domingo, 2 de maio de 2010

Contraponto 2103 - "Companheiro Lula de sempre nos emociona no 1º de Maio"

.
02/05/2010

Companheiro Lula de sempre nos emociona no 1º de Maio



Amigos do Presidente - por Zé Augusto - sábado, 1 de maio de 2010

Neste dia do trabalho de 2010, Lula se emocionou no fim do discurso, e emocionou a todos nós que entendemos o significado da palavra companheiro.

O presidente lembrou que exerceu a presidência com os mesmos princípios de lutas pela melhoria da vida dos companheiros e companheiras trabalhadores do Brasil.

É a mesma luta que ele trava desde quando era líder sindical, sendo a presidência da República uma continuação dessa mesma trajetória iniciada lá atrás.

É fácil entender as lágrimas de Lula, se lembrarmos o tanto que todos nós tivemos que lutar e apanhamos dos interesses do poder econômico egoísta, que se recusa a dividir um pouco da riqueza nacional de todos, entre todos.

Foi assim desde a década de 1970, quando Lula era líder sindical. Chegaram a prendê-lo para coagir e querer que ele "amarelasse" e desistisse da luta. Quanto mais reprimiam Lula, mais forte ele voltava, criando a CUT e o PT.

A cada campanha eleitoral era um golpe, uma onda de baixarias, dossiês, factóides, denúncias falsas, escândalos fabricados, contra-propaganda, desconstrução de sua imagem e difamação, para não deixar que o povo votasse nele livre e consciente.

Depois que chegou ao governo, os golpes baixos continuaram, querendo impedir que governasse, para fazer um governo ruim. Não deu certo, Lula venceu a herança maldita das 3 quebradeiras e dos acordos com o FMI deixados por FHC e José Serra.

Depois quiseram derrubá-lo no tapetão, mas não tiveram coragem de enfrentar a reação popular que todos nós faríamos nas ruas.

Depois tentaram impedí-lo de conquistar o segundo mandato.

Depois quiseram impedí-lo de governar bem de novo, no segundo mandato, plantando armadilhas e sabotagens todos os dias.

O presidente Lula e o povo brasileiro que o apóia venceram a tudo e a todos.

A batalha agora é para darmos continuidade a esta luta elegendo sua sucessora, contra o retrocesso das forças do atraso.

Lula deixará de legado um governo de trabalhador para os trabalhadores. De companheiro para companheiros e companheiras, que só não conseguiu fazer mais ainda porque teve que consertar muita lambança dos governos passados, e também porque enfrentou forças conservadoras terríveis, do poder econômico, de interesses internacionais, de uma oposição e imprensa desleal e corrupta, que aparelharam até o judiciário.

Num momento de bom-humor, Lula disse esperar ser convidado de novo no 1º de Maio do ano que vem, quando não estará mais na presidência. É claro que estará lá de novo.

Nenhum de nós admite falar do presidente Lula no passado. Faltam 8 meses na presidência. É pouco para nós "lulistas" que sempre queremos mais, mas dá tempo de ainda fazer muita coisa para um estadista como Lula, que pensa e enxerga longe. E dá tempo para continuar preparando o terreno para Dilma conduzir o Brasil na subida dos próximos degraus na escada do desenvolvimento, prosperidade, justiça social, e construção de um mundo melhor a partir do exemplo brasileiro, no rumo traçado pelo governo Lula.

E depois que Presidente deixar o Planalto, ninguém vai aceitar que Lula não ocupe um posto de destaque no mundo, trabalhando pelo Brasil, e pelo desenvolvimento da América Latina e África. Lula é para sempre.
.

Contraponto 2102 - "Lula defende redução da jornada no 1º de Maio Unificado"

.
.02/05/2010

Lula defende redução da jornada no 1º de Maio Unificado


Portal da CTB

O presidente Lula destacou durante discurso, em São Paulo, no 1º de Maio Unificado convocado pela CTB, UGT e Nova Central, que entre outras coisas que se comemoram neste Dia dos Trabalhadores está a proposta de redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais em tramitação no Congresso Nacional, cujo principal objetivo é “empregar mais trabalhadores”.
Muito bem recebido por um público estimado em 100 mil pessoas pelo presidente da CTB, Wagner Gomes, o presidente falou à tarde no ato realizado pelas três centrais, depois de prestigiar as manifestações organizadas pela Força Sindical e CUT. “Tem muita gente nova que não sabe dos sacrifícios que foram feitos no passado para que a classe trabalhadora conquistasse seus direitos”, declarou Lula, lembrando que antigamente, no capitalismo, a jornada diária de trabalho chegava a 16 horas e muita gente morreu para que o tempo de trabalho fosse reduzido a 8 horas diárias.

Valeu a pena

Segundo Lula, “valeu a pena a classe trabalhadora acreditar e eleger um metalúrgico para a Presidência. Já elegeu empresários, fazendeiros, advogados e professores, mas precisou eleger um metalúrgico para fazer o que a classe trabalhadora precisava”.

Assegurou que concluirá oito anos à frente do Executivo com a criação de 14 milhões de empregos. Com a exceção da China, de acordo com ele ninguém mais conseguiu isto. Citou também a valorização do salário mínimo e o Bolsa Família como exemplos das medidas que foram tomadas pelo seu governo em prol da classe trabalhadora.

Fora FMI

O presidente disse que tem orgulho de poder olhar no olho dos trabalhadores e trabalhadoras do país, enquanto a maioria dos presidentes “não teria coragem sequer de participar de um 1º de Maio”. Segundo o presidente da CTB, Wagner Gomes, esta é a primeira vez desde 1951 que um presidente da República participa nas manifestações do Dia dos Trabalhadores.

Lula conclui seu discurso contando uma pequena história relacionada ao FMI. Lembrou que os companheiros sindicalistas presentes (referindo-se aos presidentes da CTB, Wagner Gomes, UGT, Ricardo Patah, e Nova Central, José Calixto) ficaram com os braços cansados de carregar faixas contra o FMI. “Pois nós mandamos o FMI embora e depois ainda emprestamos 14 bilhões de dólares ao Fundo, viramos credores em vez de devedores”.

