quarta-feira, 28 de abril de 2010

Contraponto 2065 - "Debate sobre segurança relembra fracasso de Serra em SP"

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28/04/2010

"Debate sobre segurança relembra fracasso de Serra em SP"

Portal Vermelho - 27/04/2010

A exemplo do que ocorreu com a recente declaração sobre o Mercosul (leia mais aqui), o pré-candidato tucano à Presidência, José Serra, meteu novamente os pés pelas mãos ao colocar o tema da segurança na agenda do debate pré-eleitoral. Apesar do discurso "duro" e "propositivo", Serra não consegue escapar da avaliação de que sua gestão como governador de São Paulo teve na área de segurança um de seus mais retumbantes fracassos.
Na segunda-feira (26), durante entrevista ao programa Brasil Urgente, apresentado por José Luiz Datena, Serra usou jargão policialesco e pretensamente popular para defender sua visão sobre segurança pública. "Bandido tem de ser enfrentado com dureza" e "engaiolado", disse o tucano Serra prometeu que, se for eleito, criará um Ministério da Segurança Pública para combater o crime organizado.

O tucano defendeu a criação de um novo ministério, pois o Ministério da Justiça "não foi feito diretamente" para combater o crime. Para Serra, o Ministério da Segurança Pública cuidaria da reorganização de "todo o sistema de segurança do País".

Matança no litoral

A declaração do ex-governador de São Paulo ocorreu no mesmo momento em que órgãos do governo norte-americano recomendavam aos turistas que viessem visitar o Brasil que evitassem a baixada santista, no litoral paulista, devido a onda de assassinatos que ocorre n aregião.

Ao mesmo tempo, o procurador do Estado, Antonio Mafezzoli, acusou ontem o Governo Alberto Goldman (PSDB) de se omitir na investigação sobre a matança de jovens na Baixada Santista. Desde o início da semana passada, 23 pessoas, a maioria delas jovens e sem antecedentes criminais, foram assassinadas em cidades do litoral paulista e outras 12 foram feridas a bala. Segundo o procurador, a mortandade no litoral faz lembrar episódios ocorridos em maio de 2006, quando nove pessoas foram mortas em represália da polícia a ataques da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

"A violência atingiu de novo um grau desproporcional, sem que a polícia tomasse qualquer providência para apurar a autoria dos crimes. O serviço de inteligência da Polícia Civil já deveria estar levantando a identidade dos autores, que não podem ficar impunes", reclamou Mafezzoli.

De acordo com o procurador, a polícia paulista está agindo como se os assassinatos praticados em diferentes cidades da Baixada Santista não estivessem interrelacionados.

"Boa parte desses crimes foi praticada por ninjas encapuzados, utilizando motos e armamentos de alto calibre, que decidem fazer justiça com as próprias mãos, assassinando jovens inocentes, que nem tinham passagens pela polícia. Há uma grave omissão do Estado, complacente com este tipo de procedimento".

Serra foi um fracasso na política de segurança pública

As críticas do procurador só reforçam os dados que mostram que durante o governo Serra a criminalidade no estado de São Paulo só fez aumentar. Segundo dados oficiais divulgados pelo próprio governo paulista, em 2009 os índices de roubo chegaram a bater o recorde da década. Foram 257.004 roubos ano passado, contra 217.967 em 2008, um aumento de 18%. O maior número de ocorrências desse tipo de crime havia sido alcançado em 2003, quando foram registrados 248.406 casos. Homicídios, latrocínios, furtos e sequestros também aumentaram em relação a 2008.

Em queda de 2001 a 2008, o número de homicídios dolosos (intencionais) voltou a crescer no estado. Chegou a 4.557 ano passado, contra 4.426 em 2008, uma elevação de 3%. O governo paulista, no entanto, comemorou o fato de o índice ser de 10,9 assassinatos para cada 100 mil habitantes, um dos menores patamares do país, segundo a Secretaria de Segurança Pública. A Organização Mundial de Saúde, porém, classifica esse quadro como epidemia.

De acordo com planilhas da própria secretaria, o número de latrocínios também subiu de 267 mil para 304 mil (14%), e os sequestros tiveram aumento de 60 mil para 85 (40%). Também chamaram atenção os registros de furto e estupro. No primeiro caso, foram contabilizados 528.933 casos no estado, 8% a mais que em 2008. Já os casos de estupro subiram de 3.338 para 5.647.

Também verificou-se que o aumento de homicídios no interior de São Paulo interrompeu a série histórica de redução desse tipo de crime no estado. As cidades do interior foram responsáveis pelos maiores índices, com elevação de 16,4% (de 1.821 para 2.120) nos homicídios.

Desde 2001, vinham sendo registradas quedas em relação ao número de assassinatos em São Paulo. Mas, no ano passado, o aumento do número geral de homicídios no estado só não foi maior porque a capital e a grande São Paulo tiveram redução nos últimos 12 meses.

Na capital foram 1.235 casos, com queda de 2%. Já na região metropolitana, a diminuição chegou a 10,4%, com 1.202 ocorrências.

Diante do aumento no volume de diversos crimes, o governo de São Paulo avaliou que a crise econômica mundial e a greve da polícia de 2008 foram fatores que "colaboram para o salto dos índices de violência no estado".

A ideia de que a crise econômica mundial colaborou para aumentar a violência em São Paulo é rechaçada por especialistas. "Tratar essa violência como reflexo da crise econômica é uma análise inadequada do fenômeno". Não dá para fazer essa relação entre pobreza e aumento da violência, já que a violência é uma questão que passa por fatores educacionais, demográficos e também pela ação do poder público, avalia o pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da USP, Marcelo Batista Nery.

