domingo, 29 de maio de 2011

Contraponto 5439 - "Época não merece desmentido. Merece processo"

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29/05/2011

Época supera Veja em imundície e quer matar Dilma

Do Tijolaço - 28/05/2011

Alertado por um leitor, fui ver a capa da Época, na qual uma foto da presidenta, de olhos fechados, é usada para ilustrar uma matéria sobre uma suposta gravidade de seus problemas de saúde.

É sordidamente mórbida.

Registra que os seus médicos dizem que ela “apresenta ótimo estado de saude”, mas a partir daí tece uma teia mal-intencionada e imunda sobre os problemas que ela apresentou e os outros que tem, normais para uma mulher da sua idade.

O hipotireoidismo, por exemplo, é problema comuníssimo entre as mulheres de mais idade. É por isso que todo médico pede a eles, sempre, o exame de TSH. E o hormônio T4 – Synthroid, Puran, Levoid, Euthyrox e outros – tomado em jejum, é a mais básica terapêutica, usada por anos e anos por milhões de mulheres do mundo inteiro.

A revista publica uma lista imbecil de “medicamentos” que a presidente tomava, em sua recuperação de uma pneumonia, listando tudo, até Novalgina, Fluimicil e Atrovent (usado em inalação até por crianças), e chegando ao cúmulo de citar “bicarbonato de sódio – contra aftas”.

Diz que o toldo que abrigou Dilma de uma chuva, em Salvador, ” lembrava uma bolha de plástico”.

Meu Deus, o que esperavam que fizessem com uma mulher que se recuperava de um pricípio de pneumonia? Que lhe jogassem um balde de água gelada por cima?

Essa é a “ética” dos nossos grandes meios de comunicação. Não precisam de fatos, basta construírem versões, erguendo grandes mentiras sobre minúsculas verdades.

Esses é que pretendem ser os “fiscais do poder”.

Que imundície!

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29/05/2011
Época não merece desmentido. Merece processo

Do Tijolaço - 28/05/2011

Brizola Neto

Os médicos Antônio Carlos Onofre de Lira, diretor técnico, e Paulo Ayroza Galvão, diretor clínico do Hospital Sírio-Libanês, por solicitação da Presidenta Dilma Roussef, emitiram agora à tarde um longo e detalhado relatório sobre os atendimentos prestados a ela.

Tratam em detalhes e com absoluta transparência todo os diagnósticos e terapêuticas relativos a eles.

O assunto de interesse público – a saúde da Presidenta – foi tratado com uma transparência ímpar. Aliás, sempre foi, mesmo quando ainda candidata.

Mas não foi transparência o que fez a Época.. Foi violação de documentos médicos privados - e cuja divulgação só pode ser feita por autorização do paciente, segundo resolução nº1605/2000, do Conselho Federal de Medicina.

A revista teria todo o direito de formular perguntas sobre a saúde da presidente a ele ou a seus médicos. Mas está confesso nas próprias páginas da revista que “Época teve acesso a exames, a relatos médicos e à lista de medicamentos usados pela presidente da República”. Não foi, repito, informação sobre assuntos ou políticas públicas. Nem mesmo um diagnóstico ou prognóstico que, por sério, pudesse ter interesse para a sociedade. Foram detalhes personalíssimos, que a ninguém dizem respeito.

Isso é crime, previsto no Art. 154 do Código Penal. Tanto quanto é crime a violação de um extrato bancário, de qualquer pessoa. Crime para quem viola o que está sob sua guarda, seja um profissional hospitalar ou um gerente de banco, quanto para quem o divulga, sabendo que foi obtido de forma ilícita.

Não havia um crime a denunciar, um perigo a prevenir, algum direito de pessoa ou da sociedade a proteger, com a divulgação.

A intenção, prevista na lei de “produzir dano a outrem” está marcada pela fotografia “fúnebre” da capa e pela reunião maliciosa entre o uso de remédios para uma infecção – a pneumonia – com outras situações que nada têm a ver com ela – o hipotireoidismo, por exemplo – e até substâncias de uso tópico para aftas, como o bicarbonato de sódio e o Oncilon.

Isso nada tem a ver com o dever de dar informações sobre a saúde de uma pessoa pública. Tanto que elas são e foram dadas sempre, nos boletins médicos.