Dilma

Recebida no ato aos gritos de “olê, olê, olá, Dilma, Dilma”, a ex-ministra Dilma Roussef e pré-candidata do PT à Presidência da República também falou na festa do 1º de Maio Unificado.
“Estamos reunidos num dia de comemoração e de luta”, ressaltou Dilma. “Temos o que comemorar. O salário mínimo hoje equivale a 300 dólares, quando o governo Lula começou valia menos que 100 dólares. O Brasil está crescendo e não só para os mais ricos, mas para todo o povo”, acrescentou.

Ao elogiar o governo Lula, a pré-candidata do PT disse que “o presidente garantiu que o país não ficasse de joelhos perante o FMI. Passamos a ser um povo orgulhoso de nós mesmos e do nosso país, criamos 12 milhões de empregos com carteira assinada, retiramos mais de 20 milhões da pobreza e provamos que o Brasil pode crescer e ao mesmo tempo distribuir a riqueza e que a distribuição mais justa da renda nacional acelera o crescimento econômico”.
“Mais desenvolvimento é o que queremos”, proclamou Dilma. “Mais salário no bolso do trabalhador, mais educação para os filhos da classe trabalhadora, mais creches e um povo com melhor qualidade de vida. É isto que queremos, é isto o que o Brasil precisa”.

Sucesso


Os presidentes das três centrais que organizaram o 1º de Maio Unificado ressaltaram, em seus pronunciamentos, a luta pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. Wagner Gomes, da CTB, considerou que o ato foi "um sucesso", destacando o seu "caráter unitário" e as seis bandeiras de luta (redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem redução de salário; ratificação da Convenção 158 da OIT, que proíbe demissões imotivadas; fim do fator previdenciário; direito à igualdade de oportunidade; desenvolvimento nacional com valorização do trabalho; e política de valorização permanete do salário mínimo).

"Tivemos um bom público", prosseguiu o sindicalista, "recebemos o parabéns da Dilma por isto e fomos prestigiado pela presença do presidente da República, um fato histórico que ocorre pela primeira vez desde 1951. Foi um grande sucesso", arrematou.

Entre outras personalidades passaram pela manifestação da CTB, UGT e Nova Central o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, os deputados federais Aldo Rebelo, Carlos Zaratine e Roberto Santiago, os senadores Aloísio Mercadante e Eduardo Suplicy, o delegado Protógenes Queiroz, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi e o presidente da UNE, Augusto Chagas.

Da redação, Umberto Martins
.

Contraponto 2101 - "A disputa pelo Estado"

.
02/05/2010

A disputa pelo Estado

Carta Maior 01/05/2010

Emir Sader*

Quando Fernando Lugo foi eleito presidente do Paraguai, The Economist disse, em editorial, que aquele seria o último presidente de esquerda a ser eleito na América Latina. A chegada da crise mudaria a pauta, que estaria centrada em temas propícios à recuperação da direita – ajuste fiscal e violência.

Qualquer candidato que pregue diminuição de impostos e mão dura na segurança pública sai na frente nas pesquisas. A primeira proposta apela para a desqualificação do Estado, que arrecadaria em excesso e não daria retorno em serviços à massa da população. Não importa que tipo de dessolidarização significaria pagar menos impostos, recorta-se a relação apenas com uma entidade abstrata – “Estado” -, sem levar em conta que a grande maioria dos gastos estatais são para contratar pessoal que atende a massa – em geral pobre – da população, como enfermeiras, professores, assistentes sociais. O inimigo não é a injustiça, a miséria, a falta de direitos para todos, mas se concentraria no Estado – vítima privilegiada do neoliberalismo.

O problema seria mais grave porque, mais recentemente, a mesmo The Economist afirmou que o Brasil seria um caso perdido para o liberalismo, porque, segundo eles, o voto sendo obrigatório e os pobres gostando do Estado – que é quem concede direitos -, os liberais nunca conseguiriam triunfar.

Acontece que, quem garante direitos, é o Estado. Quem coordena planos de casas populares, é o Estado. Quem desenvolve planos de contenção da maior crise econômica internacional, é o Estado. Quem pode redistribuir renda, mediante programas sociais, contrapondo-se em parte às desigualdades produzidas pelo mercado, é o Estado.

É, ou pode ser o Estado, na dependência de quem o dirige, da concepção que preside sua atuação. Na crise de 1999, o governo FHC subiu a taxa de juros a 48%, isto é, levou o país a uma profunda e prolongada crise, que teve como conseqüência a assinatura por aquele governo de mais uma Carta de Intenções com o FMI e a reiteração das medidas anti-sociais que essa carta contém.

Olhando para a recente crise mundial– consensualmente considerada a mais grave crise econômica desde 1929, terminando com a equivocada versão de que o governo Lula se dava bem porque contava com um entorno internacional favorável. -, podemos imaginar como estaríamos se o Brasil estivesse sendo governada por Alckmin, que tinha proposto o retorno ao Estado mínimo, a uma reinserção internacional como a propõe agora Serra, de ruptura das alianças com o Sul do mundo e vínculos carnais com os EUA. Teríamos uma crise como a mexicana.

O papel do Estado foi o diferencial entre a atuação do Brasil na crise de 1999 e na crise recente. Naquela, a ação do governo foi de multiplicar a crise. Nesta, o governo acionou todos os mecanismos anti-cíclicos para diminuir os efeitos da crise. Naquela crise, o Brasil foi jogado numa crise profunda e prolongada. Nesta, saímos da crise de forma relativamente rápida. Naquela, o povo pagou o preço mais caro da crise, elevando-se ainda mais o desemprego, o trabalho precário, a taxa de juros. Nesta, buscou-se resguardar o nível de emprego, de salários, as políticas sociais foram mantidas e até estendidas.