Dilma: governo Lula agiu com competência

Nesta terça-feira (27), ao ser perguntada sobre a proposta de Serra para a área de segurança, a pré-candidata do PT à Presidência da República Dilma Rousseff (PT-RS) ressaltou que a segurança pública "é uma das questões mais importantes para o governo federal".

Dilma destacou uma série de ações adotadas pelo governo Lula como a criação da Força Nacional de Segurança Pública e frisou que 78% do orçamento do Ministério da Justiça são destinados ao setor. Entre outras ações desenvolvidas nos últimos oito anos, lembrou o reaparelhamento da Polícia Federal, com investimentos na área de inteligência e a construção de quatro presídios com capacidade para receber mil detentos cada um em todo o país, além da criação do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).

Da redação, com informações do site Brasília Confidencial
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Contraponto 2064 - "Petrobras fica entre as marcas mais valiosas do mundo... E o PSDB queria vender"

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28/04/2010


Petrobras fica entre as marcas mais valiosas do mundo...
E o PSDB queria vender

Amigos do Presidente - por Helena™ quarta-feira, 28 de abril de 2010

A Petrobras entrou para o ranking “2010 BrandZ Top 100”, da Millward Brown Optimor, que apresenta as cem marcas mais valiosas do mundo. A empresa estréia na 73ª posição, com sua marca avaliada em US$ 9,7 bilhões.

Além da petrolífera, o Brasil tem apenas mais um representante na lista, o Bradesco, que já aparecia no ano passado na 98ª posição e permanece no mesmo lugar. A marca do banco vale US$ 7,4 bilhões, segundo a pesquisa, uma alta de 13% em relação aos US$ 6,6 bilhões verificados no levantamento anterior.Agência Estado
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PITACO DO ContrapontoPIG

" E o PSDB queria vender", não. Ainda quer vender

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Contraponto 2063 - "Graeff não só comanda os brucutus. É o brucutu"

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28/04/2010

"Graeff não só comanda os brucutus. É o brucutu"

Tijolaço - quarta-feira, 28 abril, 2010 às 10:28

Brizola Neto


Segui uma dica postada aqui e está aí ao lado, para quem quiser ver. Além do site de ataques
“gente que mente” (veja aqui a denúncia), assunto escandaloso e encoberto até agora, a direção do PSDB tem um “saco de maldades” preparado e reservado para a campanha suja que vai fazer na web nestas eleições. Reproduzo aí ao lado a página do registro.br que elenca os sites registrados em nome do Instituto Social Democrata, uma instituição criada pelo ex-presidente FHC, e dirigida pelo alto tucanato.
O ISD, que vive de doações privadas e contribuições de sócios, é, segundo seu estatuto, “uma sociedade civil sem fins lucrativos, destinada a promover o debate e a divulgação de idéias e teses da social democracia, buscando aprimorar o pensamento e as propostas de ação relativos aos relevantes problemas nacionais.”. Goza, por isso, de isenções fiscais.

A menos que nesta busca por “aprimorar o pensamento” se inclua o ataque vil e sujo, o que levaria esta intituição a registrar, no final de 2008, um site chamado “www.petralhas.com.br”? Não está no ar, foi ativado e desativado instantaneamente, para ficar guardado, no limbo, para utilização futura, talvez transferido para outro titular.


O responsável pelo registro é o senhor Eduardo Graeff, secretário-geral da Presidência do Governo FHC, tesoureiro nacional do PSDB e homem forte, junto com o ex-ministro (e secretário de Serra) Paulo Renato de Souza.A sede do ISD é em São Paulo, mas o registro está feito com um endereço residencial em Brasília, que esfumacei na imagem, mas está no original. Fiz o mesmo com o email pessoal do senhor Graeff, porque não faço jogo sujo, ao contrário dele, que não pode se escusar da responsabilidade por isso.

Vou hoje à tribuna da Câmara, desafiar o discurso de bom-moço de José Serra. Toda esta sujeira é feita por seus homens de confiança.

Posso e vou reagir em defesa da campanha de Dilma Rousseff, porque devo lutar contra os métodos sujos da direita – porque ações sórdidas assim não merecem jamais o nome de social-democratas – que quer devolver o Brasil à condição servil.

Mas não posso reagir em nome do PT, embora, sinceramente, não tenha muitas esperanças que este o faça.
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Contraponto 2062 - "Líder do governo diz que Lula aceita reajuste de 7% a aposentados"

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28/04/2010


"Líder do governo diz que Lula aceita reajuste de 7% a aposentados"


Portal Vermelho - 28 de Abril de 2010 - 0h59

O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) afirmou nesta terça-feira que o governo aceitará conceder um reajuste de 7% aos aposentados caso haja consenso no Congresso em torno desta proposta. Vaccarezza, juntamente com o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, se reuniram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir o reajuste.
Tanto Vaccarezza quanto Jucá sinalizaram que o presidente Lula sancionaria o reajuste de 7%. "Se a Câmara aprovar 7%, não terá nenhum problema. Eu dou minha palavra", disse Vaccarezza. "Se aprovar 7%, com acordo de líderes no Congresso, fortalece a sanção do presidente Lula", garantiu Jucá.

A proposta original do governo prevê reajuste de 6,14% para os aposentados. Alguns ministros disseram que qualquer reajuste superior seria vetado. Porém, segundo os líderes do governo, há uma disposição do presidente em aceitar 7%.