A motivação foi política: gerar medo, intranquilidade e dúvida sobre sua capacidade de governar. O que se praticou foi um crime – e não apenas um violação ética, o que já é grave – e crimes devem merecer responsabilização.

Mas, aqui, no país onde o inimigo político é culpado até que prove sua inocência (e olhe lá), pretender que a imprensa aja dentro da lei é “perseguição”.

PS. Senti falta da nossa blogosfera progressista para falar deste absurdo e do assanhamento tucano em demolir o governo que o povo elegeu. Será o frio que está fazendo hoje? (Em tempo, o Azenha deu divulgação a esta maracutaia farmacêutica da Época).
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Contraponto 5438 - Charges on line do Bessinha

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29/05/2011

Charge do Bessinha (383 e 384)

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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Contraponto 5437 - Haddad fala

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27/05/2011
Entrevista do Ministro Fernando Haddad

Do Com Texto livre 0 27/05/2011

Vale a pena assistir a coletiva do Ministro Fernando Haddad para esclarecer como alguns deputados se comportam diante de temas tão importantes para o país.



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Contraponto 5436 - "Miopia midiática"

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27/05/2011

Miopia midiática


Do Direto da Redação - Publicado em 25/05/2011

Mair Pena Neto*

A edição de O Globo de 25 de maio estampava a seguinte manchete: "PMDB e ruralistas derrotam Dilma e anistiam desmatadores". Nada de errado na informação. A presidente de fato não desejava a aprovação desta emenda ao Código Florestal, que classificou como uma vergonha para o Brasil, segundo as palavras do líder do governo na Câmara, ditas em plenário para tentar derrubá-la. Mas o resultado da votação dos deputados tinha um perdedor maior do que a presidente da República: o próprio país. E num olhar exclusivo sobre as disputas políticas, e obsessivo no que se refere aos revezes do atual (e do ex) governo, perdeu-se a perspectiva do fato maior, que atinge todos os brasileiros.

O que estava em discussão não era uma queda de braço entre governo e oposição ou entre governo e aliados infiéis. O que a Câmara dos Deputados tratava era do conjunto de regras que rege a questão ambiental no Brasil, envolvendo todos os nossos biomas, áreas agrícolas, montanhas e rios. O nosso presente e o nosso futuro. E como a manchete de O Globo expressou, embora ressaltando outro aspecto, quem saiu vencedor foram os ruralistas, um dos setores mais atrasados socialmente no país e, em sua volúpia, em nada comprometido com a preservação do meio ambiente.

A reforma do Código Florestal Brasileiro, em si, já trazia aberrações, como autorizar plantações e criação intensiva de gado em áreas de preservação permanente, redução dos limites de reserva legal e redução da recuperação das faixas de mata ciliar desmatadas. Para coroar o processo, foi aprovada a emenda que anistia os desmatadores, comemorada efusivamente pelos ruralistas.

Assim, quando forem noticiados números gigantescos de desmatamento da Amazônia, ninguém deverá se espantar. Os ruralistas estão à vontade para aumentar a fronteira da soja, mesmo que às custas de nossa principal floresta. Quando a cobertura vegetal às margens de nossos rios for ainda mais reduzida, provocando erosão e enxurradas devastadoras, como a do último verão na região serrana do Rio, as razões estarão cristalinas.

O Brasil trava uma luta difícil e quase inglória contra o desmatamento em suas enormes áreas de floresta e todos ficam chocados quando sabem que a área desmatada da Amazônia em um ano equivale a quatro vezes à da cidade de São Paulo, a maior do país. E isso, com base em dados de agosto de 2009 a julho de 2010, quando o desmatamento teve sua menor taxa em duas décadas. Antes, era muito mais. É doloroso ver imagens de tratores andando simultaneamente, unidos por correntes, derrubando dezenas de árvores ou de gigantescas áreas desmatadas para criação de gado, que se alimenta da soja, também destruidora.

O que foi aprovado na Câmara foi a impunidade a este tipo de crime. Que estímulo terão os parcos fiscais do Ibama para autuarem os infratores sabendo que acabam anistiados? O que aconteceu na noite de 24 de maio no plenário da Câmara dos Deputados em Brasília foi uma derrota do Brasil e da maioria dos brasileiros. E a imprensa, em sua pequenez política, não traduziu isso.