Daí que a luta pelo controle do Estado se torna tema e objetivo central da campanha eleitoral deste ano. Para que volte a ser instrumento dócil da acumulação privada – como foi nos processos de privatização levado a cabo pelos tucanos, unanimemente, sem voz dissonantes no seu ninho – ou para que seja o grande promotor do desenvolvimento com distribuição de renda, da soberania nacional e do combate à desigualdade e à injustiça social.


*Emir Sader. Sociólogo e Cientista Político

.

sábado, 1 de maio de 2010

Contraponto 2100 - "Cientistas dos EUA elogiam saúde cubana e pedem fim do bloqueio"

..
01/05/2010


Cientistas dos EUA elogiam saúde cubana e pedem fim do bloqueio

Portal Vermelho - 1 de Maio de 2010 - 13h02

Os Estados Unidos devem por fim às restrições ao comércio de medicamentos que impõem contra Cuba há 50 anos no contexto do bloqueio econômico, na opinião da revista científica Science, que reflete a opinião dos cientistas e é considerada uma das melhores publicações do gênero no mundo. “Uma melhor política inclusive seria a eliminação total do bloqueio comercial”, defenderam em um artigo os professores Paul Drain e Michele Barry, da escola de Medicina da Universidade de Staford.

Os dois afirmam que o fim do bloqueio permitiria que os Estados Unidos estudem e aprendam com o exitoso sistema universal de saúde cubano. “Apesar de meio século de bloqueio, Cuba possui melhores resultados em saúde pública que a maioria das nações da América Latina”, escreveram. Seus êxitos, agregam, são comparáveis aos dos países mais desenvolvidos.

Em relação à América Latina e ao Caribe, Cuba exibe a mais alta taxa de expectativa de vida (78,6 anos), assim como o maior número de médicos por habitantes (59 para cada 10 mil). Possui também a menor taxa de mortalidade infantil (5 para cada mil nascimentos) e entre crianças (7 em mil), segundo Drain e Barry.

Cuba também tem “um dos maiores índices de vacinação e de nascimentos de todo o mundo, atendidos por especialistas em saúde”. Esses feitos, estimam, se deve principalmente à ênfase que Cuba confere à atenção primária à saúde, mais do que a magnitude dos recursos financeiros disponíveis para o sistema médico nacional.

Mediante à educação popular sobre a prevenção de enfermidades e promoção da saúde, Cuba depende menos de recursos médicos para manter uma população saudável. Os Estados Unidos ganhariam estudando a experiência exitosa da Ilha e adotando algumas de suas políticas para o setor e isto também poderia ser um bom primeiro passo para a normalização das relações entre Cuba e os Estados Unidos, concluem os professores no artigo publicado pela Science.

Fonte: Prensa Latina
.

Contraponto 2099 - "Mas sua filha gosta"


01/05/2010
Mas sua filha gosta
Óleo do Diabo 30/04/2010

Miguel do Rosário

Ao contrário de nossos matutos, a mídia internacional deu grande destaque ao fato do presidente Lula figurar como número 1 da lista dos 25 políticos mais influentes do planeta. Pesquisei no mundo inteiro e verifiquei que foram raríssimos os que fizeram a ressalva sobre a lista não ser um "ranking", e mesmo esses focaram no fato do presidente aparecer em primeiro lugar, no "topo".

Dentre os que fizeram ressalva, está o Clarín, jornal conservador que faz oposição à Cristina Kirchnner; ainda assim, optou pela manchete: "Lula, no alto do pódio, entre os mais influentes do mundo".

Abaixo, um apanhado de alguns sites que visitei. Para ver melhor, clique sobre a imagem. Volto a escrever lá embaixo.

imagem. Volto a escrever lá embaixo.

















*

O constrangimento foi geral nas redações. Apesar de, em seu portal na web, ter sido de longe a matéria mais lida e comentada, o Estadão não botou na capa e publicou apenas nota no pé da página. O Globo também não deu na capa, mas publicou quase uma página inteira, enfatizando contudo não o prêmio, seu significado e repercussão, e sim o fato de Michael Moore, que comenta sobre Lula, não ter mencionado o mensalão, problemas na saúde pública, etc, como se o cineasta pudesse sintetizar todos os problemas do governo e do país num texto com menos de uma lauda. O Globo sequer informou a seus leitores que Lula ocupou o topo da lista.

A Folha deu na capa o seguinte:



Ou seja, assim como o Globo, a Folha também ocupou o espaço para "explicar" a seus leitores que não se tratava de um ranking. Pelo menos informa que ele é citado em primeiro lugar, embora não tire a conclusão lógica do fato.

*

Alguns colunistas comentaram a notícia na imprensa de hoje. Separei dois textos que me chamaram a atenção: um de Barbara Gancia, na Folha; e outro de Fernando de Barros e Silva, no mesmo jornal.

Reparem nesse trecho da coluna de Gancia:

Ah, e como a gente precisa que gostem de nós! Norte-americano não está nem aí se o resto do mundo quer ver os EUA riscados do mapa; suíço, holandês, canadense, belga, sueco e finlandês tampouco estão se lixando se você aprovou ou não o país dele. Já o italiano faz questão de criticar a Itália junto com você. E só os mais humildezinhos, digamos, uma Honduras, uma Gana, uma Nigéria, um México, uma Venezuela ou... um Brasil têm aquele patriotismo rasgado, de chorar pela pátria quando toca o hino.

Ué, vocês sabiam que o brasileiro era tão patriota? Eu achava que, ao contrário do que diz Barbara, os americanos é que eram. Não tem um filme americano em que não apareça a bandeira deles. Na Europa, o nacionalismo é tão grande que já mataram dezenas de milhões por causa disso. No Brasil, sempre ouvi as pessoas só falando mal do Brasil, sobretudo entre os missivistas de jornal. Nos últimos anos, com Lula, é que temos visto emergir um orgulho maior pela nacionalidade, mas nada que seja tão piegas e exagerado. Ou seja, Barbara esculacha o brasileiro por um patriotismo que só ela vê. Sem contar que ela compara o Brasil a Gana e Nigéria...

