inteligente que qualquer Ali Kamel. É profissional. Vai sangrar o Arthur Virgílio para calar a oposição. No fim eles fazem algum tipo de acerto e fica tudo por isso mesmo.

-- CPI da Petrobras -- A Petrobras tem dinheiro e tem estratégia para enfrentar a CPI. O vazamento do financiamento aos projetos da dona Ruth sem comprovação de que foram realizados seria um escândalo de dimensões nacionais se os envolvidos fossem parentes do presidente Lula. Todos os escândalos recentes morreram assim que se revelou que, na verdade, tinham se originado com os tucanos ou demos. É um jogo em que todos saem sujos. Favorece o surgimento de candidaturas como a do Protógenes. Oude outro caçador de marajás.

-- Marina Silva -- A eleição de 2010 será decidida em torno de questões econômicas. Quem compra o discurso da Marina é de classe média alta. Um discurso muito sofisticado para competir com o bolsa Família ou com os aumentos do salário mínimo. Não tem futuro.

-- Ciro Gomes -- Está tirando proveito político do descontentamento que existe à esquerda do governo Lula, que não é pequeno. Reúne desde o MST àqueles que não aceitam que, para dar continuidade a seu projeto de governo, Lula (com Dilma) ficará refém mais quatro anos do Centrão do PMDB.

Essa é, em minha opinião, a principal fragilidade do projeto eleitoral Lula/Dilma: mais quatro ou oito anos sustentados no Congresso pelo Centrão. Podem até ganhar a eleição em 2010, mas o toma-lá-dá-cá sobreviverá firme e forte.

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