Essa é uma questão recorrente na imprensa brasileira, principalmente quando envolve embates políticos. A falta de visão do todo e dos interesses maiores do país. Às vezes, os jornais perdem até o bonde da história, como aconteceu com a Folha de S.Paulo, em outubro de 1989, quando caiu o muro de Berlim. Naquele dia, como contou o ex-ombudsman do jornal, Caio Túlio Costa, em artigo no Observatório da Imprensa Clique aqui a manchete do diário paulista tratou do caso Lubeca, que ninguém se lembra sequer do que se trata. O século 20 passava por uma de suas maiores transformações e a Folha não via. Tanto que escolheu agora, como manchete de uma edição comemorativa de suas 30 mil edições, justamente o fato que não tratou como notícia principal quando acontecia.

A míopia midiática é agravada quando os jornais perdem sua função de servir à sociedade e se aliam a certos setores e interesses para combater governos. A busca constante de algo que enfraqueça ou deslegitime estes governos acaba os afastando dos interesses maiores do país e do que é realmente notícia.

*Mair Pena Neto. Jornalista carioca. Trabalhou em O Globo, Jornal do Brasil, Agência Estado e Agência Reuters. No JB foi editor de política e repórter especial de economia.
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Contraponto 5435 - "Dilma usa o lema: enquanto a oposição atrapalha, o governo trabalha"

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27/05/2011


Dilma usa o lema: enquanto a oposição atrapalha, o governo trabalha

Dilma

Do Os amigos do Brasil - Sexta-feira 27, maio 2011

A presidenta Dilma Rousseff adotou na quinta-feira a tática bem sucedida utilizada no governo Lula, de mostrar que o governo trabalha, enquanto a oposição atrapalha.

Enquanto a oposição se ocupava de fomentar uma crise, a Presidenta intensificou a agenda pública positiva.

Primeiro foi a cerimônia de assinatura de termos de compromisso para construção de quadras esportivas escolares cobertas e unidades de educação infantil do PAC 2, e doação de bicicletas e capacetes escolares do programa Caminho da Escola.

No Palácio do Planalto, a Presidenta recebeu lideranças da Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf), e anunciou a redução dos juros do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) – as taxas irão variar de 0,5% a 2% para todas as linhas, a partir de julho deste ano. Antes chegavam a 4%.

O ministro da Agricultura anunciou o crédito de R$ 123 bilhões para financiar a safra 2011/2012 (um aumento de 7%), incluindo R$ 16 bilhões para a agricultura familiar.

Durante o dia, ela concedeu entrevista coletiva, desfazendo boatos e maledicências do noticiário:
- disse que Palocci dará todas as explicações necessárias aos órgãos de controle;
- haverá educação para combater a homofobia e violência, mas não haverá o que chamaram de “kit-gay”. O governo não fará propaganda de nenhuma orientação sexual específica, nem interferirá na vida privada das pessoas;
- vetará, se for preciso, os itens do Código Florestal que comprometam o meio-ambiente e o desmatamento.

Os milhões de produtores rurais e agricultores familiares, que assistiram o telejornal da TV Globo, ficaram sem saber das notícias sobre a safra 2011/2012 e sobre a redução de juros do Pronaf, pois a emissora omitiu a notícia.

Contraponto 5434 - Charge on line do Bessinha

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27/05/2011

Charge do Bessinha (381)

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Contraponto 5433 - Aldo fala


26/05/2011

Aldo Rebelo fala do Código Florestal como você nunca viu



Do Vermelho -26/05/2011

Neste 24 de maio a Câmara dos Deputados aprovou, por ampla maioria, o texto do relator Aldo Rebelo (PCdoB-SP) para o novo Código Florestal. O projeto agora segue para o Senado. Há 12 anos o Legislativo tenta construir um novo código. Nesta quinta-feira (26), passado o furacão das pressões que envolveram a votação do projeto, em entrevista exclusiva à TV Vermelho, Aldo Rebelo fala do Código Florestal como você nunca viu.
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Contraponto 5432 - "Obama e o novo mundo"

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26/05/2011

Obama e o novo mundo

Foto: Arquivo

Do Blog do Zé Dirceu - Publicado em 26/05/2011


A julgar pelos pronunciamentos do presidente Barack Obama, e seu atual giro europeu, parece que os Estados Unidos estão dispostos a não abandonar o poder imperial que passaram a exercer após a queda do Muro de Berlim (9 de novembro de 1989) e a dissolução da União Soviética (concluída em 1991 por Mikhail Gorbatchev).