Sobre o texto do Fernando, eis um trecho:

No perfil que escreveu do petista, o documentarista Michael Moore diz platitudes, mas é certeiro ao afirmar: "O que Lula quer para o Brasil é o que nós costumávamos chamar de sonho americano".
Um mundo de consumidores banais e felizes. Uma sociedade remediada na sua selvageria pela força integradora do dinheiro. Do socialismo, nem o cadáver. Esse é o horizonte em que se movem Lula e sua utopia mundana. Moore viu o que muito petista ainda não entendeu.

O antilulismo desses caras é tão doentio, tão radical, que eles preferem se tornar antiamericanos (renegando portanto a si mesmos) a aceitarem um elogio ao presidente. O sonho americano a que se refere Michael Moore é o velho sonho de liberdade e oportunidade para todos. Reduzir a grande nação americana, pátria do rock, do blues, do jazz, da literatura beat, de uma gigantesca e eclética indústria de cinema, que desenvolveu a informática moderna e inventou a internet, a uma "sociedade remediada na sua selvageria pela força integradora do dinheiro" seria coerente na boca de um militante do PSTU, não num assumido conservador ianque como Fernando de Barros e Silva.

Como já dizia Jorge Maravilha, eles podem não gostar do Lula, mas o povo gosta.

.

Contraponto 2098 - "Me belisca"

.
01/05/2010

Charge do Sinfrônio

Diário do Nordeste - 01/05/2010




..

Contraponto 2097 - "Vazamento pode ser o maior desastre dos EUA"

.
01/5/2010

Tragédia Ambiental
Vazamento pode ser o maior desastre dos EUA

Petróleo ameaça os animais de Louisiana; danos no ecossistema serão irreversíveis, disse o Greenpeace REUTERS

Diário do Nordeste (CE) 01/5/2010

Mancha de óleo atingiu a costa do estado de Louisiana; não serão mais permitidas novas plataformas no país

Venice, EUA. O vazamento de óleo no Golfo do México, que atingiu a costa do estado americano da Louisiana, chegando a uma ilha perto do Delta do Rio Mississipi e ameaçando a fauna e a flora da região, pode ser o maior desastre ambiental da história dos EUA provocado por vazamentos de petróleo.

Até então, o Exxon Valdez, que em 1989 despejou 41 milhões de litros de óleo em uma área de vida selvagem no Alasca, tinha sido o mais prejudicial. Porém, a calamidade ambiental no Golfo do México, onde estão sendo despejados pelo menos cinco mil barris por dia, pode ser pior, justamente porque uma plataforma petrolífera - e neste caso são três vazamentos em dutos de um poço submarino a 1.525 metros de profundidade - pode despejar uma quantidade muito maior de óleo do que um navio, que transporta uma quantidade limitada.

O governo anunciou que não serão mais permitidas novas plataformas de petróleo nos EUA até que as causas da explosão sejam esclarecidas.

Ontem, os enviaram dois aviões Hércules C-130 ao Golfo do México, que estão à espera de receber ordens para começar a borrifar substâncias químicas sobre a mancha de óleo. O Exército também enviou equipamentos para iniciar as tarefas de limpeza no mar.

O governador da Flórida, Charlie Crist, declarou estado de emergência do estado. Assim, a Flórida receberá ajuda do governo para fazer frente a uma eventual catástrofe natural. O presidente Barack Obama afirmou que os contratos futuros de exploração de petróleo serão submetidos a medidas mais rígidas de segurança para prevenir e vazamentos.

A empresa British Petroleum (BP), responsável pela plataforma, disse que vai compensar todos que foram afetados pelo vazamento. O custo para a indústria da pesca de Louisiana pode chegar a US$ 2,5 bilhões, enquanto o impacto sobre o turismo no litoral da Flórida pode ser de US$ 3 bilhões.

Meio ambiente

40% dos pântanos e mangues dos EUA estão em Louisiana, o habitat de várias espécies de animais. Principais impactos são para a vida marinha
.

Contraponto 2096 - "Colômbia: dianteira de candidato verde supera margem de erro em nova pesquisa"

.
01/05/2010

"Colômbia: dianteira de candidato verde
supera margem de erro em nova pesquisa"

Opera Mundi - 30/04/2010 | ANSA | Bogotá

O ex-prefeito de Bogotá e candidato do Partido Verde (oposição) às eleições presidenciais colombianas, Antanas Mockus, confirmou a primeira colocação em uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (30/4) em que aparece com 38,7% das intenções de voto.

Segundo o levantamento da empresa Datexco, a liderança de Mockus está além da margem de erro - de 2,12 pontos percentuais - já que o governista Juan Manuel Santos, do Partido de la U, aparece com 26,7%.

Na terceira colocação vem a representante do Partido Conservador Colombiano, Noemí Sanín, com 9,8%, seguida de Germán Vargas Lleras, do Mudança Radical (3,3%), e Gustavo Petro, do Polo Democrático Alternativo (2,9%). Ainda de acordo com a pesquisa, Mockus também venceria Santos em um eventual segundo turno, por 41,5% a 29%.

Os números apresentados por essa pesquisa são semelhantes ao de outro estudo, divulgado pelo Centro Nacional de Consultoria, que também aponta liderança do candidato do PV por 39% a 34%. Dessa forma, Mockus consolida o crescimento que teve nas últimas semanas e assume o posto de favorito às eleições, até então ocupado por Santos.

Há pouco de duas semanas, o ex-prefeito de Bogotá estava tecnicamente empatado com Sanín na segunda posição com cerca de 20% das preferências.

A Datexco entrevistou 2.225 pessoas de 36 cidades colombianas entre os dias 27 e 29 de abril. O primeiro turno da eleição que escolherá o sucessor do presidente Álvaro Uribe acontece no dia 30 de maio.
.

