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Carta Maior 25/02/2010
O imbróglio jurídico-político que envolve as Malvinas reflete o embate entre o direito à descolonização, invocado pela Argentina, e uma visão distorcida do direito à autodeterminação dos povos, utilizado pelo Reino Unido, confiando no fato de que a população das Ilhas é de maioria britânica. Não obstante, essa população fora importada para o arquipélago no processo de expansão mundial do império britânico. A posição britânica está respaldada na mais pura lógica do imperialismo e do colonialismo. O artigo é de Larissa Ramina.
Larissa Ramina (*)
As Ilhas Malvinas situam-se no Atlântico Sul, a 480 km da costa argentina e a 14 mil km do Reino Unido. No passado, o arquipélago foi palco de reivindicações territoriais por parte da França, que foi expulsa pela Espanha, que o cedeu ao Reino Unido, que por sua vez o deixou desabitado. A Argentina, desde a conquista de sua independência, reclama a soberania sobre as Ilhas, jamais aceitando a ocupação britânica que desde 1833 ali mantém uma colônia.
O grande movimento de descolonização que animou a Assembleia Geral da ONU favoreceu incontestavelmente as pretensões argentinas. Quando a Organização foi criada, em 1945, havia mais de 80 nações sujeitas a regime colonial, onde viviam cerca de 750 milhões de pessoas, representando 1/3 da humanidade na época. No decorrer da segunda metade do século XX, após as chamadas “ondas de descolonização”, essa situação foi drasticamente revertida.
A partir dos anos 60, a Assembleia Geral adotou a “Declaração sobre a concessão da independência aos países e povos coloniais”, e já em 1962 instituiu um Comitê de Descolonização com o objetivo de impulsionar o processo de independência de territórios sujeitos à exploração das potências coloniais. O Comitê elaborou uma lista de territórios não-autônomos que incluía as Ilhas Malvinas, sinalizando positivamente à pretensão argentina. Cedendo às pressões internacionais, o Reino Unido iniciou um processo de negociações.
Fora da Organização, o apoio à Argentina não foi menos importante. Em 1976, a OEA declarou o direito de soberania irrefutável da Argentina sobre as Malvinas, e no mesmo ano o Movimento dos Não-Alinhados reconheceu a Argentina como proprietária legítima daquele território. Entretanto, as negociações nunca avançaram, resultando em um afrontamento militar entre os dois países em 1982, que terminou favorável ao Reino Unido. É verdade que a intervenção armada arquitetada pelo General Galtieri, numa tentativa desesperada de salvar a ditadura militar, provocou o efeito de ocultar os direitos legítimos do país sobre o arquipélago. Todavia, esses direitos estão muito longe de serem frágeis como pretendem os britânicos.
O imbróglio jurídico-político que envolve as Malvinas reflete o embate entre o direito à descolonização, invocado pela Argentina, e uma visão distorcida do direito à autodeterminação dos povos, utilizado pelo Reino Unido, confiando no fato de que a população das Ilhas é de maioria britânica. Não obstante, essa população fora importada para o arquipélago no processo de expansão mundial do império britânico. De fato, não é fácil encontrar justificativas para que um país localizado em outro continente, a 14 mil km de distância, exerça sua soberania sobre as Malvinas. A posição britânica está respaldada na mais pura lógica do imperialismo e do colonialismo. O princípio invocado pela Argentina foi concebido justamente para transformar uma ordem jurídica internacional que protege interesses colonialistas, a partir de uma dialética entre legitimidade e legalidade.
Na primeira década do século XXI, persistem ainda muitos territórios coloniais que aguardam o seu direito à independência. A inércia da ONU no caso das Malvinas justifica-se, em parte, pela condição do Reino-Unido de membro permanente do Conselho de Segurança, com direito de veto. A mesma lógica aplica-se à China no caso do Tibete.
A crise nas Malvinas é muito mais do que um problema argentino. Trata-se de um resquício do império decadente na América Latina, e para nós, brasileiros, de um encrave colonial no espaço do Mercosul. Acertou a Unasul e os 32 países da Cúpula da Unidade da América Latina e do Caribe (Calc), que inclui membros da Commonwealth, em respaldar as reivindicações de nosso país irmão.
(*) Larissa Ramina, Doutora em Direito Internacional pela USP, Professora da UniBrasil.
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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Contraponto 1487 - Canarinha ecológica
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Vermelho - 25 de Fevereiro de 2010 - 19h05
O amistoso contra a Irlanda na próxima terça-feira marcará a estreia da nova camisa da seleção brasileira. O uniforme, com o tradicional verde e amarelo, leva o conceito de sustentabilidade do mundo atual. Divulgada nesta quinta-feira (25) em Londres durante um evento, a camisa teve Alexandre Pato, do Milan, como modelo.
Nova camisa do Brasil
Nova camisa é 15% mais leve que a de 2006
O novo uniforme tem material 100% reciclável e é feito com oito garrafas de plástico. Além disso, ele é 15% mais leve do que o utilizado na Copa da Alemanha. Nos ombros há linhas verdes e estrelas.
Alexandre Pato foi o escolhido para apresentar o novo uniforme por uma questão de facilidade. A Nike tentou o lateral Daniel Alves, mas o Barcelona não cedeu o jogador. O atacante Luís Fabiano, machucado, também não pode comparecer.
Pato não jogará o amistoso contra a Irlanda. Sua última partida pela seleção foi na Copa das Confederações, na vitória por 4 a 3 sobre o Egito, no dia 15 de junho de 2009.
No evento londrino, outras nove seleções apresentaram seus uniformes para a Copa do Mundo: Inglaterra, Eslovênia, Sérvia, Nova Zelândia, Portugal, Holanda, EUA, Austrália e Coreia do Norte.
Fonte: Portal da Copa 2014
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Vermelho - 25 de Fevereiro de 2010 - 19h05
O amistoso contra a Irlanda na próxima terça-feira marcará a estreia da nova camisa da seleção brasileira. O uniforme, com o tradicional verde e amarelo, leva o conceito de sustentabilidade do mundo atual. Divulgada nesta quinta-feira (25) em Londres durante um evento, a camisa teve Alexandre Pato, do Milan, como modelo.
Nova camisa do Brasil
Nova camisa é 15% mais leve que a de 2006
O novo uniforme tem material 100% reciclável e é feito com oito garrafas de plástico. Além disso, ele é 15% mais leve do que o utilizado na Copa da Alemanha. Nos ombros há linhas verdes e estrelas.
Alexandre Pato foi o escolhido para apresentar o novo uniforme por uma questão de facilidade. A Nike tentou o lateral Daniel Alves, mas o Barcelona não cedeu o jogador. O atacante Luís Fabiano, machucado, também não pode comparecer.
Pato não jogará o amistoso contra a Irlanda. Sua última partida pela seleção foi na Copa das Confederações, na vitória por 4 a 3 sobre o Egito, no dia 15 de junho de 2009.
No evento londrino, outras nove seleções apresentaram seus uniformes para a Copa do Mundo: Inglaterra, Eslovênia, Sérvia, Nova Zelândia, Portugal, Holanda, EUA, Austrália e Coreia do Norte.
Fonte: Portal da Copa 2014
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Contraponto 1486 - Manifestação de rua contrapõe seminário apoiado por Abert e ANJ
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26/02/2010
Do Vermelho - 25 de Fevereiro de 2010 - 16h51
O Instituto Millenium, comandado pelas maiores corporações midiáticas, além de poderosos bancos e indústrias, organiza o 1º Fórum Democracia e Liberdade de Expressão, em São Paulo, contando com figuras do cacife de Arnaldo Jabour e Otávio Frias Filho. Em contraposição, o movimento social organiza o Fórum de Rua Democracia e Liberdade de Expressão. A inscrição do primeiro custa 500 reais. A do segundo é gratuita.
Recorte do panfleto de convocação do ato do dia 1º de março, o Fórum de Rua Democracia e Liberdade de Expressão
A manifestação Fórum de Rua Democracia e Liberdade de Expressão está marcada para ocorrer na segunda-feira (1/3), às 10h30, e tem uma bandeira, que é contra a criminalização dos movimentos sociais, e uma chamada: "Se você também acha que a mídia é uma palhaçada, venha vestido a caráter!". Trata-se de um contraponto irreverente ao 1º Fórum Democracia e Liberdade de Expressão que reunirá, na mesma data, com o apoio da Associação Brasileira de Empresas de Rádio e Televisão (Abert) e da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), figurões da direita midiática brasileira. Organizações Globo, Veja, Folha e Estadão estarão bem representados.