"Se chegar num acordo de 7% na Câmara e no Senado não tenho dúvida que vai chegar redondo para o presidente Lula aprovar", disse Jucá.

Segundo Vaccarezza, a proposta de 7% significa um grande esforço do governo e que um valor superior é insustentável. "Não haverá nenhum centavo além de 7% no meu relatório", disse o líder do governo na Câmara.

Mais cedo no Congresso, o líder do PDT na Câmara, deputado Dagoberto (MS) disse que Lula não deverá vetar um aumento maior do que o sugerido pelo governo, que é de 6,14%. "O que todos os líderes e centrais avaliaram é que o presidente Lula não vai vetar, ele é muito sensível às causas dos trabalhadores e no dia 1º de maio ele vai dar um presente a todos os trabalhadores", disse.

O deputado Paulinho da Força (PDT-SP) também não acredita no veto presidencial e aposta num acordo para votação da matéria no Senado ainda nesta quinta-feira (29). "Entrei hoje com um requerimento de preferência de votação. Queremos pelo menos a leitura do relatório e o mais provável é que a votação fique para amanhã. Vamos conversar com o Michel Temer para fazer um acordo e encaminhar esse texto imediatamente para o Senado após a votação na Câmara", afirmou.

Fonte: Terra
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Contraponto 2061 - PIB de 2010 será o 3º maior do mundo

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28/04/2010
PIB de 2010 será o 3º maior do mundo.

Conversa Afiada - Publicado em 27/04/2010


Barros contempla a vigorosa expansão da economia


Do amigo navegante Carlos Barbosa.

Deu no IG:

Octávio de Barros: PIB terá 3ª maior alta do mundo

Economista do Bradesco projeta expansão de 6,4% para o PIB brasileiro neste ano

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro terá em 2010 o terceiro maior crescimento entre as 30 maiores economias do mundo. Segundo Octávio de Barros, diretor de Pesquisa Macroeconômica do Bradesco, o Brasil deverá crescer 6,4% neste ano, “podendo chegar a 7%”.

Falando a uma plateia de investidores internacionais no evento Brazil Internacional Summit, organizado pela Terrapinn, nesta terça-feira, em São Paulo, Barros destacou que a taxa é “acima do que podemos crescer”. Nas projeções do economista, o crescimento sustentável do PIB está na casa dos 4,7%. “Poderia crescer mais, mas somos céticos com relação ao apetite por reformas.”

Clique aqui para ler a matéria de Klinger Portella no portal IG ..
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Contraponto 2060 - O PIG Mente

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28/04/2010




A FOLHA MENTE
(mente, mente, mente, desesperadamente)"
O GLOBO MENTE

A VEJA MENTE
O ESTADÃO MENTE.

Porque A DIREITA MENTE.

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Emir Sader

O DATAFOLHA E O IBOPE
DESCARADAMENTE MENTEM



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Este post é repetido a cada 20 postagens
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Contraponto 2059 - A Unicef, Cuba e as crianças

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28/04/2010


Cuba é exemplo mundial de respeito à criança

Esquerdopata - 26 de abril de 2010

De acordo com o Unicef, Cuba é um dos países que realizou mais progressos na parte da sobrevivência e do desenvolvimento das crianças. Segundo o organismo internacional, a taxa de mortalidade infantil na ilha por cada mil crianças nascidas vivas é inferior a dos Estados Unidos.

O representante do Unicef em Cuba, José Juan Ortiz Brú, afirmou que o número e a qualidade dos serviços dos hospitais que recebem as crianças e as mães de Cuba estão entre os mais elevados do mundo.

"Acho que Cuba é um dos países onde a Convenção sobre os Direitos da Criança tem maior vigência, o que significa que ali são utilizadas muitas políticas públicas que garantem o desenvolvimento das crianças", acrescentou.


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Contraponto 2056 - "Aleluia, ex-anão, é como Arruda: adora escândalo"

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28/04/2010


Aleluia, ex-anão, é como Arruda: adora escândalo

Escrivinhador - publicada terça, 27/04/2010 às 20:25
e atualizada terça, 27/04/2010 às 20:25



Aleluia (camisa rosa, calvo) gosta de andar próximo de baixinhos como ACM Net

José Carlos Aleluia, o deputado do DEM que espalhou um texto falso com "denúncias" contra Dilma, é um parlamentar com longos serviços prestados à nação.

Primeiro, frequentou os relatórios da CPI dos Anões do Orçamento. Foi em 93. O DEM naquela época chamava-se PFL. Mas o Aleluia já era o Aleluia. Ele foi denunciado por José Carlos Alves dos Santos (funcionário do Congresso, e pivô do escândalo) como um dos deputados a desviar recursos do Orçamento.

Acabou inocentado. Leia aqui o que a revista "Istoé" contou sobre o caso - http://www.istoe.com.br/reportagens/25780_MANTIDOS+OS+SEGREDOS+DOS+ANOES?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage:

"Os deputados Sérgio Guerra (PSDB-PE) e José Carlos Aleluia (PFL-BA) estão entre os parlamentares citados por José Carlos Alves como integrantes do esquema da corrupção do Orçamento e que foram inocentados pela CPI, aberta diante da gravidade das denúncias. Mas o fato de o relator, deputado Roberto Magalhães (PFL-PE), tê-los inocentado gerou suspeitas na época. Falava-se em uma troca.

Magalhães teria aceitado livrar o correligionário Aleluia se em troca seu partido aceitasse liberar o conterrâneo Sérgio Guerra, que à época era filiado ao PSB."