Contraponto 2095 - "Frase da Carta Maior"

.
01/05/2010

Frase da Carta Maior

"No dia 1º de Maio de 2002 a taxa média de desemprego na região metropolitana de São Paulo, medida pelo DIEESE/SEADE, era de 19,4%, contra 14,2% no início do governo de FHC e Serra. Hoje é de 13%. O total de desempregados no Brasil cresceria em mais de 9 milhões de pessoas na década governada pela coalizão conservadora que agora tenta voltar ao poder. De um total de 75 milhões de trabalhadores, não mais que 27 milhões tinham carteira assinada no último 1º de Maio da 'modernidade' tucana: menos que 36% do total, contra mais de 52% hoje. Os que agora dizem "o Brasil pode mais" produziram um esfarelamento industrial que levou a cortes de até 30% do nível de emprego de alguns setores industriais. Às vésperas do 1º de Maio de 2002 , FHC disse ao lado de Serra , em uma inauguração em São Paulo: ‘O que estamos fazendo é apenas um começo, não é um interregno. Terá continuidade, pelo bem do Brasil'. Cinco meses depois os trabalhadores deram sua resposta elegendo Lula com 52,8 milhões de votos, 61,27% do total."

(Carta Maior e o confronto entre dois projetos de país; 1º de Maio de 2010)
.

Contraponto 2094 - "A mordaça tucana"

.
01/05/2010
"A mordaça tucana"

Tijolaço - sábado, 1 maio, 2010 às 0:09

Brizola Neto


É muita cara de pau. Depois de levar um flagrante fazendo o jogo sujo da internet,o PSDB quer calar a voz de Lula. Ameaça processar o presidente por ter feito um pronunciamento em cadeira de rádio e televisão em razão do 1º de maio, dia do Trabalho.

O presidente não indicou candidato, não pediu votos. Disse, apenas, que esperava que esperava a continuidade das políticas que desenvolveu. Deveria pregar o que? A sua revogação? Deveria fazer um apelo para que parasse a politica de gerar empregos, ou de aumentar o salário-mínimo?

Ficamos assim: Serra, do PSDB, da oposição, diz que é preciso continuar e “poder mais”. Lula diz que está tudo indo mal e que é preciso mudar. Bacana, não é?

A oposição morre de medo das falas de Lula, pela popularidade de que desfruta a junto ao povo brasileiro. E em todas as pesquisas, a maioria da população afirma que votaria em um candidato indicado por ele.

Querem privar a população de ser informada de que há mais emprego, de que há mais salário e de que é decisão de Governo privilegiar a produção e o trabalho.

Ao dizer em seu pronunciamento na quinta-feira à noite que “este modelo de governo está apenas começando”, Lula deixou a oposição em polvorosa, e ela já anunciou que vai ingressar com representação no TSE por propaganda antecipada. Os cães de guarda sairam a campo e se mostraram bem afinados. Álvaro Dias, o entrevistado de sempre pela TV Globo; Sérgio Guerra, já bem definido por Lula, e o – com o perdão das famílias – Roberto Freire acusaram o presidente de proselitismo eleitoral.

A democracia da direita se faz com o silêncio da esquerda.
..

Contraponto 2093 - Propaganda enganosa do governo paulista

.
01/05/2010

“Dois professores na sala de aula, propaganda enganosa
do governo paulista”


Viomundo - 30 de abril de 2010 às 21:03

por Conceição Lemes

A rede de ensino pública do Estado de São Paulo tem mais 5 mil escolas, 240 mil professores e 5 milhões de alunos.

Veja este comercial. É de 2009, quando José Serra (PSDB) era governador. O tema dois professores na sala de aula é um dos principais “pontos de venda”.



O assunto é abordado rapidamente também recente neste anúncio do governo paulista.

Gostaria que o esquema dos dois professores fosse implantado na escola de seus filhos, sobrinhos ou netos? E que fosse disseminado por todo o Brasil?

“Pois a história dos dois professores na sala de aula é mentira ”, denuncia o professor Fábio Moraes. “É para iludir a população dos outros estados, pois os pais, os alunos e os professores de São Paulo já sabem que é um engodo. Eu desafio o ex-governador José Serra a mostrar uma única sala de aula na rede pública estadual onde existam dois professores. Nunca houve isso.”

Fábio Moraes é secretário do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). Nessa condição, percorre continuamente toda a rede pública. O esquema propagandeado dos dois professores seria para crianças aprendendo a ler e a escrever, ou seja, nas classes do atual segundo ano do primeiro grau (antigo primeiro ano primário).

Fábio explica por que considera a propaganda enganosa:

1º) O que existe em algumas salas é a presença de um professor e de um estagiário, que não é professor formado.

2º) Os estagiários são remanescentes do Projeto Escola da Família, do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), que José Serra reduziu drasticamente. Por esse projeto, as escolas eram abertas nos fins de semana para a comunidade, e os estagiários atuavam como monitores. Serra alocou então parte dos estagiários do Escola da Família no Projeto Dois professores na sala de aula.

3º) Desde 1998, há crescente municipalização do ensino das primeiras séries do primeiro grau, justamente quando as crianças aprendem a ler e a escrever. O governo do Estado foi transferindo pouco a pouco essa responsabilidade para as prefeituras. Assim, hoje são poucas escolas da rede pública estadual que atuam na alfabetização. A maior parte das classes dos primeiros anos está nas mãos das prefeituras e não do Estado, como a propaganda do governo estadual pode levar muitas pessoas a acreditar.

4º) Além disso, o governo estadual coloca até 40 alunos numa sala. Mesmo que fossem dois professores de verdade em classe, do ponto de vista pedagógico é inadequado. Já está comprovado que o ideal, para a aprendizagem, são salas de 20 alunos. Por que não organizar salas de 20 alunos com um professor em cada uma? Pedagogicamente traria mais ganhos aos alunos.