Não aceitam o mundo multipolar pós era George W.Bush, nem a ascensão dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e nem a nova realidade de um mundo em mudanças, como por exemplo na América do Sul e, agora, no Oriente Médio e no Magreb (países com populações rebeladas no Norte da África).

Em seu discurso desta 4ª feira no Westminster Hall, o mais tradicional salão do Parlamento britânico, ao dizer que os emergentes não põem em xeque a liderança anglo-americana, o presidente norte-americano deixou claro que os EUA não aceitam os novos papéis de países como a China, Índia, Brasil, potências emergentes (as duas primeiras, nucleares).

E a reforma da ONU e do sistema financeiro global?

De Obama e dos EUA, nada de reforma do Conselho de Segurança (permanente) da Organização das Nações Unidas (ONU), do sistema financeiro internacional, nada de devolver à ONU o seu papel nas decisões mundiais. Ao contrário. A ONU apenas tem relevância para aprovar suas decisões já tomadas e legitimar e legalizar suas guerras.

Nem mesmo a independência e o reconhecimento de um Estado Palestino os EUA aceitam. Querem que seja o Plano Obama e não que a Assembléia Geral das Nações Unidas, que reconheceu o Estado de Israel em 1948, reconheça agora o Estado Palestino.

No caso do Irã, o Brasil sentiu na pele essa regressão americana. Mesmo com o conhecimento e o consentimento prévio de Barack Obama, o plano do então presidente Lula, de um acordo entre o Irã e a Turquia para o enriquecimento do urânio iraniano, foi simplesmente descartado por Washington.

Comportamento de Obama encerra lições para o Brasil

Mais que isso, e pior: o plano foi desqualificado e o presidente Lula e a nossa diplomacia sofreram uma violenta campanha internacional, como se fossem cúmplices de um crime ou de um plano diabólico do Irã.

Aquela situação, a protagonizada agora por Obama e suas posições externadas esta semana na Europa, encerram várias lições para o Brasil aprender em relação à nossa política de defesa e de relações exteriores.
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Contraponto 5431 - "Quanto tempo dura o "caso" Palocci"

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26/05/2011

Quanto tempo dura o "caso" Palocci

Do Viomundo - 26 de maio de 2011 às 16:42

por Luiz Carlos Azenha


Não existe ainda uma única prova de que Antonio Palocci tenha cometido um crime, ou enriquecido ilicitamente.

Mas, como escrevi anteriormente, não se trata de uma questão policial, mas ética e política.

O que explica porque o PT tenta “politizar” o assunto.

É uma forma de tirar os holofotes da questão ética: o que fazia um deputado-coordenador de campanha arrecadando ao mesmo tempo para a candidata e para seu próprio bolso, para em seguida assumir o “coração” do novo governo?

Aliás, no item arrecadação de campanha, um colega jornalista me lembrava que os serviços “imateriais” foram uma importante descoberta: a varrição das empresas de coleta de lixo, quem é que mede? E os serviços das assessorias de comunicação? E os serviços de consultoria?

Quanto ao “caso” Palocci, ele durará tantos quanto forem os clientes do ministro. Calculando que cada cliente de Palocci receba cinco dias de cobertura nos jornais, multiplicado por 20 empresas, teremos 100 dias de noticiário…

Como não se trata de uma caso estático, ou seja, tanto o ministro quanto as empresas para as quais ele prestou consultoria vão continuar por aí, trata-se de um inesgotável manancial de manchetes com ilações, suposições e dúvidas.

Aos próprios clientes de Palocci, em algum momento, vai interessar que ele se afaste do governo: caso contrário, todos os negócios que essas empresas fecharem com entes públicos, subordinados direta ou indiretamente a Palocci, ficarão sob suspeição.

Minha suspeita: Dilma defende Palocci publicamente e, em seguida, ele pede para sair. Mas costumo errar meus palpites.

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PITACO DO ContrapontoPIG.

Concordo com o palpite do Azenha. Só que é a Dilma que vai mandar o Palocci "pedir" o boné.