Ao Fórum do Instituto Millenium, confirmaram presença Denis Rosenfield, Demétrio Magnoli, Reinaldo Azevedo, Arnaldo Jabor, Alberto Di Franco, da Opus Dei, e a estrela internacional Marcel Granier, dono da golpista RCTV, da Venezuela. Estes barões da mídia reúnem-se em um seminário sobre democracia já de início excludente: a taxa de inscrição elitista - 500 reais - fecha as portas da discussão para os movimentos sociais e para a maioria da população.
O Fórum de Rua é uma iniciativa de entidades da sociedade civil que se organizaram para participar da Primeira Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) e agora decidiram manter um fórum permanente de debates. Esta é a primeira de uma série de manifestações de ruas e ações que este fórum pretende realizar, segundo a representante da Associação Vermelho Renata Mielli. Renata participou da Comissão Estadual de organização da Confecom em São Paulo e a Associação Vermelho constitui este fórum de entidades.
Convocatória para o Fórum do Instituto Millenium, presente no blog Rocinante, expõe com clareza o objetivo político do evento: "É sabido que o governo Lula, como outros governos populistas latino-americanos, atenta contra a liberdade de expressão(...) são por todos conhecidas as iniciativas do governo petista em prol de criar os famigerados 'conselhos', que visam a garantir o domínio do partido sobre setores essenciais da vida nacional".
Para Renata Mieli, estes setores que se auto-intitulam defensores da democracia e da liberdade de expressão, são os mesmos segmentos que não se esforçam para garantir estes princípios em seus veículos, e os cita: Rede Globo, Revista Veja, Jornais Estadão e Folha de S. Paulo, entre outros. "Estes veículos negam a liberdade de expressão, a democracia, a pluralidade, e usam estes espaço, de grande audiência ou circulação, para promover embate político e impedir que setores mais avançados se fortaleçam. Fazem oposição clara ao governo Lula, tentando reocupar o espaço que perderam em 2002", esclarece Renata.
Os donos da opinião pública
O mesmo blog Roncinante, define, como é de praxe fazerem os veículos da chamada grande mídia, a opinião do famigerado Fórum do Instituto Millenium como a voz da sociedade brasileira: "O Primeiro Fórum Democracia e Liberdade, que terá lugar em S. Paulo, no dia 1º de março, tem essa finalidade, de mostrar o posicionamento da sociedade brasileira a favor da livre informação e contra a censura estatal", informa, orgulhoso, o blog.
Para Renata, da organização do ato que convoca as pessoas a irem vestidas de palhaço para fazer um bem-humorado contraponto à atividade do Instituto Millenium, a palhaçada começa no valor do encontro - que pode render uma arrecadação de até 350 mil reais se a lotação for total - e também no próprio grupo que organiza o evento e o denomina de Fórum Democracia e Liberdade de Expressão. Renata revela que os setores que organizam o pomposo Fórum no Hotel Golden Tulip, na Alameda Santos, são os mesmos que se retiraram da Confecom, como a Abert e a ANJ.
A representante da Associação Vermelho relata que estes empresários tentaram criar um ambiente para impedir a realização da Conferência Nacional de Comunicação durante todo o ano de 2009. Assim que foi oficialmente puxada a Confecom pelo governo, a Abert e a ANJ entraram na comissão organizadora e tentaram impor diversas condições que visavam tolher ou mesmo tornar ineficaz o debate da Conferência. Derrotados neste propósito, tais entidades patronais partiram para a tática de tentar deslegitimar a Confecom, saindo da comissão organizadora e negando-se a participar da Conferência.
Derrotados e revanchistas
Renata avalia que, ao fim, estes setores sofreram sucessivas derrotas no processo da Conferência de Comunicação e agora tentam taxar as resoluções da mesma como medidas restritivas à liberdade de expressão, e procuram se organizar para conter possíveis avanços, que podem ser implementados como fruto do processo da Confecom. Ela lembra que setores do empresariado que participaram efetivamente da Conferência, como a Associação Brasileira de Radiodifusores (Abra) - composta, entre outros veículos, pela Band e pela RedeTV - e a Associação Brasileira de Telecomunicações (TeleBrasil) - da qual são associadas a Embratel e a Oi -, não estão na organização do fórum do Instituto Millenium.
Além da organização dos movimentos sociais, parcela do empresariado ligada a veículos independentes ou da chamada mídia alternativa, estudam formas de se articular também de forma permanente após a Confecom. Renata Mieli acredita que estas articulações pós-conferência são um importante legado que o processo de debate da Conferência deixa ao conjutno dos movimentos sociais e aos midialivristas em geral.
Serviço
Fórum de Rua Democracia e Liberdade de Expressão:
contra a criminalização dos movimentos sociais
Dia: 1º de março às 10h30
Local: em frente ao Hotel Golden Tulip (Alameda Santos, 85 - Jardins - São Paulo - SP)
com muito barulho, palhaçada e irreverência
De São Paulo, Luana Bonone, com informações do ipetitions.com e do Blog Rocinante
Leia também: Instituto Millenium:toda a democracia que o dinheiro pode comprar
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26/02/2010
Manifestação de rua contrapõe seminário apoiado por Abert e ANJ
Do Vermelho - 25 de Fevereiro de 2010 - 16h51
O Instituto Millenium, comandado pelas maiores corporações midiáticas, além de poderosos bancos e indústrias, organiza o 1º Fórum Democracia e Liberdade de Expressão, em São Paulo, contando com figuras do cacife de Arnaldo Jabour e Otávio Frias Filho. Em contraposição, o movimento social organiza o Fórum de Rua Democracia e Liberdade de Expressão. A inscrição do primeiro custa 500 reais. A do segundo é gratuita.
Recorte do panfleto de convocação do ato do dia 1º de março, o Fórum de Rua Democracia e Liberdade de Expressão
A manifestação Fórum de Rua Democracia e Liberdade de Expressão está marcada para ocorrer na segunda-feira (1/3), às 10h30, e tem uma bandeira, que é contra a criminalização dos movimentos sociais, e uma chamada: "Se você também acha que a mídia é uma palhaçada, venha vestido a caráter!". Trata-se de um contraponto irreverente ao 1º Fórum Democracia e Liberdade de Expressão que reunirá, na mesma data, com o apoio da Associação Brasileira de Empresas de Rádio e Televisão (Abert) e da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), figurões da direita midiática brasileira. Organizações Globo, Veja, Folha e Estadão estarão bem representados.
Ao Fórum do Instituto Millenium, confirmaram presença Denis Rosenfield, Demétrio Magnoli, Reinaldo Azevedo, Arnaldo Jabor, Alberto Di Franco, da Opus Dei, e a estrela internacional Marcel Granier, dono da golpista RCTV, da Venezuela. Estes barões da mídia reúnem-se em um seminário sobre democracia já de início excludente: a taxa de inscrição elitista - 500 reais - fecha as portas da discussão para os movimentos sociais e para a maioria da população.
O Fórum de Rua é uma iniciativa de entidades da sociedade civil que se organizaram para participar da Primeira Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) e agora decidiram manter um fórum permanente de debates. Esta é a primeira de uma série de manifestações de ruas e ações que este fórum pretende realizar, segundo a representante da Associação Vermelho Renata Mielli. Renata participou da Comissão Estadual de organização da Confecom em São Paulo e a Associação Vermelho constitui este fórum de entidades.
Convocatória para o Fórum do Instituto Millenium, presente no blog Rocinante, expõe com clareza o objetivo político do evento: "É sabido que o governo Lula, como outros governos populistas latino-americanos, atenta contra a liberdade de expressão(...) são por todos conhecidas as iniciativas do governo petista em prol de criar os famigerados 'conselhos', que visam a garantir o domínio do partido sobre setores essenciais da vida nacional".
Para Renata Mieli, estes setores que se auto-intitulam defensores da democracia e da liberdade de expressão, são os mesmos segmentos que não se esforçam para garantir estes princípios em seus veículos, e os cita: Rede Globo, Revista Veja, Jornais Estadão e Folha de S. Paulo, entre outros. "Estes veículos negam a liberdade de expressão, a democracia, a pluralidade, e usam estes espaço, de grande audiência ou circulação, para promover embate político e impedir que setores mais avançados se fortaleçam. Fazem oposição clara ao governo Lula, tentando reocupar o espaço que perderam em 2002", esclarece Renata.