Ou seja: Aleluia escapou por pouco em 93. Mas não aprendeu nada. Como o correligionário Arruda: afastado do Senado por fraude, Arruda chorou. Perdoado, elegeu-se governador. Foi em cana. E agora está deprimido.

Aleluia também é reincidente em escândalos. Treze anos depois do caso dos anões, lá estava Aleluia de novo, no escândalo das ambulâncias em 2006 - http://bahiadefato.blogspot.com/2006/08/documento-liga-jos-carlos-aleluia-mfia.html.
Aleluia acha que é malandro. Agora, partiu pra cima da Dilma. Com um texto falso.

Aleluia é um homem alto. Mas, politicamente, tem o mesmo tamanho que já exibia em 93: é um anão!

Vejam o que ele andou aprontando agora - http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/terra-magazine-aleluia-embarca-na-demonizacao-de-dilma-se-deu-mal.html
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Contraponto 2055 - "Ipea propõe estatal e subsídios para banda larga"

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28/04/2010


"Ipea propõe estatal e subsídios para banda larga"

Vermelho
- 27 de Abril de 2010 - 20h01

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) defendeu, em estudo divulgado ontem, a intervenção do governo para assegurar a expansão da banda larga no país. O instituto recomenda três formas de atuação: massificação dos serviços por meio de recursos do Fundo de Universalização do Sistema de Telecomunicações (Fust), instituição de algum subsídio ou desoneração da cadeia produtiva do setor e a criação de uma estatal para oferecer o serviço.
Segundo o estudo, apenas 12 milhões de domicílios possuíam acesso à banda larga em 2008, o equivalente a 21% dos domicílios existentes no país. "Mesmo sujeita à livre concorrência, a oferta do acesso à banda larga é exageradamente concentrada", conclui o texto. "Há um problema claro de falta de competição no setor", diz a pesquisadora Fernanda de Negri.

O tom "trágico" do estudo é verificado também nas palavras de João Maria de Oliveira, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea. "Conclui-se que a diferença em relação à oferta nos países desenvolvidos está avançando", sustenta ele. Segundo o estudo, em 2009, o custo médio da banda larga no Brasil era de 4,6% da renda mensal, enquanto que na Rússia era de 1,68% e, nos países desenvolvidos, a média é de apenas 0,5%.

A última versão do Plano Nacional de Banda Larga, que será submetida, ainda nesta semana, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vai prever isenção de tributação para as empresas dispostas a fornecer internet rápida a preços populares, como sugere o estudo do Ipea. O governo pretende fornecer internet "no atacado" a preços inferiores aos praticados hoje no mercado e já está trabalhando em uma linha de financiamento, para empresas que se tornarem parceiras, superior a R$ 5 bilhões, além de um conjunto de normas para garantir a qualidade e o preço baixo para o consumidor.

A política tributária da proposta vai prever isenção de impostos para serviços destinados a populações de baixa renda, por exemplo. A linha de financiamento já está sendo desenhada pelo Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Caso o presidente bata o martelo, o plano poderá ser lançado nos próximos dias. A intenção é que, dentro de um ano, seja possível vender internet no atacado por menos da metade da média de preço praticada atualmente pelo mercado. Com isso, o governo pretende tornar acessível, com a parceria de empresas privadas, internet banda larga ao preço médio de R$ 35 a cerca de 90% da população brasileira.

Fonte: Valor
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Contraponto 2054 - "Eventos esportivos na TV Brasil"

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28/04/2010

Eventos esportivos na TV Brasil

Do Nassif 27/04/2010 - 20:04

Por aldeney


nassif,

se cuida globo!

TV pública poderá levar ao ar jogos não transmitidos por emissoras comerciais.

A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) poderá levar ao ar, por meio de suas emissoras de televisão, eventos esportivos de “relevante interesse nacional” cujos direitos de transmissão pertençam a empresas que optem por não transmitir esses jogos. A medida consta do Projeto de Lei do Senado (PLS) 528/09, de autoria do senador Renato Casagrande (PSB-ES), que obteve, nesta terça-feira (27), parecer favorável da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE).

Segundo a proposta, que teve como relator o senador Valter Pereira (PMDB-MS), consideram-se eventos de relevante interesse nacional aqueles dos quais participem “equipes, times, seleções e atletas brasileiros representando oficialmente o país, realizados no Brasil ou no exterior”. O projeto ainda será examinado, em decisão terminativa, pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação, Inovação e Informática (CCT).

Em seu voto favorável, Pereira observa que os espetáculos esportivos – e em especial o futebol – têm sido alvo de “cobiça” tanto das emissoras de televisão aberta como das empresas de televisão por assinatura. E a crescente prática de aquisição dos direitos de exclusividade de transmissão desses eventos, a seu ver, acaba privando a população brasileira do direito de acompanhar os jogos.

- O que condenamos é a prática, que já se mostra enraizada no contexto brasileiro, de a aquisição do direito de exclusividade de transmissão de eventos esportivos significar, também, os direitos de captar os sinais e não transmitir – afirmou Valter Pereira.
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terça-feira, 27 de abril de 2010

Contraponto 2053 - "Rede pública de televisão começa a funcionar na próxima segunda-feira"

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27/04/2010

Rede pública de televisão começa a funcionar
na próxima segunda-feira

Agencia Brasil 27/04/2010 - 16:10

Carolina Gonçalves

Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A partir da próxima segunda-feira, dia 3 de maio, mais de 100 milhões de brasileiros passam a contar com uma rede pública de televisão que vai levar a programação da TV Brasil para as residências de 23 estados. Mais de 700 emissoras de diversos municípios, incluindo afiliadas e retransmissoras, estão envolvidas nessa transmissão.