“Não somos contra os estagiários, que são vítimas também são vítimas desse processo”, salienta Fábio . “A questão é a propaganda enganosa. É só marketing. Os maiores interessados – alunos, pais, professores e os próprios estagiários – não foram ouvidos, para mostrar aos governantes de plantão o que realmente é necessário para melhorar o sofrível padrão de ensino no Estado de São Paulo.”

O Viomundo consultou a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sobre os dois professores na sala de aula. A assessoria de imprensa respondeu por e-mail:

O segundo professor será disponibilizado em classes do 2º ano do Ensino Fundamental (antiga 1ª série no ensino de 8 anos). Temos 97 instituições de ensino superior inscritas, porém até o momento foram firmados apenas 3 convênios, que totalizam 1.235 classes/alunos-pesquisadores. Os demais convênios estão em fase de finalização. Em todo Estado, são cerca de 6 mil classes, sendo em torno de 4 mil na capital e Grande São Paulo e 2 mil no interior.

Solicitamos mais detalhes, inclusive em quantas e quais escolas o projeto está implantado. A assessoria, também por e-mail, respondeu:

Temos cerca de 6 mil classes em todo Estado que contam com o segundo professor previsto no Programa Ler e Escrever. Porém o convênio com instituições de ensino superior dentro do Programa é firmado anualmente. Os convênios para 2010 se encontram em fase de conclusão.

O segundo professor são estudantes dos cursos de Pedagogia ou de Letras, como consta no histórico do Projeto Ler e Escrever.

Geralmente são chamados de estagiários. Mas oficialmente são denominados alunos pesquisadores.

Nada contra os estagiários, insistimos. É importante que eles tenham a oportunidade de aprender com os professores já formados. Mas por que o governo paulista não diz que são estagiários ou alunos pesquisadores em vez de apresentá-los como se fossem professores?

A assessoria de imprensa da Secretaria de Educação adota o mesmo discurso . Tal qual o anúncio, usa sistematicamente a expressão dois professores na sala de aula.

Não à toa Fábio Moraes arremata: “É só mais um dos “reinos” do faz de conta do ex-governador José Serra e seus tucanos”.
.

Contraponto 2092 - "Votos de Ciro Gomes tendem a favorecer Dilma, diz especialista"

.
01/05/2010


"Votos de Ciro Gomes tendem a favorecer Dilma, diz especialista"

Portal Vermelho - 30 de Abril de 2010 - 20h46

A retirada da pré-candidatura do Deputado Ciro Gomes à Presidência da República consolida uma pergunta que já rondava o debate sobre a sucessão presidencial: para onde escoarão os votos do eleitor de Ciro? Para Serra ou para Dilma?

Na terça-feira 27, o PSB defenestrou Ciro Gomes. A Executiva do partido decidiu, por 11 votos contra 2, que os socialistas não teriam candidatura própria à Presidência da República. Mas, além desse fator, sem a presença de Ciro Gomes na competição, cresce a possibilidade de a eleição de outubro ser definida no primeiro turno. Um resultado possível em eleição polarizada, entre petistas e tucanos, e ainda com forte viés plebiscitário como será a de outubro.

Nesse ambiente inteiramente polarizado,a oposição e a imprensa que a vocaliza reagiram à decisão do PSB de retirar o nome de Ciro do páreo e, principalmente, contra a decisão de consolidar o apoio à candidata governista.

O que será dos votos de Ciro? O cientista político Ricardo Guedes, diretor do Instituto Sensus, responde à pergunta assim: “os votos de Ciro Gomes vão mais para Dilma Rousseff do que para José Serra. Em dados gerais, pelos nossos cruzamentos, 50% vão para a candidata do PT e 30% para o candidato do PSDB.”

Para ele, os 20% restantes seriam redistribuídos igualmente entre Marina Silva, do PV, e os indecisos.

“Se considerarmos as proporções para Dilma e para Serra, temos 65% dos votos indo para ela e 35% para ele”, diz Guedes.

A lógica do raciocínio de Ricardo Guedes baseia-se no princípio do que ele considera “pacto do tipo social-democrata europeu”, que teria se formado no Brasil. Ou seja, “a esquerda passa a ser institucionalizada, e a direita cede para programas sociais”.

Os votos de Ciro Gomes favoreceriam, assim, Dilma Rousseff por estar na posição de centro-esquerda do espectro político.

Guedes lembra que o eleitor de Marina Silva, o terceiro nome da disputa com potencial de voto pequeno, mas possivelmente decisivo, pode vir a fazer voto útil em Dilma, na reta final das eleições. Isso ocorreu com a ex-senadora Heloísa Helena, do PSOL, nas eleições presidenciais de 2006. Ela chegou a ter 15% das intenções de voto (um número muito próximo ao porcentual máximo atingido por Ciro nas pesquisas de 2009) e terminou com 5%.

Guedes afirma que o voto dela “fluiu para Lula”.

O nome de Plínio de Arruda Sampaio, recentemente definido como pré-candidato do PSOL, ainda não foi incluído nas pesquisas.

Ricardo Guedes engrossa o coro daqueles que acham possível (como já falou João Francisco Meira, do Vox Populi), a eleição ser decidida pela via rápida, em apenas um turno. A favor da candidata do PT.

As condições econômicas e sociais favorecem a candidatura de Dilma Rousseff, que expressa o voto na continuidade, estando a oposição com dificuldades de formular um projeto alternativo para o País. Com a tendência de maior conhecimento de Dilma, as intenções de voto permanecerão equilibradas até o início do período eleitoral, com os programas eleitorais nos meios de comunicação e os debates”.

Ao contrário do que se esperava, a questão ambiental não tomou conta dos debates. Isso projeta dificuldades para Marina manter um porcentual de votos acima de um dígito. A pesquisa Ibope, mais recente, indicou que 10% dos eleitores votariam nela se a eleição fosse hoje.