Os donos da opinião pública
O mesmo blog Roncinante, define, como é de praxe fazerem os veículos da chamada grande mídia, a opinião do famigerado Fórum do Instituto Millenium como a voz da sociedade brasileira: "O Primeiro Fórum Democracia e Liberdade, que terá lugar em S. Paulo, no dia 1º de março, tem essa finalidade, de mostrar o posicionamento da sociedade brasileira a favor da livre informação e contra a censura estatal", informa, orgulhoso, o blog.
Para Renata, da organização do ato que convoca as pessoas a irem vestidas de palhaço para fazer um bem-humorado contraponto à atividade do Instituto Millenium, a palhaçada começa no valor do encontro - que pode render uma arrecadação de até 350 mil reais se a lotação for total - e também no próprio grupo que organiza o evento e o denomina de Fórum Democracia e Liberdade de Expressão. Renata revela que os setores que organizam o pomposo Fórum no Hotel Golden Tulip, na Alameda Santos, são os mesmos que se retiraram da Confecom, como a Abert e a ANJ.
A representante da Associação Vermelho relata que estes empresários tentaram criar um ambiente para impedir a realização da Conferência Nacional de Comunicação durante todo o ano de 2009. Assim que foi oficialmente puxada a Confecom pelo governo, a Abert e a ANJ entraram na comissão organizadora e tentaram impor diversas condições que visavam tolher ou mesmo tornar ineficaz o debate da Conferência. Derrotados neste propósito, tais entidades patronais partiram para a tática de tentar deslegitimar a Confecom, saindo da comissão organizadora e negando-se a participar da Conferência.
Derrotados e revanchistas
Renata avalia que, ao fim, estes setores sofreram sucessivas derrotas no processo da Conferência de Comunicação e agora tentam taxar as resoluções da mesma como medidas restritivas à liberdade de expressão, e procuram se organizar para conter possíveis avanços, que podem ser implementados como fruto do processo da Confecom. Ela lembra que setores do empresariado que participaram efetivamente da Conferência, como a Associação Brasileira de Radiodifusores (Abra) - composta, entre outros veículos, pela Band e pela RedeTV - e a Associação Brasileira de Telecomunicações (TeleBrasil) - da qual são associadas a Embratel e a Oi -, não estão na organização do fórum do Instituto Millenium.
Além da organização dos movimentos sociais, parcela do empresariado ligada a veículos independentes ou da chamada mídia alternativa, estudam formas de se articular também de forma permanente após a Confecom. Renata Mieli acredita que estas articulações pós-conferência são um importante legado que o processo de debate da Conferência deixa ao conjutno dos movimentos sociais e aos midialivristas em geral.
Serviço
Fórum de Rua Democracia e Liberdade de Expressão:
contra a criminalização dos movimentos sociais
Dia: 1º de março às 10h30
Local: em frente ao Hotel Golden Tulip (Alameda Santos, 85 - Jardins - São Paulo - SP)
com muito barulho, palhaçada e irreverência
De São Paulo, Luana Bonone, com informações do ipetitions.com e do Blog Rocinante
Leia também: Instituto Millenium:toda a democracia que o dinheiro pode comprar
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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Contraponto 1485 - Por quem chora Hillary Clinton?"
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Carta Maior 25/02/2010
Permanece atual o relatório da Anistia Internacional, de 2005: "Quando o país mais poderoso do mundo se burla do Estado de direito e dos direitos humanos, está dando permissão para que outros países cometam abusos com impunidade e audácia".
Gilson Caroni Filho*
A morte do preso político cubano Orlando Zapata, que permaneceu em greve de fome durante 85 dias, deflagrou uma série de protestos de governos e organizações de defesa dos direitos humanos na Europa e nos Estados Unidos. Hillary Clinton, falando ao Senado, declarou estar “profundamente consternada por seu martírio em defesa de seus direitos e para alertar sobre a situação e a opressão dos presos políticos em Cuba". Faltou algo no lamento da secretária de Estado norte-americana. E essa incompletude advém da impossibilidade de analisar fenômenos políticos sem a aplicação concreta da relação dialética entre o universal e o concreto.
Se por direitos humanos entendemos princípios inalienáveis que objetivam resguardar os valores fundamentais da pessoa humana, ou seja, direitos que procuram assegurar a solidariedade, a igualdade, a fraternidade, a liberdade e a dignidade do individuo, como efetivá-los em uma ordem internacional hegemonizada pelo capital que o define como absoluto abstrato? E que, ao fazê-lo, nega a esse mesmo indivíduo a sua realidade concreta, a possibilidade de pensar seus problemas, angústias e desventuras como algo exterior aos ditames da lei do valor. A questão que se coloca é quanto à compatibilidade entre capitalismo e direitos humanos. Talvez esteja nesse ponto a precisão das palavras do presidente cubano, Raul Castro, que atribuiu a morte de Zapata “ao confronto que temos com os Estados Unidos"
Como destacou o jornalista Sérgio Augusto, em memorável artigo para “Encontros com a Civilização Brasileira” (agosto, 1978) "ficou difícil acreditar na bondade dos americanos depois das 159 intervenções armadas levadas a cabo pelos EUA, antes de 1945, e no pós-guerra, na Coréia, na República Dominicana, no Vietnã-sem contar os golpes que incentivaram no Líbano, na Guatemala, no Irã, na Turquia, na Grécia, na Argentina, em Myanmar, na Indonésia, em Gana, no Chile, no Brasil,etc. (Grifo do ContrapontoPIG)
Sempre, é claro, com os mais elevados propósitos, como não se cansa de difundir a inseparável máquina de propaganda do "Mundo Livre", na qual sobressaem a grande imprensa, dita liberal e isenta e as agências transnacionais de notícias com a assessoria ocasional da CIA".
Passados 38 anos da publicação, não é difícil atualizar os números do texto, dada a manutenção dos métodos. A prática tradicional da política externa norte-americana continua ignorando violações de direitos em ditaduras consideradas vitais para seus interesses estratégicos.
Se a oposição à tortura, à pena de morte e à prisão por questões de consciência constitui um programa capaz de unificar atores de orientações políticas distintas e diferentes procedências geográficas, não se pode ignorar que todos os países contêm, dentro dos seus sistemas sociais, contradições que, ao criar tensões, se traduzem em transgressões aos direitos humanos. Os Estados Unidos, recordistas na aplicação da pena de morte, mantêm presos, desde 1998, cinco cubanos, radicados em território norte-americanos, sob acusação de espionagem.
Antonio Guerrero, Fernando González, Geraldo Hernández, Rafael Labañino e René González estão detidos sem que nenhum tipo de crime tenham cometido. Permanecem aprisionados por monitorar atos de grupos terroristas instalados em Miami. Por eles, Hillary Clinton não fica "profundamente consternada". Muito menos pelos 188 homens ainda detidos em Guantánamo sem acusação, julgamento ou qualquer tipo de amparo judicial.
Permanece atual o relatório da Anistia Internacional, de 2005. Sob o pretexto de combater o terror, o governo estadunidense se dedicou a fundo para restringir as regras da Convenção de Genebra, terceirizando a tortura. Na introdução, o documento é categórico: ”Quando o país mais poderoso do mundo se burla do Estado de direito e dos direitos humanos, está dando permissão para que outros países cometam abusos com impunidade e audácia". Melhor, impossível.
*Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Jornal do Brasil .
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25/02/2010
"Por quem chora Hillary Clinton?"Carta Maior 25/02/2010
Permanece atual o relatório da Anistia Internacional, de 2005: "Quando o país mais poderoso do mundo se burla do Estado de direito e dos direitos humanos, está dando permissão para que outros países cometam abusos com impunidade e audácia".
Gilson Caroni Filho*

Se por direitos humanos entendemos princípios inalienáveis que objetivam resguardar os valores fundamentais da pessoa humana, ou seja, direitos que procuram assegurar a solidariedade, a igualdade, a fraternidade, a liberdade e a dignidade do individuo, como efetivá-los em uma ordem internacional hegemonizada pelo capital que o define como absoluto abstrato? E que, ao fazê-lo, nega a esse mesmo indivíduo a sua realidade concreta, a possibilidade de pensar seus problemas, angústias e desventuras como algo exterior aos ditames da lei do valor. A questão que se coloca é quanto à compatibilidade entre capitalismo e direitos humanos. Talvez esteja nesse ponto a precisão das palavras do presidente cubano, Raul Castro, que atribuiu a morte de Zapata “ao confronto que temos com os Estados Unidos"
Como destacou o jornalista Sérgio Augusto, em memorável artigo para “Encontros com a Civilização Brasileira” (agosto, 1978) "ficou difícil acreditar na bondade dos americanos depois das 159 intervenções armadas levadas a cabo pelos EUA, antes de 1945, e no pós-guerra, na Coréia, na República Dominicana, no Vietnã-sem contar os golpes que incentivaram no Líbano, na Guatemala, no Irã, na Turquia, na Grécia, na Argentina, em Myanmar, na Indonésia, em Gana, no Chile, no Brasil,etc. (Grifo do ContrapontoPIG)
Sempre, é claro, com os mais elevados propósitos, como não se cansa de difundir a inseparável máquina de propaganda do "Mundo Livre", na qual sobressaem a grande imprensa, dita liberal e isenta e as agências transnacionais de notícias com a assessoria ocasional da CIA".