A Rede Nacional de Comunicação Pública é formada pelos quatro canais da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), por sete emissoras universitárias e por 15 emissoras públicas estaduais. As negociações para a formação desse sistema começaram há dois anos.

Hoje (27), foi instalado no Rio de Janeiro, o comitê que vai se reunir duas vezes ao ano para discutir a programação e os assuntos jurídicos e comerciais da rede. Durante a formalização do grupo, a presidente da EBC, Tereza Cruvinel, lembrou que o Estado nunca tinha apresentado interesse real em ter um sistema público de comunicação. Ela lembrou que a rede é resultado de um trabalho que começou há apenas 2 anos e meio e que, agora, tornou real a negociação que, à época, era considerada utopia.

“Com a criação da EBC existe um sistema público federal que está se articulando com as emissoras estaduais para avançar tanto em tecnologia, em cobertura, quanto em oferta da programação diferenciada, porém de qualidade, focada em cultura, educação, ciência, arte e formação da cidadania de forma atraente. Isso que as televisões nunca puderam oferecer: uma programação boa, diferente, complementar, mas que atraísse o telespectador", disse a presidente da EBC.



"Hoje, nossas pesquisas indicam que a televisão pública está se tornando referência de programação para o cidadão brasileiro. Quando ele não quer assistir o que está no canal comercial ele tem alternativa de boa qualidade na televisão pública”, garantiu.

Tereza Cruvinel destacou que esse processo é parte de grande um sistema público de comunicação que está sendo construído por etapas. “Como o primeiro desafio foi implantar a TV pública, estamos fazendo a rede de televisão. Vamos avançar com a rede de rádio e com o portal de notícias, congregando também, no futuro, os sistemas estaduais”, acrescentou.



Na visão do diretor presidente do Instituto Zumbi dos Palmares, responsável pela Rádio e TV Educativa de Alagoas, Marcelo Sandes, agora terá início a fase de debates sobre novos conteúdos. Segundo ele, a emissora alagoana já tem um programa infantil para oferecer para a grade nacional.

Sandes aposta na rede como uma iniciativa inédita na implantação de um sistema público de comunicação no Brasil. “A proposta da TV Brasil é generosa porque é inclusiva. Ela contempla a produção regional e vai garantir que o Brasil assista o Brasil, assista a diversidade, a produção, a cultura. Isso é um ganho imenso”, garante.

O presidente da emissora parceira do Paraná, Marcos Batista, também já vislumbra a veiculação de duas produções do seu grupo na programação simultânea das emissoras públicas. Para Marcos Batista, a rede pode inverter o cenário apresentado por números do Ibope que mostram que, em alguns momentos do dia, 55% dos aparelhos de televisão estão desligados. Segundo ele, a população vai contar com mais alternativas.

Mesmo em clima de comemoração, Batista faz um alerta: “Uma ou outra emissora tem preparo, tem equipamento, tem agilidade, mas a maioria não tem. É importante que, ao mesmo tempo em que se inicia o processo de formação de uma nova cabeça de jornalismo, e de produção de rede, que também se acentue a preocupação com qualidade de equipamento e treinamento e capacitação de pessoal”.

Edição: Lílian Beraldo
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Contraponto 2052 - "A melhor política externa brasileira"

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27/04/2010

A melhor política externa brasileira

Carta Maior - 27/04/2010

Emir Sader*


Celso Amorim foi chamado por um órgão da grande imprensa norteamericana como “o melhor ministro de Relações Exteriores do mundo”. O que podemos certamente dizer que é o ministro de Relações Exteriores da melhor política externa que o Brasil já teve.

Tudo o que o governo Lula mudou da herança recebida, foi bom, foi para melhor, a começar pela política externa subserviente – aquela de tirar o sapato no aeroporto do império, do Celso Lafer. FHC levava o Brasil pelo caminho em que está o México hoje: o do Tratado de Livre Comércio com os EUA, intensificando ainda mais o comércio exterior com aquele que se tornou o epicentro da crise econômica internacional. O México tem mais de 90% do seu comércio com os EUA, ao invés da diversificação que o Brasil implementou e que faz com que hoje a China seja nosso primeiro parceiro comercial e tenhamos uma diversificação do comércio com a Ásia, a África, a América Latina, a Europa e os EUA.

Alckmin, em plena campanha eleitoral de 2006 – vejam o primeiro texto do blog, que abordava esse tema – saudava a vitória eleitoral (fraudulenta) do Calderón, no México, dizendo que esse era o caminho que deveríamos seguir. Isto é, os tucanos mantiveram essa orientação de ser aliados subservientes do império, cuja economia decadente leva a que a crise atual fizesse com que o México fosse de novo ao FMI – o que FHC fez três vezes no seu mandato.

Na reunião em que os EUA apresentaram a Alca, Hugo Chavez foi o único presidente americano a votar contra. FHC fez belo discurso – segundo o próprio Chavez -, mas votou com os EUA. Não fosse a vitória de Lula e a virada da política externa, o Brasil e todo o continente estariam na situação penosa do México, pelas mãos dos tucanos.