Os debates, segundo Guedes, serão fundamentais para a alteração, ou não, dessas tendências. Ele acredita que, como ocorreu com a candidatura de Heloísa Helena nas eleições passadas, parte do eleitorado de Marina Silva pode vir a fazer o voto útil. Enviado pelo amigo Amorim de São Paulo.

Fonte: Carta Capital / Coluna Rosa dos Ventos – Maurício Dias
.

Contraponto 2091 - Vietnã: 35 anos da derrota dos Estados Unidos

.
01/05/2010

Vietnã: 35 anos da derrota dos Estados Unidos


Vermelho - 30 de Abril de 2010 - 17h33

Há 35 anos, em 30 de abril de 1975, os tanques das Forças Armadas Populares de Libertação do Vietnã penetraram os muros exteriores do antigo Palácio Presidencial de Saigon e seus combatentes içaram as bandeiras vitoriosas do Governo Revolucionário Provisório e da Frente Nacional de Libertação.

Por Luís Manuel Arce*

A guerra e a ocupação militar e política dos Estados Unidos, terminaram nesse dia, definitivamente.

Tinha passado mais de uma década desde que, em agosto de 1964, o governo dos Estados Unidos, presidido então por Lyndon B. Johnson, tinha cometido a grande fraude, de agredir um navio da sua própria frota militar estadunidense.

O fato foi conhecido como "acontecimentos do Golfo de Tonkín" e serviu de pretexto para iniciar a guerra aérea de destruição contra o norte do Vietnã e justificar a guerra especial no Sul.

Na realidade, desde 1971 os estadunidenses tinham começado a perder a guerra, quando não puderam controlar as fronteiras entre Vietnã, Laos e Camboja pela estrada 9 e o Pentágono tinha sido derrotado em sua guerra meteorológica, que tinha como objetivos atingir os diques e represas do Norte.

As forças de Lon Nol e Sirik Matak, no Camboja, estavam na bancarrota, as áreas libertadas abarcavam mais de 50% dos cenários da guerra, e uma forte ofensiva militar dos patriotas do Sul obrigou a Casa Branca a assinar os acordos de Paris de 27 de janeiro de 1973 para restabelecer a paz no Norte.

Mas os Estados Unidos não se renderam e o presidente de então, Richard M. Nixon, mantinha sua febril e veemente ideia de dominar e acabar com as forças de libertação.

Os ocupantes tinham distribuídos nas cinco zonas militares em que dividiram o Sul do país 1,2 milhão de soldados saigoneses, agrupados em 13 divisões, sem incluir ao pessoal da marinha e a aviação, esta última dotada com 1.800 aparelhos táticos, a metade deles helicópteros, 1.400 unidades de superfície, 2.000 embarcações fluviais sofisticadas, equipes de comunicações e de outras especialidades.

Contavam também com cinco super portos, numerosas bases aeronavais, como as de Da Nang, a maior do mundo então, Cam Ranh, 10 aeroportos de envergadura como o de Tan San Nhut em Saigon e 200 médios e pequenos.

Diante do evidente deterioramento da situação do inimigo, e as flagrantes violações dos acordos de Paris por parte de Washington, o comando político vietnamita instruiu o Estado Maior de suas forças armadas a preparar a batalha final pela libertação, quando mal começava o ano de 1974.

A primeira prova produziu-se com a batalha contra a base de Phuoc Long onde tinha localizados cinco mil soldados do regime saigonês.

A essa vitória sucederam muitas outras, que levaram o Comitê Central a determinar o10 de março de 1975 como a data para lançar a grande ofensiva final.

O ponto de partida foi a cobiçada Buon Me Thuot, nas mesetas centrais, onde as forças de libertação, em lugar de atacar a periferia como acostumavam, se concentraram na cidade e desde ali arremeteram contra as bases exteriores que as deixaram isoladas.

Dessa maneira, deixaram dividido o país à metade, debilitando as tropas inimigas, o que possibilitou que fossem caindo gradativamente baluartes militares como Pleikú, Che Réu, Hue, Dá Nang, Nha Trang, Luang Tri e muitos outros.

A longa e fortificada corrente de bases e acampamentos militares saigoneses em toda a extensão do país foi caindo como um dominó a uma velocidade surpreendente.

Assim, percebíamos que nesse momento estávamos em Hanói e corroborávamos com os especialistas militares que nossos anfitriões do Norte punham a nossa disposição para ter em primeira mão notícias do que acontecia e fazer reportagens fiéis para nossos meios de comunicação.

Durante os dias 26, 27 e 28 de abril a ofensiva patriota generalizou-se por toda a faixa costeira e permitiu consolidar o domínio das regiões militares I e II.

Aquilo determinou a decisão do Comitê Central de ordenar a Operação Ho Chi Minh pela libertação de Saigon, que originalmente não estava no plano, segundo nos explicaram posteriormente os chefes da ofensiva.

A batalha final iniciou-se com combates encarniçados em Long Binh, Xuan Loc, Bem Hoa e Cu Chi, casa por casa e polegada a polegada, para romper o famoso cordão "sanitário" que protegia militarmente à capital sul.

A Operação Ho Chi Minh foi fulminante e durou menos de 48 horas.

No dia 28, vendo já indefectivelmente derrotado o regime de Nguyen Van Thieu, o embaixador estadunidense Graham Martin fugiu de Saigon pelo sótão da sede diplomática, embarcando em um helicóptero, cena vexatória que ficou impressa na história em jornais, revistas e filmes.

Às 13h30 do 30 de abril de 1975, três tanques PT76 e dois blindados estadunidenses repletos de jubilosos combatentes revolucionários, desciam a toda velocidade a rua Pasteur , rumo ao rio Mekong no meio de aclamações; chegaram ao Palácio Presidencial e irromperam nele derrubando durante na sua passagem uma parte do muro exterior que o rodeava.