Passados 38 anos da publicação, não é difícil atualizar os números do texto, dada a manutenção dos métodos. A prática tradicional da política externa norte-americana continua ignorando violações de direitos em ditaduras consideradas vitais para seus interesses estratégicos.
Se a oposição à tortura, à pena de morte e à prisão por questões de consciência constitui um programa capaz de unificar atores de orientações políticas distintas e diferentes procedências geográficas, não se pode ignorar que todos os países contêm, dentro dos seus sistemas sociais, contradições que, ao criar tensões, se traduzem em transgressões aos direitos humanos. Os Estados Unidos, recordistas na aplicação da pena de morte, mantêm presos, desde 1998, cinco cubanos, radicados em território norte-americanos, sob acusação de espionagem.
Antonio Guerrero, Fernando González, Geraldo Hernández, Rafael Labañino e René González estão detidos sem que nenhum tipo de crime tenham cometido. Permanecem aprisionados por monitorar atos de grupos terroristas instalados em Miami. Por eles, Hillary Clinton não fica "profundamente consternada". Muito menos pelos 188 homens ainda detidos em Guantánamo sem acusação, julgamento ou qualquer tipo de amparo judicial.
Permanece atual o relatório da Anistia Internacional, de 2005. Sob o pretexto de combater o terror, o governo estadunidense se dedicou a fundo para restringir as regras da Convenção de Genebra, terceirizando a tortura. Na introdução, o documento é categórico: ”Quando o país mais poderoso do mundo se burla do Estado de direito e dos direitos humanos, está dando permissão para que outros países cometam abusos com impunidade e audácia". Melhor, impossível.
*Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Jornal do Brasil .
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Contraponto 1484 - Lula reafirma marca progressista da política externa
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.25/02/2010
Do Vermelho - 25 de Fevereiro de 2010 - 12h16
Por Joana Rozowykwiat. Da Redação, com agências
Apesar de a mídia ter desviado atenções para a morte de um dissidente cubano, a visita do presidente Lula à ilha de Raúl e Fidel Castro foi muito positiva e cheia de significados. O brasileiro anunciou novo impulso às relações comerciais entre os países, para atenuar efeitos do bloqueio imposto a Cuba pelos Estados Unidos. Isso não apenas representa vantagens econômicas para ambas as nações, como reforça o caráter solidário da política externa do Brasil e consolida seus esforços de integração.
Lula chegou à ilha na noite de terça (23), ao voltar de encontro regional em Cancún no México, no qual os países do continente deram um grande passo, ao definirem a criação da Comunidade de Estados Latino-Americanos e do Caribe.
Ao lado do presidente cubano, Raúl Castro, Lula visitou o Porto de Mariel, a 50 quilômetros de Havana, que será modernizado com verbas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para que seja transformado no maior porto da América Central. O investimento, segundo a Odebrecht, responsável pela obra, é de US$ 800 milhões, dos quais US$ 433 milhões serão financiados pelo governo brasileiro e o restante pelo governo cubano.
A ilha também negocia com o Brasil mais US$ 230 milhões, que serão revertidos em exportação de produtos e serviços. Os recursos serão destinados ainda à construção de rodovias, ferrovias e reabilitação e modernização das instalações portuárias.
Lula defendeu a importância de ajudar Cuba a se preparar para o fim do bloqueio, no qual ele acredita. Nesse sentido, o presidente quer ainda ampliar o comércio entre os dois países, que alcançou US$ 330 milhões, mas oferecendo um equilíbrio melhor na balança comercial, hoje favorável ao Brasil. Sete empresas brasileiras participaram do encontro comercial em Havana e estima-se que a reunião poderá resultar em negócios de cerca de US$ 1 bilhão. Ou seja, bons frutos para Cuba e para o Brasil.
Mas, por trás da questão específica da cooperação, estão refletidos alguns sinais importantes para identificar a marca que o presidente Lula vai deixar ao final de seu mandato. Para além do título de estadista do ano, o presidente brasileiro consolidou uma política externa pautada pela solidariedade, pela busca por integração regional com justas relações, e por uma aproximação com os países mais avançados do continente.
O fato de, ao fim do mandato, Lula fazer esse gesto em relação ao governo revolucionário da ilha dá ainda mais clareza à sua posição ao lado das nações antiimperialistas. Se conseguiu colocar-se num papel de protagonista global, o presidente conseguiu também o reconhecimento dos governos de esquerda, que o têm como um companheiro e aliado.
Talvez isso explique porque a mídia procurou minimizar os motivos do encontro de amigos entre Lula, Fidel e Raúl, voltando a atenção para a morte de um dissidente da ilha, que fazia greve de fome há mais de oitenta dias. Com muita tranquilidade, o governo de Cuba lamentou aquele que é o primeiro falecimento de um preso político cubano desde 1972.
"Lamentamos muito. Ele foi sentenciado a três anos por ter causado problemas e foi levado a nossos melhores hospitais. Morreu e lamentamos muito", afirmou Raúl Castro. Ele disse ainda que o preso Orlando Zapata Tamayo faleceu depois de protagonizar uma greve de fome e que este fato se deve à relação que os Estados Unidos estabelceram com Cuba.
Ele respondeu ainda às críticas das organizações de direitos humanos, que tentavam responsabilizar o regime. "Em meio século, não assassinamos ninguém aqui. Aqui ninguém foi torturado. Houve tortura na Ilha de Cuba, sim, mas na base de Guantânamo, que não é nosso território", disparou.
Em um evento de tamanho significado para a integração, os jornalistas privilegiaram a morte do dissidente talvez porque não consigam aceitar que o Brasil fez a opção acertada de se relacionar com as forças mais avançadas do continente. Também não assimilam que a pequena ilha revolucionária tenha conseguido se manter firme, símbolo da resistência às investidas dos Estados Unidos, e que encontre amigos solidários, como o governo brasileiro.
Não foi à tôa que, em um encontro de mais de duas horas com Fidel, Lula tenha ouvido dele muitos elogios por seu "brilhante desempenho" nesses quase oito anos de mandato. Ao sair da conversa, o brasileiro narrou ter encontrado o companheiro - que já não está em uma causa de repouso - "recuperado" e "excepcionalmente bem", muito melhor que quando o visitou em 2008.
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.25/02/2010
Em Cuba, Lula reafirma marca progressista da política externa
Do Vermelho - 25 de Fevereiro de 2010 - 12h16
Por Joana Rozowykwiat. Da Redação, com agências
Apesar de a mídia ter desviado atenções para a morte de um dissidente cubano, a visita do presidente Lula à ilha de Raúl e Fidel Castro foi muito positiva e cheia de significados. O brasileiro anunciou novo impulso às relações comerciais entre os países, para atenuar efeitos do bloqueio imposto a Cuba pelos Estados Unidos. Isso não apenas representa vantagens econômicas para ambas as nações, como reforça o caráter solidário da política externa do Brasil e consolida seus esforços de integração.
Lula chegou à ilha na noite de terça (23), ao voltar de encontro regional em Cancún no México, no qual os países do continente deram um grande passo, ao definirem a criação da Comunidade de Estados Latino-Americanos e do Caribe.
Ao lado do presidente cubano, Raúl Castro, Lula visitou o Porto de Mariel, a 50 quilômetros de Havana, que será modernizado com verbas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para que seja transformado no maior porto da América Central. O investimento, segundo a Odebrecht, responsável pela obra, é de US$ 800 milhões, dos quais US$ 433 milhões serão financiados pelo governo brasileiro e o restante pelo governo cubano.
A ilha também negocia com o Brasil mais US$ 230 milhões, que serão revertidos em exportação de produtos e serviços. Os recursos serão destinados ainda à construção de rodovias, ferrovias e reabilitação e modernização das instalações portuárias.
Lula defendeu a importância de ajudar Cuba a se preparar para o fim do bloqueio, no qual ele acredita. Nesse sentido, o presidente quer ainda ampliar o comércio entre os dois países, que alcançou US$ 330 milhões, mas oferecendo um equilíbrio melhor na balança comercial, hoje favorável ao Brasil. Sete empresas brasileiras participaram do encontro comercial em Havana e estima-se que a reunião poderá resultar em negócios de cerca de US$ 1 bilhão. Ou seja, bons frutos para Cuba e para o Brasil.