O Serra - que não foi convidado para o aniversario da Conceição, ligou e se auto convidou, chegou com flores, recebido com toda a frieza, ao contrário da Dilma, convidada de honra, recebida com aplausos, de pé – quis tirar banca de progressista, dizendo que estaria “mais à esquerda de Dilma”, porque ela não domaria o PMDB. (O problema é que ele não doma, nem quer domar, o PSDB.) Mas critica o Brasil em Honduras, no Irã, diz que vai tirar o país do Mercosul, só podendo colocar no lugar a relação privilegiada com os EUA, que os tucanos sempre tiveram e ainda pregam. Serra queria que tivéssemos a posição que teve o governo deles diante do golpe do Fujimori, de conivência e apoio?

A política externa brasileira faz do nosso país um país soberano e isso é insuportável para as elites tradicionais que se acostumaram à subserviência com as potências do centro do capitalismo, que consideram ter relações diversificadas no mundo uma desobediência com as orientações do Império.

Quando o antecessor dos tucanos no Ministério de Relações Exteriores do Brasil, Juracy Magalhães, afirmou “O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil” (sic), nenhum órgão da imprensa brasileira – esses mesmos que se transformaram em partidos do bloco tucano, diante da fraqueza dos partidos tradicionais da direita conforme confissão da executiva da FSP – divergiu, até aplaudiram. Não podem assim estar de acordo com uma política que afirma orgulhosamente nossa soberania inclusive diante do maior império da história da humanidade.

Serra disse que disse, que não disse, que não teria dito, mas que disse que quer bombardear o Mercosul, reduzi-lo às suas mínimas proporções, que era a situação no governo FHC de que ele participou durante todos os dois mandatos. O que colocar no lugar? O livre comércio com os EUA, certamente, o caminho do Chile – que o Serra sempre tomou como exemplo -, do México, do Peru, da Colômbia, os países com futuro mais comprometido no continente.

A política exterior do governo Lula promoveu a integração regional, privilegiou as alianças com o sul do mundo, diversificou nosso comércio exterior. Afirmou o nome do Brasil no mundo, em uma condição de prestígio e de respeito, como nunca tínhamos tido.

O que é bom para os tucanos, não é bom para o Brasil. A política externa soberana é condição para a política interna democrática e popular. O Brasil decide este ano se quer consolidar nossa posição no mundo e aprofundar a construção de um país justo ou se voltam os subservientes ao Império.

Emir Sader*. Sociólogo e cientista político.
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Contraponto 2051 - "Serra distribuirá as terras da Kátia Abreu?"

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27/04/2010

Serra distribuirá as terras da Kátia Abreu?

Blog do Miro terça-feira, 27 de abril de 2010

Altamiro Borges


Em recente entrevista ao Jornal do SBT, o demotucano José Serra falou mais duas besteiras. No figurino “Serrinha paz e amor”, ele prometeu: “Eu quero a reforma agrária pra valer, com gente produzindo melhor, cada vez mais e com terra”. Na sequência, tirando a máscara e assumindo o seu estilo brucutu, ele rosnou: “O MST vive de dinheiro governamental. Eu acho que a reforma agrária para o MST é pretexto. Trata-se de um movimento político, com finalidades políticas”.

Quanto à “reforma agrária pra valer”, o seu cinismo é de arrepiar. Afinal, o ex-governador nunca fez nada para distribuir terras em São Paulo. Pelo contrário: sempre apoiou os latifundiários e os grileiros, como o ricaço Sr. Cutrale que surrupiou terras públicas no interior paulista. A marca do seu lamentável reinado foi a da pura repressão aos movimentos que lutam pela reforma agrária. Tanto que ele é o presidenciável dos sonhos dos barões do agronegócio e das entidades ruralistas.

Rodeado de direitistas fanáticos

Além disso, José Serra se cercou de renomados direitistas, que negam a importância da reforma agrária e odeiam os movimentos sociais do campo. O coordenador de programa da sua campanha presidencial será Xico Graziano, que foi assessor do ex-presidente FHC e presidiu o Incra. Ele ficou famoso por afirmar, em alto e bom som, que “a reforma agrária é um atraso”, e por atacar sem piedade o MST. Para Graziano, as lideranças deste movimento praticam “banditismo rural”, “botam medo no Estado” e são “justiceiros, que invocam cânones divinos e arrebentam cercas”.

Outro reacionário convicto que terá papel de destaque na campanha presidencial do demotucano é Marcelo Garcia. Ele é um quadro do DEM e deixou sua agência de publicidade para cuidar da imagem do tucano. “Estou deslocado pelos Democratas para trabalhar no programa de governo do candidato José Serra”, informou. Antes de sair, o publicitário ajudou a criar uma campanha na internet da ONG fascista “Vamos tirar o Brasil do Vermelho”, em parceria com a Confederação Nacional da Agricultura (CNA). O sítio ainda não foi ao ar, talvez para evitar constrangimentos.

A grileira como vice-presidente

Prova maior do cinismo de José Serra, porém, é que sua candidata a vice-presidente poderá ser a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), atual presidente da CNA. Se o demotucano quisesse, de fato, realizar a “reforma agrária pra valer”, ele poderia começar propondo a desapropriação das terras griladas pela “musa da extrema-direita”. Segundo reportagem da CartaCapital, ela teria integrado a quadrilha que tomou 105 mil hectares de terras de 80 famílias de camponeses no município de Campos Lindos (TO). Ela e o irmão grilaram 2,4 mil hectares, desembolsando R$ 8 por hectare.

Ainda segundo a denúncia, as suas duas fazendas são improdutivas. Kátia Abreu também é alvo de ação civil do Ministério Público na Justiça de Tocantins por descumprir o Código Florestal e desrespeitar os povos indígenas. Ela ainda é acusada de desviar R$ 650 mil dos cofres da CNA para financiar a sua campanha ao Senado – o que é ilegal. Por estes e outros crimes, nada mais justo do que José Serra propor a desapropriação de suas terras. Será que o candidato demotucano está disposto a cumprir a sua promessa de fazer a “reforma agrária pra valer?”.