Poucos dias depois, quando o mundo já tinha festejado o Primeiro de Maio, dia dos Trabalhadores, e com a grata coincidência de ser o mês de nascimento e homenagem ao herói eterno do país, Saigon foi batizada para sempre com seu nome: Cidade Ho Chi Minh.

O general Vo Nguyen Giap, a quem encontramos de maneira fortuita nas praias de Nha Trang rumo ao Saigon ainda com cheiro de pólvora, nos confirmava o sucesso rotundo e definitivo da guerra de todo o povo.

Em 30 de abril de 1975 não caiu somente o regime fantoche saigonês e com ele a ocupação do então Vietnã do Sul que o governo dos Estados Unidos tinha sustentado a um preço desmesurado desde a derrota dos colonialistas franceses na década dos anos 50 do século passado.

Caiu um regime despótico, cruel e sanguinário, instalado pelo imperialismo no Vietnã do Sul a sangue e fogo, com o que tinham estancado no paralelo 17 a revolução nacional democrática liderada por Ho Chi Minh.

A depurada estratégia dos imperialistas para produzir o neocolonialismo estadunidense em série foi avariada e foi sepultada a expansão norte-americana no Sudeste da Ásia. E, naquele tempo, foi frustrada a possibilidade de que a experiência estadunidense na Indochina fosse aplicada na América Latina, África e outras áreas de influência norte-americana.

No plano corporativo, também ficaram para traz as ambições desmedidas das multinacionais de arrancar até o fim as riquezas naturais da Península.

No plano estratégico, saiu derrotada a repisada e doentia sede de vitória por meio das armas que o chamado "mundo livre" defendia.

O Vietnã, de fato, deveria ter marcado o limite até o qual podia chegar o expansionismo norte-americano.

Com as invasões de Afeganistão e Iraque, e com o estabelecimento de bases militares na Colômbia, as últimas administrações estadunidenses, inclusive a de Barack Obama, demonstraram que não quiseram aprender as lições da história.

Por isso mesmo, a experiência do Vietnã não pode ser descartada pela América Latina nestes tempos de tanto perigo, ameaças e aventureirismo.

*Luís Manuel Arce Editor da Prensa Latina e ex-correspondente de guerra no Vietnã.
.

Contraponto 2090 - Charges do Bessinha (64) e (65) e (66)

.
.
01/05/2010
Charges do Bessinha


..

Contraponto 2089 - Quem ganhar as eleições vai receber um País arrumado e com credibilidade

.
01/05/2010

Quem ganhar as eleições vai receber um País
arrumado e com credibilidade

Em discurso, Lula enfatizou que não mudará os rumos da economia em função das eleições. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Blog do Planalto - Sexta-feira, 30 de abril de 2010 às 22:

O presidente Lula afirmou, na noite desta sexta-feira (30/4), em cerimônia de posse da nova diretoria da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em São Paulo, que não abrirá mão de medidas que possam controlar a economia do país em benefício de candidatos às eleições de outubro de 2010. Segundo Lula, “não há eleição que me faça jogar fora o que nós acumulamos nesse período”. Ele enfatizou que os ganhos no período representam “um patrimônio do povo brasileiro”.

Durante discurso, Lula tocou nesta questão para relatar que, ontem (29/4), quando o Copom (Conselho de Política Monetária) decidiu aumentar a taxa Selic, ocorreu uma série de críticas à decisão por parte “companheiros que certamente só se manifestam no dia da reunião do Copom”. E explicou: “Veja, nós atingimos um grau de maturidade e seriedade que a gente não pode afrouxar… Se a gente deixar desandar não controla mais. Fui dirigente sindical que viveu inflação a 80% ao mês…”

Lula recordou que em outras ocasiões, por conta do momento eleitoral, se tomava decisões que mais adiante prejudicaram a economia do país. Ele frisou que o Brasil somente chegará à condição de quinta economia mundial dentro dos próximos anos se for mantida a seriedade na política econômica. O presidente usou o exemplo de um carro andando numa velocidade a 100 quilômetros/hora: “Se não brecar no momento certo pode quebrar a cara”.

“Enquanto for presidente não haverá nada que me faça jogar fora um milímetro daquilo que conquistamos juntos. Credibilidade se conquista com seriede. Esse que vos fala não vai permitir. Quem ganhar vai receber um país arrumado e com credibilidade para que possa fazer muito mais…”


Ainda no discurso, Lula pediu ao novo presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, e ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, que encontrem mecanismos para que os caminhoneiros autônomos do país possam renovar a frota. Segundo Lula, trata-se de uma questão a ser equacionada até o final de seu governo. Ele citou alguns exemplos de obstáculos enfrentados quando decidiu, por exemplo, pela proposta de renovação de produtos da linha branca. Uma das questões colocadas no debate foi o destino que se daria para máquinas de lavar roupas ou geladeiras velhas.

O presidente explicou também que pretende ampliar o programa de venda de tratores e demais equipamentos para os agricultores. No discurso, Lula disse que era difícil imaginar que ele, um ex-dirigente sindical, estaria participando de posse da diretoria da entidade que representa a classe patronal da indústria automobilística. Ele enfatizou que isso somente foi possível por causa dos avanços que o país conquistou nas últimas décadas. E, segundo ele, a indústria nacional – responsável por ajudar as matrizes no período da crise financeira internacional – tem no mercado interno uma base muito sólida, fato que permitiu ao país alcançar a quarta posição no ranking mundial do setor.

Lula aproveitou o momento para sugerir a reflexão dos países desenvolvidos, bem como de organismos internacionais de fomento como o Banco Mundial e o FMI. Ele lembrou que a crise financeira somente teve os efeitos mais drásticos porque algumas destas entidades, que ditavam regras para os países pobres, não conseguiram enxergar aquilo que acontecia nas economias consideradas mais sólidas. Segundo ele, se há um país que tem experiência para tratar deste tema, é o Brasil. O presidente explicou também que o brasileiro está, nos dias atuais, mais orgulhoso.

Artigos relacionados
.