Mas, por trás da questão específica da cooperação, estão refletidos alguns sinais importantes para identificar a marca que o presidente Lula vai deixar ao final de seu mandato. Para além do título de estadista do ano, o presidente brasileiro consolidou uma política externa pautada pela solidariedade, pela busca por integração regional com justas relações, e por uma aproximação com os países mais avançados do continente.
O fato de, ao fim do mandato, Lula fazer esse gesto em relação ao governo revolucionário da ilha dá ainda mais clareza à sua posição ao lado das nações antiimperialistas. Se conseguiu colocar-se num papel de protagonista global, o presidente conseguiu também o reconhecimento dos governos de esquerda, que o têm como um companheiro e aliado.
Talvez isso explique porque a mídia procurou minimizar os motivos do encontro de amigos entre Lula, Fidel e Raúl, voltando a atenção para a morte de um dissidente da ilha, que fazia greve de fome há mais de oitenta dias. Com muita tranquilidade, o governo de Cuba lamentou aquele que é o primeiro falecimento de um preso político cubano desde 1972.
"Lamentamos muito. Ele foi sentenciado a três anos por ter causado problemas e foi levado a nossos melhores hospitais. Morreu e lamentamos muito", afirmou Raúl Castro. Ele disse ainda que o preso Orlando Zapata Tamayo faleceu depois de protagonizar uma greve de fome e que este fato se deve à relação que os Estados Unidos estabelceram com Cuba.
Ele respondeu ainda às críticas das organizações de direitos humanos, que tentavam responsabilizar o regime. "Em meio século, não assassinamos ninguém aqui. Aqui ninguém foi torturado. Houve tortura na Ilha de Cuba, sim, mas na base de Guantânamo, que não é nosso território", disparou.
Em um evento de tamanho significado para a integração, os jornalistas privilegiaram a morte do dissidente talvez porque não consigam aceitar que o Brasil fez a opção acertada de se relacionar com as forças mais avançadas do continente. Também não assimilam que a pequena ilha revolucionária tenha conseguido se manter firme, símbolo da resistência às investidas dos Estados Unidos, e que encontre amigos solidários, como o governo brasileiro.
Não foi à tôa que, em um encontro de mais de duas horas com Fidel, Lula tenha ouvido dele muitos elogios por seu "brilhante desempenho" nesses quase oito anos de mandato. Ao sair da conversa, o brasileiro narrou ter encontrado o companheiro - que já não está em uma causa de repouso - "recuperado" e "excepcionalmente bem", muito melhor que quando o visitou em 2008.
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Cuba e Brasil
Contraponto 1483 - Folha se lambuza no “esterco dos EUA”
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Blogo do Miro 25/02/2010
Altamiro Borges
A Folha de S.Paulo, que mais parece um pasquim estadunidense feito no Brasil, ficou irritadinha na semana passada com as críticas de Marco Aurélio Garcia, assessor especial do presidente Lula para assuntos internacionais, à “hegemonia cultural dos EUA” na programação das TVs a cabo. O decadente jornal da famíglia Frias utilizou várias páginas para bombardear o intelectual petista – só faltou solicitar ao “democrata” Barack Obama o envio imediato de fuzileiros navais para trucidar os “nacionalistas”, inimigos do imperialismo, instalados no Palácio do Planalto.
Num dos textos, intitulado “que esterco é esse?”, a jornalista Ana Paula Sousa tentou satanizar Marco Aurélio Garcia – um dos alvos prediletos da rancorosa mídia golpista. Ela ouviu algumas figuras para reforçar a tese de que “as declarações do assessor provocam reações inflamadas no meio cultural”. Daniel Filho não escondeu o seu ranço senil. “Estamos diante de um homem que apóia Fidel e Chávez. As declarações são parecidas com as ouvidas nesses países”, esbravejou o ex-diretor da TV Globo, que fez fama e fortuna exatamente o período da ditadura no Brasil.
“Processo de dominação eficiente”
O trecho da palestra de Garcia que deixou enfurecida a Folha nem deveria causar tanta celeuma. Após fazer uma comparação entre os enlatados exibidos pela TV fechada e a ofensiva militar da Quarta Frota, a divisão naval ianque que voltou a ameaçar o Atlântico Sul, ele simplesmente constatou que os EUA “realizam, de forma indolor, um processo de dominação muito eficiente. Despejam todo esse esterco cultural... Esse lixo cultural nos deixou numa situação grave”.
Essa idéia, rotulada de “bélica” pela Folha, não tem nada de “obsoleta”. Autores estadunidenses famosos, como Noam Chomsky ou Naomi Klein, já provaram que o Departamento de Estado dos EUA trata a luta cultural/ideológica como uma questão militar. Bilhões de dólares são investidos anualmente para difundir no planeta o “american way of life”, o modo de vida do império, e para justificar suas ações agressivas e expansionistas. Basta ler o livro “Quem pagou a conta? A CIA na guerra fria da cultura”, da escritora britânica Frances Saunders, para concordar com Garcia.
Jornal e jornalistas colonizados
Mas a Folha é uma colonizada consciente. Na coluna de opinião, que expressa o pensamento dos Frias, o editor Marcos Augusto Gonçalves deixa isto patente. “Aproxima-se da burrice traduzir a relação [entre cultura e poder] nos termos estreitos e datados do esquerdismo latino-americano, esquemático e antiamericanista, ainda professado pelo assessor presidencial”. Já em clima de campanha, o editor do jornal demo-tucano garante que as idéias de Garcia “indicam a hipótese sombria do autoritarismo”. O título do artigo, “esterco, go home”, serviria ao próprio colonizado.
Já Luiz Fernando Carvalho, autor de mini-séries da TV Globo, não vê qualquer perigo na difusão do lixo cultural dos EUA. “Assiste quem paga, e o assinante tem o livre-arbítrio de cancelar sua assinatura”. Para ele, “comparar a influência em termos de dominação cultural da TV a cabo à ameaça militar da 4ª Frota americana é no mínimo uma piada (e velha), uma atitude anacrônica de uma esquerda já tão antiquada e sectária”. Ele cita a censura da ditadura para atacar Garcia, esquecendo-se que o petista foi perseguido pelo regime militar, o mesmo que a Folha apoiou.
Apartheid da TV brasileira
Deixando o ranço político-ideológico à margem, a própria reportagem da Folha reconhece que as preocupações do assessor presidencial mereceriam um debate equilibrado. Ela constata que mais de 70% de tudo que é exibido nos canais por assinatura vem do exterior – em especial, dos EUA. A Agência Nacional de Cinema registra que somente 6,4% dos filmes exibidos na TV a cabo, no primeiro semestre de 2009, eram brasileiros. Nas emissoras abertas, o número é um pouco maior – 12,6% dos filmes são nacionais. Este “esterco cultural” mereceria ser debatido pela sociedade.
Mas a mídia hegemônica reza no altar do deus-mercado e venera os valores imperiais dos EUA. No seu conjunto, as matérias da Folha visaram satanizar Garcia por seu “nacionalismo”. Até a única opinião mais independente, do professor Laurindo Lalo Leal Filho, foi estigmatizada. Mas ele foi certeiro ao explicar que a TV brasileira, aberta e paga, pratica um tipo de apartheid. “Uma aliena com ‘Big Brother’ e programas de auditório. Outra, restrita a quem pode pagar, reproduz o discurso político alinhado à hegemonia americana e à demonização dos governos populares”.
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25/02/2010
Folha se lambuza no “esterco dos EUA”Blogo do Miro 25/02/2010
Altamiro Borges

Num dos textos, intitulado “que esterco é esse?”, a jornalista Ana Paula Sousa tentou satanizar Marco Aurélio Garcia – um dos alvos prediletos da rancorosa mídia golpista. Ela ouviu algumas figuras para reforçar a tese de que “as declarações do assessor provocam reações inflamadas no meio cultural”. Daniel Filho não escondeu o seu ranço senil. “Estamos diante de um homem que apóia Fidel e Chávez. As declarações são parecidas com as ouvidas nesses países”, esbravejou o ex-diretor da TV Globo, que fez fama e fortuna exatamente o período da ditadura no Brasil.