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Contraponto 5430 - "A entrevista de Dilma (com áudio) sobre Palocci"

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26/05/2011

A entrevista de Dilma (com áudio) sobre Palocci


Do Tijolaço - 26/05/2011

Brizola Neto

Reproduzimos, aí em cima, o vídeo que conseguimos montar com o que a assessoria do Palácio do Planalto colocou no Youtube com a entrevista da presidenta Dilma Rousseff sobre as acusações ao ministro Antonio Palocci. O vídeo, bem entendido, porque estava sem som e o áudio a gente teve de montar a partir de outro arquivo, este de som, que está no Blog do Planalto. Por isso, perdoe se houve um pouco de falta de sintonia entre video e áudio, porque a maquina daqui não tem potência para editar vídeos com perfeição.

Agora eles removeram e acho que daqui a pouco colocam um com som. Quem sabe acertam, né? Aí a gente troca.

De qualquer forma, segue abaixo a transcrição:

Presidenta: Eu quero abordar três pontos. O primeiro ponto que eu quero abordar diz respeito à questão do ministro Palocci. Quero assegurar a vocês que o ministro Palocci está dando todas as explicações para os órgãos de controle, as explicações necessárias. Espero que esta seja uma questão que não seja politizada, como foi o caso do que aconteceu ontem, o caso lastimável, que é aquela questão da devolução dos impostos da empresa WTorre. A Fazenda demorou um determinado tempo, acima… se eu não me engano, em torno de dois anos, e a Justiça determinou à Fazenda o pagamento da restituição devida à empresa. Não se trata, de maneira alguma, de nenhuma manipulação. Lamento que um caso desse tipo esteja sendo politizado. A segunda questão diz respeito… e quero reiterar que o ministro Palocci dará todas as explicações para os órgãos de controle, inclusive para o Ministério Público, que serão dadas nos próximos dias.

A segunda questão diz respeito à votação do Código Florestal. Eu quero reiterar, aqui, a minha posição a respeito dessa questão. Eu não concordo que o Brasil seja um país que não tenha condição de combinar a situação de grande potência agrícola que ele é com a grande potência ambiental que ele também é. Nós temos, sim, condições de fazer isso. Por isso, eu não sou a favor da consolidação dos desmatamentos, da anistia aos desmatamentos. Eu acho que no Brasil houve uma prática que a gente não pode deixar que se repita. Muitas vezes se anistiava, por exemplo, dívidas, e novamente se anistiava dívidas, e as dívidas eram novamente anistiadas. O desmatamento não pode ser anistiado, não por nenhuma vingança, mas porque as pessoas têm de perceber que o meio ambiente é algo muito valioso que nós temos de preservar, e que é possível preservar meio ambiente – extremamente possível –, produzir os nossos alimentos, sermos a maior… uma das maiores… Eu não vou dizer a maior porque podia parecer muita pretensão, mas nós estamos, sem sombra de dúvida, entre os maiores produtores de alimentos do mundo, e acho que seremos, nas próximas décadas, o maior produtor de alimentos. Nós podemos fazer isso perfeitamente, preservando o meio ambiente, como temos feito sistematicamente um esforço nessa direção. Não sou a favor, não sou a favor da emenda, fui contra a aprovação da emenda e, obviamente, respeitando a posição de todos aqueles que divergem de mim, continuarei firme, defendendo a mudança dessa emenda no Senado.

Jornalista: A senhora pode vetar a emenda?

Presidenta: Eu, primeiro, tentarei construir uma solução que não leve a essa situação de impasse que ocorreu na Câmara, lá no Senado. Agora, quero dizer a vocês que eu tenho compromisso com o Brasil. Eu não abrirei mão de compromisso com o Brasil. Nós temos obrigações diferentes e prerrogativas diferentes. Somos Poderes e temos de nos respeitar: Judiciário, Legislativo e Executivo. Eu tenho a prerrogativa do veto. Se eu julgar que qualquer coisa prejudica o país, eu vetarei. A Câmara pode derrubar o veto, não é? Você tem ainda as instâncias judiciais. O que eu quero dizer é que eu sou a favor do caminho da compreensão e do entendimento, eu sou a favor deste caminho. O governo tem uma posição, espero que a base siga a posição do governo. Não tem dois governos, tem um governo.