Criminalização dos movimentos sociais

Já no que se refere aos ataques ao MST, José Serra revelou mais uma vez a sua brutal conversão direitista. Até hoje a Justiça não comprovou o uso de “dinheiro governamental” pelo movimento. O candidato deveria ficar mais preocupado com as apurações sobre desvio de recursos públicos da CNA, que podem demolir sua sondada candidata à vice. Quanto ao MST ser um “movimento político”, qual o problema? Vai acionar a repressão? Ou só a CNA e outras entidades de direita podem fazer política? Na prática, o presidenciável tucano revela a sua aversão à democracia.

Para Gilmar Mauro, membro da direção nacional do MST, a entrevista de José Serra ao Jornal do SBT só revelou todo o seu reacionarismo. “Como é que um governador que perseguiu e mandou a polícia bater nos professores, que se recusou a recebê-los para negociar, pode se considerar um democrata?”. Ele lembra que durante sua gestão, Serra sempre agiu com violência contra o MST. “O que ele fez foi fechar escolas em assentamentos. Esse é o tratamento que o democrata Serra destinou à questão agrária e à educação das crianças, dos filhos dos trabalhadores rurais”.

Ainda segundo o líder do MST, o ex-governador também não tem moral para falar em reforma agrária. “Antes de falar, Serra deveria fazer. Enquanto esteve à frente do governo de São Paulo, ele não realizou um único assentamento. E olhe que o estado tem mais de um milhão de hectares de terras que poderiam ser destinadas a este fim”. Para Gilmar Mauro, o candidato demotucano é a expressão maior do autoritarismo, que visa criminaliza os movimentos sociais do campo para defender os interesses dos barões do agronegócio.
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Contraponto 2050 - Serra quer ALCA; não o Mercosul

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27/04/2010


SERRA/FHC/SERRA/FHC

FARINHA DO MESMO SACO
PORQUEIRA DA MESMA FONTE
PEDAÇO DO MESMO NACO
BOZERRA DO MESMO MONTE

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Post composto com imagem do Blog Tijolaço e que será recorrente aqui no ContrapontoPIG.
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Contraponto 2049 - "Obama arrisca-se em aventura de intimidação"

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27/04/2010


"Obama arrisca-se em aventura de intimidação"


Viomundo 26 de abril de 2010 às 18:18


25/4/2010, Gareth Porter, Asia Times Online [de Washington]

http://www.atimes.com/atimes/Middle_East/Obama-gambles-on-deterrence.html

tradução Caia Fittipaldi

A declaração do governo Obama na Nuclear Posture Review (NPR) [Revisão da Postura Nuclear dos EUA 2010] de que os EUA reservam-se o direito de usar armas nucleares contra o Irã acrescenta novo elemento à estratégia de persuadir o Irã de que a ameaça de Israel, de atacar as instalações nucleares iranianas, é possibilidade real, caso o Irã não se curve à exigência de por fim ao enriquecimento de urânio.

Por mais que os funcionários tenham evitado atentamente criar qualquer conexão direta entre a nova opção nuclear e a ameaça dos israelenses, a NPR faz aumentar o número de casos em que as armas nucleares passam a poder ser usadas. – De fato, incluiu-se agora a possibilidade de resposta militar iraniana no caso de o Irã ser atacado por Israel. O único caso que se pode descrever como “eventualidade” para emprego de armas nucleares nos termos do novo documento passou a ser essa resposta iraniana a ataque israelense.

A “Nova Postura” fala do papel das armas nucleares norte-americanas, nessa eventualidade, como fator “de contenção” ou “de intimidação” [ing. “a deterrent”]. Uma estratégia de explorar a ameaça israelense de ataque ao Irã, visando a intimidar o Irã, no sentido de conter uma resposta iraniana àquele ataque – e torna mais plausível o ataque dos EUA ao Irã.

A nova opção nuclear para atacar o Irã emergiu depois de uma série de declarações, ao longo de todo o ano passado, feitas por altos funcionários, entre os quais a secretária de Estado Hillary Clinton e o vice-presidente ‘Joe’ Biden, sugerindo, sempre, que o governo toleraria uma opção israelense.

Ambos os governos, de Bill Clinton e de George W Bush, sempre disseram que os EUA “reservam-se o direito” de responder com armas nucleares ao uso de armas químicas e biológicas [ing. CBWs] em ataque contra os EUA, seus “aliados” ou seus “amigos”. Em novembro de 2003, foi construído e aprovado um plano de contingência, chamado CONPLAN 8022-02[1], para destruir armas nucleares ou instalações nucleares de inimigos. Introduziu a possibilidade de usarem-se bombas nucleares que penetram no solo, para destruir instalações subterrâneas.

Mas a “Nova Postura” de Obama fala de “estreita faixa de eventualidades nas quais as armas nucleares dos EUA podem ainda desempenhar papel de contenção em ataque convencional ou por armas químicas e biológicas contra os EUA, seus aliados ou parceiros”.

Esse linguajar parece sugerir que a opção nuclear conseguiria refrear qualquer resposta de retaliação convencional dos iranianos a ataque israelense ou contra alvos militares dos EUA na região, no caso de Israel atacar o Irã.