“Processo de dominação eficiente”
O trecho da palestra de Garcia que deixou enfurecida a Folha nem deveria causar tanta celeuma. Após fazer uma comparação entre os enlatados exibidos pela TV fechada e a ofensiva militar da Quarta Frota, a divisão naval ianque que voltou a ameaçar o Atlântico Sul, ele simplesmente constatou que os EUA “realizam, de forma indolor, um processo de dominação muito eficiente. Despejam todo esse esterco cultural... Esse lixo cultural nos deixou numa situação grave”.
Essa idéia, rotulada de “bélica” pela Folha, não tem nada de “obsoleta”. Autores estadunidenses famosos, como Noam Chomsky ou Naomi Klein, já provaram que o Departamento de Estado dos EUA trata a luta cultural/ideológica como uma questão militar. Bilhões de dólares são investidos anualmente para difundir no planeta o “american way of life”, o modo de vida do império, e para justificar suas ações agressivas e expansionistas. Basta ler o livro “Quem pagou a conta? A CIA na guerra fria da cultura”, da escritora britânica Frances Saunders, para concordar com Garcia.
Jornal e jornalistas colonizados
Mas a Folha é uma colonizada consciente. Na coluna de opinião, que expressa o pensamento dos Frias, o editor Marcos Augusto Gonçalves deixa isto patente. “Aproxima-se da burrice traduzir a relação [entre cultura e poder] nos termos estreitos e datados do esquerdismo latino-americano, esquemático e antiamericanista, ainda professado pelo assessor presidencial”. Já em clima de campanha, o editor do jornal demo-tucano garante que as idéias de Garcia “indicam a hipótese sombria do autoritarismo”. O título do artigo, “esterco, go home”, serviria ao próprio colonizado.
Já Luiz Fernando Carvalho, autor de mini-séries da TV Globo, não vê qualquer perigo na difusão do lixo cultural dos EUA. “Assiste quem paga, e o assinante tem o livre-arbítrio de cancelar sua assinatura”. Para ele, “comparar a influência em termos de dominação cultural da TV a cabo à ameaça militar da 4ª Frota americana é no mínimo uma piada (e velha), uma atitude anacrônica de uma esquerda já tão antiquada e sectária”. Ele cita a censura da ditadura para atacar Garcia, esquecendo-se que o petista foi perseguido pelo regime militar, o mesmo que a Folha apoiou.
Apartheid da TV brasileira
Deixando o ranço político-ideológico à margem, a própria reportagem da Folha reconhece que as preocupações do assessor presidencial mereceriam um debate equilibrado. Ela constata que mais de 70% de tudo que é exibido nos canais por assinatura vem do exterior – em especial, dos EUA. A Agência Nacional de Cinema registra que somente 6,4% dos filmes exibidos na TV a cabo, no primeiro semestre de 2009, eram brasileiros. Nas emissoras abertas, o número é um pouco maior – 12,6% dos filmes são nacionais. Este “esterco cultural” mereceria ser debatido pela sociedade.
Mas a mídia hegemônica reza no altar do deus-mercado e venera os valores imperiais dos EUA. No seu conjunto, as matérias da Folha visaram satanizar Garcia por seu “nacionalismo”. Até a única opinião mais independente, do professor Laurindo Lalo Leal Filho, foi estigmatizada. Mas ele foi certeiro ao explicar que a TV brasileira, aberta e paga, pratica um tipo de apartheid. “Uma aliena com ‘Big Brother’ e programas de auditório. Outra, restrita a quem pode pagar, reproduz o discurso político alinhado à hegemonia americana e à demonização dos governos populares”.
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Contraponto 1482 - "Os empresários progressistas da mídia"
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25/02/2010
Neste sábado (27), na capital paulista, pequenos empresários e empreendedores individuais da mídia se reúnem para discutir as formas de atuação do setor. Na 1ª Conferência Nacional de Comunicação, no ano passado, eles deram os primeiros passos na sua organização, contrapondo-se aos monopólios que controlam a mídia - ao famoso PIG (Partido da Imprensa Golpista). Em São Paulo, veículos progressistas – como o sitio Carta Maior e as revistas Caros Amigos, Fórum e Retrato do Brasil – elegeram 20 delegados da “sociedade civil empresarial” e jogaram papel decisivo na Confecom.
Na sequência, decidiram criar uma entidade para organizar o setor, que não se sente representado pelas entidades dos barões da mídia – como a Associação Nacional dos Jornais (ANJ), que reúne os jornalões oligárquicos do país. O evento do sábado reunirá revistas, jornais, sítios e blogueiros progressistas. Como afirma sua convocatória, o objetivo é iniciar a discussão para a “fundação de uma entidade nacional que represente os interesses políticos e econômicos de empreendedores e empresas de comunicação que se enquadram no campo da imprensa contra-hegemônica”.
Na primeira parte, o evento terá uma mesa redonda, coordenada pelo jornalista Flávio Aguiar e que contará com as presenças dos professores Bernardo Kucinski, Venício Lima, Laurindo Lalo Leal Filho e Denis de Oliveira. Na parte da tarde, os presentes debaterão desde o nome da futura entidade até seus princípios, objetivos e formas de atuação. O encontro é aberto à participação de todos os interessados, já que, como afirma a convocatória, “o apoio à nossa causa deve ser dar na sociedade civil, nos movimentos sociais e no meio acadêmico”. Não deixe de participar!
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25/02/2010
"Os empresários progressistas da mídia"
Blog do Miro - quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010Neste sábado (27), na capital paulista, pequenos empresários e empreendedores individuais da mídia se reúnem para discutir as formas de atuação do setor. Na 1ª Conferência Nacional de Comunicação, no ano passado, eles deram os primeiros passos na sua organização, contrapondo-se aos monopólios que controlam a mídia - ao famoso PIG (Partido da Imprensa Golpista). Em São Paulo, veículos progressistas – como o sitio Carta Maior e as revistas Caros Amigos, Fórum e Retrato do Brasil – elegeram 20 delegados da “sociedade civil empresarial” e jogaram papel decisivo na Confecom.
Na sequência, decidiram criar uma entidade para organizar o setor, que não se sente representado pelas entidades dos barões da mídia – como a Associação Nacional dos Jornais (ANJ), que reúne os jornalões oligárquicos do país. O evento do sábado reunirá revistas, jornais, sítios e blogueiros progressistas. Como afirma sua convocatória, o objetivo é iniciar a discussão para a “fundação de uma entidade nacional que represente os interesses políticos e econômicos de empreendedores e empresas de comunicação que se enquadram no campo da imprensa contra-hegemônica”.
Na primeira parte, o evento terá uma mesa redonda, coordenada pelo jornalista Flávio Aguiar e que contará com as presenças dos professores Bernardo Kucinski, Venício Lima, Laurindo Lalo Leal Filho e Denis de Oliveira. Na parte da tarde, os presentes debaterão desde o nome da futura entidade até seus princípios, objetivos e formas de atuação. O encontro é aberto à participação de todos os interessados, já que, como afirma a convocatória, “o apoio à nossa causa deve ser dar na sociedade civil, nos movimentos sociais e no meio acadêmico”. Não deixe de participar!
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Contraponto 1481 - "EUA mandam presos políticos de Guantánamo para Espanha e Albânia"
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25/02/2010
O Outro lado da notícia - Postado em 25 de fevereiro de 2010 por osvaldobertolino
Quatro presos políticos liberados da prisão americana de Guantánamo, em Cuba, chegaram na quarta-feira à Europa, onde foram recebidos para a Albânia e a Espanha, segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Os três que foram recebidos na Albânia são do Norte da África: Saleh Bin Hadi Asasi, da Tunísia; Sharif Fati Ali al-Mishad, do Egito; e Abdul Rauf Omar Mohammad Abu al-Qusin da Líbia. O quarto, que se tornou o primeiro enviado à Espanha, não teve a identidade revelada pelos EUA, mas foi confirmado que ele é oriundo dos territórios palestinos.
O governo espanhol havia aceitado receber cinco presos no ano passado, como forma de colaborar com os planos do presidente americano Barack Obama de fechar a prisão de Guantánamo. O ministro do Interior espanhol, Alfredo Rubalcaba, disse que os dois governos manterão contato para decidir como lidar com o ex-detento que já está em território espanhol, e afirmou que ele receberá um lugar para morar e será autorizado a trabalhar. A Albânia, aliada dos EUA e membro da Organização do Atlântico Norte desde o ano passado, informou que já recebeu ao todo 11 presos políticos, entre eles cinco chineses da etnia uighur. A decisão irritou a China, que enfrenta rebeldes uighures dentro do país.