Jornalista: E o kit?

Presidenta: A terceira questão é sobre o kit. O governo não… o governo defende a educação e também a luta contra práticas homofóbicas. No entanto, o governo não vai… não vai ser permitido a nenhum órgão do governo fazer propaganda de opções sexuais, nem… de nenhuma forma nós não podemos interferir na vida privada das pessoas. Agora, o governo pode, sim, fazer uma educação de que é necessário respeitar a diferença e que você não pode exercer práticas violentas contra aqueles que são diferentes de você. Isso…

Jornalista: O que a senhora achou do kit?

Presidenta: Eu não concordo com o kit.

Jornalista: Não. Por quê?

Presidenta: Não. Porque eu não acho que faça a defesa de práticas não homofóbicas.

Jornalista: A senhora assistiu os vídeos?

Presidenta: Eu não assisti os vídeos.

Jornalista: Mas o material…

Presidenta: Um pedaço que eu vi na televisão, passado por vocês, eu não concordo com ele. Agora, esta é uma questão que o governo vai revisar. Não haverá autorização para esse tipo de política, de defesa de A, B, C ou D. Agora, nós lutamos contra a homofobia.

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PITACO DO ContrapontoPIG.

Dilma começa a reagir. Esta mesmo na hora dela falar grosso e dizer o que pensa. Mutismo e excesso de prudência não resolvem nada. Ela tem mais é que bater na mesa, dizer o que deve ser dito e mostrar que além de competência ela tem a firmeza necessária para conduzir o País.

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Contraponto 5429 - ... e o PIG não deu !

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.26/05/2011

Empresa da filha do José Serra cresceu 50.000 vezes em apenas 42 dias



Do Amigos do Presidente 25/05/2011

Quarta-feira 25, maio 2011

Em primeira mão no blog Os Amigos do Brasil em 25/05/2011 às 23:40 -

A imprensa brasileira que divulgou o dossiê Palocci, noticiando que seu patrimônio aumentou 20 vezes em 4 anos, o que dirá do aumento vertiginoso de 50.000 vezes da empresa da filha de José Serra (PSDB/SP) em 42 dias?

Verônica Allende Serra, filha de José Serra, era sócia da empresa DECIDIR.COM BRASIL, já conhecida de outras reportagens.

A empresa teve seu capital multiplicado por 50.000 (cinquenta mil vezes)… repetindo para você ter certeza do que está lendo: 50 MIL VEZES!

E isso em apenas 42 dias.

A empresa foi criada no dia 8 de fevereiro de 2000, com capital de R$ 100,00 (cem reais).

Quinze dias depois, no dia 22 de fevereiro de 2000, o nome da empresa mudou para “Decidir.com Brasil S.A.” e a sócia Verônica Allende Serra (filha de José Serra) assumiu o cargo de Diretora e de Vice-presidente da empresa.

Em 21 de março de 2000, passados 42 dias da criação da empresa, o capital foi aumentado para R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais), ou seja 50 mil vezes o valor incial.

Detalhes:

Verônica Allende Serra não era apenas filha de José Serra. Também era sócia do pai em outra empresa, de consultoria, simultaneamente: na ACP – ANÁLISE DA CONJUNTURA ECONÔMICA E PERSPECTIVAS LTDA (conforme citado na ação proposta do Ministério Público Federal, aqui)

José Serra era ministro da Saúde no governo de Fernando Henrique Cardoso, nesta época, e pré-candidato à presidência da República.

O Ministério Público Federal apurou que José Serra NÃO DECLAROU sua empresa de consultoria à Justiça Eleitoral, nas eleições em que concorreu em 1994, 1996 e 2002.

Documentação comprova:

Nosso blog não precisou bisbilhotar o sigilo fiscal na Secretaria de Fazenda de São Paulo (comanda pelo serrista Mauro Ricardo), para obter os documentos abaixo:

Contraponto 5428 - "No Passado recente, tudo era culpa do Lula, agora é do Palocci"


26/05/2011

No passado recente, tudo era culpa do Lula, agora é do Palocci

Do Amigos do Presidente - Quarta-feira 25, maio 2011

A imprensa demo-tucana inventou que o governo estaria trocando o Código Florestal para blindar Palocci.