Os dois, Obama e o secretário de Defesa Robert Gates, fizeram declarações em que implicitamente aproximam a nova declaração de postura nuclear e o problema mais amplo de tentar obrigar o Irã a curvar-se às exigências internacionais na questão nuclear.

Em entrevista ao programa CBS News, dia 1º. de abril, perguntou-se a Obama por que parecia acreditar que, dessa vez, as sanções funcionariam. Depois de referir-se ao isolamento do Irã, o qual disse ele, “eventualmente teria efeito sobre a economia iraniana”, Obama fez clara alusão às opções militares. “Mas, você sabe, tenho dito que não retiramos da mesa nenhuma opção”, disse o presidente. “Vamos continuar a aumentar a pressão, e veremos como eles reagem.”

No passado, referências a “opções” em “mesas” sempre foram referência a ataque militar convencional pela Air Force dos EUA. Dessa vez, Obama evidentemente anunciava a opção nuclear nos termos da “Nova Postura” que seria divulgada cinco dias depois, dia 6 de abril, como meio para “aumentar a pressão” sobre o Irã.

Dia 5 de abril, em entrevista ao New York Times, perguntado se acreditava que Israel decidiria atacar o Irã “se se mantivesse a rota atual”, Obama recusou-se a “especular sobre decisões israelenses”.

“Mas”, disse ele, “queremos enviar uma mensagem forte, com as sanções, com a articulação da Nova Postura Nuclear e com a conferência para revisão do Tratado de Não-proliferação marcada para breve: a comunidade internacional fala sério quando diz que o Irã terá de enfrentar consequências sérias se não mudar seu comportamento.”

Gates foi ainda mais explícito, ao destacar o que chamou de “mensagem ao Irã”, ao apresentar a Nova Postura Nuclear, dia 6 de abril; disse que “todas as opções estão sobre a mesa em termos de como negociamos com vocês”.

Não era intenção dos especialistas que esboçaram originalmente o texto da Nova Postura Nuclear no Departamento de Estado lançar nova ameaça contra o Irã, segundo fonte que se manifestou sobre o texto, no início do mês. Mas os encarregados de montar o primeiro texto reconheceram que Gates e Obama modelaram a linguagem de modo a sugerir que os EUA, agora, estão jogando mais pesado contra o Irã, segundo fonte que não quis ser identificada.

O Coordenador da Casa Branca para armas de destruição em massa, contraterrorismo e controle de armas é Gary Samore, que, antes de passar a trabalhar para o governo Obama, discutiu publicamente a necessidade de explorar o medo dos iranianos de um ataque israelense, para dar mais peso à ação diplomática sobre Teerã.

Num fórum no Instituto Kennedy em Harvard em setembro de 2008, Samore disse que o próximo governo não quer “agir de modo que impeça” algum ataque israelense ao Irã, “porque estamos usando a ameaça como instrumento político”.

Samore foi perguntado, em sessão de perguntas e respostas depois da conferência no Carnegie Endowment for International Peace em Washington na 4ª.-feira, sobre se esperava que o Irã acreditasse que os EUA usarão armas nucleares contra o Irã, caso o país dê resposta de retaliação com armas convencionais a ataque israelense. Samore ignorou a pergunta.

Parte do aparente esforço para aumentar a incerteza, no Irã, a respeito de ataque israelense, várias declarações de altos funcionários dos EUA ao longo do ano passado sugeriam que os EUA nada farão para evitar que Israel ataque o Irã. Contudo, o governo Obama já fez saber ao governo israelense, privadamente, que se opõe fortemente a qualquer ataque israelense ao Irã – ou isso, pelo menos, é o que tem noticiado a imprensa israelense.

Alto ex-funcionário da inteligência dos EUA no Irã crê que a opção nuclear levará o Irã a avançar ainda mais na direção de armas nucleares. Em e-mail para o Inter Press Service, Paul Pillar, que foi agente da inteligência nacional para o Oriente Próximo e o Sul da Ásia de 2000 a 2005, disse que os funcionários do Irã, muito provavelmente, interpretaram a nova opção nuclear como “mais uma manifestação da hostilidade dos EUA em relação ao Irã”.

A percepção de que os EUA estão declaradamente ameaçando o Irã “servirá como um dos principais incentivos para que os iranianos desenvolvam suas próprias armas nucleares”, escreveu Pillar.

Para Pillar, os iranianos “podem também ver a doutrina como tentativa de dar cobertura a ataque dos israelenses, fazendo as vezes de instrumento de contenção da retaliação iraniana, no caso de serem atacados.”

Outros analistas político-militares lançam dúvidas sobre a credibilidade da anunciada opção nuclear contra o Irã.

Para Morton Halperin, que foi diretor do Planejamento de Políticas no Departamento de Estado do governo Clinton e falou à IPS, “nada aí me parece confiável. Não acho que o governo espere que alguém acredite nisso. Mas, considerado como tema político, seria “politicamente insustentável a alternativa de tirar da mesa a possibilidade das armas atômicas”.

Jim Walsh, do Programa de Estudos de Tecnologias de Segurança do MIT, Massachusetts Institute of Technology, que teve inúmeros contatos com líderes iranianos e com agentes da segurança nacional iraniana nos últimos anos, disse à IPS que os EUA “não usarão armas nucleares contra o Irã” e que, portanto, “é bobagem” continuar a repetir e sugerir que “todas as opções estariam sobre a mesa”.

[1] Sobre o “Plano de Contingência”, ver “A Global Strike Plan, With a Nuclear Option”, William Arkin, Washington Post, 15/5/2005, em http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2005/05/14/AR2005051400071.html.
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