O Departamento de Justiça afirmou que trabalhou em conjunto com a Albânia e a Espanha para garantir as medidas de segurança necessárias à transferência dos quatro presos políticos. Portugal foi o primeiro país a apoiar publicamente um plano da União Europeia para oferecer asilo a ex-presos de Guantánamo. A Itália também se comprometeu a receber ex-presos políticos. Em junho do ano passado, uma resolução da UE decidiu que os presos serão acolhidos de acordo com análises caso a caso.
Ainda há 188 presos políticos em Guantánamo.
Com agências
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25/02/2010
O Outro lado da notícia - Postado em 25 de fevereiro de 2010 por osvaldobertolino
Quatro presos políticos liberados da prisão americana de Guantánamo, em Cuba, chegaram na quarta-feira à Europa, onde foram recebidos para a Albânia e a Espanha, segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Os três que foram recebidos na Albânia são do Norte da África: Saleh Bin Hadi Asasi, da Tunísia; Sharif Fati Ali al-Mishad, do Egito; e Abdul Rauf Omar Mohammad Abu al-Qusin da Líbia. O quarto, que se tornou o primeiro enviado à Espanha, não teve a identidade revelada pelos EUA, mas foi confirmado que ele é oriundo dos territórios palestinos.
O governo espanhol havia aceitado receber cinco presos no ano passado, como forma de colaborar com os planos do presidente americano Barack Obama de fechar a prisão de Guantánamo. O ministro do Interior espanhol, Alfredo Rubalcaba, disse que os dois governos manterão contato para decidir como lidar com o ex-detento que já está em território espanhol, e afirmou que ele receberá um lugar para morar e será autorizado a trabalhar. A Albânia, aliada dos EUA e membro da Organização do Atlântico Norte desde o ano passado, informou que já recebeu ao todo 11 presos políticos, entre eles cinco chineses da etnia uighur. A decisão irritou a China, que enfrenta rebeldes uighures dentro do país.
O Departamento de Justiça afirmou que trabalhou em conjunto com a Albânia e a Espanha para garantir as medidas de segurança necessárias à transferência dos quatro presos políticos. Portugal foi o primeiro país a apoiar publicamente um plano da União Europeia para oferecer asilo a ex-presos de Guantánamo. A Itália também se comprometeu a receber ex-presos políticos. Em junho do ano passado, uma resolução da UE decidiu que os presos serão acolhidos de acordo com análises caso a caso.
Ainda há 188 presos políticos em Guantánamo.
Com agências
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Contraponto 1480 - "Campanha francesa vincula fumo a sexo oral forçado"
25/02/2010
"Campanha francesa vincula fumo a sexo oral forçado"
Ne pas fumer
Ne pas fumer

"Fumar é ser escravo do tabaco", diz o slogan da campanha
A ONG francesa Direito dos Não-Fumantes (DNF, Droits des Non-Fumeurs) lançou uma campanha que associa o cigarro à prática de sexo oral forçado. A saga antitabagismo, ou quase antitabagista, traz fotografias de adolescentes com cigarro nos lábios diante de um homem de terno, cuja mão está sobre a cabeça dos jovens fumantes. O site da organização passou o dia fora do ar.
A entidade garante que quis dizer que "o tabaco é uma "submissão". Vincular ao sexo oral foi uma forma de chamar a atenção de jovens e de chocar. Tudo porque o cigarro não desperta mais medo na molecada, segundo a organização.
O jornal Le Parisien ouviu organizações feministas e o Escritório francês de Prevenção do Tabagismo, e a ideia não agradou a ninguém. Antoinette Fouque, do Movimento de Libertação da Mulher, lembra que "felação não provoca câncer". Para ela, "a imagem de um homem velho com a mão sobre a cabeça de adolescentes é insuportável". Bertrand Dautzenberg, titular do órgão público de combate ao fumo, opina que o material só vai chamar a atenção de adultos.
A ONG La Moute considerou a ideia "abominável retorno de tudo o que se fez nos últimos 40 anos". A entidade considera que a publicidade banalisa a violência sexual. "O tabaco é uma droga, a violência sexual, um crime, agravado se a vítima do adulto é um jovem", prossegue.
A secretaria do Estado e da Família promete pedir a retirada da peça de circulação.
Desde dezembro de 2009, a França adotou a inclusão de imagens chocantes no verso do maço de cigarros. Até então, apenas alertas do tipo "Ministério da Saúde adverte" povoavam as embalagens. Como a medida acontece no país que tentou proibir o happy hour, é bom ficar atento.
A campanha também é composta de um vídeo que relaciona o fumo à ingestão de substâncias tóxicas. Mas ninguém nem presta atenção na peça (no Brasil fica mais difícil, porque não tem legenda).
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Contraponto 1479 - Serra e o orgasmo privatista
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Do Viomundo Atualizado em 25 de fevereiro de 2010 às 02:59 |
Publicado em 24 de fevereiro de 2010 às 23:19
O blog do Douglas Yamagata (dica do leitor Hudson Luiz) traz uma série de reproduções imperdíveis que incluem o governador José Serra em ação, privatizando.
Pode se dizer, sem medo de errar, que ele privatizou com prazer quase pornográfico :

25/02/2010
Serra, privatizando com prazerDo Viomundo Atualizado em 25 de fevereiro de 2010 às 02:59 |
Publicado em 24 de fevereiro de 2010 às 23:19
O blog do Douglas Yamagata (dica do leitor Hudson Luiz) traz uma série de reproduções imperdíveis que incluem o governador José Serra em ação, privatizando.
Pode se dizer, sem medo de errar, que ele privatizou com prazer quase pornográfico :

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As atas da privatização
As atas da privatização
Do Viomundo Atualizado em 24 de fevereiro de 2010 às 23:56 |
Publicado em 24 de fevereiro de 2010 às 23:51

clique na figura para ver melhor
Do Viomundo Atualizado em 24 de fevereiro de 2010 às 23:56 |
Publicado em 24 de fevereiro de 2010 às 23:51
Nos últimos dias, depois que a ministra Dilma Rousseff teve sua pré-candidatura lançada, várias vozes se levantaram para acusá-la de mentir sobre as intenções do governo de Fernando Henrique Cardoso em relação à privatização do Banco do Brasil, Petrobrás e Furnas.
Porém, esse memorando de política econômica, de 08/03/1999, apresentando pelo governo FHC ao Fundo Monetário Internacional, não deixa muitas dúvidas sobre as intenções. (Os grifos em verde negritado são do ContrapontoPIG)
Foi outro furo do blog Amigos do Presidente Lula. A ata está nos anais eletrônicos do Ministério da Fazenda.
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Porém, esse memorando de política econômica, de 08/03/1999, apresentando pelo governo FHC ao Fundo Monetário Internacional, não deixa muitas dúvidas sobre as intenções. (Os grifos em verde negritado são do ContrapontoPIG)
Foi outro furo do blog Amigos do Presidente Lula. A ata está nos anais eletrônicos do Ministério da Fazenda.
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Contraponto 1478 - Lula em Cuba
Amigos do Presidente - por Helena™ quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010. 6:51:00 PM
O Presidente Lula conversou por muito tempo nesta quarta-feira com o líder Fidel Castro, afastado do poder em Cuba desde julho de 2006. Em sua casa, na capital Havana, Fidel recebeu Lula e o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins, além de seu irmão e atual presidente de Cuba, Raúl Castro.
Em uma conversa Fidel apresentou, segundo relato dos presentes no encontro, um bom estado de saúde, bem diferente do verificado em outubro de 2008, quando o comandante cubano estava em uma casa de repouso com condição de saúde frágil.
Para a Presidência da República, o encontro entre Lula e Fidel reflete "uma reunião de amigos" e "uma visita de conclusão desse ciclo de visitas" que Lula já realizou à ilha caribenha. Desde 2003, já foram quatro viagens oficiais do presidente brasileiro a Cuba.
O presidente de Cuba, Raúl Castro (de óculos escuros), e Lula visitam a zona de desenvolvimento integrado de Mariel, em Havana. Lula inaugurou nesta quarta-feira as obras do porto cubano de Mariel, uma remodelação financiada pelo Brasil para ilustrar sua aliança estratégica com a ilha de governo.
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O Presidente Lula conversou por muito tempo nesta quarta-feira com o líder Fidel Castro, afastado do poder em Cuba desde julho de 2006. Em sua casa, na capital Havana, Fidel recebeu Lula e o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins, além de seu irmão e atual presidente de Cuba, Raúl Castro.
Em uma conversa Fidel apresentou, segundo relato dos presentes no encontro, um bom estado de saúde, bem diferente do verificado em outubro de 2008, quando o comandante cubano estava em uma casa de repouso com condição de saúde frágil.