O governo perdeu na votação do Código Florestal, e a Presidenta Dilma já disse que vetará os pontos inaceitáveis, se o Senado não corrigir.

O anúncio do veto de Dilma é uma demonstração clara de que foi invenção do PiG (Partido da Imprensa Golpista) dizer que o governo estaria trocando o Código Florestal para “salvar” Palocci.

A bancada na Câmara dos deputados da Frente Parlamentar Agropecuária tem 202 deputados(as) no site oficial deles, mas o líder da frente diz que são 235.

Todos os deputados do PCdoB (que não tem nada de ruralistas), votaram a favor do Código Florestal, por ter a visão política de que a política imperialista dos países ricos querem jogar a conta ambiental só para os países mais pobres, impedindo-os de se desenvolverem.

Todos os principais partidos da base governista estiveram divididos nos debates internos.

Enfim, a Câmara era e é majoritariamente favorável ao Código Florestal, e o resultado expressou essa realidade. Nada a ver com Palocci.

Agora, diante da polêmica e protestos de amplos setores da sociedade, o governo da presidenta Dilma anunciou que foram suspensas a produção e a distribuição dos chamados kits anti-homofobia, que estavam sendo elaborados pelos ministérios da Educação e da Saúde.

E o PiG inventou que foi para “salvar” Palocci.

É fácil constatar a mentira. Dilma, ainda na campanha, se comprometeu a dialogar com grupos religiosos antes de tomar decisões que gerem polêmicas religiosas. Disse que trataria todos grupos religiosos com o devido respeito e atenção, assim como são tratados os movimentos sociais.

O ministro Gilberto Carvalho disse:

“Não se trata de recuo, mas de um processo mais aprofundado de diálogo… É importante que esse material, para que seja produtivo e atinja seu objetivo, que seja fruto de ampla consulta à sociedade”.

Segundo o Blog do Planalto, Carvalho afirmou que o governo mantém a posição clara contra qualquer tipo de preconceito, mas defende que é melhor produzir um material com mais diálogo, para atingir o objetivo de diminuir o preconceito e a violência contra homossexuais e demais minorias.

Contraponto 5427- Charge on line do Bessinha

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26/05/2011

Charge do Bessinha (380)



quarta-feira, 25 de maio de 2011

Contraponto 5426 - "Inflação volta a baixar, diz Fipe"

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25/05/2011

Inflação volta a baixar, diz Fipe



Do Tijolaço - 25/05/2011

Como inflação em baixa quase nem aparece como notícia, o Tijolaço presta o serviço de trazer aos leitores o índice de inflação quadrissemanal apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, a Fipe, em São Paulo, publicado agora há pouco pela Agência Reuters.

O Índice de Preços ao Consumidor da FIPE – que mede a variação dos preços no município de São Paulo de famílias com renda até 20 salários mínimos – caiu para 0,47% no acumulado das últimas quatro semanas. Semana passada, a segunda de maio, o índice havia sido de 0,56% e de 0,61% na anterior.

É a menor taxa desde o início de abril e ainda incorpora parte do período anterior à intervenção da Petrobras no mercado de etanol.

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Contraponto 5425 - "Sarney manda arquivar pedido de impeachment contra Gilmar"

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25/05/2011

Sarney manda arquivar pedido de impeachment contra Gilmar

Do Blog do Mello - 25/05/2011

O presidente do Senado Federal, José Sarney (PMDB), mandou arquivar o pedido de impeachment do ministro e ex-presidente do STF Gilmar Mendes.[Fonte]

Sarney seguiu parecer do coordenador de processos Judiciais, Alberto Caiscais, e do Advogado Geral do Senado, José Alexandre Lima Gazineo, que, traduzindo o juridiquês, acharam que não havia fundamento algum no pedido, porque foi baseado numa reportagem.

Não viram nada demais no ministro ficar hospedado na casa do advogado Sergio Bermudes, viajar com a esposa às custas de Sergio Bermudes, ter a esposa como funcionária do escritório de Sergio Bermudes em Brasília - tudo o que apontam revista e pedido de impeachment:

"Evidente o caráter especulativo de apontar uma amizade entre um Ministro do Supremo Tribunal Federal e um advogado como sendo, por si só, motivo para abertura de um processo político institucional com as graves conseqüências para a estabilidade e credibilidade das instituições, como o é o processo de impeachment" - diz o parecer.