Para a Presidência da República, o encontro entre Lula e Fidel reflete "uma reunião de amigos" e "uma visita de conclusão desse ciclo de visitas" que Lula já realizou à ilha caribenha. Desde 2003, já foram quatro viagens oficiais do presidente brasileiro a Cuba.
O presidente de Cuba, Raúl Castro (de óculos escuros), e Lula visitam a zona de desenvolvimento integrado de Mariel, em Havana. Lula inaugurou nesta quarta-feira as obras do porto cubano de Mariel, uma remodelação financiada pelo Brasil para ilustrar sua aliança estratégica com a ilha de governo.
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Lula em Cuba
Contraponto 1477 - A ONU precisa cumprir o papel de liderança mundial
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Blog do Planalto - terça-feira, 23 de fevereiro de 2010 às 18:40
(Última atualização: 23/02/2010 às 18:02:23)
O presidente Lula enfatizou, durante discurso de encerramento da sessão plenária da II Cúpula da América Latina e do Caribe sobre Integração e Desenvolvimento (Calc) e XXI Cúpula do Grupo do Rio, em Cancún (México), que a Organização das Nações Unidas (ONU) deveria exercer um papel importante na busca da paz no Oriente Médio. Segundo o presidente brasileiro, o enfraquecimento da ONU interessa a algumas potências mundiais para que mantenham a liderança nos conflitos.
“A ONU deveria ter assumido responsaiblidade de estar negociando a paz no Oriente Médio”, enfatizou. “Esse é um assunto que espero que, em alguma reunião, seja colocado em pauta para a gente discutir”, disse.
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25/02/2010
A ONU precisa cumprir o papel de liderança mundialPresidente Lula discursa durante encerramento de reunião
em Cancún, México (foto: Ricardo Stuckert/PR)
em Cancún, México (foto: Ricardo Stuckert/PR)
Blog do Planalto - terça-feira, 23 de fevereiro de 2010 às 18:40
(Última atualização: 23/02/2010 às 18:02:23)
“A ONU deveria ter assumido responsaiblidade de estar negociando a paz no Oriente Médio”, enfatizou. “Esse é um assunto que espero que, em alguma reunião, seja colocado em pauta para a gente discutir”, disse.
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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Contraponto 1476 - "Ciro Gomes já admite concorrer ao Governo de São Paulo"
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"Ciro Gomes já admite concorrer ao Governo de São Paulo"
Representantes do PSB, PCdoB, PDT e PT se reuniram, nesta quarta-feira (24), com o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) para tentar convencê-lo a concorrer a sucessão ao governo de São Paulo. Ciro Gomes deu sinal de que pode atender ao apelo do presidente Lula e desistir da candidatura à Presidência. Ele disse que pode entrar no páreo em São Paulo se Lula precisar de um palanque para a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, no maior colégio eleitoral do país.
"Eu estou decidido, mas só o tempo vai dizer se minha decisão (de ser candidato à sucessão de Lula) vai se manter ou se serviremos o País deslocando a candidatura para São Paulo", afirmou o deputado.
Na avaliação de Ciro, uma campanha polarizada desde o início entre Dilma, pré-candidata do PT à Presidência, e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), favorece o tucano. É com o argumento de que só sua entrada na disputa pode levar a eleição para o segundo turno que Ciro prega esse cenário.
Ele avisou, no entanto, que não será "linha auxiliar" do Planalto se mantiver sua intenção de concorrer à Presidência. "Eu sou muito melhor do que qualquer outro candidato", insistiu. "A Dilma é extraordinária, mas não tem a história de 20 eleições que eu tenho."
Sem ansiedade
Ciro vai conversar com Lula no dia 15 de março e ainda tem duas reuniões com o grupo de partidos que quer lançá-lo ao governo paulista, antes de dar a resposta final. Antes de deixar o encontro de hoje, em Brasília, o deputado recomendou aos dirigentes partidários que contenham a ansiedade. "Precisamos olhar o quadro nacionalmente e botar um pouco de gelo nas veias", brincou.
Segundo um dos participantes da reunião, Ciro Gomes quer aguardar a conversa definitiva que terá com o presidente Lula, prevista para o final de março. Durante o próximo mês, Lula dará continuidade às conversações com o PSB. Junto com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, ele participará de inauguração de duas fábricas - uma de britas e outra de dormentes de concreto.
Ao mesmo tempo, o PSB quer arrancar do PT apoio incondicional às reeleições de Cid Gomes, no Ceará, e de Eduardo Campos, em Pernambuco, e também à sucessão de Wilma Faria no Rio Grande do Norte.
Da sucursal de Brasília
Com Agência Estado
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24/02/2010
"Ciro Gomes já admite concorrer ao Governo de São Paulo"
Representantes do PSB, PCdoB, PDT e PT se reuniram, nesta quarta-feira (24), com o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) para tentar convencê-lo a concorrer a sucessão ao governo de São Paulo. Ciro Gomes deu sinal de que pode atender ao apelo do presidente Lula e desistir da candidatura à Presidência. Ele disse que pode entrar no páreo em São Paulo se Lula precisar de um palanque para a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, no maior colégio eleitoral do país.
"Eu estou decidido, mas só o tempo vai dizer se minha decisão (de ser candidato à sucessão de Lula) vai se manter ou se serviremos o País deslocando a candidatura para São Paulo", afirmou o deputado.
Na avaliação de Ciro, uma campanha polarizada desde o início entre Dilma, pré-candidata do PT à Presidência, e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), favorece o tucano. É com o argumento de que só sua entrada na disputa pode levar a eleição para o segundo turno que Ciro prega esse cenário.
Ele avisou, no entanto, que não será "linha auxiliar" do Planalto se mantiver sua intenção de concorrer à Presidência. "Eu sou muito melhor do que qualquer outro candidato", insistiu. "A Dilma é extraordinária, mas não tem a história de 20 eleições que eu tenho."
Sem ansiedade
Ciro vai conversar com Lula no dia 15 de março e ainda tem duas reuniões com o grupo de partidos que quer lançá-lo ao governo paulista, antes de dar a resposta final. Antes de deixar o encontro de hoje, em Brasília, o deputado recomendou aos dirigentes partidários que contenham a ansiedade. "Precisamos olhar o quadro nacionalmente e botar um pouco de gelo nas veias", brincou.
Segundo um dos participantes da reunião, Ciro Gomes quer aguardar a conversa definitiva que terá com o presidente Lula, prevista para o final de março. Durante o próximo mês, Lula dará continuidade às conversações com o PSB. Junto com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, ele participará de inauguração de duas fábricas - uma de britas e outra de dormentes de concreto.
Ao mesmo tempo, o PSB quer arrancar do PT apoio incondicional às reeleições de Cid Gomes, no Ceará, e de Eduardo Campos, em Pernambuco, e também à sucessão de Wilma Faria no Rio Grande do Norte.
Da sucursal de Brasília
Com Agência Estado
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Contraponto 1475 - Ciro "chegando" em São Paulo
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24/02/1010
Amigos do Presidente - quarta-feira - por Zé Augusto24 de fevereiro de 2010 . 12:37:00 PM
Representantes do PSB, PDT, PT e PCdoB reuniram-se nesta quarta-feira com Ciro Gomes (PSB-CE) para discutir a sucessão ao governo de São Paulo.
Ciro afirmou, pela primeira vez de forma enfática, que poderá concorrer ao governo de São Paulo, apesar de manter sua disposição de disputar a Presidência da República.
"De repente, o projeto nacional que o presidente Lula representa precisaria ter como uma engrenagem modesta que eu aceitasse esse desafio (disputar São Paulo). Nesse caso, a serviço do Brasil, a serviço dessa fração de São Paulo eu não titubearia em ir", afirmou Ciro a jornalistas.
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24/02/1010
Amigos do Presidente - quarta-feira - por Zé Augusto24 de fevereiro de 2010 . 12:37:00 PM
Representantes do PSB, PDT, PT e PCdoB reuniram-se nesta quarta-feira com Ciro Gomes (PSB-CE) para discutir a sucessão ao governo de São Paulo.
Ciro afirmou, pela primeira vez de forma enfática, que poderá concorrer ao governo de São Paulo, apesar de manter sua disposição de disputar a Presidência da República.
"De repente, o projeto nacional que o presidente Lula representa precisaria ter como uma engrenagem modesta que eu aceitasse esse desafio (disputar São Paulo). Nesse caso, a serviço do Brasil, a serviço dessa fração de São Paulo eu não titubearia em ir", afirmou Ciro a jornalistas.
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