Não é só amizade não, senhores. Viagens ao exterior, hospedagem...

No pedido de impeachment, o advogado Alberto de Oliveira Piovesan não condenava Gilmar Mendes, mas pedia ao Senado e à OAB que examinassem as acusações e, caso confirmadas, que se votasse o impeachment de Gilmar Mendes:

Os fatos divulgados pela referida reportagem (documento nº 4, em anexo), são comprometedores. Revelam recebimento de benesses e outros fatos que põem em dúvida
a isenção, a parcialidade do julgador, configurando violação a dever funcional, e em consequência a incidência do item 5 do artigo 39 da Lei Federal 1079/1950.

(...) A referida reportagem informou, dentre outros fatos, que o Advogado Sergio Bermudes hospeda o Ministro Gilmar Ferreira Mendes quando este vem ao Rio de Janeiro, e que já hospedou-o em outras localidades, além de fornecer-lhe automóvel Mercedes Benz com motorista.

A citada reportagem informou também que o Ministro Gilmar Ferreira Mendes recebeu de presente, do mesmo Advogado Sergio Bermudes, uma viagem a Buenos Aires, Argentina, quando deixou a presidência do Supremo Tribunal Federal no ano passado (2010). E que o presente foi extensivo à mulher do Ministro, acompanhando-os o Advogado nessa viagem.

A citada reportagem informou ainda que o referido Advogado emprega e assalaria, acima do padrão, a mulher do Ministro. Evidente que no recesso do lar pode ela interferir junto ao marido a favor dos interesses do escritório onde trabalha,
e de cujo titular é amiga intima (sempre segundo a citada reportagem). É o canal de voz, direto e sem interferências, entre o Ministro e o Advogado.

Se comprovados estes fatos, notadamente a viagem de presente, ficará configurada violação de dever funcional, com consequente inabilitação para o cargo, eis que
vedado o recebimento de benefícios ao menos pelo Código de Ética da Magistratura, precisamente seu artigo 17.

Em tudo isso o Advogado Geral do Senado não viu uma justa causa para o pedido de impeachment:

"O conceito de justa causa aqui manejado, apropriado da seara do Direito Penal, convida a repelir denúncias que não logrem afirmar, com exatidão, a existência do fato criminoso ou ilegal atribuído ao denunciado, sua tipicidade evidente, além de não se apoiar em conjunto probatório ou indiciário minimamente convincente."

A mim me parece que o parágrafo "Se comprovados estes fatos, notadamente a viagem de presente, ficará configurada violação de dever funcional, com consequente inabilitação para o cargo, eis que vedado o recebimento de benefícios ao menos pelo Código de Ética da Magistratura, precisamente seu artigo 17" afirma existência de fato criminoso ou ilegal atribuído a Gilmar Mendes.

O advogado Piovesan listou ainda uma série de medidas que o Senado poderia tomar para provar ou não a existência de fato criminoso ou ilegal. Nada foi levado em consideração.

Piovesan terminava assim seu pedido de impeachment:

Confia o signatário desta petição que o Senado da República Federativa do Brasil cumprirá a lei, demonstrando a todos os brasileiros, e ao mundo, que o Brasil é uma República sólida e democrática, onde a Constituição e as leis são efetivamente cumpridas, alcançando tanto o humilde brasileiro do mais distante rincão, quanto o ocupante de elevado cargo público, todos sem privilégio de qualquer espécie.

Errou.

Quem acertou foi a mídia corporativa, todos os jornalões - Globo, Folha, Estadão - e mais a Veja, o "jornalismo independente" de Ali Kamel na Globo, que não deram uma linha sequer sobre o pedido de impeachment. Durante 13 dias mantiveram seus leitores e telespectadores sem saber de nada.

Todos eles sabem que para que certas coisas aconteçam é preciso que haja silêncio. Fizeram a parte deles. Sarney a sua. Nós temos que fazer a nossa exigindo que Gilmar Mendes seja chamado às falas e se explique, como já fez com o presidente da República por causa de uma gravação, que tal como Conceição, ninguém sabe, ninguém viu.

Íntegra do pedido de impeachment de Gilmar Mendes está aqui
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